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EDWIGES MARTINS DOS SANTOS

FEMINICIDIO:
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Cidade
Ano

São Paulo
2022
EDWIGES MARTINS DOS SANTOS

FEMINICIDIO:

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Anhanguera , como requisito parcial para a obtenção do
título de graduado em Direito.

Orientador: Mauro Jose

São Paulo
2022
EDWIGES

FEMINICIDIO:

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Anhanguera , como requisito parcial para a
obtenção do título de graduado em Direito.

Orientador: Mauro Jose

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

São Paulo,10 de junho de 2022.


Dedico este trabalho à minha família que
pacientemente compreendeu e contribuiu
para sua realização.
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, agradeço a Deus por me dar vida, perseverança e


entusiasmo diante dos obstáculos no meu processo de aprendizagem. Agradeço
também à minha família e amigos que me incentivaram a realizar este trabalho
SANTOS,EDWIGES MARTINS FEMINICIDIO: Violência.2022. Número total de
folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito) – Anhanguera São
Paulo, 2022.

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo falar sobre o Feminicídio e as Leis que foram criadas
e a eficácia no combate ao feminicídio utilizando para escrever esta monografia,
pesquisa bibliográfica com foco na desigualdade de gênero e mulheres na
sociedade, Feminicídio, enfim uma política pública existente no estado e sua
eficiência contratais violações. O método é pesquisa bibliográfica, partindo do
problema histórico em que tem ocorrido tantas violências contra as mulheres não
somente em nosso País . Internalização de uma mulher, violência contra ela,
validação final Políticas Públicas do Estado de São Paulo para enfrentar esse
Problema Violência. Os métodos processuais com técnicas de pesquisa com base
na legislação, jurisprudência, artigos, doutrinas.

Palavra-Chave: Feminicídio, Legislação, Mulher, Políticas Públicas


SANTOS,EDWIGES MARTINS FEMINICIDIO: Violence.2022. Total number of
sheets. Completion of course work (Graduate in Law) – Anhanguera São Paulo,
2022.

RESUME

This work aims to talk about Feminicide and the Laws that were created and the
effectiveness in the fight against femicide using to write this monograph, bibliographic
research focusing on gender inequality and women in society, Feminicide, finally an
existing public policy in the state and its effectiveness against such violations. The
method is bibliographic research, starting from the historical problem in which there
has been so much violence against women not only in our country. Internalization of
a woman, violence against her, final validation Public Policies of the State of São
Paulo to face this Problem Violence. Procedural methods with research techniques
based on legislation, jurisprudence, articles, doctrines.

Keywords: Feminicide, Legislation, Women, Public Policies


LISTA DE ABREVIATURAS
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................10
2. FEMINICIDEO LEI MARIA DA PENHA...........................................................12
2.1 FEMINICIDEO......................................................................................................16
3. TÍTULO DO SEGUNDO CAPÍTULO DA REVISÃO...........................................17
4. TÍTULO DO TERCEIRO CAPÍTULO DA REVISÃO...........................................18
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................19
REFERÊNCIAS...........................................................................................................20
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1. INTRODUÇÃO

Sabe-se que em nosso País e tantos outros países, a mulher sempre foram
submissas ao homem, pois nunca tiveram a oportunidade de ter a liberdade de agir,
isso digamos em um passado não muito distante.
Nos tempos atuais as mulheres são independentes, saíram a luta, por uma
situação melhor, sem submissão, trabalham estudam , tem por muitas vezes
empregos melhores que os homens, seria obvio dizer que a mulher seria perseguida
por estes motivos então temos os homens que sentindo-se injustiçados por estes
motivos, vem e demonstram a sua forma de tratar a mesma, com violência,
ignorância, gerada por muitas vezes pelo ciúme doentio que tem de suas parceiras.
O movimento pelos direitos da mulher teve como objetivo primordial, o
despertar das mulheres no que diz respeito a seus problemas, cabendo a elas,
aprovarem ou reprovarem as suas ações.
Entretanto, a história da mulher tem sido conquistada através de luta e à
custa de muito trabalho buscando o resgate de sua dignidade e a igualdade de
direito.
Por muitas vezes, várias mulheres vêm sofrendo de diversos tipos de
violência de gênero – sexual, psicológica, moral, física, doméstica, até o momento
final a qual sua vida é ceifada por uma pessoa que diz amá-la.
Podemos citar inúmeras mulheres, caso de Eloá Cristina Pimentel, de 15
anos, assassinada em 2008 após ser mantida refém por mais de 100 horas pelo ex-
namorado Linden Berg Fernandes Alves.
A atenção dada a essas formas de violência na vida de tantas mulheres
podem ser evitadas porque muitas vezes é o culminar de um processo contínuo de
violência que muitas vezes ocorre em casa.
Dentro deste contexto será analisada a lei que foi criada em prol das
mulheres e dos gêneros e nos capítulos a seguir será exposto as formas que são
consideradas violência contra as mulheres.
Diante desse cenário, os operadores do direito e segurança pública e os
movimentos de mulheres reivindicam a ampla efetivação da Lei Maria da Penha e a
atualização da doutrina jurídica para a inclusão das inovações introduzidas por esse
marco legal.
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Quando o homicídio for resultante de violência doméstica ou familiar,


