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DIREITOS
HUMANOS
Violências de Gênero
NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Violências de Gênero
Patrícia Maciel
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Violências de Gênero......................................................................................................................................................4
Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2016) e Violência Doméstica...........................................................5
Sujeito Passivo da Lei....................................................................................................................................................6
Da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher....................................................................................8
Das Formas de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher...................................................... 10
Das Medidas Integradas de Prevenção..............................................................................................................11
Da Assistência à Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar...................................12
Do Atendimento pela Autoridade Policial. .......................................................................................................13
Dos Procedimentos.......................................................................................................................................................16
Competência do Foro.. ...................................................................................................................................................17
Das Medidas Protetivas de Urgência. . ................................................................................................................18
Das Medidas Protetivas de Urgência que Obrigam o Agressor.........................................................20
Das Medidas Protetivas de Urgência à Ofendida. .......................................................................................20
Do Crime de Descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência. .................................................21
Descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência. .............................................................................21
Da Atuação do Ministério Público e da Assistência Judiciária........................................................... 22
Da Equipe de Atendimento Multidisciplinar.................................................................................................. 22
Disposições Finais........................................................................................................................................................23
Questões de Concurso................................................................................................................................................25
Gabarito...............................................................................................................................................................................34
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................35
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Violências de Gênero
Patrícia Maciel
Apresentação
Olá! Estamos de volta, e agora para estudarmos Violência doméstica e de gênero, e a Lei
Federal n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). Vamos continuar nossos estudos?
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Violências de Gênero
Patrícia Maciel
VIOLÊNCIAS DE GÊNERO
A título de curiosidade:
alcançar a igualdade entre os gêneros é um dos 17 objetivos na Agenda 2030 da Organização das
Nações Unidas (ONU), da qual o Brasil é signatário. No entanto, o nosso país ocupa o 5º lugar no
ranking de homicídio de mulheres e, somente no ano de 2017, foram registradas mais de 260 000
agressões a pessoas em razão de sua identidade de gênero1.
A violência de gênero se define como qualquer tipo de agressão física, psicológica, sexual ou
simbólica contra alguém em situação de vulnerabilidade devido a sua identidade de gênero ou
orientação sexual2.
Importante destacar que nem todo ato contra a mulher é violência de gênero.
Isso por que para que uma agressão seja classificada como violência de gênero deve ser direciona-
da a vítima em razão de sua identificação sexual ou de gênero4.
Gênero pode ser analisado como uma “construção psicossocial do masculino e do feminino 5.
1
https://www.politize.com.br/violencia-de-genero-2/
2
https://www.politize.com.br/violencia-de-genero-2/
3
Ramos, Andre de Carvalho Curso de direitos humanos / – 5. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
4
https://www.politize.com.br/violencia-de-genero-2/
5
<http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.29209>. Acesso em: 06 out. 2010.
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Violências de Gênero
Patrícia Maciel
De acordo com o art. 5º da Lei Maria da Penha, violência doméstica e familiar contra a
mulher é “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento
físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”.
assegura a assistência à
família na pessoa de cada
um dos que a integram,
Estado
criando mecanismos para
coibir a violência no âmbito
de suas relações
criam as condições
necessárias para o
A família, a sociedade e
efetivo exercício dos
o poder público
direitos previstos na Lei
Maria da Penha
6
Maria da Penha é uma farmacêutica brasileira, natural do Ceará, que sofreu constantes agressões por parte do marido.
https://www.todamateria.com.br/lei-maria-da-penha/
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Violências de Gênero
Patrícia Maciel
Mulher;
“A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos
direitos humanos” (Art. 6º), devendo o poder público desenvolver políticas que visem garantir
esses “direitos humanos das mulheres no âmbito das relações domésticas e familiares no senti-
do de resguardá-las de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, cruelda-
de e opressão” (Art. 3º, §1º).
Art. 2º toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura,
nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sen-
do-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde
física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.
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Violências de Gênero
Patrícia Maciel
A violência tratada na Lei Maria da Penha consiste em ato ou omissão que viole os direitos da mu-
lher oriundos de uma relação de afeto ou de convivência 7.
Toda mulher,
independentemente de
classe, raça, etnia,
Sujeito Passivo da Lei orientação sexual, renda,
cultura, nível
educacional, idade e
religião
A Lei traz a “mulher” como sujeito passivo no crime de violência no âmbito doméstico.
Obs.: Importante!!! O STJ entende que a “Lei Maria da Penha atribuiu às uniões homo-
afetivas o caráter de entidade familiar, ao prever, no seu artigo 5º, parágrafo único, que
as relações pessoais mencionadas naquele dispositivo independem de orientação sexu-
al”8. Tal entendimento está em consonância com a previsão de que “as relações pes-
soais independem de orientação sexual.
Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida,
à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao
esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência
familiar e comunitária.
7
Ramos, Andre de Carvalho Curso de direitos humanos / – 5. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
8
(REsp 827.962/RS, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, QUARTA TURMA, julgado em 21/06/2011, DJe 08/08/2011)
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§ 1º O poder público desenvolverá políticas que visem garantir os direitos humanos das mulheres
no âmbito das relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las de toda forma de ne-
gligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
§ 2º Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as condições necessárias para o efetivo
exercício dos direitos enunciados no caput.
Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins sociais a que ela se destina e, espe-
cialmente, as condições peculiares das mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
AÇÃO
VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA
OMISSÃO
Importante saber que configura a violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou
psicológico e dano moral ou patrimonial, nas seguintes relações:
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Informações Importantes!!!
• Veja que a Lei prevê como violência doméstica qualquer ação ou omissão, e não somen-
te ações de lesão corporal!!!! E mais. Não se exige a coabitação para configuração da
violência tipificada na Lei!
