R io B ra nco -AC, 2023/ 1 Capítulo VI – DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
O presente capítulo tem como escopo a proteção da liberdade individual das
pessoas, o que compreende o direito de livre escolha e ação, ou seja, a possibilidade de adotar ações próprias e atuar dentro das alternativas juridicamente possíveis. Art. 5º, CF. “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito de à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e a propriedade, nos termos seguintes: (...)”. Inobstante a aparente ideia de direito ilimitado, é utópica qualquer intenção de se lhe dar alcance absoluto, pois a vida em sociedade requer a observância de regras. Seção I. Dos crimes contra liberdade pessoal Art. 146. Constrangimento ilegal. A ação caracterizadora é a de constranger: significa obriga-lo a fazer algo contra a sua vontade (ex. compelir alguém a mudar de casa; a ingerir bebida alcoólica; a fumar cigarro). Admite a forma comissiva e omissiva (art. 13 §2º, do CP). Meio executório é a violência ou grave ameaça contra a pessoa, ou a redução da capacidade de resistência da vítima. É punido exclusivamente na forma dolosa. ELEMENTOS DO TIPO Sujeito ativo: Crime comum. Sujeito Passivo: Crime comum. Crime material: Para sua consumação é necessário a modificação do mundo exterior. Admite a forma tentada: Trata-se de crime material e plurissubsistente, por tanto admite a forma tentada. É crime subsidiário, somente se aplica se o fato não constitui crime mais grave. Aumento da pena: § 1º. Reunião de mais de 3 pessoas ou uso de arma; § 2º. Concurso de crimes. Concurso material. § 3º. Causas que excluem a ilicitude. I. a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida; II. a coação exercida para impedir suicídio. Art. 147. Ameaça. É a manifestação idônea de causar a alguém mal injusto e grave. A ação nuclear a consiste em ameaçar, isto é intimidar, difundir o medo na vítima. Não há que se confundir o crime de constrangimento ilegal mediante o emprego de ameaça com o crime de ameaça: "aqui a finalidade do agente é simplesmente intimidar a vítima, ao passo que no constrangimento ilegal, é o meio de que o agente se serve para obter determinado comportamento da vítima"(CAPEZ, 2006, p. 291). ELEMENTOS DO TIPO Sujeito ativo: Crime comum. Sujeito Passivo: Crime comum, desde que possa entender o caráter dos dizeres, gestos escritos etc. É crime de forma livre: Pode ser praticado por palavras, escritos, gestos ou qualquer outro meio simbólico. Consumação e tentativa: Consuma-se quando a informação intimidatória chega ao conhecimento da vítima. A tentativa é possível quando a ameaça não chega ao conhecimento do agente. (ex: extravio de uma carta). É delito subsidiário, pois constitui elemento executório de diversos crimes. Art. 147-A Perseguição Oriundo da Lei nº 14.132/2021, o tipo penal “stalking” tutela da liberdade individual, abalada por condutas que constrangem alguém a ponto de violar severamente sua privacidade e de impedir sua livre determinação e o exercício de liberdades básicas. Antes da criação do tipo penal os atos de perseguição configuravam a contravenção penal prevista no artigo 65 da Lei de Contravenções Penais (Decreto- Lei 3.688/41). Com a Lei 14.132/21, a contravenção foi revogada. O tipo penal objetiva suprir uma lacuna e tornar proporcional a pena para um conduta que, embora muitas vezes seja tratada como algo de menor importância, pode ter efeitos, em especial psicológicos, muitos prejudiciais a vítima. O crime consiste em perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade. O verbo perseguir não tem apenas a conotação de ir freneticamente no encalço de alguém. Há também um sentido de importunar, transtornar, provocar incômodo e tormento, inclusive com violência ou ameaça. O tipo penal é estruturado com uma ação nuclear (perturbar), que pode atingir a vítima de três formas: a) ameaçando a integridade física ou psicológica; b) restringindo a capacidade de locomoção; c) invadindo ou perturbando a esfera de liberdade ou privacidade. O ato de perseguição não se restringe às situações de violência doméstica e familiar contra a mulher, e não se limita nem mesmo a vitimar mulheres, embora seja o mais comum. § 1º. Causas de aumento da pena: I. contra criança ou idoso: II. contra mulher por razões da condição do sexo feminino, nos termos do § 2º-A do artigo 121 deste Código. III. mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com o emprego de arma. § 