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AO JUÍZO DA 20ª VARA CÍVEL DE CURITIBA – ESTADO DO PARANÁ

PEDRO GABRIEL BRANDALISE VALDIVINO, já qualificado nos


autos, vêm, através de seu advogado, devidamente constituído, DR. SHAIRON PARMAGNANI
MATOS – OAB/PR Nº 98.840 com endereço profissional sito em Centro, Curitiba/PR, apresentar

APELAÇÃO

na forma das razões anexas, requerendo digne-se de recebê-lo,


por adequado e tempestivo, determinando-lhe o regular processamento e ulterior remessa a
instância superior, para os fins de direito.

O autor está coberto pela Assistência Judiciária Gratuita, o que


o exime de preparo.

Nestes termos, pede deferimento.

Curitiba/PR, 20 de Março de 2023.

Dr. Shairon Parmagnani Matos


OAB/PR nº 98.840
[Assinatura eletrônica]

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Egrégia Turma Recursal

1. TEMPESTIVIDADE

Caberá apelação, nos termos do Art. 1009, do CPC, cujo prazo


de interposição é de quinze dias.

Denota-se pelos elementos que compõem o instrumento que o


autor, obteve ciência da sentença, mediante intimação na data de 28/02/2023.

Desta feita, tempestiva a apresentação da presente peça.

2. DO DIREITO

2 .1. DA SENTENÇA RECORRIDA

Instruído o feito, sobreveio sentença de mérito, nos seguintes


termos:

“Diante do exposto, resolvo o mérito com fundamento no


artigo 487, inciso I, do CPC, pelo que ACOLHO a pretensão
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deduzida na exordial para o efeito de: a) DECLARAR a
inexistência de relação jurídica contratual entre as partes e,
consequentemente, a invalidade do débito e demais atos dela
decorrentes, confirmando, portanto, a tutela provisória de
urgência outrora deferida; b) CONDENAR a ré ao pagamento de
R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a título de indenização por danos
morais, acrescidos de juros de mora de 1% ao mês e correção
monetária pelo índice IPCA, ambos contados do evento
danoso.”

No contexto, devolve-se a seguinte matéria para conhecimento


do tribunal, no intuito de obter majoração do quantum indenizatório.

2.2. RAZÕES DO RECURSO

Restando provado o ato ilícito praticado pelo réu, com todos os


fundamentos da Sentença, resta, apenas, que o quantum indenizatório não se adequa às
jurisprudências do TJ/PR, bem como STJ, conforme se demonstra:

AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. COMPRA E VENDA


DE IMÓVEL. RESCISÃO CONTRATUAL, POR INICIATIVA DO
COMPRADOR. 1. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL.
NÃO OCORRÊNCIA. 2. TAXA DE RETENÇÃO. TERMO INICIAL DOS
JUROS DE MORA. NÃO INDICAÇÃO DO DISPOSITIVO DE LEI
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FEDERAL SUPOSTAMENTE VIOLADO OU OBJETO DE
INTERPRETAÇÃO DIVERGENTE PELOS TRIBUNAIS. INCIDÊNCIA
DA SÚMULA 284/STF. 3. COBRANÇA INDEVIDA DE VALORES.
INSCRIÇÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. ATO ILÍCITO
CONFIGURADO. QUADRO FÁTICO DELINEADO PELO ACÓRDÃO
RECORRIDO. MODIFICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 4. QUANTUM
INDENIZATÓRIO. OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA
PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA 7/STJ. 5. REDISTRIBUIÇÃO DOS ÔNUS
SUCUMBENCIAIS. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7/STJ. 6.
AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.Relativamente ao quantum
indenizatório, a jurisprudência desta Corte de Uniformização é
assente ao entender que sua intervenção só se justifica nos
casos em que a verba tenha sido fixada em patamares
exorbitantes ou irrisórios, o que não se verifica na hipótese dos
autos, haja vista que, ao fixá-la em R$ 10.000,00 (dez mil
reais), o Tribunal estadual observou os princípios da
proporcionalidade e da razoabilidade, de acordo com as
peculiaridades do caso concreto, e, para reformar o aresto
combatido, seria imprescindível o reexame de provas, atraindo
a incidência da Súmula n. 7/STJ. (AgInt no REsp 1836921 / AM
AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL 2019/0251620-9)

