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Concurso CFSD/PMMG é destinado a lei seca, a lei estrita. O que estiver com cores no
material, fique atento. Junto com este material vem um pequeno simulado de 10
questões para você avaliar o desempenho do seu conhecimento adquirido.
O material foi produzido em cima da lei seca, ou seja, a lei estrita retirada do site do
PLANALTO, o conhecimento que obtive durante a caminhada de concursos também
está sendo aplicado, com a devida responsabilidade.
Envie seu feedback,sugestão ou reclamação.
Instagram: marra_pmmg
Na petição, foi alegado “haver tolerância à violência contra mulher no Brasil, uma
vez que esse não adotou as medidas necessárias para processar e punir o
agressor”.
Atendendo a recomendação nº 3, em 2006, o Estado brasileiro fez a reparação
simbólica, nominando a Lei 11.340/06, que cria dispositivos para “coibir a
violência doméstica e familiar contra as mulheres”, como “Lei Maria da Penha”, e
em 2008, fez a reparação material pagando o valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil
reais) para Maria da Penha Maia Fernandes. Na época, Maria da Penha afirmou:
"dinheiro nenhum pode pagar a dor e a humilhação das últimas duas décadas de luta por
justiça".
A Lei 11.340/06, que recebeu o nome de “Lei Maria da Penha”, foi fruto da
organização do movimento feminista no Brasil que desde os anos 1970 denunciava
as violências cometidas contra as mulheres (violência contra prisioneiras políticas,
violência contra mulheres negras, violência doméstica, etc.) e nos anos 1980
aumentou a mobilização frente a absolvição de homens que haviam assassinado as
esposas alegando “legítima defesa da honra”.
A Lei Maria Da Penha não irá atuar somente no âmbito criminal, será uma ampla proteção
para a mulher vulnerável em todos os âmbitos.
Ou seja, entrem para o estudo desta lei com a cabeça bem aberta.
Exemplo: Teremos a incidência da Lei Maria da Penha e as vezes o agressor nem chegou
a “bater” na ofendida, a proteção é ampla em vários aspectos que prejudicam as mulheres
vulneráveis.
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência
previstas nesta Lei: (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018)
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 13.641, de
2018)
Todas as outras condutas e violências apresentadas nesta lei serão cominadas com
o código penal.
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
OBJETIVO
Art. 1º - Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e
familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da
Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da
Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a
Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do
Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra
a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de
violência doméstica e familiar.
Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos
à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à
justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito
e à convivência familiar e comunitária.
Ano: 2019 Banca: Prefeitura de Arapiraca - AL Órgão: Prefeitura de Arapiraca - AL Prova: Prefeitura de
Arapiraca - AL - 2019 - Prefeitura de Arapiraca - AL - Assistente Social
1)A Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006, cria mecanismos para coibir e prevenir a
violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da
Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de
Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e
Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados
pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção
às mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Tendo em vista a
caracterização descrita acima, assinale a assertiva que
corresponde CORRETAMENTE aos objetivos da presente Lei.
C)A violência contra a mulher está no âmbito privado, nesse sentido cabe à família
criar as condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos da mulher;
OBS: Não só voltadas para o público escolar mas também para toda a sociedade em
geral ( VIDE artigo 8° - V )
Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins sociais a que ela se
destina e, especialmente, as condições peculiares das mulheres em situação de
violência doméstica e familiar.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a
mulher qualquer ação ou omissão baseada no GÊNERO que lhe cause morte, lesão,
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
- Mulher
Sim! Lembra que eu falei que a Maria da Penha fornece uma proteção ampla?
2° REQUISITO: GÊNERO
Violência fundamentada na Vulnerabilidade da Mulher .
Não abrange a mulher que foi fazer uma visita (amiga de um dos familiares) ou fazer
entrega domiciliar de algum produto;
Abarca as pessoas esporadicamente agregadas: incluem-se, assim, as mulheres
tuteladas, curateladas, sobrinhas, enteadas e irmãs unilaterais.
