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Direito penal III

Parte especial
Artigo 121 – homicídio
Noção: é a morte de uma pessoa humana praticada por outra.
Segundo Celso Delmanto “ é a eliminação da vida de uma pessoa praticada por outra
(código penal comentado)
Está previsto no artigo 121 e seus parágrafos
Para configurar o crime de homicídio, a vida deve ser extra-uterina, pois se for intra-
uterina, o crime praticado é o de aborto.

Modo de execução:
Admite execução livre: tiro, facada, enforcamento, envenenamento, pauladas, etc.
Pode ser praticada por autoria direta (próprio agente) ou interposta pessoa ou objeto
(um mandante ou pessoa que utiliza de animar para instigar este a matar).
Pode ser praticado por ação ou omissão.

Tipos de homicídio:
a) Homicídio simples ( art. 121 caput)
b) Homicídio privilegiado ( art. 121 parágrafo 1º)
c) Homicídio qualificado ( art. 121 parágrafo 2º)
d) Homicídio culposo simples ( art. 121 parágrafo 3º)
e) Homicídio culposo qualificado (art. 121 parágrafo 4º)
f) Perdão judicial ( art. 121 parágrafo 5º)
g) Milícia/grupo de extermínio ( art. Art. 121 parágrafo 5º)
h) Feminicídio ( art. 121 parágrafo 6º)
Art. 121. Matar alguem:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Caso de diminuição de pena
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou
moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação
da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Homicídio qualificado
§ 2º Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo futil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio
insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que
dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro
crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº
13.104, de 2015)
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição
Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança
Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge,
companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição:
(Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime
envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº
13.104, de 2015)
Homicídio culposo
§ 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
Pena - detenção, de um a três anos.
Aumento de pena
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime
resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o
agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as
conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o
homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra
pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada
pela Lei nº 10.741, de 2003)
1. § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a
pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma
tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº
6.416, de 24.5.1977)
2. § 6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for
praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de
segurança, ou por grupo de extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012)
3. § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o
crime for praticado: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
4. I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído
pela Lei nº 13.104, de 2015)
5. II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou
com deficiência; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
6. III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima. (Incluído pela
Lei nº 13.104, de 2015)
7. Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio

Nexo de causalidade:
Tem que ter nexo de causalidade entre a conduta do agente e o resultado morte para
que este seja responsabilizado pelo homicídio.

Objeto jurídico:
(Bem jurídico tutelado)
A preservação da vida humana

Sujeito ativo( autor do crime) qualquer pessoa

Sujeito passivo (a vítima do crime) qualquer pessoa com vida

Tipo objetivo (a conduta que se une), o verbo do crime matar alguém.

Tipo subjetivo (a intenção do agente), dolo direto ou eventual no caso do parágrafo 3º

Tentativa: admite se

Consumação:

Art. 121, caput- homicídio simples


Pena : reclusão de 6 a 20 anos.

Art. 121 parágrafo 1º - homicídio privilegiado


Hipóteses legais de homicídio privilegiado:
a) Motivo de relevante valor social
Diz respeito a interesses da coletividade ex: matar um bandido perigoso, desde
que não se trate de aço de grupo de extermínio.
b) Motivo de relevante valor moral
Diz respeito ao sentimento pessoal do agente. Ex: eutanásia
c) Sob o domínio de violenta emoção logo em seguida a injusta provocação.
São três requisitos:
1. Intensa emoção
O agente deve agir sob forte emoção, a ponto de tirá-lo totalmente do
sério.
2. Injusta provocação
Basta ser injusta, ex: xingar o agente
3. “Logo em seguida
Não há um tempo fixo ou regido, devendo ser analisado caso a caso.
O que se exige é que não haja um grande lapso de tempo entre a
provocação e o homícidio.

Diminuição da pena : de 1/6 a 1/3.

Art. 121 parágrafo 2º Homicídio qualificado


O homicídio pode ser qualificado e a pena passa a ser de 12 a 30 anos e as
circunstâncias em que o agente praticou delito forem mais graves.
Circunstâncias são dados que se encontram ao redor da figura típica que ora
aumentam a pena, ora diminui pode ser:
a. Circunstâncias que dizem respeito ao fato delituoso, questões de tempo,
lugar, meios e modo de execução, etc.
b. Circunstâncias subjetivas ou pessoais.
São aquelas que dizem respeito ao agente, suas qualidades pessoais, seu
relacionamento com a vítima, os motivos determinantes da infração, etc.

