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Professor Gilson Maciel

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“A persistência é o caminho
do êxito”
[ Direitos Humanos]

Artigo 2
Para os efeitos desta Convenção, entender-se-á por tortura todo ato pelo qual são
infligidos intencionalmente a uma pessoa penas ou sofrimentos físicos ou mentais,
com fins de investigação criminal, como meio de intimidação, como castigo pessoal,
como medida preventiva, como pena ou qualquer outro fim. Entender-se-á também
como tortura a aplicação, sobre uma pessoa, de métodos tendentes a anular a
personalidade da vítima, ou a diminuir sua capacidade física ou mental, embora não
causem dor física ou angústia psíquica.

NÃO estarão compreendidas no conceito de tortura as penas ou sofrimentos físicos


ou mentais que sejam unicamente consequência de medidas legais ou inerentes a
elas, contanto que não incluam a realização dos atos ou a aplicação dos métodos a
que se refere este artigo.
[ Direitos Humanos]

A prática de atos que inflijam


intencionalmente penas ou
sofrimentos físicos ou mentais

É TORTURA
A prática de atos ou métodos que
tenham por finalidade anular a
personalidade da vítima ou diminuir
a capacidade física ou mental
Eventuais penas ou sofrimentos físicos ou mentais que
decorram da aplicação de medidas legais, desde que
essas medidas não inflijam dor ou sofrimento físicos ou
NÃO É TORTURA mentais ou tenham por finalidade anular a
personalidade da vítima ou reduzam a sua capacidade
física ou mental.
[ Direitos Humanos]

Guerra declarada, estado de sítio ou de


emergência permitem o uso da tortura em nome
da segurança nacional?
[ Direitos Humanos]

Estado de guerra

Ameaça de guerra

Estado de sítio ou de emergência

Não se admite tortura nem Comoção ou conflito interno


mesmo em caso de:
Suspensão das garantias constitucionais

Instabilidade política interna

Outras emergências ou calamidades públicas


[ Direitos Humanos]

Artigo 3
Serão responsáveis pelo delito de tortura:

a) Os empregados ou funcionários públicos que, aluando nesse


caráter, ordenem sua comissão ou instiguem ou induzam a ela,
cometam-no diretamente ou, podendo impedi-lo, não o façam;

b) As pessoas que, por instigação dos funcionários ou empregados


públicos a que se refere a alínea a, ordenem sua comissão, instiguem
ou induzam a ela, cometam-no diretamente ou nele sejam cúmplices.
[ Direitos Humanos]

Artigo 4

O fato de haver agido por ordens superiores não eximirá da


responsabilidade penal correspondente.
[ Direitos Humanos]

Artigo 7
Os Estados Partes tomarão medidas para que, no treinamento de
agentes de polícia e de outros funcionários públicos responsáveis pela
custódia de pessoas privadas de liberdade, provisória ou
definitivamente, e nos interrogatórios, detenções ou prisões, se ressalte
de maneira especial a proibição do emprego da tortura.

Os Estados Partes tomarão também medidas semelhantes para evitar


outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes.
[ Direitos Humanos]

Artigo 8
Os Estados Partes assegurarão a qualquer pessoa que denunciar haver sido submetida a
tortura, no âmbito de sua jurisdição, o direito de que o caso seja examinado de maneira
imparcial.
Quando houver denúncia ou razão fundada para supor que haja sido cometido ato de tortura
no âmbito de sua jurisdição, os Estados Partes garantirão que suas autoridades procederão de
ofício e imediatamente à realização de uma investigação sobre o caso e iniciarão, se for
cabível, o respectivo processo penal.
Uma vez esgotado o procedimento jurídico interno do Estado e os recursos que este prevê, o
caso poderá ser submetido a instâncias internacionais, cuja competência tenha sido aceita por
esse Estado.

Artigo 9
Os Estados Partes comprometem-se a estabelecer, em suas legislações nacionais, normas
que garantam compensação adequada para as vítimas do delito de tortura.
Nada do disposto neste artigo afetará o direito que possa ter a vítima ou outras pessoas de
receber compensação em virtude da legislação nacional existente.
[ Direitos Humanos]

Artigo 10
Nenhuma declaração que se comprove haver sido obtida mediante tortura
poderá ser admitida como prova num processo, salvo em processo
instaurado contra a pessoa ou pessoas acusadas de havê-la obtido
mediante atos de tortura e unicamente como prova de que, por esse meio,
o acusado obteve tal declaração.
[ Direitos Humanos]

Tipificação penal da tortura, com penas severas


Medidas que devem ser adotadas pelos
Estados a fim de evitar a TORTURA

Treinamento de servidores das instituições penitenciárias

Viabilizar o acesso da vítima a formas e meios de denúncias dos atos praticados

Promover adequada compensação às vítimas de tortura

Vedar a utilização de provas obtidas mediante tortura em processos


[ Direitos Humanos]

Os Estados-partes devem tomar medidas necessárias para conceder a


extradição de pessoas que sejam acusadas pela prática do crime de tortura.

