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DIREITO PENAL - CRIMES EM ESPÉCIE I

PROF. ÁTILA CALLISON

MATERIAL DE APOIO – AULA 03

4. INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO A SUICÍDIO OU A AUTOMUTILAÇÃO.

Inicialmente, faça agora a leitura do artigo, parágrafos e incisos do 122 - CP.

O suicídio ou a automutilação não são tipificados, por conta do princípio da alteridade


(somente podem ser punidas condutas que afetem terceiros). Todavia, é considerado ato
ilícito, admitindo-se a coação exercida para impedir sua prática (art. 146, §3º, II do Código
Penal).
Objeto jurídico – Tutela-se a vida humana e, bem por isso, o delito está contido dentro
do Capítulo I do Título I do Código Penal: “Dos Crimes contra a Vida”.
Sujeito ativo – Qualquer pessoa (crime comum), exceto o próprio suicida ou
automutilador. O suicídio ou a automutilação não são tipificados, por conta do princípio
da alteridade (somente podem ser punidas condutas que afetem terceiros). Todavia, é
considerado ato ilícito, admitindo-se a coação exercida para impedir sua prática (art. 146,
§3º, II do Código Penal).
Admite-se a coautoria e a participação. Se, por exemplo, “A” induz “B” a induzir “C” a tirar
a própria vida ou se automutilar, “B” será autor do crime de participação em suicídio ou
de participação em automutilação e “A” será partícipe do crime de participação em
suicídio ou participação em automutilação.
Sujeito passivo – Qualquer pessoa, desde que possua mínima capacidade de
discernimento ou resistência. Do contrário, o crime passa a ser de homicídio (art. 121 do
Código Penal), de lesão corporal leve (art. 129 do Código Penal), de lesão corporal grave
(art. 129, §1º do Código Penal) e de lesão corporal gravíssima (art. 122, §6º do Código
Penal). A vítima deve ser determinada, não havendo crime se o induzimento ou instigação
voltados a pessoas indeterminadas.
Elemento subjetivo – O crime é punido a título de dolo. A doutrina em geral admite, além
do direto, o dolo eventual (ex.: pai aplica castigo severo em filha, mesmo tendo razões
para acreditar que ela possa vir a se matar).
Núcleo do tipo: - Induzir – Criar, fazer nascer na mente da vítima a ideia de tirar a própria
vida ou se autolesionar. - Instigar – Incentivar ou alimentar uma ideia suicida
automutiladora já existente na mente da vítima. - Auxiliar – Ao contrário do induzimento
e da instigação, que são atos morais, o auxílio deve ser material ou físico (ex.: fornecer a
arma para a vítima utilizar no suicídio ou na automutilação).
O art. 122 é um tipo misto alternativo, também chamado crime de ação múltipla ou
conteúdo variado. Logo, a prática de mais de uma conduta contra a mesma vítima
configura crime único (ex.: agente induz a vítima a se suicidar e, em seguida, presta-lhe
auxílio material, entregando a arma de fogo).

Consumação e tentativa – Trata-se de crime formal, que independe de resultado


naturalístico para se consumar. Logo, o crime restará configurado com ou sem o
resultado morte ou lesão. Entretanto, ocorrendo qualquer resultado agravador, este será
considerado mero exaurimento do crime, devendo haver a incidência das qualificadoras
previstas nos parágrafos do art. 122 do Código Penal.
Se o agente induzir, instigar ou auxiliar a vítima, mas ela ignorar o conselho, ou ainda que
tente se suicidar ou se automutilar, chegue a sofrer apenas lesões de natureza leve, fica
configurado o crime.
Nessa ótica, sobre a tentativa, devemos analisar o tipo penal em duas partes:
No caso de auxílio material, tratando-se de crime plurissubsistente, a tentativa é possível
quando o fornecimento do auxílio for impedido.
No caso de induzimento ou instigação, a tentativa só é possível se o crime for praticado
por escrito, nos mesmos moldes em que ocorre o delito previsto no art. 180, caput, parte
final, do Código Penal (receptação imprópria).