Dividem-se:
A. Pelos motivos (inciso I e II) mediante paga ou promessa de
recompensa ocorre quando o agente mediante paga (dinheiro ou
promessa de recompensa qualquer recompensa manda que
terceiro execute o crime. Tanto autor(mandante) tanto
autor(executor) respondem na forma qualificada
B. Motivo torpe é o Moralmente reprovável, desprezível, causado por
motivo vil, repugnante, que demonstra depravação moral do
agente ex: rivalidade profissional, para ficar com herança dentre
outros.

II – Motivo fútil

Matar por motivo insignificante, motivo desproporcional entre o crime e sua causa.
Quantos aos meios empregados (inciso III)
Veneno – qualquer substância que em contato com o organismo possa colocar a vida
ou a saúde da vítima em risco.
Fogo
Qualquer substância inflamável e depois ateado fogo.

Explosivo
Idêntico ao “fogo” porém, a substância por detonação.

Asfixia
É o impedimento da função respiratória, pode ser causada por afogamento,
sufocamento, estrangulamento, etc.

Meio insidioso
É o uso de armadilha ou fraude, onde a vítima não percebe que está sendo atingida.

Qualquer meio que cause perigo comum.


É aquele em que o agente coloca em risco a vida de um número indeterminado de
pessoas.

Tortura ou qualquer outro meio cruel

Tortura – quando o agente provoca na vítima graves e intensos sofrimentos físicos e


morais.

Meio cruel- Também causa sofrimentos físicos.

Quanto ao modo de execução (inciso IV)


Traição
O agente se aproveita da confiança que a vítima tem nela para cometer o crime.
Emboscada
O agente espera escondido a vítima passar para alvejá lá.

Dissimulação
Uso de disfarce, dar falsas provas de amizade ou admiração para se aproximar da
vítima.
Qualquer outro meio que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima.
É o elemento surpresa.

Por Conexão inciso v

Teleológica – para assegurar a execução de outro crime o agente mata primeiro a


vítima para depois praticar outro crime.

Consequencial- para assegurar a ocultação, impunidade ou vantagem de outro crime.


O agente para impedir que alguém descubra que o crime foi praticado, ou que alguém
testemunhe ou ainda para garantir a vantagem do crime mata outra pessoa, ou seja, ele
primeiro comete um crime e depois um homicídio.

Inciso VI
O feminicídio contra a mulher por razões das condições do sexo feminino de acordo
com o paragrafo 2º A considera-se razão do sexo feminino quanto o homicídio envolver
violência doméstica e familiar ou pelo simples fato de a vítima ser mulher.
Quando o feminicídio for praticado durante a gestação, nos 3 meses após o parto,
contra pessoa menor de 14 é maior de 60 anos, deficiente mental, na presença de ascendente
ou descendente da vítima, a pena será aumentada de 1/3 até a metade (art. 121 parágrafo 7)

Inciso VII
Também é qualificado o homicídio praticado contra integrantes das forças armadas,
força de segurança nacional, integrantes do sistema prisional seus cônjuges, companheiro ou
parente consangüíneo até terceiro grau, em razão desta condição.

Parágrafo 3º homicídio culposo


Pena detenção de 1 a 3 anos
Ocorre quando o agente não queria causar a morte nem a assumiu o risco de produzi-la, mas
esta ocorre por sua imprudência, negligência ou imperícia. A culpa em sua conduta.

Causa de aumento de pena (1/3)


Artigo 121 parágrafo 4º primeira parte homicídio culposo
Não observar regra técnica de profissão, arte ou ofício
Ex: o médico que ao realizar uma cirurgia, deixa de esterilizar material cirúrgico,
causando infecção e posterior morte da vítima.

Omitir socorro imediato:


Apenas se aplica aquele que tinha agido com culpa. Se agiu de forma dolosa responde
pelo crime de omissão de socorro.
Não procurar diminuir as consequências do ato ex: após atropelar a vítima, nega-se a
transportar de um hospital para outro depois de ter sido ela socorrida por terceiros.

