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10 DE MAIO DE 2023
Alunas: Giulia Cristina Gonçalves - RA 122117776
Layla Dias Pontes - RA 32221001
Art. 2º O art. 122 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa
a vigorar com a seguinte redação: “Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a
automutilação’’
Prestar auxílio material: Ajudar com a entrega, por exemplo, do meio (arma, veneno, corda
para se enforcar, etc.).
* Sujeito passivo: pessoa capaz. No caso de vítima menor de 14 anos ou incapaz por
enfermidade/deficiência induzida, instigada ou auxiliada ao suicídio - quando ocorre
efetivamente o resultado morte - o agente responde por homicídio.
* Condutas (objetividade): trata-se de crime comissivo, porque decorre de uma atividade
positiva do agente e de crime plurissubsistente, porque costuma se realizar por meio de vários
atos:
* Prestar auxílio: participar materialmente, atuar no cometimento do ato, dar o meio para o
suicídio ou para a automutilação.
→ Induzir, instigar ou auxiliar alguém a se auto lesionar, por exemplo, amputar ou mutilar
um dos dedos da mão ou do pé, a se cortar, a se queimar com cigarros, a ingerir substâncias
que possam causar mal-estar, doenças, distúrbios, ainda que resultante em morte ou não.
§ 3º A pena é duplicada:
I - Se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil;
→ Motivo egoístico – entende-se o motivo que decorre do exclusivismo que faz o sujeito
referir tudo a si próprio, sem consideração aos interesses alheios.
Exemplo: o agente induz a vítima ao suicídio para ficar com a sua herança, com seu cargo,
com sua esposa, para receber o seguro de vida etc. Guilherme de Souza Nucci define o
motivo egoístico como sendo o de “excessivo apego a si mesmo, o que evidencia o desprezo
pela vida alheia, desde que algum benefício concreto advenha ao agente”.
→ Motivo torpe – é aquele baixo, ignóbil (que inspira horror do ponto de vista moral) e
repugnante que deixa perplexa a coletividade.
→ Vítima menor – quando a lei fala de vítima menor, está se referindo àquela maior de 14
anos e menor de 18 anos, que ainda não atingiram a maioridade penal (CP, art. 27). Se a
vítima for menor de 14 anos, haverá presunção da sua incapacidade de discernimento.
→ Vítima com diminuída capacidade de resistência – em razão de enfermidade física ou
mental (vítima embriagada, sob o efeito de tóxicos, angustiada, deprimida, com idade
avançada, com algum tipo de enfermidade grave etc.)
→ Este parágrafo traz o aumento da pena na hipótese de o agente ser líder ou coordenador de
grupo ou rede virtual. Nesse caso, a pena é aumentada pela metade. O ponto importante sobre
esse comportamento é que o agente ocupa uma posição de liderança ou coordenação em um
grupo ou rede virtual, então seu comportamento tem mais chances de ser eficaz porque influi
o comportamento dos outros.
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza
gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato,
ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime
descrito no § 2º do art. 129 deste Código.
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou
contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra
causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art.
121 deste Código.” (NR)
→ O 7° parágrafo sétimo propõe que se evite o homicídio, ou seja, o suicídio ou a autolesão até a
morte, sendo o objeto do crime menor de quatorze anos ou pessoa que não possua o necessário
discernimento. Cometendo o ato, ou não podendo resistir por qualquer outro motivo, o agente não
responde pela participação neste crime qualificador de suicídio ou autolesão (pena prevista de 2 a 6
anos de prisão), e, sim, por homicídio (Código de Processo Penal § 121), com penas maiores: 6 a 20
anos de prisão.
Aluno: Mateus Rezende C. Silva - RA: 822229596
INFANTICIDIO
Art. 123 – Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou
logo após:
PENA – Detenção, de dois a seis anos.
1. Conceito: É o homicídio praticado pela parturiente contra o próprio filho, influenciada pelo
estado puerperal, durante ou logo após o parto.
1.1 – Conceito do Estado Puerperal: Segundo Guilherme de Souza Nucci é “É o estado que
envolve a parturiente durante a expulsão da criança do ventre materno. Há profunda alteração
psíquica e físicas, que chegam a transtornar a mãe, deixando-a sem plenas condições de
entender o que está fazendo. O estado puerperal é o período que se entende do início do parto
até a volta da mulher às condições pré gravidez.”
- Não cabe medidas despenalizadoras.