• O STJ editou a Súmula n.. 600 que trata sobre o tema, e reiterou a previsão legal, en-
tendendo que:
• STJ:
O namoro é uma relação íntima de afeto que independe de coabitação; portanto, a agres-
são do namorado contra a namorada, ainda que tenha cessado o relacionamento, mas
que ocorra em decorrência dele, caracteriza violência doméstica
(CC 96.532/MG, Rel. Ministra JANE SILVA - Desembargadora Convocada do TJMG, TER-
CEIRA SEÇÃO, julgado em 05/12/2008, DJe 19/12/2008)9;
• STJ: I
A Lei n.º 11.340/2006, denominada Lei Maria da Penha, em seu art. 5º, inc. III, caracteriza
como violência doméstica aquela em que o agressor conviva ou tenha convivido com
a ofendida, independentemente de coabitação (CC n. 100.654/MG, Terceira Seção, Rel.
Ministra Laurita Vaz, DJe de 13/5/2009)”10.
• STJ:
O excesso na imposição de castigo pelo pai à filha menor que com ele coabita atrai a inci-
dência do art. 5º da Lei Maria da Penha, quando observado que a violência, além de estar
estritamente ligada ao contexto familiar, decorre inequivocamente da vulnerabilidade do
gênero feminino e da hipossuficiência ou inferioridade física da vítima frente àquele que
é imputado como seu algoz. É dizer, quando constatado que a condição de mulher da
vítima foi fator determinante para a agressão supostamente perpetrada por seu genitor.
(REsp 1616165/DF, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em
12/06/2018, DJe 22/06/2018);
9
(REsp 1416580/RJ, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 01/04/2014, DJe 15/04/2014)
10
(RHC 51.303/BA, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 09/12/2014, DJe 18/12/2014)
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• STJ:
• STF:
a ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra
a mulher é pública incondicionada
• STJ:
O STJ decidiu que o crime de injúria (Código Penal, art. 140), mesmo que cometido no
âmbito doméstico contra a própria mulher, continua a ser submetido ao regime da ação
penal privada (promovido por queixa), por se tratar de crime contra a honra (STJ, RHC
32.953/AL, rel. Ministro Sebastião Reis Júnior, Data de Julgamento: 10-9-2013, Data de
Publicação: DJe 24-9-2013)12.
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Ramos, Andre de Carvalho Curso de direitos humanos / – 5. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
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I – a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;
II – a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e
diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise
degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, cons-
trangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz,
insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito
de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
III – a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou
a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força;
que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de
usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à pros-
tituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício
de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV – a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração,
destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens,
valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
V – a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
Formas de
violência
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• IV – A implementação de atendimento policial especializado para as mulheres, em particular nas
Delegacias de Atendimento à Mulher;
• V – A promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da violência doméstica e
familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em geral, e a difusão desta Lei e
dos instrumentos de proteção aos direitos humanos das mulheres;
• VI – A celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou outros instrumentos de promoção de
parceria entre órgãos governamentais ou entre estes e entidades não-governamentais, tendo por obje-
tivo a implementação de programas de erradicação da violência doméstica e familiar contra a mulher;
• VII – A capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo de Bom-
beiros e dos profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados no inciso I quanto às
questões de gênero e de raça ou etnia;
• VIII – A promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de irrestrito respeito
à dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia;
• IX – O destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos relativos
aos direitos humanos, à eqüidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência doméstica
e familiar contra a mulher.
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• § 4º Aquele que, por ação ou omissão, causar lesão, violência física, sexual ou psicológica e dano
moral ou patrimonial a mulher fica obrigado a ressarcir todos os danos causados, inclusive ressarcir
ao Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a tabela SUS, os custos relativos aos serviços de
saúde prestados para o total tratamento das vítimas em situação de violência doméstica e familiar,
recolhidos os recursos assim arrecadados ao Fundo de Saúde do ente federado responsável pelas
unidades de saúde que prestarem os serviços. (Vide Lei n. 13.871, de 2019) (Vigência)
• § 5º Os dispositivos de segurança destinados ao uso em caso de perigo iminente e disponibilizados
para o monitoramento das vítimas de violência doméstica ou familiar amparadas por medidas pro-
tetivas terão seus custos ressarcidos pelo agressor. (Vide Lei n. 13.871, de 2019) (Vigência)
• § 6º O ressarcimento de que tratam os §§ 4º e 5º deste artigo não poderá importar ônus de qualquer
natureza ao patrimônio da mulher e dos seus dependentes, nem configurar atenuante ou ensejar
possibilidade de substituição da pena aplicada. (Vide Lei n. 13.871, de 2019) (Vigência)
• § 7º A mulher em situação de violência doméstica e familiar tem prioridade para matricular seus
dependentes em instituição de educação básica mais próxima de seu domicílio, ou transferi-los
para essa instituição, mediante a apresentação dos documentos comprobatórios do registro da
ocorrência policial ou do processo de violência doméstica e familiar em curso.(Incluído pela Lei n.
13.882, de 2019)
• § 8º Serão sigilosos os dados da ofendida e de seus dependentes matriculados ou transferidos
conforme o disposto no § 7º deste artigo, e o acesso às informações será reservado ao juiz, ao Mi-
nistério Público e aos órgãos competentes do poder público. (Incluído pela Lei n. 13.882, de 2019)
Aplica-se o disposto no caput deste artigo (art. 10) ao descumprimento de medida proteti-
va de urgência deferida
Assim, “é direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar o atendimento
policial e pericial especializado, ininterrupto e prestado por servidores - preferencialmente do
sexo feminino - previamente capacitados” (Art. 10-A).
A inquirição de mulher em situação de violência doméstica e familiar ou de testemunha
de violência doméstica, quando se tratar de crime contra a mulher, obedecerá às seguintes
diretrizes (10-A, §1º):
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• I – A inquirição será feita em recinto especialmente projetado para esse fim, o qual conterá os equi-
pamentos próprios e adequados à idade da mulher em situação de violência doméstica e familiar ou
testemunha e ao tipo e à gravidade da violência sofrida;
• II – Quando for o caso, a inquirição será intermediada por profissional especializado em violência
doméstica e familiar designado pela autoridade judiciária ou policial;
• III – O depoimento será registrado em meio eletrônico ou magnético, devendo a degravação e a
mídia integrar o inquérito.
