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CURSO DE DIREITO

ANA CATARINI DOS SANTOS

BEATRIZ AMABILE RIBEIRO DE SOUZA

EDUARDA RAMOS DA SILVA

MARIA EDUARDA ALVEZ BOTELHO

SAMARA BELEZA DIAS

FEMINICÍDIO: UMA ANALISE JURÍDICA A RESPEITO DO TEMA, DOS CASOS E


DAS POLITICAS DE COMBATE.

Ibaiti
2023
CURSO DE DIREITO

ANA CATARINI DOS SANTOS

BEATRIZ AMABILE RIBEIRO DE SOUZA

EDUARDA RAMOS DA SILVA

MARIA EDUARDA ALVEZ BOTELHO

SAMARA BELEZA DIAS

Trabalho Integrado Interdisciplinar de Direito apresentado


ao Curso de Direito da Faculdade de Ibaiti, como requisito
parcial para a composição da nota da avaliação N2.

Orientador: Prof. Me. Silvia de Jesus Martins.

Ibaiti
2023
SUMARIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................
2. FEMINICÍDIO – LEGISLAÇÃO BRASILEIRA...................................................
2.1. Código Penal.............................................................................................
2.1.1. Artigo 121 – Do Feminicídio...............................................................
2.2. Conceito de feminicídio...........................................................................
2.3. Homicídio e Feminicídio – Suas diferenças..........................................
2.4. Requisitos para a aplicação do agravante............................................
3. COMO A VÍTIMA É TRATADA NO BRASIL.....................................................
4. A LEGISLAÇÃO EM PROL DA MULHER........................................................
4.1. Dignidade da mulher...............................................................................
4.2. Proteção da mulher.................................................................................
5. FEMINICÍDIO EM PRÁTICA – CASOS QUE MARCARAM O PAÍS................
5.1. Daniella Perez..........................................................................................
5.2. Tatiana Luz da Costa..............................................................................
6. COMO O FEMINICÍDIO É TRATADO NO EXTERIOR.....................................
6.1. Feminicídio em Argentina......................................................................
6.2. Feminicídio na Estados Unidos.............................................................
6.3. Feminicídio nos Portugal.......................................................................
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................
8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................
FEMINICÍDIO: UMA ANALISE JURÍDICA A RESPEITO DO TEMA, DOS CASOS E
DAS POLITICAS DE COMBATE.
A judicialização do feminicídio no Brasil, como é tratado no exterior e uma
análise de fatos e casos a respeito do tema.

RESUMO.

Essa pesquisa tem como objetivo geral analisar e discutir o feminicídio como
crime de gênero, as leis criadas a respeito do tema, como a violência contra a
mulher é tratada em outros países bem como em nossa legislação e conhecer os
casos de feminicídio que marcaram nosso país. Devemos entender o feminicídio e
apresentar os fatores de risco preexistentes, tomar conhecimento do direito e
normas jurídicas ligadas aos casos. Tem por objetivo investigar um tema relevante,
defender direitos humanos, contribuir para a prevenção e intervenção e promover
mudanças sociais e culturais necessárias para combater a violência de gênero. A
metodologia usada é a pesquisa de dados, analises de leis e casos jurídicos a
respeito do tema, em conjunto com a elaboração de artigo científico. Tendo como
resultado compreender a violência doméstica, os riscos e as leis que abrangem a
violência de gênero para que se identifique possíveis vítimas.

Palavras-chave: Crime, feminino, jurídico, proteção, segurança.

1. INTRODUÇÃO.

O presente artigo tem como objetivo analisar a legislação brasileira a respeito


dos crimes contra a mulher, como a vítima é tratada em sociedade, dissertar sobre
as leis e normas criadas em prol da mulher, analisar casos de feminicídio que
chocaram o país e como os crimes contra a mulher são tratados no exterior, sendo
realizada uma análise participativa de textos e dados.