- Bem jurídico tutelado é a vida humana
- Sujeito ativo: Crime próprio, só pode ser praticado pela parturiente em estado puerperal.
- Sujeito passivo: É o ser humano, durante ou logo após o parto.
- Elemento subjetivo: Dolo direto ou eventual
Tipo de ação – Publica incondicionada (MP que oferece a denúncia)
Nome: Polianna Giovana Martins Passos - RA: 32112659
Exemplo: Quando o marido chuta a barriga de sua mulher provocando o aborto do feto, ou o
namorado acaba tendo uma discussão e acaba empurrando a mulher da escada fazendo ela
perder o filho, esses são alguns exemplos de aborto sem consentimento da gestante. A pena é
de reclusão de três a dez anos.
Existe também o consentimento abstido mediante fraude. Exemplo: O namorado coloca
medicações abortivas na bebida de sua mulher sem ela saber, e por isso acaba abortando o
feto sem o consentimento da própria pessoa.
É um crime de prova livre, considerado comum, de sujeito ativo (qualquer pessoa pode
praticar). Também sendo um crime de dupla subjetividade passiva (neste crime a vítima é a
mãe e o feto). O crime só existe se for praticado dolosamente.
- Obs.: Caso o sujeito por imprudência de causa ao abortamento (abre a porta do carro e
atinge acidentalmente a barriga da gestante causando o aborto). Nesse caso se chama Lesão
corporal culposa.
Se a gestante estiver de gêmeos ou trigêmeos, e o namorado estiver ciente e mesmo assim
praticar o aborto sem o consentimento da gestante, ele irá responder duas (se for gêmeos) ou
três (se for trigêmeos) vezes pelo art. 125 do Código Penal.
Referências bibliográficas: https://youtu.be/Jn0no_P-emc
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624971/artigo-125-do-decreto-lei-n-2848-de-07- de-
dezembro-de-1940
Parágrafo único: Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze
anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave
ameaça ou violência.
- Cabe medida despenalizadora: Suspenção condicional do processo, pois a pena mínima é de
1 ano.
- Bem jurídico Tutelado: Vida intrauterina
- Sujeito Ativo: Crime comum (Qualquer pessoa pode cometer)
- Sujeito Passivo: Feto
- Elemento Subjetivo: Dolo, vontade consciente de provocar o aborto consentido
Exemplo de um aborto consentido pela fraude (Parágrafo único deste artigo): Pai e médico
concordaram em falsificar exame médico para a gestante acreditar que está correndo risco de
vida, com isso obtém a assinatura dela para realizar o aborto.
Aluna: Gabriela Guedes Nascimento - RA: 10723114981
Os dois últimos dispositivos que tratam do crime de aborto, que são os artigos 127 e 128, sendo
no primeiro, os crimes previstos nos artigos 125 e 126 constituindo causas especiais de aumento
de pena, quando provoca lesão corporal de natureza grave, quando a pena é acrescida de um
terço, ou morte, quando é ela duplicada. No segundo dispositivo no inciso I, dispõe do aborto
necessário, que é aquele em que não há outro meio de salvar a vida da gestante, senão a morte
do feto. Dessa forma, havendo perigo para a vida da gestante, o crime está excluído pela
excludente de ilicitude (estado de necessidade), tornando-se legal. Já no inciso II, dispõe sobre
o aborto sentimental, que é autorizado quando a gravidez resulta de estupro e há o
consentimento da gestante ou de seu representante legal.
Aborto provocado por terceiro
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
Pena - reclusão, de três a dez anos.
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: (Vide ADPF 54)
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
Forma qualificada
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em
consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão
corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a
morte.
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 54)
- Não se pune o aborto feito por médico em 2 situações:
Aborto necessário: I - Se não há outro meio de salvar a vida da gestante (não incluindo a
saúde, somente a vida!)
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro: II - Se a gravidez resulta de estupro e o
aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante
legal.
Tanto a lesão corporal como a morte da gestante devem ser consideradas para o aumento da
pena, na forma desse artigo, apenas ao terceiro que pratica as condutas do artigo 125 e 126 do
Código Penal. Configura-se aqui uma hipótese de crime preterdoloso, em que a lesão corporal
de natureza grave ou a morte sobrevêm a título de culpa. Entretanto, se a lesão corporal ou a
morte eram pretendidas pelo autor, a situação configura concurso de crimes (aborto e
homicídio).