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III – Remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da
ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;
IV – Determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames
periciais necessários;
V – Ouvir o agressor e as testemunhas;
VI – Ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes criminais,
indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra ele;
VI – A - verificar se o agressor possui registro de porte ou posse de arma de fogo e, na hipótese de
existência, juntar aos autos essa informação, bem como notificar a ocorrência à instituição re-
sponsável pela concessão do registro ou da emissão do porte, nos termos da Lei n. 10.826, de
22 de dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento); (Incluído pela Lei n. 13.880, de 2019)
VII – Remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz E ao Ministério Público.
qualificação da ofendida e do
pela autoridade policial deverá conter:
agressor;
Pedido da ofendidatomado a termo
Art. 12-A.A autoridade policial poderá requisitar os serviços públicos necessários à defesa da
mulher em situação de violência doméstica e familiar e de seus dependentes. (Incluído pela Lei n.
13.505, de 2017)
Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física ou psico-
lógica da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor
será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida: (Redação
dada pela Lei n. 14.188, de 2021)
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I – pela autoridade judicial; (Incluído pela Lei n. 13.827, de 2019)
II – pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou (Incluído pela Lei n.
13.827, de 2019)
III – pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no
momento da denúncia. (Incluído pela Lei n. 13.827, de 2019)
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo máxi-
mo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da
medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente. (Incluído pela Lei
n. 13.827, de 2019)
§ 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida protetiva de
urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso. (Incluído pela Lei n. 13.827, de 2019)
Dos Procedimentos
Ao processo, ao julgamento e à execução das causas cíveis e criminais decorrentes da prá-
tica de violência doméstica e familiar contra a mulher: aplicar-se-ão as normas dos Códigos de
Processo Penal e Processo Civil e da legislação específica relativa à criança, ao adolescente e
ao idoso que não conflitarem com o estabelecido na Lei n. 11.340/06 (art. 13). Veja, portanto,
que a Lei Maria da Penha prevê a possibilidade de aplicação subsidiária do CPP, CPC, ECA e
Estatuto do Idoso.
Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça Ordiná-
ria com competência cível e criminal, poderão ser criados pela União, no Distrito Federal e nos
Territórios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento e a execução das causas decorren-
tes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher (Art. 14).
Parágrafo único. Os atos processuais poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem
as normas de organização judiciária.
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Art. 14-A. A ofendida tem a opção de propor ação de divórcio ou de dissolução de união estável
no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. (Incluído pela Lei n. 13.894, de 2019)
• § 1º Exclui-se da competência dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher a
pretensão relacionada à partilha de bens. (Incluído pela Lei n. 13.894, de 2019)
• § 2º Iniciada a situação de violência doméstica e familiar após o ajuizamento da ação de divórcio
ou de dissolução de união estável, a ação terá preferência no juízo onde estiver. (Incluído pela Lei n.
13.894, de 2019)
Obs.: A ofendida tem a opção de propor ação de divórcio ou de dissolução de união estável
no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
Competência do Foro
É competente, por opção da ofendida, para os processos cíveis regidos pela Lei n.
11.340/06, o Juizado (Art. 15):
do domicílio do agressor.
Obs.: Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que a Lei
trata, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência espe-
cialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido
o Ministério Público.
É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas
de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que im-
plique o pagamento isolado de multa.
Aproveitando a observação feita, salienta-se entendimento do STJ que veda suspensão condi-
cional do processo e a transação penal.
STJ: Súmula 536 - A suspensão condicional do processo e a transação penal não se apli-
cam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.
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STJ:
a Lei n. 11.340/2006 não veda a substituição da pena privativa de liberdade por restri-
tiva de direitos, “obstando apenas a imposição de prestação pecuniária e o pagamento
isolado de multa”. No entanto, “o art. 44, I, do CP proíbe a conversão da pena corporal
em restritiva de direitos quando o crime for cometido com violência ou grave ameaça à
pessoa”. (HC 416.039/RS, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em
12/12/2017, DJe 19/12/2017)
As medidas podem ser concedidas de ofício pelo juiz, a requerimento da ofendida ou do Minis-
tério Público, e de imediato, independentemente de audiência das partes e de manifestação do
Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado. Poderá o juiz, ainda, a requeri-
mento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de
urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário à proteção da ofendida, de
seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o Ministério Público.
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prontamente comunicado)
Medidas protetivas:
Requerimento da ofendida
Requerimento do MP
Sim!
Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, que poderá ser decretada:
• De ofício pelo juiz;
• A requerimento do MP;
• Mediante representação da autoridade policial
No entanto, poderá o juiz revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, verificar a
falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que
a justifiquem.
A ofendida DEVERÁ ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, especialmen-
te dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado
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constituído ou do defensor público. Ah, e não será ela não quem entregará a intimação ou noti-
ficação ao agressor (Art. 21, p. único).
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É possível que o juiz determine liminarmente medidas que garantam a proteção patrimo-
nial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade particular da mulher. São as
medidas, dentre outras (Art. 24):
Obs.: Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins previstos nos incisos II e III
deste artigo.
Obs.: Observações:
A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que deferiu
as medidas.
Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá conceder fiança.
A aplicação dessa pena não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis.
[...] a jurisprudência desta Corte se formou no sentido de que, nos casos em que o paciente
for considerado hipossuficiente e não possua condição financeira suficiente para arcar
com o valor arbitrado a título de fiança, e verificada a ausência dos motivos ensejadores
da custódia cautelar, o réu deverá ser posto em liberdade, conforme disposto no art. 350
do Código de Processo Penal, [...].(HC 333.166/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA
TURMA, julgado em 20/09/2016, DJe 11/10/2016)
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Violências de Gênero
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Súmula 588/STJ - a prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violên-
cia ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena priva-
tiva de liberdade por restritiva de direitos.
Nos casos de maior complexidade que exijam avaliação mais aprofundada, é possível que
o juiz determine a manifestação de profissional especializado, mediante a indicação da equipe
de atendimento multidisciplinar.
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Disposições Finais
Art. 34. A instituição dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher poderá ser
acompanhada pela implantação das curadorias necessárias e do serviço de assistência judiciária.