Muito se discute nos dias de hoje sobre o feminicídio, atualmente os números


de mulheres assassinadas (em condição de sexo feminino) tem se mostrado cada
vez mais altos. Calcula-se que em média, 13 mulheres são assassinadas por dia no
brasil.

Em média 66 mil mulheres são mortas por ano segundo a Organização das
Nações Unidas (ONU), inúmeras tem a sua imagem denegrida, violada e
desvalorizada por pessoas em que elas confiaram, diversas mulheres têm que
esconder todos os dias as marcas que seus maridos, irmão, pais ou amigos

deixaram em seus corpos. Diante desse cenário alarmante, é peremptório que o


governo, as instituições e a sociedade como um todo se unam para combater o
feminicídio e a violência doméstica. A implementação de leis abrangentes e eficazes
que criminalizam esses atos, bem como a criação de projetos para proteção e apoio
às vítimas, estes são passos cruciais para garantir a justiça e promover a igualdade
de gênero.

Este artigo examinará mais profundamente os problemas do feminicídio e da


violência doméstica, analisando suas causas, consequências e possíveis estratégias
de combate, bem como leis a respeito do tema no exterior. Ao compreendermos
melhor esses fenômenos e as estruturas sociais que os sustentam, podemos
trabalhar em direção a um futuro em que todas as mulheres possam viver com
segurança e liberdade.

2. FEMINICÍDIO – LEGISLAÇÃO BRASILEIRA.

A legislação brasileira trata o feminicídio como qualificadora do crime de


homicídio, o que significa que ele é agravado pela sua motivação. De acordo com a
Lei nº 13.104/2015, que alterou o Código Penal Brasileiro, o feminicídio ocorre
quando um crime for cometido contra uma mulher especificamente devido à sua
condição de sexo feminino, em um contexto de violência doméstica e familiar, além
de ser motivado por menosprezo ou por estar relacionado à sua condição de mulher.

Algumas leis foram criadas em combate a violência doméstica, como a Lei


Maria da Penha (Lei nº 11.340, 2006) e, como já citado, a criação do agravante de
feminicídio que foi integrado ao artigo 121 (§2, inciso VI) do Código Penal Brasileiro.
Código Penal:
Inciso VI do Parágrafo 2 do Artigo 121 do Decreto Lei nº 2.848 de 07
de dezembro de 1940. CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de
1940, Art. 121. Matar alguém:
§ 2º Se o homicídio é cometido:
VI - Contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído
pela Lei nº 13.104, de 2015).

Lei Maria da Penha:


Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a
mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da
Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação
contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e
Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados
de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de
Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras
providências. (Lei Maria da Penha | Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.)

Em resumo, a legislação brasileira é bastante rigorosa em relação ao


feminicídio, reconhecendo a gravidade desse crime e estabelecendo penas diversas
para os agressores. Além disso, existem normativas importantes que buscam
prevenir e combater a violência contra a mulher.

2.1. CÓDIGO PENAL.

O feminicídio é considerado um crime hediondo no Brasil e está tipificado no


Código Penal Brasileiro como homicídio qualificado. A Lei nº 13.104/2015 estabelece
que o feminicídio é caracterizado quando o crime for cometido contra a mulher
devido à sua condição de sexo feminino, ocorrendo principalmente em contextos de
violência doméstica e familiar, bem como por meio de menosprezo ou discriminação
baseada na sua condição de mulher.

A pena prevista para o feminicídio é de encarceramento de 12 a 30 anos,


sendo que pode ser aumentada em até 1/3 se o crime for cometido na presença de
descendente ou ascendente da vítima, ou se for cometido mediante emprego de
arma de fogo. Vale ressaltar que o feminicídio é considerado inafiançável, o que
significa que o acusado não pode ser liberado mediante pagamento de fiança. Além
disso, o crime é insuscetível de graça, anistia ou qualquer benefício que possa
resultar em impunidade para o agressor.
2.1.1. Decreto Lei nº 2.848 – parágrafo 2, inciso IV.
Essa inclusão do feminicídio no Código Penal brasileiro foi um marco legal
importante para combater a violência de gênero e buscar a justiça para as mulheres
que são vítimas desse tipo de crime. Reconhecer o feminicídio como uma forma
específica de homicídio qualificado permite que a justiça seja aplicada de forma mais
precisa e adequada às situações em que mulheres são mortas devido à sua
condição de gênero.