4.1 - QUALIFICADORAS – VÍTIMA CAPAZ OU NÃO VULNERÁVEL


Atualmente, a ausência do resultado morte ou lesão não é mais causa de atipicidade,
pois tal conduta está penalmente tipificada no art. 122, caput, do Código Penal, se a vítima
não for vulnerável.
Assim, se o sujeito induz, instiga ou auxilia outrem a se suicidar ou automutilar, ainda que
não ocorra resultado algum advindo da tentativa de suicídio ou automutilação ou mesmo
que ocorram apenas lesões leves, o artigo 122, “caput”, do Código Penal estará
configurado.

§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão


corporal de natureza grave ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e
2º do art. 129 deste Código:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.


§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta
morte:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.

4.2 - QUALIFICADORAS – VÍTIMA INCAPAZ OU VULNERÁVEL


Tratando-se de vítima incapaz ou vulnerável, se da conduta não ocorrer resultado algum
ou decorrer apenas lesões corporais leves ou graves, estará penalmente tipificada no art.
129 do Código Penal, consumado ou tentado.
Percebam que a qualificadora prevista no art. 122, §6º, do Código Penal só é aplicável no
caso de lesão gravíssima, por expressa previsão legal. Assim, havendo lesão leve ou
grave, o sujeito responderá não pelo delito previsto no art. 122, mas pelo delito previsto
no art. 129 do Código Penal.
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão
corporal de natureza gravíssima e é cometido contra menor de 14
(quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência
mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato,
ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência,
responde o agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste
Código.
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra
menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem o necessário
discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra
causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo
crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código.

4.3 - MAJORANTES DE PENA


§ 3º A pena é duplicada:

I - Se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou


fútil; II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por
qualquer causa, a capacidade de resistência.

§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é


realizada por meio da rede de computadores, de rede
social ou transmitida em tempo real.

§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder


ou coordenador de grupo ou de rede virtual

São três hipóteses, nas quais a pena é duplicada:


a) Motivo egoístico, torpe ou fútil - a redação anterior já previa o motivo egoístico,
mas foi a redação conferida pela Lei 13.968/19 que inseriu no Código Penal o
aumento de pena em razão do motivo torpe ou fútil.

b) Vítima menor – É aquele menor de 18 anos. Mas qual a idade mínima?

Há duas correntes principais:

- Pessoa com idade entre 14 anos e 18 anos incompletos. Nessa fase, a capacidade
de discernimento e de resistência, embora existente, ainda não é completa. Com
relação à vítima menor de 14 anos, reputa-se ausente o grau de discernimento
necessário para compreensão das consequências do ato e oferecimento de
resistência. Tanto que, no âmbito sexual, a lei não considera válido o
consentimento emanado de tais pessoas (art. 217-A). Logo, a prática das condutas
descritas no art. 122 contra pessoa menor de 14 anos dá lugar ao crime de
homicídio.
- Pessoa menor de 18 anos, devendo-se analisar a capacidade de discernimento
e resistência no caso concreto.

c) Capacidade de resistência reduzida – Abrange qualquer outra causa que reduza


a capacidade de resistência da vítima, seja doença física ou mental, seja em razão
do consumo de álcool e drogas etc. Esta hipótese pressupõe capacidade de
resistência reduzida, pois se tal capacidade for inexistente, deve-se reconhecer o
crime de homicídio.

Por fim, os §§ 4º e 5º, do art. 122 do Código Penal trazem punição aumentada para os
casos em que o crime seja realizado por meio de rede de computadores, de rede social
ou transmitida em tempo real. Assim, pela leitura dos referidos parágrafos, podemos
concluir que a pena deve ser aumentada até o dobro para aqueles sujeitos que
participam do evento criminoso e aumentada em dobro e com acréscimo de metade
para os sujeitos que encabecem a liderança da empreitada criminosa.