Âmbito familiar
Afinidade: Sogra,cunha,genro,nora
Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de
violação dos direitos humanos.
CAPÍTULO II
-Física
-Moral
-Psicológica
- Sexual
- Patrimonial
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua
integridade ou saúde corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos,
crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação,
isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de
sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer
outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
Exemplo:
1)Distorcer e omitir fatos para deixar a mulher em dúvida sobre sua memória e
sanidade. (GASLIGHTING)
1)Ano: 2013 Banca: CRS - PMMG Órgão: PM-MG Prova: CRS - PMMG - 2013 - PM-MG -
Assistente Administrativo
Ano: 2010 Banca: CRS - PMMG Órgão: PM-MG Prova: CRS - PMMG - 2010 - PM-MG -
Aspirante da Polícia Militar
2) Marque a alternativa CORRETA. A Lei 11.340, Lei Maria da Penha, que cria
mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, de 07 de
agosto de 2006, define a violência como:
A)A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de
violação dos direitos humanos.
C)A violência física é entendida como qualquer condição que constranja a mulher a
presenciar, a manter ou participar de relação sexual não desejada, mediante
intimidação, ameaça, coação ou uso da força.
R:Esta violência não é a física ( ofender a integridade física ou saúde corporal ) e sim
violência sexual, veja pelo âmbito do texto ( participar de relação sexual não desejada).
R:Ação ou omissão baseada no GÊNERO que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico,
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.
TÍTULO III
CAPÍTULO I
Este capítulo irá nos fornecer dados de como será todas as “parcerias
públicas” entre os entes federativos ( União, DF, estados e Municípios ),
ações não-governamentais, integração operacional do Poder Judiciário, MP e
defensoria pública, pesquisas, atendimento nas delegacias, órgãos de
segurança pública, tudo isso em prol das mulheres vulneráveis e visando
uma prevenção efetiva.
Art. 8º A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher
far-se-á por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios e de ações não-governamentais, tendo por diretrizes:
A Lei Maria da Penha visa coibir também no âmbito da comunicação social qualquer tipo
de conduta tanto de homem quanto de mulher que possa estimular o aumento da
V.D.F.C.M.
Repare que o prazo é CERTO, ou seja, tempo DETERMINADO e ESTIPULADO pelo Juiz, e
nos três âmbitos, federal, estadual e municipal.
III - encaminhamento à assistência judiciária, quando for o caso, inclusive para eventual
ajuizamento da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de
dissolução de união estável perante o juízo competente.
Remunerado? Entendemos que não, o empregador não pode sofrer prejuízos pela falha
do Estado.
-Divórcio
-Anulação de casamento
OBS: A maioria das vezes que você ver o encaminhamento da mulher vulnerável para a
assistência judiciária será para estes fins acima.
§ 4º Aquele que, por ação ou omissão, causar lesão, violência física, sexual ou
psicológica e dano moral ou patrimonial a mulher fica obrigado a ressarcir todos os
danos causados, inclusive ressarcir ao Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a
tabela SUS, os custos relativos aos serviços de saúde prestados para o total tratamento
das vítimas em situação de violência doméstica e familiar, recolhidos os recursos assim
arrecadados ao Fundo de Saúde do ente federado responsável pelas unidades de saúde
que prestarem os serviços. (Vide Lei nº 13.871, de 2019)
-Do SUS ( Caso seja necessário usufruir dos serviços ), este valor será estipulado por
meio de uma TABELA e estes recursos serão destinados para o FUNDO DE SAÚDE do
estado ( unidade federativa ) que prestou o serviço de saúde.
CAPÍTULO III
III - não revitimização da depoente, evitando sucessivas inquirições sobre o mesmo fato
nos âmbitos criminal, cível e administrativo, bem como questionamentos sobre a vida
privada. (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
Diretrizes
III – Não REVITIMIZAÇÃO da vítima ( evitar que a ofendida fique contando várias
vezes os fatos que ocorreram , visando a proteção da integridade mental e psíquica da
dela.