Além disso, é importante ressaltar que o feminicídio também está previsto na


Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que trata da proteção e prevenção da
violência doméstica e familiar contra a mulher. Essa lei estabelece medidas de
proteção, assistência e punição para casos de violência contra mulheres, incluindo o
feminicídio.

Em suma, o parágrafo 2º, inciso IV, do Decreto-Lei nº 2.848, incluído pela Lei
nº 13.104/2015, estabelece a qualificadora do feminicídio no Código Penal Brasileiro.
Essa violação legal reconhece o feminicídio como um crime específico e agravado,
fornecendo uma resposta mais adequada à violência de gênero e buscando a
proteção e justiça para as mulheres vítimas de feminicídio.

2.2. CONCEITO DE FEMINICÍDIO.

O feminicídio é um crime hediondo que se caracteriza pelo assassinato de uma


mulher em decorrência do seu gênero, ou seja, quando a motivação do crime está
ligada à condição de ser mulher. Esse tipo de crime é considerado um dos mais
graves e está presente em diversas legislações ao redor do mundo, inclusive no
Brasil.

O feminicídio é a instância última de controle da mulher pelo homem: o


controle da vida e da morte. Ele se expressa como afirmação irrestrita de
posse, igualando a mulher a um objeto, quando cometido por parceiro ou
ex-parceiro; como subjugação da intimidade e da sexualidade da mulher,
por meio da violência sexual associada ao assassinato; como destruição da
identidade da mulher, pela mutilação ou desfiguração de seu corpo; como
aviltamento da dignidade da mulher, submetendo-a a tortura ou a
tratamento cruel ou degradante. (ANA RITA, 2013, p. 1003)
A inclusão do feminicídio no código penal tem como objetivo reconhecer a
especificidade e gravidade dessa forma de violência, fornecendo uma resposta legal
adequada. Trata-se de uma forma de homicídio qualificado, que é agravado em
relação ao homicídio comum, pois considera a motivação de gênero como um
elemento relevante na análise do crime.

Essa abordagem jurídica reconhece que as mulheres são alvo de violência e


morte em ocorrência de sua condição feminina, seja no âmbito doméstico, seja em
outros contextos sociais. Além disso, o conceito de feminicídio contribui para
evidenciar a existência de um problema estrutural de desigualdade de gênero,
destacando a necessidade de combater as diversas formas de violência contra as
mulheres.

A inclusão do feminicídio como qualificadora no código penal também tem


reflexos na definição de penas mais severas para os agressores, com o intuito de
desencorajar a prática desses crimes e garantir uma resposta punitiva adequada.
Além disso, a inafiançabilidade e a impossibilidade de anistia ou graça para o
feminicídio demonstra a seriedade com que a sociedade e o sistema de justiça
encaram esse tipo de crime, buscando evitar a impunidade dos agressores. Em
suma, o conceito de feminicídio representa uma importante conquista na luta pelos
direitos das mulheres e no combate à violência de gênero. Ele visa a reconhecer,
prevenir e punir o assassinato de mulheres motivadas somente fato de serem
mulheres, confiantes para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

2.3. HOMICÍDIO E FEMINICÍDIO – SUAS DIFERENÇAS.

Homicídio e feminicídio são duas categorias diferentes de crime que se


distinguem pela motivação por trás do ato e pelo contexto social em que ocorrem.
Vamos discutir as principais diferenças entre esses dois tipos de crime:

I. Motivação: O homicídio é o ato de matar outra pessoa, independentemente


do gênero, sem considerar a motivação específica. Pode ser motivado por
diversos fatores, como brigas, vingança, roubos, entre outros. Já o feminicídio
é caracterizado pelo assassinato de uma mulher devido à sua condição de
ser mulher. A motivação de gênero, como ódio, misoginia, descoberta ou
menosprezo, é o elemento central para que um homicídio seja qualificado
como feminicídio.
II. Contexto: O homicídio pode ocorrer em qualquer contexto, como brigas entre
desconhecidos, crimes passionais, conflitos interpessoais, entre outros. Já o
feminicídio, em sua maioria, ocorre em âmbito doméstico ou em
relacionamentos próximos, onde a vítima tem uma relação afetiva, familiar ou
íntima com o agressor. O contexto de violência doméstica e familiar é uma
das características que qualifica um homicídio como feminicídio.
III. Questões de gênero: O feminicídio é um crime que ocorre na ocorrência da
desigualdade de gênero e da violência baseada no sexo feminino. As
mulheres são alvo específico devido a sua condição de gênero, e o crime é
motivado pela identificação, misoginia e controle sobre as mulheres. Por outro
lado, o homicídio não tem essa conotação de gênero como elemento central
na sua motivação.
IV. Agravantes e penas: O feminicídio é considerado um homicídio qualificado,
o que significa que a lei prevê agravantes e penas mais severas para esse
tipo de crime em relação ao homicídio comum. No Brasil, a pena para o
feminicídio é de reclusão de 12 a 30 anos, podendo ser aumentada em
circunstâncias determinadas, como quando é cometida na presença de
descendente ou ascendente da vítima ou mediante o emprego de arma de
fogo. No homicídio comum, as penas variam conforme as circunstâncias do
crime, mas não necessariamente levam em consideração a motivação de
gênero.

É importante destacar que a diferenciação entre homicídio e feminicídio busca


reconhecer e combater a violência específica direcionada às mulheres, garantindo
uma abordagem legal mais adequada para a prevenção e punição desses crimes. O
feminicídio traz à tona a necessidade de enfrentar as desigualdades de gênero e
promover uma sociedade mais justa e igualitária.

2.4. REQUISITOS PARA A APLICAÇÃO DO AGRAVANTE.

Para que o agravante de feminicídio seja aplicado, é necessário o


preenchimento de certos requisitos, que estão dispostos na referida lei. São eles:
I. Motivação de gênero: O homicídio deve ser cometido por razões da
condição de ser mulher. Isso significa que a motivação do crime deve estar
relacionada ao fato de uma vítima ser do sexo feminino. Essa motivação pode
ser expressa, por exemplo, por manifestações de ódio, desrespeito,
menosprezo ou representação à condição de mulher.
II. Contexto de violência doméstica e familiar: O feminicídio deve ocorrer em
um contexto de violência doméstica e familiar. Isso significa que o crime deve
ser influenciado no âmbito das relações de convivência da vítima, seja no
ambiente doméstico ou em qualquer relação íntima de afeto.

Esses requisitos são fundamentais para a configuração do feminicídio como


agravante do crime de homicídio. É importante ressaltar que o feminicídio não é um
crime autônomo, mas uma qualificadora do homicídio, com o objetivo de evidenciar
a gravidade e a motivação específica do crime contra a mulher.

3. COMO O BRASIL TRATA AS VÍTIMAS.

Refletindo a respeito dos fatos, as mudanças que ocorreram entre a época


antiga e atual do Brasil, é visto que os maiores casos dos números de homicídio no
país teriam como vítima as mulheres, vendo que em sua maioria, os casos ocorrem
geralmente quando a vítima tem um relacionamento romântico com seu agressor,
vale ressaltar que há outros casos em que o agressor é algum familiar e até mesmo
com colega de trabalho. Os registros de casos aumentam com o tempo.