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APELAÇÃO. “AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE
DÉBITOS C/C INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS COM
PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DA TUTELA.” INSCRIÇÃO INDEVIDA
NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. PLEITO DE
MAJORAÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO DOS DANOS
MORAIS PARA R$ 20.000,00. INDENIZAÇÃO MAJORADA PARA
R$ 10.000,00 TENDO EM VISTA A EXTENSÃO DO DANO, OS
PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE E
OS PARÂMETROS DESTA C. CÂMARA EM CASOS SEMELHANTES.
FIXAÇÃO DOS HONORÁRIOS RECURSAIS. POSSIBILIDADE.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. A relação entre as
partes é regida pelo regramento consumerista, na medida em
que a requerida se amolda ao conceito de fornecedora,
estatuído pelo art. 3º do CDC, e o autor é considerado
consumidor por equiparação, conforme estabelece o art. 17
daquela legislação. 2. Em caso de inscrição indevida, o dano
moral é in re ipsa e independe de comprovação de abalo
psicológico sofrido pela vítima. 3. Levando em consideração a
capacidade econômica das partes, o período de negativação, o
valor do débito que ensejou a inscrição indevida, a extensão do
dano, o caráter compensatório e os parâmetros utilizados por
esta c. Câmara em casos semelhantes, deve o quantum da
indenização ser majorado para R$10.000,00 (dez mil reais).(
Processo: 0011405-78.2021.8.16.0130 (Acórdão), Relatora:
Angela khury, 10ª Câmara Cível, DO: 14/02/2023).

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APELAÇÃO. AÇÃO COMUM C/C PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA
DE URGÊNCIA ANTECIPADA INCIDENTAL. INSCRIÇÃO INDEVIDA
NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. PLEITO DE
MAJORAÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO DOS DANOS
MORAIS PARA R$ 30.000,00 OU PARA VALORES
NORMALMENTE FIXADOS POR ESTA C. CÂMARA EM CASOS
SEMELHANTES. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS MAJORADA
PARA R$ 10.000,00, TENDO EM VISTA A EXTENSÃO DO DANO,
OS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE
E OS PRECEDENTES DESTA C. CÂMARA. JUROS DE MORA DO
EVENTO DANOSO. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA 54 DO STJ.
FIXAÇÃO DOS HONORÁRIOS RECURSAIS. POSSIBILIDADE.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1. Em caso de inscrição
indevida, o dano moral é in re ipsa e independe de
comprovação de abalo psicológico sofrido pela vítima. 2.
Levando em consideração a capacidade econômica das partes,
o período de negativação, o valor do débito que ensejou a
inscrição indevida, a extensão do dano, o caráter
compensatório e os parâmetros utilizados por esta c. Câmara
em casos semelhantes, deve o quantum da indenização ser
majorado para R$10.000,00 (dez mil reais). ).(
Processo: 0005771-04.2021.8.16.0033 (Acórdão), Relatora:
Angela khury, 10ª Câmara Cível, DO: 10/02/2023).

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As Sentenças devem se adequar às diretrizes de uniformização
dos Tribunais de Justiça e do STJ, sob o ensejo de atentado aos comandos do CPC.

Assim, merece ser reformada a sentença para majorar o a


indenização arbitrada pelo juiz de piso, no importe de R$ 10.000,00.

4. DOS PEDIDOS

Ante o exposto, PEDE:

A) A reforma da sentença de primeiro grau, para majorar


o quantum indenizatório para R$ 10.000,00 (dez mil
reais), com base em jurisprudências deste tribunal e
do STJ;

B) Seja o réu condenado ao pagamento de honorários


advocatícios sucumbenciais, no importe de 20%.

Curitiba/PR, 20 de Março de 2023.

Dr. Shairon Parmagnani Matos


OAB/PR nº 98.840
[Assinatura eletrônica]

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