praticada por cônjuge ou qualquer outro familiar da vítima, o agravante feminicídio
pode ser atribuído ao caso. Vale lembrar que a Lei Maria da Penha prevê uma rígida
atuação nos casos de violência doméstica, porém a atuação dos poderes públicos
não tem sido suficiente para conter os casos ocorridos no Brasil.
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2 LEI MARIA DA PENHA

A Lei nº 13.104/2015 alterou o Código Penal com escopo de criar uma


qualificadora ao crime de homicídio: o Feminicídio.
Tecnicamente é um erro grosseiro repetir a linguagem da imprensa afirmando
“que foi criado um crime de feminicídio”. Na realidade, o crime continua sendo o
homicídio, e o feminicídio é o qualificador do homicídio.

Não se deve confundir as terminologias. Vejamos:


a) feminicídio: morte de uma mulher;
b) uxoricídio: assassinato em que o marido mata a própria esposa;
c) parricídio: assassinato pelo filho do próprio pai
d) matricídio: matar a própria mãe;
e) fratricídio: matar o próprio irmão;
f) ambicídio: quando as mortes decorrem de um pacto.
O feminicídio pode ser definido como uma qualificadora do crime de homicídio
motivada pelo ódio contra as mulheres, caracterizado por circunstâncias específicas
em que o pertencimento da mulher ao sexo feminino é central na prática do delito.
Estes incluem: homicídio no contexto de violência doméstica e desprezo ou
discriminação pela situação das mulheres. Os crimes que caracterizam a
qualificadora do feminicídio reportam, no campo simbólico, a destruição da
identidade da vítima e de sua condição de mulher.
Também conhecido como “crime fétido”, vem a ser uma expressão que vai
além da compreensão daquilo designado por misoginia, originando um ambiente de
pavor na mulher, gerando o acossamento e sua morte. Compreendem as agressões
físicas e da psique, tais como o espancamento, suplício, estupro, escravidão,
perseguição sexual, mutilação genital, intervenções ginecológicas imotivadas,
impedimento do aborto e da contracepção, esterilização forçada, e outros atos
dolosos que geram morte da mulher.
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Os qualificadores de feminicídio não podem ser comprovados por um


"relatório de especialista" ou autópsia porque nem sempre é o assassinato de uma
mulher que conta como "feminicídio"
Para ser configurada a qualificadora do feminicídio, a acusação (Ministério
Público, assistente ou querelante, no caso de Júri privado) a prova deve ser
incontestável de que o crime foi cometido contra a mulher, “por razões da condição
de sexo feminino”.
A própria Lei nº 13.104/2015 definiu objetivamente que “razões de gênero”
ocorrem quando o crime envolve: a) violência doméstica e familiar; b) menosprezo
ou discriminação à condição de mulher.
a) Feminicídio “intra lar”;
Ocorre em um ambiente que deveria ser de segurança para a mulher onde
que em alguns casos se tornam impossíveis de se viver.
b) Feminicídio homoafetivo
De fato, acontece quando uma mulher mata a outra no contexto de violência
doméstica e familiar.
c) Feminicídio simbólico heterogêneo
Ocorre quando um homem assassina uma mulher, motivado pelo menosprezo
ou discriminação à condição de mulher, reportando-se, no campo simbólico, a
destruição da identidade da vítima e de sua condição em pertencer ao sexo
feminino.
O STJ admitiu a aplicação da Lei Maria da Penha (11.340/06) numa agressão
contra mulher praticada por outra mulher (relação entre mãe e filha). Isso porque, de
acordo com o art. 5º da Lei 11.340/2006, configura violência doméstica e familiar
contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte,
lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial em
qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com
a ofendida, independentemente de coabitação. Da análise do dispositivo citado,
infere-se que o objeto de tutela da Lei é a mulher em situação de vulnerabilidade,
não só em relação ao cônjuge ou companheiro, mas também qualquer outro familiar
ou pessoa que conviva com a vítima, independentemente do gênero do agressor.
O legislador ao criar a Lei 13.104/15, não produziu nenhuma inovação real,
criminalmente observada, coibindo a violência contra a mulher, destarte, o legislador
preocupou-se tão somente em sanar desejos próprios de um público categorizado,
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sedento por leis mais severas e a elaboração de crimes acrescidos de maior rigor
punitivo. Considerando a reflexão, qual é o propósito de matar mulheres? Não há
objetividade na qualificadora do feminicídio, não basta que a vítima seja mulher, o
dolo específico deve ser atribuído ao desfecho da morte sendo motivado pelo
gênero.
A qualificadora estudada é subjetiva e incompatível com o homicídio
privilegiado (artigo 121, § 1º, CP) o qual prevê diminuição de penas todas sendo de
natureza subjetiva.