Fugir para evitar prisão em flagrante :


Normalmente é aplicada com a hipótese de ausência de socorro. Todavia só é aplicada
uma causa de aumento de pena.

Homicídio doloso (1/3) art. 121 parágrafo 4º segunda parte


Quando a vítima for menor de 14 anos ou maior de 60.
Artigo 121 parágrafo 5º perdão judicial
Aplica-se nos casos de homicídio culposo, se o juiz entender que as consequências
(físicas ou Morais) foram tão graves para o agente que a pena torna-se desnecessária

Art 121 parágrafo 6º causa de aumento de pena para crime praticado por milícia ou
grupo de extermínio (1/3) da pena

Art 121 parágrafo 7º


Art. 122 induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio
Objetivo jurídico : a vida humana, sujeito ativo qualquer pessoa sujeito passivo
qualquer pessoa
Tipo subjetivo dolo
Tipo objetivo induzir - dar ideia suicida a quem não tinha esse pensamento
Instigar – reforçar ideias suicidas já existentes
Auxiliar prestar auxílio seja dando instruções ou fornecendo objetos
Tentativa:
Não se admite
Consumação com a morte ou lesão corporal de natureza grave da vítima
Pena: se resultado em morte reclusão de 2 a 6 anos, se resultar lesão corporal de
natureza grave reclusão de 1 a 3 anos.
Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para
que o faça:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de
um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza
grave.
Parágrafo único - A pena é duplicada:
Aumento de pena
I - se o crime é praticado por motivo egoístico;
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de
resistência.

Art. 123 infanticídio


É a morte do nascente ou récem nascido provocado pela própria mãe sob efeito do
estado puerperal
Objeto jurídico: a vida humana
Sujeito ativo: a mãe
Sujeito passivo: o nascente
Tipo Subjetivo: dolo
Tipo objetivo: tirar a vida do próprio filho logo após o parto, sob efeito do estado
puerperal
Tentativa: admite-se
Pena: detenção de 2 a 6 anos.
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o
parto ou logo após:
Pena - detenção, de dois a seis anos.

Art. 124 auto aborto ou provocado com o consentimento da gestante


Objeto jurídico: a preservação da vida humana.
Sujeito ativo: a mãe
Sujeito passivo: o feto
Tipo subjetivo: dolo
Tipo objetivo: gestante que provoca aborto em si mesma ou consente para quê terceiro
o provoque.
Tentativa: admite-se
Consumação: com a morte do feto.
Pena: detenção de 1 a 3 anos.
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho
provoque: Pena - detenção, de um a três anos. 1.1. – Objeto material: A norma
pune inicialmente o autoaborto, ato de a gestante provocar em si mesma a
interrupção da gravidez
Art. 125 aborto sem o consentimento da gestante
Objeto jurídico: a preservação da vida humana
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: a gestante e o feto
Tipo subjetivo: dolo
Tipo objetivo: provocar o aborto contra a vontade da gestante
Tentativa: admite-se
Consumação: com a morte do feto.
Pena: pena reclusão de 3 a 10 anos.
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
Pena - reclusão, de três a dez anos.

Art. 126 provocar aborto com o consentimento da gestante


Objeto jurídico: preservação da vida humana
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: o feto
Tipo subjetivo: dolo
Tipo objetivo: praticar a manobra abortiva com o consentimento da gestante.
Tentativa: admite-se
Consumação: com a morte do feto
Pena: reclusão de 1 a 4 anos

Art. 126 parágrafo único aplica-se a pena do Art. 125 se a gestante é menor de 14
anos, débil mental, alienada ou se o seu consentimento obtido mediante emprego de violência,
fraude ou grave ameaça
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: (Vide ADPF 54)
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é
maior de quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento
é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência Forma qualificada

Forma qualificada art. 127


Se em decorrência da manobra abortiva ou dos maios empregados para tal causar na
gestante lesão corporal de natureza grave aumenta se a pena em 1/3, se causar morte aplica-
se a pena em dobro.
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de
um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para
provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são
duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.