Os Estados devem procurar acrescer aos tratados bilaterais de extradição, a


condição de que o acusado pelo crime de tortura será sempre extraditável.

Os Estados devem se recursar a extraditar pessoas quando houver suspeita de


que será vítima de tortura pelo Estado requerente, consagrando o princípio do
non-refoulement (proibição do rechaço) nos casos de tortura.
[ Direitos Humanos]

SISTEMA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE À TORTURA


[ Direitos Humanos]

SISTEMA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE À TORTURA

Proteção da dignidade da pessoa humana


universalidade
objetividade
PRINCÍPIOS igualdade
imparcialidade
Não seletividade
Não discriminação
[ Direitos Humanos]

respeito integral aos direitos humanos, em especial aos direitos das pessoas privadas de
liberdade

articulação com as demais esferas de governo e de poder e com os órgãos responsáveis


pela segurança pública, pela custódia de pessoas privadas de liberdade, por locais de
internação de longa permanência e pela proteção de direitos humanos

adoção das medidas necessárias, no âmbito de suas competências, para a prevenção e o


combate à tortura e a outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes
[ Direitos Humanos]

1- (INSTITUTO ACESSO/PC-ES – 2019).

No Brasil, na tentativa de combater e prevenir atos de tortura, o Estado brasileiro aprovou leis, assinou tratados
internacionais e instituiu diversas políticas públicas ao longo das últimas décadas.

Considere as seguintes referências:

I – Constituição da República Federativa do Brasil (1988): art. 5, Inciso III – ninguém será submetido a tortura nem a
tratamento desumano ou degradante.

II – Adesão à Convenção Contra Tortura das Nações Unidas (1989).

III – Ratificação da Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura (1989).

IV – Assinatura do Protocolo Adicional à Convenção Contra Tortura das Nações Unidas (2007).

V – Lei 9.140, de 4 de dezembro de 1995 – reconhece como mortas as pessoas desparecidas durante a Ditadura Militar
(1964-1985) e concede indenização às vítimas ou familiares das vítimas.

VI – Lei 9.455, de 7 de abril de 1997- tipifica o crime de tortura.

É correto dizer que são pertinentes: a) todas as referências; b) todas, exceto I, III e VI; c) todas, exceto II, III e IV.

d) todas, exceto I, V e VI. e) todas, exceto II, IV e V.


[ Direitos Humanos]

Questão 1
[ Direitos Humanos]

2- (PC-SP/PC-SP – 2012).

De acordo com a Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura (1985), podem ser sujeitos ativos do
crime de tortura

a) apenas funcionários ou empregados públicos, ou particulares desde que instigados pelos dois primeiros

b) apenas funcionários ou empregados públicos, ainda que em período de estágio probatório ou equivalente.

c) qualquer pessoa, desde que tenha a intenção de impor grave sofrimento físico ou mental.

d) exclusivamente empregados ou funcionários públicos, agindo em razão do ofício ou função

e) qualquer pessoa, desde que seja penalmente responsável nos termos da lei do Estado Parte
[ Direitos Humanos]

Questão 2
[ Direitos Humanos]

3- (FMP/DPE-PA - 2015).

De acordo com a Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura, é correto afirmar que:

a) quando houver denúncia ou razão fundada para supor que haja sido cometido ato de tortura no âmbito de sua
jurisdição, os Estados Partes garantirão que o juiz proceda de ofício e imediatamente à realização de uma investigação
sobre o caso, e determine, se for cabível, o início do respectivo processo penal.

b) nenhuma declaração que se comprove haver sido obtida mediante tortura poderá ser admitida como prova num
processo de conhecimento ou de execução penal, salvo para demonstrar a inocência do acusado ou condenado.

c) a periculosidade do detido ou condenado, bem como, a insegurança do estabelecimento carcerário ou penitenciário


não podem justificar a tortura ou sua determinação por parte dos empregados ou funcionários públicos.

d) no conceito de tortura, compreendem-se as penas ou sofrimentos físicos ou mentais que sejam unicamente
consequência de medidas legais ou a elas inerentes.

e) entende-se por tortura todo ato pelo qual são infligidos a uma pessoa, intencionalmente ou não, penas ou
sofrimentos físicos ou mentais, com fins de investigação criminal, como meio de intimidação, como castigo pessoal, como
medida preventiva, como pena ou com qualquer outro fim.
[ Direitos Humanos]

Questão 3
[ Direitos Humanos]

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“A repetição é a alma da retenção”

profgilsonmaciel Mantenha seu foco e disciplina que a vitória virá!

Muito obrigado. Um forte abraço.

Prof. Gilson Maciel

@policiataticaoficial

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