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CÓDIGO PENAL
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio
material para que o faça:
Os atos de induzir ou instigar são chamados pela doutrina de participação moral, porque
o crime do art. 122 é chamado, pela doutrina, de participação em suicídio ou automutilação. E
prestar auxílio é a participação material.
Induzir é criar a ideia na mente da vítima, e instigar é reforçar uma ideia preexistente.
O auxílio material precisa ser: auxílio secundário e auxílio eficaz. Secundário porque
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aquele que presta o auxílio não pode praticar a conduta principal; e eficaz porque precisa ser
o auxílio efetivamente usado pela vítima.
Caso o agente induza, mas preste o auxílio a vítima, ele exerceu dois verbos-núcleos do
Direito Penal, mas praticou apenas um crime do art. 122. A classificação desse artigo é um tipo
misto alternativo, isto é, ainda que mais de uma conduta seja praticada, se ele for praticado no
mesmo contexto fático contra a mesma vítima, há somente um crime.
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DIREITO PENAL – PARTE ESPECIAL
Art. 122 – Participação em Suicídio ou Automutilação
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A doutrina entende que essas condutas do art. 122 devem ser praticadas contra pessoas
determinadas.
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Trata-se de crime de menor potencial ofensivo, porque a pena máxima não é superior a
dois anos.
Antes da alteração do art. 122, ele era chamado de crime condicionado à produção do
resultado naturalístico, isto é, o agente que praticava induzimento, instigação ou auxílio ao
suicídio somente respondia por esse crime se a vítima efetivamente morresse ou se sofresse
lesão corporal grave ou gravíssima da tentativa de suicídio praticada por ela. De acordo com
a antiga redação do art. 122, se o agente induzisse uma vítima a praticar suicídio, mas essa
vítima não tentasse o suicídio, não havia crime.
No entanto, agora ele passa a ser, na sua modalidade simples, um crime formal, ou seja,
se um agente induz, instiga ou presta auxílio a alguém para praticar suicídio ou automutila-
ção, mas essa vítima jamais tenta praticar esses atos, o agente responderá por esse crime na
modalidade consumada. Tentativa é possível.
Esse crime só existe, independente da sua modalidade, mediante dolo.
Os parágrafos 1º e 2º são modalidades qualificadoras do induzimento, instigação ou auxí-
lio ao suicídio ou automutilação.
Os §§ 1º e 2º, do art. 129, definem o que é lesão corporal de natureza grave ou gravíssima.
E aqui há um crime médio potencial ofensivo, porque a pena mínima não é superior a um ano
e é cabível a aplicação da suspensão condicional do processo.
Os §§ 1º e 2º são crimes materiais, só haverá essas hipóteses qualificadoras se houver
um efetivo resultado produzido.
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§ 3º A pena é duplicada:
I – se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil;
II – se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
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O inciso II, ao mencionar o "menor", significa que se aplica às pessoas de 14 a 17 anos, e
não se aplica para menores de 14 anos, porque a Legislação Brasileira entende que o menor
de 14 anos é vulnerável, ou seja, não tem discernimento para a prática de diversos atos.
A alteração do art. 122 se deu por conta de um jogo na internet chamado Baleia Azul.
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de computadores,
de rede social ou transmitida em tempo real.
§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual.
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§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é
cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência men-
tal, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não
pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código.
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou
contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra
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causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do
art. 121 deste Código.
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�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Érico Palazzo.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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