4.4 - HIPÓTESES ESPECÍFICAS

a) Pacto de morte (ambicídio)

Hipótese em que duas ou mais pessoas celebram um acordo visando ao suicídio


conjunto. Ao celebrarem o pacto de morte, as pessoas envolvidas estão se
incentivando mutuamente a praticarem suicídio, podendo ser punidos pelo crime
do art. 122. Se todos os envolvidos no pacto morrerem, evidentemente não será
possível a responsabilização penal.

Entretanto, atenção, só haverá crime de participação em suicídio ou em


automutilação se o ato executório for praticado pela própria vítima (ex.: ela
própria ingere o veneno / ela própria atira contra si / ela própria coloca uma corda
no pescoço e se pendura / ela própria se lesiona com uma faca). Se o ato
executório for praticado por terceiro, responderá este por homicídio ou lesão
corporal, conforme o caso.

b) Roleta russa ou duelo americano

Na roleta russa, normalmente os agentes colocam uma bala na arma e giram o


tambor. Em seguida, o primeiro participante mira contra a própria cabeça e aciona
o gatilho. Se não disparar, entrega a arma para o próximo, que fará o mesmo.

No duelo americano, são utilizadas duas armas, uma municiada, outra não. Cada
participante escolhe uma arma, mira contra si próprio e aciona o gatilho. Nesses
casos, havendo ou não o resultado morte ou lesão corporal, os demais
participantes responderão pelo crime do art. 122 do Código Penal. Porém, se
algum dos participantes mirar contra outro e disparar, o crime passará a ser de
homicídio, consumado ou tentado, conforme o caso.

c) Desafio da baleia azul, jogo da asfixia e práticas análogas

Existem diversas variações desses “jogos”, nas quais o participante que perde tem
de se submeter a algum tipo de asfixia. Em geral, a execução dessas condutas
ocorre por meio da rede mundial de computadores, onde determinadas pessoas
eram influenciadas a concretizar os “desafios”, chegando à autolesão e até ao
suicídio.

A disseminação da prática de “jogos” como tais foi de fundamental importância


para a criação das causas de aumento previstas no art. 122, §4º e §5º do Código
Penal.

Assim, atualmente, em razão da frenética e ágil propagação de comportamentos que


importam em lesão ao copo e até mesmo em morte, são mais severamente
repreendidos, conforma já detalhado nos parágrafos anteriores.

5. INFANTICÍDIO

Infanticídio

Art. 123 - Matar, sob a influência do estado


puerperal, o próprio filho, durante o parto ou
logo após:

Pena - detenção, de dois a seis anos.

Conceito de infanticídio – É a morte provocada pela mãe contra o próprio filho, agindo
sob a influência do estado puerperal, durante o parto ou logo após. É o verdadeiro
homicídio privilegiado, tipificado de modo autônomo e de forma especial pelo legislador.
Objeto jurídico – Vida humana do nascente ou recém-nascido.

Sujeito ativo – A mãe da criança (crime próprio).

Sujeito passivo – É a criança, nascente (durante o parto) ou neonata (recém-nascida).


Como se requer qualidade especial também do sujeito passivo (ser o próprio Filho), parte
da doutrina classifica o delito como crime bipróprio.

No caso de erro quanto à pessoa, aplicam-se as regras do art. 20, § 3º, do Código Penal.
Assim, se a genitora, nas circunstâncias do art. 123, voltar-se contra outra criança,
acreditando ser seu filho, responderá por infanticídio (alguns denominam esta hipótese
de “infanticídio putativo”).

Núcleo do tipo: matar – A configuração do delito pressupõe que a criança esteja viva
quando o ato é praticado.

A vida pode ser comprovada pelos batimentos cardíacos, pela circulação sanguínea ou
qualquer outro critério admitido pela ciência médica (Bitencourt, Tratado de direito
penal, 2, p. 145).