O gênero feminino ainda é visto com certa subjeção, como algo intuitivo a ser
tratado como um objeto, agredindo violentamente mulheres por seu gênero ou raça,
em casos mais comuns as vítimas são jovens e mulheres. As leis se modificam aos
poucos para que se tenha justiça e proteção para as mulheres que foram e são
vítimas de assassinato e agressão por razão da condição ao sexo feminino.

Podemos afirmar que os casos de feminicídio aumentaram nos últimos anos


graças a ampla divulgação de chassis e denúncias que são transmitidos na grande
mídia. A maioria das vítimas, no entanto, acabam não denunciando por medo do
agressor, vendo que aqueles que nem estão envolvidos diretamente com a situação,
poderão ser prejudicados. Devido a esses pensamentos a maioria das mulheres
preferem ficar em silencio, sem solicitar ajuda para que os outros (seus filhos ou
familiares) fiquem em segurança, infelizmente há casos em que em que a mulher
pede a ajuda, mas acaba não sendo ouvida, por consequência isso acaba
interferindo no pensamento de várias outras que sofrem com a violência doméstica.

No ano de 2015, foi agravado o registro de casos de feminicídio, que por


culpa, seria a baixa fiscalização e atenção obrigatória da segurança pública que
deveriam existir entre a vítima e o agressor. De acordo com Samira Bueno e Isabela
Sobral, do FBSP, os crimes contra as mulheres teriam se desenvolvido com o
tempo.

Não se trata, portanto, de crimes passionais, que ocorrem do dia para a


noite, mas, pelo contrário, são fruto de uma escala de diferentes formas de
violência que geralmente iniciam com ofensas e humilhações, ciúmes
excessivos, violência patrimonial, e evoluem para a violência física.
(SAMIRA BUENO, 2023.)

Sendo assim, as leis de proteção foram criadas, mas as vezes são mal
utilizadas, em vista que muitos casos de feminicídio poderiam ser evitados.

4. A LEGISLAÇÃO EM PROL DA MULHER.

Com o aumento da visibilidade feminina e a integração da qualificadora do


crime de homicídio no Código Penal, quando relacionado a vítimas mulheres no
âmbito familiar e profissional, o estado se viu obrigado a tomar medidas para
remediar essas situações, leis e projetos sociais foram criados para discutir o tema,
em especial a Lei Maria da Penha a qual foi discutida ao longo de todo o artigo até o
momento. Mas afinal, quem foi Maria da Penha e qual a importância de se ressaltar
sempre a importância da dignidade da mulher em um conceito de igualdade na
sociedade? Essas questões serão discutidas a seguir.

4.1. DIGNIDADE DA MULHER.


O ambiente familiar que deveria ser um local de aconchego, onde o casal se
respeitasse, por vezes transforma-se em uma triste realidade onde a mulher é
agredida, ofendida e humilhada. 
Com o passar do tempo a mulher ganhou espaço na sociedade, ela ainda tem
medo de denunciar seu companheiro quando é agredida, pois teme sofrer
consequências caso efetue a denúncia. O que mais preocupa os órgãos públicos
não são somente as agressões físicas, morais e psicológicas, pois o principal
problema é a violência sexual. Antes muitas mulheres se viam incapacitadas e
desacreditadas, por estarem inseridas em uma sociedade completamente machista
que proibia que as mulheres tivessem a cesso a áreas como educação, política e
segurança, hoje podemos ver que o mundo caminha em direção a um futuro mais
promissor com relação a igualdade de gênero, ainda temos uma longa estrada a
percorrer, mas a distância não deve interromper a luta por nossos direitos.

4.2 PROTEÇÃO DA MULHER.

No sistema judicial, é fundamental capacitar juízes e promotores para lidar com


os casos de feminicídio de forma sensível e adequada, garantindo um julgamento
justo e imparcial. Além disso, é importante fortalecer as redes de apoio às vítimas,
como delegacias especializadas, casas-abrigo e centros de atendimento
multidisciplinares. Esses espaços devem oferecer suporte emocional, jurídico e
social as mulheres, ajudando-as a reconstruir suas vidas e romper o ciclo da
violência.

