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Regra:
Exceção:
ceção
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b 1 – ECA ‐ 1990
Estatuto da Criança e do Adolescente,
Adolescente em seu artigo 233,
233
tipificou o crime de tortura, mas somente em relação a
criança (menor de 12 anos) e ao adolescente (12 a 18
anos),) in
i verbis:
bi
Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade,
guardad ou vigilância
i ilâ i a tortura – reclusão
l d um a cinco
de i
anos.
§§1º ‐ se resultar lesão corporal
p grave – reclusão de dois a
g
oito anos
§2º ‐ se resultar lesão corporal gravíssima: reclusão de
quatro a doze anos
q
§3º ‐ se resultar morte – pena de quinze a trinta anos.
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b 2 – Crimes Hediondos
O Art. 2º da Lei 8.072/90
7 9
Prescreve que aos crimes hediondos e a prática
de tortura são insuscetíveis de: anistia, graça e
indulto bem como fiança.
indulto, fiança
Determinou ainda que o regime inicial será o
fechado.
fechado
Prisão temporária será de 30 dias, prorrogável
por igual
p g perídio (em caso de extrema e
p
comprovada necessidade)
Tratou de questões processuais e de execução.
Tortura é crime hediondo?
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B 3 – Lei 9.455/97
Em 1997,
1997 em razão do princípio da
Legalidade e da Reserva Legal ( Inciso
XXXIX, do
d art. 5º dad CF, bem
b como o art. 1º
do CP) foi p publicada a Lei 9.455/97 q que
definiu os crimes de tortura, objeto de nosso
estudo.
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Objetividade Jurídica. Quais bens quer a Lei de
Tortura tutelar.
Dignidade da Pessoa Humana – imediata.
Vida, Integridade Corporal, Mental, a Liberdade Pessoal
– Mediata
Secundariamente protege‐se também a Administração
Pública quando o crime for cometido por um de seus
Pública,
agentes.
Competência
p para jjulgamento
p g dos crimes de
Tortura?
P li i l Militar
Policial Milit e o Crime
Ci d Tortura
de T t – Julgamento.
J l t
8
Primeiramente, a lei não quis trazer o conceito,
apenas
p restringiu‐se
g a dizer q
que constitui o crime de
tortura.
De Plácido
D Plá id e Silva,
Sil em seu Vocabulário
V b lá i Jurídico,
J ídi Vol.
V l IV,
IV
Rio de Janeiro: Forense, 1986, assim definiu tortura:
É o sofrimento ou dor provocada por maus tratos físicos
ou morais. É o ato desumano que atenta à dignidade
humana.
Tortura a vítima é submetê‐la a um tratamento
desnecessário, é tornar mais angustiante um sofrimento.
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Tipo Penal Básico – Art. 1º, I
▪ I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando‐
lhe sofrimento físico ou mental.
mental
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Classificação do Crime: Material, Comum e de
Dano.
Dano
Sujeito Ativo: qualquer pessoa
Sujeito Ativo: qualquer pessoa.
Sujeito Passivo: qualquer pessoa
Sujeito Passivo: qualquer pessoa.
Grave ameaça:
Consiste na promessa do agente em causar na
vítima um mal futuro,
futuro verossímil,
verossímil inevitável.
inevitável
▪ Cuidado: a promessa de um mal poderá recair em
pessoa na qual a vítima tenha uma forte ligação.
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Intensidade da violência:
Cuidado nem toda a violência é capaz de tipificar a Tortura. Ela
deve ser de
d d especial
i l relevo.
l
Caso não enseje a tipificação do delito de tortura, poderá ser
caso de outros crimes, por exemplo: constrangimento ilegal
( t 146
(art. 6 do
d CP)
▪ Constrangimento ilegal
▪ Art. 146 ‐ Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de
lhe haver reduzido,
reduzido por qualquer outro meio,
meio a capacidade de resistência,
resistência a não
fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:
Pena ‐ detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Comprovação da violência, em especial a física, se dá
através
é do
d exame pericial.
i i l Exame
E d Corpo
de C d Delito
de D li
(direto ou indireto – testemunha)
A violência mental p poderá ser comprovado
p pela
p
psicologia forense.
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Consumação:
▪ É um crime material, logo a lei descreveu um resultado e o
exigiu para sua consumação. É neste momento que o crime
se consuma. (com a prática da Violência ou da grave ameaça)
▪ Cuidado: não é necessário o resultado esperado pelo agente (alíneas
“a”, “b”e “c”) , mas caso este venha a se realizar será mero
exaurimento do delito, devendo apenas ser observado quando da
aplicação da penal (art. 59 do CP).
Ex.: pratica‐se violência para que o devedor lhe confesse a dívida,
basta a violência, sendo a confissão mero exaurimendo do crime.
,
Tentativa: perfeitamente possível, pois o crime é
realizado em vários atos.
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Temos três. Um em cada alínea do art. 1º.
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Chamado de Tortura Prova.
Emprega‐se a tortura para que a vítima
cometa outro crime Ex : constrange‐se
cometa outro crime. Ex.: constrange‐se
alguém mediante violência ou grave ameaça
a cometer um crime de estupro.
a cometer um crime de estupro
Quem responderá?
Torturador e Vítima
T t d Víti
Somente o torturador – Art. 22, 1ª parte do CP.
Conc rso Material entre Tort ra e Est pro
Concurso Material entre Tortura e Estupro.
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Torturado para praticar uma contravenção penal. É
crime.
Como o tipo da tortura refere‐se a “natureza
criminosa” a doutrina majoritária entende que neste
criminosa
caso jamais haverá crime de tortura. O que ocorre, no
caso, é a prática de constrangimento ilegal ou lesão
corporal (a depender do caso concreto).
concreto)
No caso de aceitar a p prática de uma contravenção ç
penal para tipificar este delito de tortura, estaríamos
fazendo uma analogia in malam parten o que é
vedado em nosso ordenamento.
ordenamento
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Chamado de Tortura discriminatória ou
Tortura Racismo.