Se a conduta for cometida contra natimorto haverá crime impossível, por absoluta
impropriedade do objeto. Da mesma forma, haverá crime impossível se o feto for
anencéfalo, em consonância com a decisão do STF na ADPF 54 (vou explicar mais
quando chegarmos ao crime de aborto).
A conduta pode ser comissiva (ex.: sufocação, fratura do crânio, estrangulamento etc.)
ou omissiva (deixar de alimentar; não retirar secreções da mucosa oral do neonato,
causando sufocação etc.).

Conceito de parto – É o processo fisiológico de expulsão do produto da concepção do


útero materno. O parto se inicia com a dilatação, quando o colo do útero se prepara para
a passagem do feto; segue-se a fase da expulsão, em que as contrações do útero
aumentam e provocam a saída do feto; por fim, tem-se a dequitação, que é a eliminação
da placenta e membranas do organismo materno.

O tipo penal exige que o infanticídio ocorra durante o parto ou logo após.

Assim:

- Se a conduta for praticada ANTES do parto (ou seja, antes da fase da dilatação), não há
infanticídio, mas sim aborto.

- Se a conduta for praticada muito tempo após o parto, o crime passa a ser de homicídio.

Estado puerperal – Situação transitória enfrentada pela mulher durante ou após parto,
ensejadora de alterações de ordem física e psíquica que podem ocasionar abalo em suas
faculdades mentais, reduzindo-lhe a capacidade de discernimento.

Após o estado puerperal, há a fase da bonança, advindo situação de tranquilidade que


não mais permite o reconhecimento do infanticídio.
Duração e prova do estado puerperal – O tema não é pacífico, embora seja majoritário
na doutrina o entendimento de que a duração e a prova da influência do estado puerperal
devem ser analisadas no caso concreto.

Quanto à duração, não há um critério cronológico pré-definido, devendo haver


proximidade temporal entre o parto e a conduta, analisada em conjunto com a relação
de causalidade entre a influência do estado puerperal e a morte do neonato. Se tal
relação não ficar demonstrada, ainda que a mãe tire a vida do filho durante o parto ou
logo após, responderá por homicídio.

5.1 - CONCURSO DE AGENTES

O terceiro que toma parte no delito praticado pela genitora responderia por homicídio
ou por infanticídio?

Ex.: Maria, durante o parto e sob influência do estado puerperal, por estar muito fraca,
pede que João a ajude a eliminar a vida do nascente, o que é atendido por ele. Maria
responde por infanticídio. Mas por qual crime responde João?

A posição amplamente majoritária é aquela que reconhece a possibilidade do concurso


de pessoas (autoria e participação). Assim, a genitora e o terceiro responderão por
Infanticídio – tem por fundamento a adoção pelo Código Penal da teoria monista (art. 29
– “Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas,
na medida de sua culpabilidade”). Ademais, o art. 30 estabelece que as circunstâncias e
as condições de caráter pessoal não se comunicam, salvo quando elementares do crime.
Sendo elementar do crime, a influência do estado puerperal está compreendida na
ressalva na parte final do dispositivo, figurando como circunstância extensível aos
comparsas. (Nelson Hungria).

A maior discussão a respeito do assunto se dá quando o executor do crime não é a


parturiente, que ‘apenas’ induz a execução da infração penal por outrem, assumindo,
assim, a condição de partícipe (a exemplo do médico que, induzido pela parturiente,
executa a ação de matar sozinho). Existe a tese de que ambos os participantes
responderão pelo crime de homicídio. A gestante, na condição de partícipe. Contudo,
parte da doutrina percebe um contrassenso, pois a mãe, que mata o próprio filho ou
neonato logos após o parto responde por crime menos grave – infanticídio, e quando
‘apenas’ induz a execução do crime por terceiro, responde por delito mais grave -
coautoria em crime de homicídio.