Art. 35. A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover, no limite
das respectivas competências: (Vide Lei n. 14.316, de 2022)
• I – centros de atendimento integral e multidisciplinar para mulheres e respectivos dependentes
em situação de violência doméstica e familiar;
• II – casas-abrigos para mulheres e respectivos dependentes menores em situação de violência
doméstica e familiar;
• III – delegacias, núcleos de defensoria pública, serviços de saúde e centros de perícia médico-le-
gal especializados no atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar;
• IV – programas e campanhas de enfrentamento da violência doméstica e familiar;
• V – centros de educação e de reabilitação para os agressores.
Art. 36. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão a adaptação de seus
órgãos e de seus programas às diretrizes e aos princípios desta Lei.
Art. 37. A defesa dos interesses e direitos transindividuais previstos nesta Lei poderá ser exercida,
concorrentemente, pelo Ministério Público e por associação de atuação na área, regularmente cons-
tituída há pelo menos um ano, nos termos da legislação civil.
Parágrafo único. O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz quando entender que
não há outra entidade com representatividade adequada para o ajuizamento da demanda coletiva.
Art. 38. As estatísticas sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher serão incluídas nas
bases de dados dos órgãos oficiais do Sistema de Justiça e Segurança a fim de subsidiar o sistema
nacional de dados e informações relativo às mulheres.
Parágrafo único. As Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal poderão
remeter suas informações criminais para a base de dados do Ministério da Justiça.
Art. 38-A. O juiz competente providenciará o registro da medida protetiva de urgência. (Incluído pela
Lei n. 13.827, de 2019)
Parágrafo único. As medidas protetivas de urgência serão, após sua concessão, imediatamente
registradas em banco de dados mantido e regulamentado pelo Conselho Nacional de Justiça, garan-
tido o acesso instantâneo do Ministério Público, da Defensoria Pública e dos órgãos de segurança
pública e de assistência social, com vistas à fiscalização e à efetividade das medidas protetivas.
(Redação dada Lei n. 14.310, de 2022) Vigência
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no limite de suas competências e
nos termos das respectivas leis de diretrizes orçamentárias, poderão estabelecer dotações orça-
mentárias específicas, em cada exercício financeiro, para a implementação das medidas estabele-
cidas nesta Lei.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Violências de Gênero
Patrícia Maciel
Art. 40. As obrigações previstas nesta Lei não excluem outras decorrentes dos princípios por ela
adotados.
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independente-
mente da pena prevista, não se aplica a Lei n. 9.099, de 26 de setembro de 1995.
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Violências de Gênero
Patrícia Maciel
QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/STJ/2018) Tendo como referência a legislação penal extravagante e a jurispru-
dência das súmulas dos tribunais superiores, julgue o item que se segue.
Em se tratando de crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher, se a condenação
for privativa de liberdade por até um ano, poderá o juiz substituí-la por pena de prestação pecu-
niária ou pagamento isolado de multa.
004. (CESPE/DPE-PE/2018) Com relação aos instrumentos previstos na Lei Maria da Penha,
assinale a opção correta.
a) A violência patrimonial contra a mulher se restringe à destruição total de seus documentos
pessoais e dos bens e recursos econômicos destinados a satisfazer as suas necessidades.
b) Alguém da convivência da mulher que lhe cause dano moral ou patrimonial não comete cri-
me, porque essas atitudes, à luz da lei, não são consideradas violência doméstica ou familiar.
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Violências de Gênero
Patrícia Maciel
c) A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma forma de violação de direi-
tos humanos.
d) Para fins legais, a comprovação da relação íntima de afeto entre o agressor e a ofendida
depende de coabitação.
e) A legislação especial, ao se referir à violência moral, não inclui condutas que configurem a
calúnia, a difamação ou a injúria.
006. (CESPE/DPE-AL/2017) Maria denunciou seu esposo, Antônio, por ele ter insistido em
manter relação sexual com ela, contra a sua vontade, após chegar em casa embriagado.
Maria afirmou, ainda, que Antônio, diante de sua recusa, a agrediu verbalmente, dirigindo-lhe
palavras insultuosas.
Antônio foi condenado, mas a sua defesa recorreu, alegando nulidade do pedido e requerendo
absolvição por falta de condição de procedibilidade da ação penal ante a ausência de repre-
sentação formal da vítima.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) A situação em apreço se refere a crime de injúria com violência doméstica contra a mulher,
razão por que a ação penal pode ser iniciada a qualquer tempo.
b) O crime em questão é de ação pública condicionada e só pode ir adiante se Maria fizer uma
representação formal.
c) O fato de Maria ter registrado a ocorrência e pedido providências supre o requisito da re-
presentação.
d) A ação penal será arquivada se Maria desistir do registro da ocorrência policial em audiência
especial perante o juiz e o representante do Ministério Público.
e) A ausência de lesão corporal impossibilita que o fato em questão seja abrangido pelas nor-
mas tutelares da Lei Maria da Penha.
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Violências de Gênero
Patrícia Maciel
008. (CESPE/MPE-RR/2018) Tendo em vista que a violência doméstica contra a mulher ainda
é um problema social grave no Brasil, apesar da sua redução com o advento da Lei Maria da
Penha, assinale a opção correta com relação aos crimes advindos da prática de violência con-
tra a mulher no âmbito doméstico e familiar.
a) O feminicídio, homicídio praticado contra a mulher em razão do seu sexo, consiste na vio-
lência doméstica e familiar ou no menosprezo ou discriminação à condição de mulher, com
hipóteses de aumento de pena por circunstâncias fáticas específicas.
b) O processamento de crimes praticados em situação de violência doméstica se dá por meio
de ação penal de iniciativa pública incondicionada, segundo entendimento do STF.
c) O crime de estupro é processado por meio de ação penal de iniciativa pública condicionada
à representação, da qual a vítima pode retratar-se mesmo após o oferecimento da denúncia.
d) Os crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher estão taxativamente elencados
na Lei Maria da Penha.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Violências de Gênero
Patrícia Maciel
012. (CESPE/PC-BA/2013) Julgue o próximo item, que versa sobre discriminação étnica e
violência doméstica e familiar contra a mulher.