2.1 Feminicídio.

Treze mulheres foram assassinadas por dia no Brasil em 2013, quase cinco
mil no ano, segundo dados do Mapa da Violência 2015: Homicídio de mulheres no
embora em número bem menor do que o dos homens, as mortes violentas de
mulheres chamam atenção por ocorrerem em contextos marcados pela
desigualdade de gênero, constituindo assim um crime com designação própria:
feminicídio.
Construir no âmbito da sociedade e do Estado a compreensão de que são
mortes que acontecem como desfecho de um histórico de violências.
Para, assim, implementar ações efetivas de prevenção. Contudo, o
enfrentamento às raízes dessa violência extrema não está no centro do debate e
das políticas públicas com a intensidade e profundidade necessárias diante da
gravidade do problema.
Para entender o que é o feminicídio, é preciso entender o que é a violência de
gênero, pois o feminicídio é uma manifestação extrema, eventual e mortal das
diversas formas de violência que atingem as mulheres em sociedades
caracterizadas pelo poder desigual entre os homens. A construção histórica, cultural,
econômica, política e social da feminização e da discriminação. Como explicou a
juíza do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Maria Fabian Lopez Rodríguez, as
raízes históricas da maximização da repressão às mulheres ao exterminá-las estão
na desigualdade de gênero e há muito estão escondidas e, portanto, toleradas pela
sociedade.
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É esse círculo que alimenta a perpetuação dos casos de assassinatos de


mulheres por parentes, parceiros ou é que, motivados por um sentimento de posse,
não aceitam o término do relacionamento ou a autonomia da mulher.
Mas só recentemente o feminicídio passou a ser incorporado às legislações
de diversos países da América Latina – inclusive do Brasil, com a sanção da Lei nº
13.104/2015, que visa tirar essas raízes discriminatórias da invisibilidade e coibir a
impunidade.
A lei também se propõe a ressaltar a responsabilidade do Estado que, por
ação ou omissão, é conivente com a persistência da violência contra as mulheres.
Dentro desse contexto, o feminicídio pode ser entendido como um novo tipo penal,
ou seja, aquilo que está registrado na lei brasileira como uma qualificadora do crime
de homicídio, conforme explica Debora Diniz, antropóloga, professora da Faculdade
de Direito da Universidade de Brasília (UnB) e pesquisadora da Anis – Instituto de
Bioética.
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REFERÊNCIAS

1 - ACOSTA, Fernando; BARKER, Gary. Homens, violência de gênero e saúde


sexual e reprodutiva: um estudo sobre homens no Rio de Janeiro/Brasil. Rio de
Janeiro: Instituto NOOS, 2003.

2 –AGÊNCIA PATRÍCIA GALVÃO. Notícias e conteúdos sobre os direitos das


mulheres brasileiras. São Paulo, 2009.

3-ATIVISMO DE SOFÁ. Ativismo de sofá. Disponível em:


<http://www.revistaforum.com.br/ativismodesofa/2014/05/28/feminicidio-e-misoginia-
por-que-e-tao-importante-usar-essas-palavras/>. Acesso em: 03/04/2022.
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