Existem duas correntes que visam a solução do problema:

1) médico e parturiente deverão responder pelo crime de infanticídio


(Damásio, Noronha);

2) o médico deverá responder pelo crime de homicídio; a parturiente pelo


crime de infanticídio (Bento de Faria e Frederico Marques).
Elemento subjetivo - É o dolo, direto ou eventual. Não se admite a forma culposa.

E se a mãe, sob a influência do estado puerperal, causar a morte do filho culposamente?

Há duas correntes:

- Responderá por homicídio culposo. Tal conduta está tipificada no art.


121, § 3º, do Código Penal, não havendo qualquer ressalva à aplicação do
aludido dispositivo, nem a previsão do infanticídio culposo (Bitencourt,
Flavio Monteiro de Barros, Hungria, entre outros).

- Fato atípico. O infanticídio é, em essência, uma modalidade privilegiada


de homicídio. Se o legislador deslocou tal conduta para o art. 123 e previu
punição apenas para a figura dolosa, é porque pretendeu excluir a figura
culposa. Além disso, o enquadramento do infanticídio como modalidade
de homicídio culposo, no mais das vezes, restaria ineficaz, pois daria azo
ao reconhecimento do perdão judicial (Damásio, Paulo José da Costa
Junior, José Frederico Marques, entre outros).

Consumação e tentativa – O crime se consuma com a morte do nascente ou neonato.

Admite-se a tentativa.

Compatibilidade do infanticídio com o art. 26 do Código Penal – Se ficar demonstrada a


existência de alguma causa de inimputabilidade ou semi-imputabilidade, que não a
própria influência do estado puerperal, é possível a aplicação do art. 26, caput ou
parágrafo único, do Código Penal (ex.: parturiente acometida de desenvolvimento mental
incompleto ou retardado; psicose puerperal etc.). Por outro lado, não se admite a
aplicação do dispositivo se a perturbação mental decorrer exclusivamente da influência
do estado puerperal, pois tal hipótese já está abarcada pelo próprio tipo penal.
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO

1ª) Em relação aos crimes contra a vida, é correto afirmar que:

a) a genitora que mata o neonato, sob o estado puerperal e logo após o parto, responderá
por homicídio duplamente qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima e
por meio insidioso.
b) para configuração do homicídio privilegiado, previsto no art. 121, § 1º, do Código Penal,
basta que o agente cometa o crime sob o domínio de violenta emoção.
c) nas lesões culposas verificadas entre os mesmos agentes, é possível aplicar a
compensação de culpas.
d) o feminicídio, previsto no art. 121, § 2º, inciso VI, do Código Penal, exige que o crime seja
praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino envolvendo violência
doméstica ou familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

2ª) Assinale a alternativa incorreta.

a) É possível a aplicação da interpretação analógica no tipo de homicídio qualificado pelo fato


de o crime ter sido praticado mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro
motivo torpe.
b) O fato de a vítima de homicídio doloso ter mais de sessenta anos constitui circunstância
agravante, prevista no artigo 61 do Código Penal, considerada na segunda fase de aplicação
da pena.
c) O homicídio híbrido é admitido pela jurisprudência, desde que a circunstância qualificadora
tenha caráter objetivo.
d) O homicídio é qualificado pela conexão quando cometido para assegurar a execução, a
ocultação, a impunidade ou a vantagem de outro crime.

3ª) Quanto aos crimes contra a vida, assinale a opção correta:

a) A expressão “durante ou logo após o parto" impede a caracterização do infanticídio se a


conduta for praticada mais de 24h após o parto ter sido concluído.
b) Se “A" induz “B" a se matar, mas “B" apenas experimenta lesões leves, “A" pratica delito de
auxílio ao suicídio, na forma tentada.
c) Para a realização do aborto com o consentimento da gestante, em caso de gravidez
resultante de estupro, o médico precisa de autorização judicial.
e) Ao autor de homicídio praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino
da vítima aplica-se circunstância qualificadora.

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