PROCEDIMENTOS DA INQUIRIÇÃO
I - a inquirição será feita em recinto especialmente projetado para esse fim, o qual
conterá os equipamentos próprios e adequados à idade da mulher em situação de
violência doméstica e familiar ou testemunha e ao tipo e à gravidade da violência
sofrida; (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro,
quando houver risco de vida;
Art. 12. - EM TODOS OS CASOS de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito
o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes
procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:
Tomar a representação a termo é dar ciência por meio de um documento que a vítima
deseja a punição contra o agressor.
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com
o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;
Quando não for o Juiz que determinar, for a autoridade policial ( delegado ) ou o policial
na ocorrência, o Juiz neste caso deve ser comunicado no prazo máximo de 24 HORAS e
decidindo em igual prazo. ( 24 + 24 )
Delegado
Delegado de Polícia tem 48 horas para enviar expediente apartado para o Juiz com o
pedido da ofendida para a concessão de M.P.U.
Juiz
- Sobre as M.P.U
VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público.
§ 1º O pedido da ofendida será tomado a termo pela autoridade policial e deverá conter:
III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida.
III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado
disponível no momento da denúncia. (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no
prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a
manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao
Ministério Público concomitantemente. (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)
Vamos sistematizar:
Caso tenha um RISCO ATUAL ou a possibilidade da ofendida ter um risco a sua vida, o
agressor será IMEDIATAMENTE afastado do lar pelo:
1)Juiz
TÍTULO IV
DOS PROCEDIMENTOS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
- Processo Civil
Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça
Ordinária com competência cível e criminal, poderão ser criados pela União, no
Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento e a
execução das causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a
mulher.
Temos a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher com o
advento da Lei 11.340/2006, pertencente a Justiça ORDINÁRIA ( justiça comum ),
competência tanto CÍVEL quanto CRIMINAL.
A Lei permite que os atos processuais aconteçam a noite, fica a critério da organização
judiciária do local.
Art. 14-A. A ofendida tem a opção de propor ação de divórcio ou de dissolução de união
estável no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. (Incluído pela
Lei nº 13.894, de 2019)
OBS: Qualquer ato processual relacionado á partilha de BENS não é competência dele.
Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os processos cíveis regidos por esta
Lei, o Juizado:
Os processos CÍVEIS fica a critério da ofendida qual juizado será competente para
realizar os atos processuais.
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que
trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência
especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido
o Ministério Público.
Vimos no atendimento pelo Delegado de Polícia que ele tem que tornar a termo a
representação, isso só é possível caso a vítima tenha a vontade de que o seu agressor seja
punido.
Caso a vítima queira renunciar a sua representação contra o agressor, terá que ser feito
em uma audiência específica somente para tal finalidade ( renunciar a representação ) e
tem que ser antes do recebimento da DENÚNCIA pelo Juiz e ouvido o MP .
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a
mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a
substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa.
É vedado:
2)Ano: 2013 Banca: CRS - PMMG Órgão: PM-MG Prova: CRS - PMMG - 2013 - PM-
MG - Assistente Administrativo
CAPÍTULO II
Seção I
Disposições Gerais
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas:
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a
requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida.
Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo,
verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se
sobrevierem razões que a justifiquem.
Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor,
especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação
do advogado constituído ou do defensor público.
- Conhecer de todos os documentos que chegou até ele e decidir sobre as M.P.U.
-Juiz
A requerimento de quem?
CUIDADO! A maioria das vezes que foi citado “ REQUERIMENTO “nesta lei foi por
parte do MP ou OFENDIDA, aqui será diferente.
Sobre a ofendida
OBS: As M.P.U podem ser tanto para o AGRESSOR quanto para a OFENDIDA.