Cuidado: o tipo penal cita apenas discriminação
racial ou religiosa.
E quando for, por exemplo, contra
homossexuais? Vai depender do caso concreto,
concreto
a doutrina mais abalizada sustenta que poderá
ser caso de homicídio, lesão corporal, p
constrangimento ilegal, mas jamais tortura, uma
vez que essa analogia seria in malam partem, o
que não é,
é entre nós,
nós aceito.
aceito
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Ação penal será Pública Incondicionada
Titular Ministério Público Estadual ou Federal
Tit l Mi i té i Públi E t d l F d l
Não necessita de nenhuma autorização/condição
para que ele possa ingressar com a Ação Penal
Ação Penal: direito de pedir ao estado a aplicação
do direito objetivo ao caso concreto.
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II ‐ submeter alguém, sob sua guarda, poder ou
autoridade,, com emprego
p g de violência ou g grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como
forma de aplicar castigo pessoal ou medida de
caráter
át preventivo.
ti
Pessoa Presa: Qualquer _ seja pena definitiva, prisão temporária,
disciplinar (militares); menor infrator internado.
Sujeito Ativo: Divergência
j g
Crime Próprio: somente pode ser praticado por algumas pessoas em
razão da função. Ex.: delegado de polícia, agente penitenciário,
enfermeiro de hospital (medida de segurança).
segurança) Fernando Capez.
Capez
Crime Comum: qualquer pessoa. Nucci e Rogério Sanches.
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Meio de execução: neste caso não é a violência ou a
grave ameaça.
g ç É sim a p
prática de ato não p
previsto em
lei ou regulamento.
▪ Ex.:
▪ deixa
d i o preso em cela l insalubre,
i l b escura;
▪ menina de 14 anos, menor infratora, colocado em cela com homens
adultos – como este caso não tem finalidade especifica, enquadra‐
se aqui;
▪ Caso a conduta do agente não cause sofrimento físico ou mental,
mas somente exponha a vítima o crime será o da Lei de Abuso de
Autoridade – Lei n.º 4.898/65. Ex.: expor deliberadamente um
preso algemado.
▪ Emprego
p g de violência ou g grave ameaça
ç ‐p por si só – Tortura p
pela
Tortura ‐ poderá tipificar: lesão corporal, constrangimento ilegal ou,
a depender do caso prático, algum outro crime da Lei de Tortura.
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§ 2º Aquele que se omite em face dessas
condutas, quando tinha o dever de evitá
evitá‐las
las ou
apurá‐las, incorre na pena de detenção de um a
quatro anos.
q
XLIII ‐ a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça
ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos,
por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
podendo evitá‐los, se omitirem;
Sujeito Ativo: quem pode evitar e não evita e
quem deve apurar e não apura. Crime próprio.
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Consumação: O Crime se consuma com a
inação do superior em não evitar e em não
apurar
Tentativa:
i não é admitida.
d d
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Quando o agente deseja o resultado morte e
para isso lança mão da tortura o crime será de
homicídio qualificado pela tortura. Art. 121,
§2º, III do CP.
d
Outra situação ç é q
quando o agente
g após
p
torturar a vítima decide matá‐la. Neste caso
responderá ele por tortura em concurso
material com o homicídio. (Progressão
Criminosa)
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§ 4º Aumenta‐se a pena de um sexto (1/6) até um
terçoç (1/3):
3
I ‐ se o crime é cometido por agente público;
II ‐ se o crime é cometido contra criança,
gestante deficiente e adolescente;
gestante, adolescente
II – se o crime é cometido contra criança (até
12 anos), gestante, portador de deficiência,
adolescente (12 a 18 anos) ou maior de 60
(sessenta) anos;; (Redação ç dada p pela Lei nº
10.741, de 2003)
III ‐ se o crime é cometido mediante seqüestro.
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Crime cometido por agente público – agente público, prevalece
que o conceito é o mesmo de funcionário público do art. 327, CP.
▪ Art
Art. 327 ‐ Considera
Considera‐se
se funcionário público,
público para os efeitos penais,
penais quem,
quem
embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou
função pública.
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Sequestro: é o ato de privação da liberdade de
locomoção da vítima, independentemente de sua
finalidade.
Quando houver sofrimento físico ou mental,, ou a
submissão da vítima tiver sido para obter
confissão,, declaração
ç ou informação
ç incidirá esta
causa de aumento de pena.
Cuidado: caso haja j p
privação
ç da liberdade com o
objetivo de cobrar regaste (extorsão). Neste caso
haverá concurso entre tortura e o sequestro.
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§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo,
função
ç ou emprego g público e a interdição
ç para seu
exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
O Código Penal já trata deste tema:
▪ Art. 92 ‐ São também efeitos da condenação:
▪ I ‐ a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: (a
▪ § ú ‐ Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser motivadamente
declarados na sentença.
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§ 6º O crime de tortura é inafiançável e
insuscetível de graça ou anistia.
ou anistia
Para a maioria a doutrina também não
poderá
d á é possível
í l a concessão do
d indulto
d l aos
Crimes de Tortura, tendo em vista ser este
uma espécie de Graça Coletiva.
Liberdade provisória aos crimes de tortura:
tem se admitido
tem‐se admitido.
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§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei,
salvo a hipótese
p do § 2º,, iniciará o cumprimento
p
da pena em regime fechado.
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o
dever
de e de eevitá‐las
tá as ou apu
apurá‐las,
á as, incorre
co e naa pe
penaa de dete
detenção
ção de u
um
a quatro anos.
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