No campo educacional, é necessário promover a educação para a igualdade


de gênero desde a infância, desconstruindo estereótipos e fomentando o respeito
mútuo. A inclusão de temas como a equidade de gênero, o combate à violência e o
respeito aos direitos humanos nos currículos escolares pode contribuir para a
formação de uma nova geração de cidadãos conscientes e comprometidos com a
construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

As medidas legislativas devem ser elaboradas de forma a abordar as


especificidades do feminicídio, reconhecendo-o como um crime motivado pelo ódio à
condição de mulher. É fundamental que as leis estabeleçam penas severas e
proporcionais à gravidade do crime, além de preverem mecanismos de proteção às
vítimas, como medidas protetivas e apoio jurídico especializado. No entanto, para
que essas medidas sejam efetivas, é necessário promover uma mudança cultural
profunda. Isso implica desafiar e desconstruir os padrões de comportamento e
pensamento que perpetuam a desigualdade de gênero e a violência contra as
mulheres. A mídia, por exemplo, desempenha um papel crucial na construção de
representações e narrativas que influenciam a forma como percebemos e
valorizamos homens e mulheres. É fundamental que a mídia assuma sua
responsabilidade social e promova a igualdade de gênero em suas produções e
coberturas.

Além disso, as empresas e organizações têm a oportunidade de implementar


políticas internas que combatam o assédio e a discriminação de gênero, criando
ambientes de trabalho seguros e inclusivos. A sociedade civil também pode
desempenhar um papel fundamental, por meio da participação em movimentos e
organizações que lutam pela igualdade de gênero e pelo fim da violência contra as
mulheres.

Por fim, é imprescindível promover uma mudança cultural profunda, na qual a


igualdade de gênero seja reconhecida e respeitada por todos. Isso requer a
participação ativa de diferentes atores sociais, incluindo governos, organizações não
governamentais, mídia, empresas e a própria sociedade civil. Campanhas de
conscientização, debates públicos e ações de mobilização social são essenciais
para quebrar o silêncio em torno do feminicídio e criar um ambiente propício para a
mudança.

5. FEMINICIDIO EM PRÁTICA – CASOS QUE MARCARAM O PAÍS.

DANIELLA PEREZ.

Em 28 de dezembro de 1992, Daniella Perez foi assassinada por seu colega o


qual fazia parte de uma de suas novelas, Guilherme de Pádua. Para que o crime
acontecesse Guilherme teve a ajuda de sua esposa, Paula Thomaz.

Logo depois das gravações de uma novela, Daniella e Guilherme, saíram dos
estúdios. Guilherme saiu na frente no seu carro, acompanhado de sua esposa, e
logo atrás Daniella vinha em seu carro. No meio do caminho, Guilherme parou no
acostamento, esperando ver o carro de Daniella. Após alguns minutos avistou o
carro de Daniella, ela estava parando em um posto de gasolina para abastecer.
Nesse momento, Guilherme parou seu carro, impossibilitando-a de sair com o
veículo do local. E então, reconhecendo quem era, Daniella foi tentar entender o que
estava acontecendo, foi quando Guilherme deu um soco em seu rosto, o que lhe
causou um desmaio.

O casal levou Daniella, ainda desmaiada, para dentro do matagal e lá fizeram


diversas perfurações em seu corpo, todas feitas por meio do que se acredita ser um
punhal. Depois da execução do crime, o casal parou em um posto de gasolina, para
lavar o carro, com intenção de fazer desaparecer os vestígios. Com o carro já limpo,
foram para casa. No dia seguinte, a notícia de que Daniella Perez havia sido
assassinada tomava conta, e para não haver suspeita, Guilherme compareceu ao
funeral. Ainda nesse mesmo dia, o casal confessou à polícia o crime que haviam
cometido.