Art. 128 aborto necessário se o aborto for praticado por médico, não será punível.
Quando não houver outro meio para salvar a vida da gestante.
O aborto recorrente de estupro quando a gestação for consequência do crime de
estupro e houver consentimento da gestante ou de seu representante legal quando incapaz.
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 54)
Aborto necessário
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento
da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal

Lesões corporais
As lesões corporais podem ser dolosas ou culposas. As lesões corporais subdividem-se :

A. Lesões leves
B. Lesões graves
C. Lesões gravíssimas
D. Lesões seguidas de morte

Conceito: lesão corporal é a ofensa à integridade física ou psíquica ou a ofensa à saúde da


vida da vítima.
Ofensa à integridade física
Qualquer alteração anatômica prejudicial ao corpo humano ex: fraturas, cortes,
escoriações, luxações etc.

Ofensa à saúde
Provocação de perturbações fisiológicas ex: vômitos, paralisia corporal momentânea
transição intcional de doenças e etc.

Lesão corporal leve art. 129 caput


Objeto jurídico: a incolumidade da pessoa em sua integridade física e psíquica
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: qualquer pessoa
Tipo subjetivo: dolo
Tipo objetivo: ofender a integridade física e psíquica da vítima.
Tentativa: admite-se
Consumação: com a efetiva ofensa à integridade física ou psíquica da vítima.
Tipo de ação: pública condicionada a representação(art 88 lei 9099/95)
Pena: detenção de 3 meses a 1 ano.

Parágrafo 1º lesões graves


Inciso 1º incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias.
Atividade habitual é qualquer ocupação rotineira do dia a dia, como andar, trabalhar
praticar esportes etc.
Inciso 2º perigo de vida é a possibilidade de grave e imediata de morte. Deve ser o
perigo efetivos concreto, comprovado por perícia.
Inciso 3º debilidade permanente de membro ou função.
Debilidade é a redução da capacidade funcional.
Permanente que a recuperação seja incerta e a eventual cessação incalculável.
Membros são apêndices do corpo
Sentidos são os mecanismos sensoriais pelos quais percebemos o mundo exterior ex:
tato, olfato, paladar, visão e audição.
Função é a atividade de um órgão ou aparelho do corpo humano. Ex: função
respiratória, circulatória ou reprodutora.
Inciso 4º aceleração de parto é necessário que o agente tenha conhecimento da
gestação da vítima.
Pena: reclusão de 1 a 5 anos

Lesões corporais gravíssimas art 129 parágrafo 2º


Inciso 1º incapacidade permanente para o trabalho.
A expressão “trabalho” costuma ser entendida no sentido genérico, ou seja, qualquer
tipo de labor.
Inciso 2º enfermidade incurável é a transmissão permanente de patologia em que o
atual estágio da medicina não encontrou a cura a transmissão é intencional.
Inciso 3º perda ou inutilização de membro, sentido ou função a inutilização do
membro ainda que parcialmente, continua ligado ao corpo da vítima, mas incapacitado de
realizar suas atividades a perda pode se dar por mutilação ou por amputação.
Inciso 4º deformidade permanente é o dano estético de certa monta, permanente,
visível e capaz de provocar impressão vexatória.
Inciso 5º aborto o agente deve saber que a vítima está grávida.
Pena: reclusão de 2 a 8 anos.