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência. § 3º Somente se procede mediante representação. ELEMENTOS DO TIPO Sujeito ativo: Crime comum. Sujeito Passivo: Crime comum. Se a vítima é criança, adolescente, idoso ou mulher perseguida por razões da condição do sexo feminino, a pena é aumentada de metade (§ 1º). Consumação e tentativa: Trata-se de crime habitual, consuma-se com a reiteração dos atos de perseguição. Art. 147-B Violência psicológica contra a mulher Antes do advento da Lei nº 14.188/21, não havia um tipo penal específico para punir o agente que causasse violência psicológica contra a mulher, o que implicava em proteção deficiente segundo a doutrina. Em que consiste: - Causar dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento; - Causar dano emocional à mulher com o objetivo de degradar ou controlar suas ações, comportamentos crenças e decisões. Exs: ameaça, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização etc. ELEMENTOS DO TIPO Sujeito ativo: Crime comum. Sujeito Passivo: A vítima deve ser mulher. Prevalece na doutrina que a Lei Maria da Penha pode ser aplicada para a mulher transgênero, mesmo que não submetida a cirurgia de redesignação sexual. Elemento subjetivo: O dolo, exigindo apenas que o agente pratique algumas das condutas anteriormente mencionadas. Consumação e tentativa: Com a provocação do dano emocional a vítima. A tentativa, em tese, é possível. No entanto, de difícil configuração. Não se trata de crime habitual, não exigindo reiteração de condutas. Tipo penal misto alternativo. Art. 148. Sequestro e Cárcere privado. A ação é privar alguém de sua liberdade. Admite a forma comissiva e omissiva. É crime de natureza permanente. O consentimento do ofendido exclui o crime. Diferença entre sequestro e cárcere privado, consiste que no sequestro a vítima tem maior liberdade de locomoção (vítima presa numa fazenda). Já no cárcere privado, a vítima vê-se submetida a privação de liberdade num recinto fechado (dentro de um quarto). A duração da privação da liberdade é irrelevante. É possível a forma tentada. § 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos: I - se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos; II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital; III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias. IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos; V – se o crime é praticado com fins libidinosos. § 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral: Pena - reclusão, de dois a oito anos. ELEMENTOS DO TIPO Sujeito ativo: Crime comum. Sujeito Passivo: Crime comum. Consumação e tentativa: A consumação dá-se com a privação ou restrição da liberdade da vítima. A tentativa é admissível por se tratar de crime plurissubsistente. Formas qualificadas: Art. 149. Redução a condição análoga de escravo. Significa a redução de uma pessoa ao poder de outra. Objeto de proteção na Declaração Universal dos Direitos do Homem, art. 4 (10 de Dezembro de 1948). Artigo 4. Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos estão proibidos em todas as suas formas. Crime comum, quanto ao sujeito ativo, no que concerne ao sujeito passivo é crime próprio. É crime de forma vinculada: a) Submeter a vítima a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva; b) Sujeitá-la a condições degradantes de trabalho; c) Restringir, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com empregador ou preposto. d) Cercear o uso de meio de transporte; e) Manter vigilância ostensiva no local de trabalho, apoderar-se de documentos pessoais. Competência para processar e julgar é da Justiça Estadual, a não ser que praticado em concurso com crime contra a organização do trabalho que a competência é da Justiça Federal. Embora o agente não prenda a vítima diretamente, ele cria condições adversas para que ele manifeste sua vontade. O consentimento do ofendido é irrelevante, uma vez que a situação de liberdade do homem constitui interesse preponderante do Estado. Trata-se de crime permanente. § 1º. Condutas equiparadas
I. cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho; II. mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho. § 2º. A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido: I – contra criança ou adolescente; II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem. ELEMENTOS DO TIPO Sujeito ativo: Crime comum. Sujeito Passivo: Crime comum. Consumação e tentativa: Consuma-se quando o indivíduo é reduzido a condição análoga à de escravo, por meio da prática de alguma das condutas previstas, dispensando-se, como já dito, o sofrimento da vítima. A tentativa é admissível em qualquer das figuras previstas no tipo. Art. 149-A. Tráfico de Pessoas. A Lei nº 13.444/16, através dos seus artigos 13 e 16, alterou o Código Penal, inserindo o artigo 149 – A com o "nomen juris" de "tráfico de pessoas“, e consequentemente revogou de forma expressa os artigos 231 e 231–A, CP que anteriormente tratavam da matéria. Pena de 04 a 08 anos mais multa. Tratado com protocolo de coibir o crime de trafico de pessoas em vários países. De acordo com a previsão contida no artigo 3º., alínea "a" do Protocolo de Palermo, constitui "Tráfico de Pessoas": "o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou ao uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou de situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tem autoridade sobre outra, para fins de exploração. A exploração deverá incluir, pelo menos, a exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, o trabalho ou serviços forçados, a escravatura ou práticas similares à escravatura, a servidão ou a extração de órgãos". É crime de ação múltipla. O sujeito ativo do crime é qualquer pessoa, pois se trata de infração penal comum. Quanto ao sujeito passivo, também é qualquer pessoa. Em alguns casos que se verá mais adiante, a especial condição do sujeito ativo ou passivo ensejará aumentos de pena. A prática dos verbos deve se dar mediante meios especialmente elencados na norma: grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso. Finalidades: I. Remoção de órgãos, tecidos ou partes do corpo; II. Submissão a trabalho em condições análogas à de escravo; III. Submissão a qualquer tipo de servidão; IV. Adoção ilegal; V. Exploração sexual. § 1o Causas de aumento da pena ( 1/3 a 1/2): I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las; II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência; III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou função; ou IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional. § 2o Forma privilegiada A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for primário e não integrar organização criminosa. ELEMENTOS DO TIPO Sujeito ativo: Crime comum. Sujeito Passivo: Crime comum, em alguns casos a condição do sujeito ativo ou passivo enseja aumento da pena. Crime formal: Para sua consumação não é necessário a modificação do mundo exterior. Admite a forma tentada: Trata-se de crime plurissubsistente, portanto admite a forma tentada. Crime de forma vinculada: pratica da conduta com finalidades. Seção II. Dos crimes contra a inviolabilidade do domicílio
Art. 150. Violação de domicílio
Art. 5º, XI, da CF. “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; Ações: Entrar: invadir, ultrapassar limites; Permanecer: não querer sair. É imprescindível que o ingresso no domicílio de outrem seja de forma clandestina ou astuciosa. O crime é de mera conduta não há a previsão de resultado naturalístico. Protege-se o aspecto psicológico de quem mora na casa, e não a casa em si. ELEMENTOS DO TIPO Sujeito ativo: Crime comum, inclusive o proprietário (locador), ao invadir a casa do inquilino (locatário) sem a autorização deste. Sujeito Passivo: É o morador não necessariamente o proprietário. Crime de mera conduta: Não exige modificação do mundo exterior para sua configuração. Admite a forma tentada: Apesar de ser crime de mera conduta é admissível a forma tentada. § 1º. Circunstâncias qualificadoras: I. Durante o período noturno; II. Lugar ermo; III. Emprego de violência ou arma; IV. Duas ou mais pessoas; § 2º. Causas de aumento da pena: se o fato é cometido por funcionário público, fora dos casos legais, ou com inobservância das formalidades estabelecidas em lei, ou com abuso do poder. (Revogado pela Lei de abuso de autoridade Lei nº 13.689/2019). § 3º. Exclusão do crime: apesar de típica, cessa a antijuridicidade da ação. § 4º. Norma penal exemplificativa. No entanto, casa deve ser entendida da forma mais ampla possível, abrangendo qualquer compartimento habitável, ainda que em caráter eventual, independente de sua destinação, bem como suas dependências. § 5º Enumeração taxativa: Obviamente depois de fechados, tornam-se obviamente privados necessitando de autorização para neles adentrar. Seção IV. Dos crimes contra a inviolabilidade dos segredos Art. 153. Divulgação de segredos. É crime próprio, somente o detentor de documento particular ou de correspondência oficial