Ao chegarem no local que lhes foi dito, a polícia viu que havia apenas um
carro, o de Daniella. Então um dos policiais resolveu entrar no matagal, onde acabou
tropeçando no corpo da vítima. O motivo do crime nunca foi descoberto. A suspeita
que foi desenvolvida no julgamento foi a de que Guilherme estava irritado com o fato
de seu personagem Ter sido cortado de dois capítulos da novela e acreditava que
Daniella poderia ter influenciado nessa decisão de sua mãe (escritora da novela).

TATIANA LUZ DA COSTA.

Tatiana Luz da Costa, 35 anos, morreu queimada. Seu caso foi o primeiro
feminicídio no Brasil cometido por uma mulher relatado.

Tatiana havia acabado de se separar, e no período de separação, ela


encontrou um lar nos braços de Wanessa Pereira de Souza, que trabalhava em uma
lava jato perto da casa dela. As duas começaram um relacionamento, para os
amigos, Tati contava que estava de caso com o pai da namorada, por medo de
sofrer preconceito. Elas brigavam muito e várias vezes os vizinhos viram Wanessa
sendo violenta com a Tati. O boato era de que Wanessa andava com gente barra
pesada, o que fez com que após o ocorrido muita gente não quisesse dar
depoimento.

Tati tinha passado a noite fora. Ela trabalhava como motorista de aplicativo e
fazia doces para complementar a renda. Era perto da hora do almoço e os vizinhos
ouviram gritos. De repente fogo, e os bombeiros foram acionados. Tati teve 90% do
corpo queimado. Chegou a ser dada como morta na emergência, mas resistiu aos
ferimentos por seis dias. Wanessa também teve parte do corpo queimado. Apesar
de ter contado que tinha sido um acidente, ela disse que levou um galão de uma
substância inflamável para lavar o carro, o cachorro teria derrubado o produto e o
cigarro que ela fumava ateou fogo nas duas. A polícia desconfiou e, depois de ver as
mensagens com ameaças, resolveu prendê-la em flagrante.

Ameaças podem se tornar reais. Toda mulher conhece pelo menos uma que
tenha sofrido algum tipo de agressão ou violência dentro de um relacionamento. Que
possamos nos lembrar disso e que suas histórias não sejam silenciadas.

6. COMO O FEMINICIDIO É TRATADO NO EXTERIOR.

O feminicídio ocorre em todos os países e cantos do mundo, iremos realizar


uma análise a respeito das legislações de outros países como a Argentina, Estados
Unidos da América e Portugal, para entender melhor como o tema é tratado no
exterior, quais as semelhanças e diferenças cruciais entre as legislações vigentes.

6.1 ARGENTINA.

Em 2009 a argentina foi um dos primeiros a adotar a lei 26.485 (lei da proteção
integral) que foi recomendada pela ONU, ela diz que qualquer ato, ação ou omissão,
direta ou indiretamente, na esfera pública ou privada, com base em relações de
poder desiguais que afetem a vida, a liberdade, a dignidade, a integridade física,
psicológica, sexual, econômica ou patrimonial e a segurança das mulheres, que tem
o objetivo de implementar medidas concretas para prevenir, punir e erradicar a
violência contra as mulheres em todas as suas formas e em todas as áreas em que
desenvolvem suas relações.
Segundo os estudos de Fiorella Rojo, atualmente no país não há leis
específicas para a violência doméstica contra a mulher, quando ocorre algum crime
de violência são penalizados como crime comum.
Em 2006 foi criado o departamento “ oficina de violência doméstica “onde o objetivo
é ajudar as vítimas que estão em vulnerabilidade. Desde a sua criação os números
de denúncias só crescem a cada dia, em média a cada 30 horas uma mulher é
vítima de feminicídio no país, entre os anos de 2008 e 2015 mais de 2000 mulheres
foram mortas.

6.2. ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA.