Um indivíduo que calunia a própria esposa comete contra ela violência doméstica e familiar.
013. (CESPE/TJ-AC/2012) Acerca das leis penais extravagantes, julgue os itens subsecutivos,
de acordo com o magistério doutrinário e jurisprudencial dominantes.
Para a caracterização de violência doméstica e familiar contra a mulher, conceitua-se como
unidade doméstica o local onde haja o convívio permanente de pessoas, inclusive as esporadi-
camente agregadas, em típico ambiente familiar, sem necessidade de vínculo natural ou civil.
014. (CESPE/PC-AL/2012) Julgue os itens a seguir, com base a Lei Maria da Penha, que dis-
põe sobre violência doméstica e familiar contra a mulher.
Conforme a referida lei, consideram-se violência sexual as ações ou omissões que impeçam
a mulher de usar qualquer método contraceptivo ou que a forcem à gravidez, ao aborto ou à
prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação.
016. (CESPE/PC-AL/2012) A Lei Maria da Penha incide apenas nos casos em que a violência
doméstica e familiar contra a mulher, que consiste em ação ou omissão, baseada no gênero,
que resulte em morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimo-
nial, é praticada no âmbito da unidade doméstica.
017. (CESPE/PC-GO/2017) Júlio, durante discussão familiar com sua mulher no local onde
ambos residem, sem justo motivo, agrediu-a, causando-lhe lesão corporal leve.
Nessa situação hipotética, conforme a Lei n.º 11.340/2006 e o entendimento do STJ,
a) a ofendida poderá renunciar à representação, desde que o faça perante o juiz.
b) a ação penal proposta pelo Ministério Público será pública incondicionada.
c) a autoridade policial, independentemente de haver necessidade, deverá acompanhar a víti-
ma para assegurar a retirada de seus pertences do domicílio familiar.
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Violências de Gênero
Patrícia Maciel
d) Júlio poderá ser beneficiado com a suspensão condicional do processo, se presentes todos
os requisitos que autorizam o referido ato.
e) Júlio poderá receber proposta de transação penal do Ministério Público, se houver anuên-
cia da vítima
018. (CESPE/PC-GO/2016) De acordo com as disposições da Lei n.º 11.340/2006 – Lei Maria
da Penha –, assinale a opção correta.
a) No caso de mulher em situação de violência doméstica e familiar, quando for necessário o
afastamento do local de trabalho para preservar a sua integridade física e psicológica, o juiz
assegurará a manutenção do vínculo trabalhista por prazo indeterminado.
b) Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade
particular da mulher, o juiz determinará a proibição temporária da celebração de atos e con-
tratos de compra, venda e locação de propriedade em comum, salvo se houver procurações
previamente conferidas pela ofendida ao agressor.
c) A referida lei trata de violência doméstica e familiar em que, necessariamente, a vítima é
mulher, e o sujeito ativo, homem.
d) Na hipótese de o patrão praticar violência contra sua empregada doméstica, a relação em-
pregatícia impedirá a aplicação da lei em questão.
e) As formas de violência doméstica e familiar contra a mulher incluem violência física, psico-
lógica, sexual e patrimonial, que podem envolver condutas por parte do sujeito ativo tipificadas
como crime ou não.
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Violências de Gênero
Patrícia Maciel
023. (CONSULPAM/SURGP/2014) Tomando por base os tipos penais de crimes contra a hon-
ra, complete as lacunas abaixo para, ao final, escolher a sequência CORRETA:
I – Imputar a alguém fato ofensivo à sua reputação.
II – Ofender alguém em sua dignidade ou o decoro.
III – Imputar falsamente a alguém fato definido como crime.
a) injúria, difamação, calúnia.
b) difamação, calúnia, injúria.
c) difamação, injúria, calúnia.
d) calúnia, injúria, difamação.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Violências de Gênero
Patrícia Maciel
c) injúria e desacato.
d) difamação e injúria.
e) desacato e calúnia.
027. (TRT 2R-SP/TRT - 2ª REGIÃO/2013) Qual das figuras abaixo significam, respectivamen-
te: imputar falsamente fato definido com o crime e ofender a dignidade e o decoro. Aponte a
alternativa correta.
a) calúnia e difamação.
b) injúria e calúnia.
c) injúria e difamação.
d) calúnia e injúria.
e) difamação e injúria.
028. (VUNESP/TJ-SP/2015) A respeito da retratação nos crimes contra a honra, pode- -se afir-
mar que fica isento de pena o querelado que, antes da sentença, retrata-se cabalmente
a) da calúnia ou difamação.
b) da calúnia, injúria ou difamação.
c) da injúria ou difamação.
d) da calúnia ou injúria.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Violências de Gênero
Patrícia Maciel
processual penal com algumas peculiaridades. Sobre esse procedimento, de acordo com a
jurisprudência majoritária do Superior Tribunal de Justiça, é correto afirmar que:
a) não cabe retratação da representação já ofertada pela vítima mulher;
b) poderá eventual pena privativa de liberdade ser substituída por restritiva de direito de paga-
mento de cesta básica;
c) caberá retratação perante a autoridade policial da representação já ofertada;
d) preenchidos os requisitos legais, cabe oferecimento de proposta de transação penal;
e) a ação penal do crime de lesão corporal leve praticado no âmbito desta lei será pública
incondicionada.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Violências de Gênero
Patrícia Maciel
a) somente I;
b) somente I e II;
c) somente I e III;
d) somente II e III;
e) I, II e III
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Violências de Gênero
Patrícia Maciel
GABARITO
1. E
2. c
3. e
4. c
5. c
6. c
7. b
8. a
9. C
10. d
11. C
12. C
13. C
14. C
15. C
16. E
17. b
18. e
19. E
20. e
21. C
22. C
23. c
24. E
25. c
26. d
27. d
28. a
29. e
30. c
31. e
32. c
33. b
34. e
35. b
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Violências de Gênero
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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/STJ/2018) Tendo como referência a legislação penal extravagante e a jurispru-
dência das súmulas dos tribunais superiores, julgue o item que se segue.