Significa que o AGRESSOR será protegido? Não, as M.P.U destinadas ao agressor serão
em forma de obrigações e de restrições de direitos.
Seção II
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos
termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou
separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:
Exemplo: Um Policial Militar, terá seu porte somente durante o serviço policial enquanto
durar a eficácia da M.P.U
Caso o superior imediato do agressor não cumpra o estabelecido, poderá incorrer no
crime de PREVARICAÇÃO e DESOBEDIÊNCIA.
Seção III
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:
III - determinar o AFASTAMENTO da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos
a bens, guarda dos filhos e alimentos;
Separação de corpos: Medida judicial que autoriza a saída de um dos cônjuges (marido
ou mulher) ou companheiro do lar conjugal, quando a convivência se torna insustentável.
Art. 24. Para a PROTEÇÃO PATRIMONIAL dos bens da sociedade conjugal ou daqueles
de propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as
seguintes medidas, entre outras:
Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins previstos nos
incisos II e III deste artigo.
Seção IV
(Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018)
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência
previstas nesta Lei: (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018)
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 13.641,
de 2018)
CAPÍTULO III
Art. 25. O Ministério Público intervirá, quando não for parte, nas causas cíveis e
criminais decorrentes da violência doméstica e familiar contra a mulher.
Art. 26. Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras atribuições, nos casos de
violência doméstica e familiar contra a mulher, quando necessário:
CAPÍTULO IV
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
ART 19: Situação de conceder M.P.U para a ofendida de imediato ( quando ela chegar na
delegacia ), fora isso, deverá estar acompanhada de um advogado.
Art. 28. É garantido a toda mulher em situação de violência doméstica e familiar o acesso
aos serviços de DEFENSORIA PÚBLICA ou de ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA,
nos termos da lei, em sede policial e judicial, mediante atendimento específico e
humanizado.
TÍTULO V
Art. 29. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher que vierem a ser
criados poderão contar com uma equipe de atendimento multidisciplinar, a ser integrada
por profissionais especializados nas áreas psicossocial, jurídica e de saúde.
Art. 30. Compete à equipe de atendimento multidisciplinar, entre outras atribuições que
lhe forem reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito ao juiz, ao
Ministério Público e à Defensoria Pública, mediante laudos ou verbalmente em
audiência, e desenvolver trabalhos de orientação, encaminhamento, prevenção e outras
medidas, voltados para a ofendida, o agressor e os familiares, com especial atenção às
crianças e aos adolescentes.
Art. 31. Quando a complexidade do caso exigir avaliação mais aprofundada, o juiz poderá
determinar a manifestação de profissional especializado, mediante a indicação da equipe
de atendimento multidisciplinar.
Art. 32. O Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta orçamentária, poderá prever
recursos para a criação e manutenção da equipe de atendimento multidisciplinar, nos
termos da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 33. Enquanto não estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra
a Mulher, as varas criminais acumularão as competências cível e criminal para conhecer
e julgar as causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a
mulher, observadas as previsões do Título IV desta Lei, subsidiada pela legislação
processual pertinente.
Parágrafo único. Será garantido o direito de preferência, nas varas criminais, para o
processo e o julgamento das causas referidas no caput.
TÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 34. A instituição dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
poderá ser acompanhada pela implantação das curadorias necessárias e do serviço de
assistência judiciária.
Art. 35. A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover,
no limite das respectivas competências:
Art. 37. A defesa dos interesses e direitos transindividuais previstos nesta Lei poderá
ser exercida, concorrentemente, pelo Ministério Público e por associação de atuação na
área, regularmente constituída há pelo menos um ano, nos termos da legislação civil.
Art. 40. As obrigações previstas nesta Lei não excluem outras decorrentes dos princípios
por ela adotados.
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher,
INDEPENDENTEMENTE DA PENA APLICADA, não se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de
setembro de 1995. ( Lei dos Juizados Especiais Criminais )