pode figurar como agente do delito em tela. A divulgação sempre é feita pelo detentor (seja a posse legítima ou ilegítima). A ação é divulgar, ou seja, tornar público. É exigível que o segredo revelado deva estar revestido de importância. Havendo justa causa para a divulgação o fato é atípico. A forma tentada é de difícil configuração. § 1º- A. Figura relacionada à divulgação de informações sigilosas ou reservadas e definidas em lei, constante ou não em bancos de dados da administração pública. §§ 1º e 2º Dispõe sobre a ação penal, é de ação penal pública condicionada a representação, quando disser respeito a Administração Pública é pública incondicionada. ELEMENTOS DO TIPO Sujeito ativo: Crime próprio. Sujeito Passivo: É aquele tiver interesse na conservação do segredo. Consumação e tentativa: Não exige que a divulgação produza danos, a tentativa é de difícil configuração. Art. 154. Violação de segredo profissional. Objetiva o presente tipo penal a tutela ao direito à liberdade individual voltada a inviolabilidade dos segredos profissionais. O crime exige sujeito ativo especial devendo ser sujeito ativo aquele que revela segredo que teve conhecimento em virtude de função, ministério, ofício ou profissão. Função: Tutor, curador; Ministério: Pastor, padre; Ofício: Costureiro, sapateiro; Profissão: Advogado, médico. A ação típica consiste em revelar, total ou parcialmente, sem justa causa, segredo de que o agente teve conhecimento. Exige-se que o segredo seja revelado sem justa causa. Havendo licitude na revelação (ou consentimento do ofendido), o fato será atípico. Estará configurada a justa causa sempre que o interesse público se sobrepuser ao profissional. Quanto ao consentimento do ofendido, existem hipóteses em que a lei não o admite como justa causa para revelação do segredo profissional. É o caso do advogado (EAOB, art. 7º, XIX;) e do médico (Código de Ética Médica, art. 36). ELEMENTOS DO TIPO Sujeito ativo: Crime próprio. Sujeito Passivo: É aquele suscetível de ser prejudicada pela revelação do segredo. Consumação e tentativa: Dá-se no momento da revelação do segredo a terceira pessoa. É admissível na forma escrita. Parágrafo único: Somente se procede mediante representação. Art. 154-A. Invasão de dispositivo de informática. Introduzido pela Lei nº 12.737/12. O objeto material deste ilícito é o dispositivo informático alheio, conectado ou não a rede de computadores. A ação é invadir, no sentido de devassar dispositivo de informática alheio, conectado ou não à rede de computadores. A invasão se concretiza mediante a violação indevida. Mecanismo de segurança: é qualquer mecanismo utilizado para proteger o dispositivo de informática de ameaças. (senhas, antivírus) § 1º Na mesma pena incorre quem produz, oferece, distribui, vende ou difunde dispositivo ou programa de computador com o intuito de permitir a prática da conduta definida no caput. (Conduta equiparada) § 2o Aumenta-se a pena de um sexto a um terço se da invasão resulta prejuízo econômico. (Causa de aumento da pena) § 3o Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo de comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais ou industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei, ou o controle remoto não autorizado do dispositivo invadido: Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui crime mais grave. (forma qualificada, delito subsidiário) § 4o Na hipótese do § 3o, aumenta-se a pena de um a dois terços se houver divulgação, comercialização ou transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou informações obtidos. (causa de aumento da pena) § 5o Aumenta-se a pena de um terço à metade se o crime for praticado contra: (causa de aumento da pena) I - Presidente da República, governadores e prefeitos; II - Presidente do Supremo Tribunal Federal; III - Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Assembleia Legislativa de Estado, da Câmara Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara Municipal; ou
IV - dirigente máximo da administração direta e indireta federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal. ELEMENTOS DO TIPO Sujeito ativo: Crime comum. Sujeito Passivo: Qualquer pessoa. Consumação e tentativa: Trata-se de crime formal. A tentativa é possível. Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede mediante representação, salvo se o crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços públicos. (a regra é que seja de ação penal pública condicionada a representação)