Em se tratando de crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher, se a condenação
for privativa de liberdade por até um ano, poderá o juiz substituí-la por pena de prestação pecu-
niária ou pagamento isolado de multa.
É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de
cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o
pagamento isolado de multa.
Errado.
Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz
poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas
protetivas de urgência, entre outras:
I – suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente,
nos termos da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
II – afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
III – proibição de determinadas condutas, entre as quais:
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de dis-
tância entre estes e o agressor;
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação;
c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da
ofendida;
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Violências de Gênero
Patrícia Maciel
IV – restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento
multidisciplinar ou serviço similar;
V – prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
Letra c.
I – Errado.
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta
Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes
medidas protetivas de urgência, entre outras:
II – afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
II – Errado.
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta
Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes
medidas protetivas de urgência, entre outras:
III – proibição de determinadas condutas, entre as quais:
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de dis-
tância entre estes e o agressor;
III – Certo.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Violências de Gênero
Patrícia Maciel
Art. 10-A. É direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar o atendimento policial
e pericial especializado, ininterrupto e prestado por servidores - preferencialmente do sexo feminino
- previamente capacitados.
IV – Certo.
Art. 10-A. É direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar o atendimento policial
e pericial especializado, ininterrupto e prestado por servidores - preferencialmente do sexo feminino
- previamente capacitados.
§ 1º A inquirição de mulher em situação de violência doméstica e familiar ou de testemunha de
violência doméstica, quando se tratar de crime contra a mulher, obedecerá às seguintes diretrizes:
(Incluído pela Lei n. 13.505, de 2017) (...)
III – não revitimização da depoente, evitando sucessivas inquirições sobre o mesmo fato nos âmbi-
tos criminal, cível e administrativo, bem como questionamentos sobre a vida privada.
Letra e.
004. (CESPE/DPE-PE/2018) Com relação aos instrumentos previstos na Lei Maria da Penha,
assinale a opção correta.
a) A violência patrimonial contra a mulher se restringe à destruição total de seus documentos
pessoais e dos bens e recursos econômicos destinados a satisfazer as suas necessidades.
b) Alguém da convivência da mulher que lhe cause dano moral ou patrimonial não comete cri-
me, porque essas atitudes, à luz da lei, não são consideradas violência doméstica ou familiar.
c) A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma forma de violação de direi-
tos humanos.
d) Para fins legais, a comprovação da relação íntima de afeto entre o agressor e a ofendida
depende de coabitação.
e) A legislação especial, ao se referir à violência moral, não inclui condutas que configurem a
calúnia, a difamação ou a injúria.
a) Errada. A violência patrimonial contra a mulher NÃO se restringe à destruição total de seus
documentos pessoais e dos bens e recursos econômicos destinados a satisfazer as suas ne-
cessidades. O artigo 7º da Lei explica quais:
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Violências de Gênero
Patrícia Maciel
III – a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou
a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força;
que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de
usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à pros-
tituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício
de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV – a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração,
destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens,
valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
V – a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
b) Errada.
Art. 5º Configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão base-
ada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral
ou patrimonial:
I – no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pes-
soas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II – no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se
consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III – em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofen-
dida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos
humanos.
e) Errada. O artigo 7º traz expressamente as formas de violência contra a mulher, e dentre elas,
destaca-se:
V – a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
Letra c.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Violências de Gênero
Patrícia Maciel
configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gêne-
ro que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
I – no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pes-
soas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II – no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se
consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III – em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofen-
dida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
Letra c.
006. (CESPE/DPE-AL/2017) Maria denunciou seu esposo, Antônio, por ele ter insistido em
manter relação sexual com ela, contra a sua vontade, após chegar em casa embriagado.
Maria afirmou, ainda, que Antônio, diante de sua recusa, a agrediu verbalmente, dirigindo-lhe
palavras insultuosas.
Antônio foi condenado, mas a sua defesa recorreu, alegando nulidade do pedido e requerendo
absolvição por falta de condição de procedibilidade da ação penal ante a ausência de repre-
sentação formal da vítima.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) A situação em apreço se refere a crime de injúria com violência doméstica contra a mulher,
razão por que a ação penal pode ser iniciada a qualquer tempo.
b) O crime em questão é de ação pública condicionada e só pode ir adiante se Maria fizer uma
representação formal.
c) O fato de Maria ter registrado a ocorrência e pedido providências supre o requisito da re-
presentação.
d) A ação penal será arquivada se Maria desistir do registro da ocorrência policial em audiência
especial perante o juiz e o representante do Ministério Público.
e) A ausência de lesão corporal impossibilita que o fato em questão seja abrangido pelas nor-
mas tutelares da Lei Maria da Penha.
nos crimes de ação penal pública condicionada, não exige maiores formalidades, sendo
suficiente a demonstração inequívoca de que a vítima tem interesse na persecução penal,
dispensando-se a necessidade da existência nos autos de peça processual com esse título,
sendo suficiente que a vítima ou seu representante legal leve o fato aos conhecimentos
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Violências de Gênero
Patrícia Maciel
das autoridades. (AgRg no HC 435.751/DF, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA,
julgado em 23/08/2018, DJe 04/09/2018).
Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei,
só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente desig-
nada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público (Art.
16). E ainda, segundo o entendimento pacificado através da Súmula 542 do STJ:
a ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra
a mulher é pública incondicionada.
Letra c.
a)Ao contrário do afirmado do enunciado, a Lei Maria da Penha prevê medidas próprias para o
descumprimento das medidas protetivas:
Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher,
a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência adotará, de imediato, as providências
legais cabíveis.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo ao descumprimento de medida protetiva
de urgência deferida.
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas nesta
Lei: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.
§ 1º A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que deferiu as
medidas.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Violências de Gênero
Patrícia Maciel
§ 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá conceder fiança.