Com base em pesquisas realizadas pela advogada Milena Ramos Câmara, uma
a cada quatro mulheres nos estados unidos sofrem algum tipo de violência
doméstica e a cada seis mulheres uma sofre algum tipo de violência sexual. 
Em 1994 o presidente Bill Clinton aprovou a lei federal Violence Against
Women (VAWA) e a cada 5 anos essa lei sofre modificações para a proteção das
mulheres, ela define que a violência doméstica abrange tanto o casamento quanto o
namoro e a perseguição, nela é oferecido exames gratuitos para vítimas de abuso
sexual, processamento gratuito ou solicitação de medidas protetivas em casos de
violência doméstica, assistência jurídica, serviços para crianças e jovens que
sofreram violência doméstica e um abrigo para mulheres agredidas.
Os Estados Unidos investem em média 5 milhões de dólares para os
programas de acolhimento às vítimas. Em alguns estados o agressor é retirado do
lar onde vivia com a vítima e não pode ter nenhum tipo de contato com ela, se isso
não for cumprido a pena tende a ser mais severa.

6.3. PORTUGAL.
Segundo pesquisas realizadas por Isabela Sá Dias, em Portugal a violência
doméstica se tornou um problema social a partir da década de 80, na década de 90
foram feitas as primeiras medidas e artigos de proteção não só para mulheres mas
para idosos, crianças, homens e pessoas com deficiência, como está escrito no art.
152 do código penal de Portugal. Medidas como atendimento especializado para
atender as vítimas, formações específicas para os oficiais que trabalham nesses
casos, cooperação com instituto médico legal e o amparo no processo penal.  No
ano de 98 foram denunciados 1.507 crimes, na época a maioria das denúncias eram
contra a integridade física e em sua maioria os crimes cometidos por cônjuges.
Lisboa foi a cidade com mais ocorrência, contabilizando mais de 800 casos em um
ano.
No ano de 2022 foram registradas 7.631 ocorrências e foram aplicadas 961
medidas afastamento entre os meses de abril e junho, 17 homicídios ocorreram,
entre eles 1 (uma) vítima era criança.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
O feminicídio é um problema grave que afeta a sociedade contemporânea e
exige a adoção de medidas efetivas para combatê-lo. Este estudo buscou
compreender as causas e consequências do feminicídio, bem como as soluções que
podem auxiliar no tratamento desses casos.

A análise realizada revelou que o feminicídio está enraizado em estruturas


sociais profundamente arraigadas, como o machismo e a desigualdade de gênero. A
violência contra as mulheres é resultado de uma cultura que perpetua estereótipos e
normas de comportamento prejudiciais, que desvalorizam e subjugam as mulheres.
Além disso, questões como a impunidade e a falta de acesso a serviços de apoio
adequados contribuíam para a perpetuação desse problema.

Diante desse contexto, é fundamental adotar uma abordagem multidimensional


para tratar o feminicídio. Isso envolve a implementação de medidas em diferentes
níveis: legislativo, judicial, educacional e social. No âmbito legislativo, é necessário
estabelecer leis mais rigorosas e abrangentes que criminalizem ainda mais o
feminicídio e garantam a proteção das vítimas. Além disso, é preciso assegurar que
essas leis sejam efetivamente aplicadas, combatendo a impunidade e garantindo
justiça às vítimas e suas famílias.

Em conclusão, o combate ao feminicídio requer ações coordenadas em


múltiplas frentes. Somente através de medidas legislativas efetivas, uma justiça
sensível e comprometida, uma educação transformadora e uma mudança cultural
profunda poderemos enfrentar esse grave problema. É fundamental que a sociedade
como um todo se engaje nessa luta, trabalhando em conjunto para construir um
futuro em que todas as mulheres possam viver livres da violência e do medo.

Referencias:
AMARAIS, Rede Abraço. Origem do dia da mulher e Lei Maria da Penha. [S.I]: Virtual book, 2021.
Disponível em: https://abracoredeamarais.wordpress.com/2021/03/08/origem-do-dia-da-mulher-e-a-
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