Lesão corporal seguida de morte art 129 parágrafo 3º


É também chamado de homicídio preterdoloso onde o agente quiz apenas lesionar a
vítima e acaba provocando sua morte de forma não intencional, mas culposa
Pena: reclusão de 4 a 12 anos.
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Lesão corporal de natureza grave
§ 1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 2º Se resulta:
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incuravel;
III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Lesão corporal seguida de morte
§ 3º Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o
resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Diminuição de pena
§ 4º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social
ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta
provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Substituição da pena
§ 5º O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de
detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis:
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;
II - se as lesões são recíprocas.
Lesão corporal culposa
§ 6º Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
Aumento de pena
§ 7º No caso de lesão culposa, aumenta-se a pena de um terço, se ocorre
qualquer das hipóteses do art. 121, § 4º.
(Revogado)
§ 7º - Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qualquer das hipóteses do
art. 121, § 4º. (Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990)
(Revogado)
§ 7º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses
dos §§ 4º e 6º do art. 121 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.720, de
2012)
§ 8º Aplica-se igualmente à lesão culposa o disposto no § 5º do artigo 121.
(Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
(Revogado)
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121 (Redação dada
pela Lei nº 8.069, de 1990)
Violência Doméstica (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004)
§ 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge
ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda,
prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de
hospitalidade: (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004)
(Revogado)
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano. (Incluído pela Lei nº 10.886,
de 2004)
(Revogado)
§ 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge
ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda,
prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de
hospitalidade: (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006)
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº
11.340, de 2006)
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as circunstâncias
são as indicadas no § 9o deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço).
(Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004)
§ 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será aumentada de um terço se
o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência. (Incluído pela Lei
nº 11.340, de 2006)
§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts.
142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência
dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até
terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de um a dois
terços. (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
Substituição da pena
No caso de lesões leves o juiz pode substituir a pena se ocorrer as hipóteses do
parágrafo anterior ou se as lesões forem recíprocas

Art. 129 parágrafo 6º lesões corporais culposas


Segue os mesmos parâmetros do homicídio culposo, soma-se diferenciando pelo
resultado, já que neste caso a vítima não morre.
Nas lesões corporais culposas não há distinção noque tange a gravidade das lesões
Pena: detenção de 2 meses a 1 ano.

Art. 129 parágrafo 7º causas de aumento de pena as mesmas hipóteses do art. 121
parágrafo 4º e 6º.

Art. 129 parágrafo 8º perdão judicial mesmas hipóteses do artigo 121 parágrafo 5º.

Violência doméstica art. 129 parágrafo 9º se houver lesão nas condições de relações
domésticas de cohabitacao hospitalidade ou ainda ou se a vítima for ascendente, descendente,
irmão, cônjuge, companheiro, conviva ou tenha convivido com o agente.
Pena: detenção de 3 meses a 3 anos

Lesões leve Art. 129 parágrafo 10º

Se as lesões forem graves ou gravíssimas (parágrafo 1º e 3º) e houver as condições do


parágrafo 9º aumentasse a pena em 1/3.

Art. 129 parágrafo 11º


Se houver as condições do parágrafo 9º e a vítima for portadora de deficiência
aumentasse a pena em 1/3.

Art. 129 parágrafo 12º


Quando as vítimas forem integrantes das forças armadas ou integrantes do sistema
prisional e das forças de segurança nacional no exercício da função ou em decorrência dela e
seus parentes até 3º grau, aumentasse a pena de 1/3 a 2/3

Capitulo III da periclitação da vida e da saúde


Art. 130 perigo de contagio venéreo.
Este artigo prevê 3 figuras
a. O agente sabe que esta contaminado (caput 1º parte)
b. Não sabe, mas deveria saber(caput 2º parte)
c. Sabe e tem a intenção de contaminar (parágrafo 1º)
A incolumidade
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: é a pessoa ou quem o agente pratica o ato sexual
Tipo subjetivo: dolo
Tipo objetivo: praticar o ato capaz de contagiar a vitima, tentativa admite-se
Tentativa: admite-se
Consumação: o ato sexual independente do contagio
Pena: é alternativa detenção de 3 meses ou multa

Parágrafo 1º reclusão de 1 a 4 anos


Ação penal pública condicionada a representação

Art. 131 perigo de contagio de moléstia grave


Tipo: a incolumidade física da pessoa
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: qualquer pessoa
Tipo subjetivo: dolo
Tipo objetivo: produzir ato capaz de contagiar alguém pro moléstia grave que está
contaminado.
Tentativa: admite-se
Consumação: com o ato capaz de produzir o contagio
Pena: reclusão de 1 a 4 anos.

Art. 132 perigo para a vida ou saúde de outrem


Objeto jurídico: a periclitação da saúde ou da vida
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo:
Tipo subjetivo: dolo
Tipo objetivo: expor a perigo por qualquer meio a vida ou a saúde de outrem
Tentativa: teoricamente possível
Consumação: com o ato capaz de expor a vida ou a saúde
Pena: detenção de 3 meses a 1 ano, se não caracterizar crime mais grave
Parágrafo único: aumentasse de1/3 se a exposição for decorrente de transporte clandestino de
trabalhadores

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