§ 3º O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis.
orienta-se no sentido de que para que a competência dos Juizados Especiais de Vio-
lência Doméstica seja firmada, não basta que o crime seja praticado contra mulher no
âmbito doméstico ou familiar, exigindo-se que a motivação do acusado seja de gênero,
ou que a vulnerabilidade da ofendida seja decorrente da sua condição de mulher.
(AgRg no AREsp 1020280/DF, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em
23/08/2018, DJe 31/08/2018)
a aplicação da agravante prevista no art. 61, II, f, do CP, de modo conjunto com outras dis-
posições da Lei n. 11.340/06 não acarreta bis in idem.
Vejamos:
Letra b.
008. (CESPE/MPE-RR/2018) Tendo em vista que a violência doméstica contra a mulher ainda
é um problema social grave no Brasil, apesar da sua redução com o advento da Lei Maria da
Penha, assinale a opção correta com relação aos crimes advindos da prática de violência con-
tra a mulher no âmbito doméstico e familiar.
a) O feminicídio, homicídio praticado contra a mulher em razão do seu sexo, consiste na vio-
lência doméstica e familiar ou no menosprezo ou discriminação à condição de mulher, com
hipóteses de aumento de pena por circunstâncias fáticas específicas.
b) O processamento de crimes praticados em situação de violência doméstica se dá por meio
de ação penal de iniciativa pública incondicionada, segundo entendimento do STF.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Violências de Gênero
Patrícia Maciel
c) O crime de estupro é processado por meio de ação penal de iniciativa pública condicionada
à representação, da qual a vítima pode retratar-se mesmo após o oferecimento da denúncia.
d) Os crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher estão taxativamente elencados
na Lei Maria da Penha.
b)Segundo o STF:
Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida, só será admitida a renúncia
à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do
recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
d)O Artigo 1º da Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar
contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre
a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana
para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais
ratificados pela República Federativa do Brasil. Em continuidade, o artigo 4º prevê que na inter-
pretação da Lei, serão considerados os fins sociais a que ela se destina e, especialmente, as
condições peculiares das mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Logo, a as-
sertiva está incorreta ao afirmar que existe uma lista taxativa no corpo da Lei Maria da Penha.
Letra a.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Violências de Gênero
Patrícia Maciel
Súmula 536 STJ: A suspensão condicional do processo e a transação penal não se apli-
cam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.
Certo.
a) Errada. O Artigo 24-A, incluído em 2018 na Lei Maria da Penha prevê medidas em caso de
descumprimento de medidas protetivas.
b) Errada. A ação penal prevista na Lei Maria da Penha. No entanto os crimes de lesão corporal
“praticados contra a mulher no âmbito doméstico e familiar são de ação penal pública e incon-
dicionada”, nos termos do entendimento do STF e do STJ.
c) Errada. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher,
de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena
que implique o pagamento isolado de multa (art. 17).
d) Certa.
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do
Ministério Público ou a pedido da ofendida.
§ 1º As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente
de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente
comunicado.
e) Errada.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Violências de Gênero
Patrícia Maciel
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psico-
lógico e dano moral ou patrimonial:
“(...) A intervenção do juiz cível, usando de cautelares previstas ou não na Lei Maria da Penha
previstas, se dá por seu poder geral de cautela, ínsito à jurisdição, mas exclusivamente em
feitos de sua competência. 4. O relevantíssimo interesse de proteção a toda relação afetiva
(mesmo homoafetiva, mesmo em violências que não envolvam o binômio agressor homem
e vítima mulher), de valorização do gênero como autocompreensão na sociedade, de evi-
tação a toda forma de violência e de mais forte intervenção estatal em favor do vulnerável,
exige ampliações pela via da alteração legislativa. (...)”REsp 1623144 /MG
Letra d.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psico-
lógico e dano moral ou patrimonial:
III – em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofen-
dida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
Segundo o STJ:
(...) 5. A Lei Maria da Penha atribuiu às uniões homoafetivas o caráter de entidade fami-
liar, ao prever, no seu artigo 5º, parágrafo único, que as relações pessoais menciona-
das naquele dispositivo independem de orientação sexual. (...)” (REsp 827.962/RS, Rel.
Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, QUARTA TURMA, julgado em 21/06/2011, DJe
08/08/2011)
Certo.
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012. (CESPE/PC-BA/2013) Julgue o próximo item, que versa sobre discriminação étnica e
violência doméstica e familiar contra a mulher.
Um indivíduo que calunia a própria esposa comete contra ela violência doméstica e familiar.
Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
I – a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;
II – a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e
diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise
degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, cons-
trangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, in-
sulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio
que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
III – a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou
a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força;
que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de
usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à pros-
tituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício
de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV – a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração,
destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens,
valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
V – a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
Certo.
013. (CESPE/TJ-AC/2012) Acerca das leis penais extravagantes, julgue os itens subsecutivos,
de acordo com o magistério doutrinário e jurisprudencial dominantes.
Para a caracterização de violência doméstica e familiar contra a mulher, conceitua-se como
unidade doméstica o local onde haja o convívio permanente de pessoas, inclusive as esporadi-
camente agregadas, em típico ambiente familiar, sem necessidade de vínculo natural ou civil.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psico-
lógico e dano moral ou patrimonial:
I – no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pes-
soas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas.
Certo.
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014. (CESPE/PC-AL/2012) Julgue os itens a seguir, com base a Lei Maria da Penha, que dis-
põe sobre violência doméstica e familiar contra a mulher.
Conforme a referida lei, consideram-se violência sexual as ações ou omissões que impeçam
a mulher de usar qualquer método contraceptivo ou que a forcem à gravidez, ao aborto ou à
prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação.
Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
III – a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou
a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força;
que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de
usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à pros-
tituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício
de seus direitos sexuais e reprodutivos;
Certo.
Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade poli-
cial deverá, entre outras providências:
(...) IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local
da ocorrência ou do domicílio familiar;(...)
Certo.
016. (CESPE/PC-AL/2012) A Lei Maria da Penha incide apenas nos casos em que a violência
doméstica e familiar contra a mulher, que consiste em ação ou omissão, baseada no gênero,
que resulte em morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimo-
nial, é praticada no âmbito da unidade doméstica.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psico-
lógico e dano moral ou patrimonial:
I – no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pes-
soas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II – no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se
consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
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III – em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofen-
dida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos
direitos humanos.
Letra e.
017. (CESPE/PC-GO/2017) Júlio, durante discussão familiar com sua mulher no local onde
ambos residem, sem justo motivo, agrediu-a, causando-lhe lesão corporal leve.
Nessa situação hipotética, conforme a Lei n.º 11.340/2006 e o entendimento do STJ,
a) a ofendida poderá renunciar à representação, desde que o faça perante o juiz.
b) a ação penal proposta pelo Ministério Público será pública incondicionada.
c) a autoridade policial, independentemente de haver necessidade, deverá acompanhar a víti-
ma para assegurar a retirada de seus pertences do domicílio familiar.
d) Júlio poderá ser beneficiado com a suspensão condicional do processo, se presentes todos
os requisitos que autorizam o referido ato.
e) Júlio poderá receber proposta de transação penal do Ministério Público, se houver anuên-
cia da vítima
A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra
a mulher é pública incondicionada.
A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de
delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei,
só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada
com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
Letra b.
018. (CESPE/PC-GO/2016) De acordo com as disposições da Lei n.º 11.340/2006 – Lei Maria
da Penha –, assinale a opção correta.
a) No caso de mulher em situação de violência doméstica e familiar, quando for necessário o
afastamento do local de trabalho para preservar a sua integridade física e psicológica, o juiz
assegurará a manutenção do vínculo trabalhista por prazo indeterminado.
b) Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade
particular da mulher, o juiz determinará a proibição temporária da celebração de atos e con-
tratos de compra, venda e locação de propriedade em comum, salvo se houver procurações
previamente conferidas pela ofendida ao agressor.
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Art. 9º A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de forma
articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social,
no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas e políticas
públicas de proteção, e emergencialmente quando for o caso.
§ 1º O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em situação de violência doméstica e
familiar no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e municipal.
§ 2º O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua
integridade física e psicológica:
I – acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração direta ou
indireta;
II – manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de trabalho, por
até seis meses.
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade
particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas, entre outras: II
- proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de proprie-
dade em comum, salvo expressa autorização judicial;
Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins sociais a que ela se destina e, espe-
cialmente, as condições peculiares das mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
Art. 5, p. único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
Letra e.
A lei se aplica em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convi-
vido com a ofendida, independentemente de coabitação.
Errado.
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A lei se aplica em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convi-
vido com a ofendida, independentemente de coabitação.
Súmula 600 STJ: Para a configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º
da Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) não se exige a coabitação entre autor e vítima.
Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
III – a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou
a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força;
que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de
usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à pros-
tituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício
de seus direitos sexuais e reprodutivos;
Letra e.
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§ 1º O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I – quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II – no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
Certo.
Art. 141. As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes
é cometido:
(...) II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
Certo.
023. (CONSULPAM/SURGP/2014) Tomando por base os tipos penais de crimes contra a hon-
ra, complete as lacunas abaixo para, ao final, escolher a sequência CORRETA:
I – Imputar a alguém fato ofensivo à sua reputação.
II – Ofender alguém em sua dignidade ou o decoro.
III – Imputar falsamente a alguém fato definido como crime.
a) injúria, difamação, calúnia.
b) difamação, calúnia, injúria.
c) difamação, injúria, calúnia.
d) calúnia, injúria, difamação.
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Art. 139. Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Art. 140. Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Errado.
Lei 8.906.
Art. 7º § 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desaca-
to puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele,
sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.
Art. 142 CP - Não constituem injúria ou difamação punível:
I – a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador;
Letra d.
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027. (TRT 2R-SP/TRT - 2ª REGIÃO/2013) Qual das figuras abaixo significam, respectivamen-
te: imputar falsamente fato definido com o crime e ofender a dignidade e o decoro. Aponte a
alternativa correta.
a) calúnia e difamação.
b) injúria e calúnia.
c) injúria e difamação.
d) calúnia e injúria.
e) difamação e injúria.
Art. 138. Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1º Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
§ 2º É punível a calúnia contra os mortos.
Art. 140. Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Letra d.
028. (VUNESP/TJ-SP/2015) A respeito da retratação nos crimes contra a honra, pode- -se afir-
mar que fica isento de pena o querelado que, antes da sentença, retrata-se cabalmente
a) da calúnia ou difamação.
b) da calúnia, injúria ou difamação.
c) da injúria ou difamação.
d) da calúnia ou injúria.
Art. 143. O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação,
fica isento de pena.
Letra a.
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§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
I – se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sen-
tença irrecorrível;
II – se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no n. I do art. 141;
III – se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
Art. 138. Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Art. 140. Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Letra c.
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Apesar de a questão ter sido aplicada em concurso para o cargo de psicólogo, não custa des-
tacar que a convivência prolongada com relações de violência, a legitimação social para sua
perpetuação e a formação de uma identidade de gênero subordinada são fatores que se arti-
culam ao fenômeno da violência contra a mulher.
Letra c.
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d) somente II e III;
e) I, II e III
Lei 11.340:
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psico-
lógico e dano moral ou patrimonial:
I – no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pes-
soas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II – no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se
consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III – em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofen-
dida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
Letra b.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psico-
lógico e dano moral ou patrimonial
I – no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pes-
soas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II – no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se
consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III – em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofen-
dida, independentemente de coabitação.
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Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos
direitos humanos.
Letra e.
Essa questão também foi aplicada em concurso para o cargo de psicólogo, mas traz algumas
peculiaridades sobre a violência contra mulher, sob a ótica da psicologia, corroborando a pre-
visão da Lei. Assim, todas as assertivas acima estão corretas.
Letra b.
Patrícia Maciel
Advogada. Professora em cursos de graduação e de preparação para concursos públicos. Mestranda em
Educação. Pós-graduada em Direito Tributário pela Rede de Ensino UNIDERP – LFG. Ex-vice-presidente da
Comissão da Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção de Taguatinga – OAB/DF.
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