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DESAFIOS DO ESTADOS DE DIREITO:

DEMOCRACIA E CIDADANIA
DESAFIOS DO ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA E CIDADANIA
2.1 Estado de direito e a Constituição Federal de 1988: consolidação
da democracia, representação política e participação cidadã. 2.2
Divisão e coordenação de Poderes da República. 2.3 Presidencialismo
como sistema de governo: noções gerais, capacidades governativas e
especificidades do caso brasileiro. 2.4 Efetivação e reparação de
Direitos Humanos: memória, autoritarismo e violência de Estado. 2.5
Programa Nacional de Direitos Humanos PNDH-3 (Decreto nº
7.037/2009). 2.6 Combate às discriminações, desigualdades e
injustiças: de renda, regional, racial, etária e de gênero. 2.7
Desenvolvimento sustentável, meio ambiente e mudança climática.
PROTEÇÃO ÀS MINORIAS E
GRUPOS VULNERÁVEIS
(NEGRO)
PROTEÇÃO ÀS MINORIAS E GRUPOS
VULNERÁVEIS (NEGRO)
QUESTÕES
CESGRANRIO/SEDUC-SP/2010
Em 1993, um adolescente negro, chamado Lawrence foi morto em
um ataque por motivos raciais, nas mãos de cinco jovens brancos,
quando ele esperava o ônibus, na parada, com um amigo, no
sudeste de Londres. Sem ser provocado, o rapaz atirou-se sobre
Lawrence, apunhalou-o duas vezes e deixou-o estendido no chão
até morrer. O fato de ninguém ter sido condenado por seu
assassinato é visto como um grave erro judicial.
(GIDDENS, 2008. p. 209).

Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
CESGRANRIO/SEDUC-SP/2010
Com base em Anthony Giddens, o texto acima está ligado ao
conceito de
A) discriminação.
B) raça.
C) etnia.
D) estratificação.
E) divisão de classes.

Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
CESGRANRIO/SEDUC-SP/2010
Cida, uma mulher negra, é contratada para cuidar de Estela,uma
velha de 80 anos, que mora sozinha e é extremamente racista.
Estela, a patroa, começa tripudiando em cima de Cida por ela ser
negra. A relação entre elas fica bastante tumultuada, mostrando
rivalidade entre as duas por causa da cor da pele. Cida atura a tudo
em silêncio e com humildade, por precisar do dinheiro. Um dia ela
decide se vingar de Estela usando o próprio jogo de xadrez, com o
qual Estela mostrava sua discriminação, preconceito racial e
diversidade cultural e, não raro, dizia:

Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
CESGRANRIO/SEDUC-SP/2010
“Presta muita atenção, neguinha, porque só vou te ensinar uma vez.
O objetivo desse jogo é tomar o rei do adversário, que é a peça
principal. As peças que valem menos são essas daqui, o peão. Peão
é a mesma coisa que empregada doméstica, não vale nada.”
Seu preconceito se expressava simbolicamente até na escolha das
pedras: brancas para ela e pretas para Estela.
(O Xadrez das Cores. Filme de Ficção de Schiavon, 2004, 22min.).

Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
CESGRANRIO/SEDUC-SP/2010
Tendo como referencia o texto, assinale a alternativa que esclarece a
noção de racismo como uma doutrina que
A) prega a existência de raças humanas, com diferentes qualidades
e habilidades, estabelecendo uma hierarquia entre elas com base
em qualidades morais, psicológicas, físicas e intelectuais.
B) prega a existência de raças humanas com as mesmas qualidades
e habilidades, ordenadas de forma a garantir a igualdade entre as
pessoas.7

Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
CESGRANRIO/SEDUC-SP/2010
C) afirma a existência de uma democracia racial.
D) reconhece a existência de diferentes qualidades morais,
psicológicas, físicas e intelectuais entre as raças.
E) discute as minorias étnicas nas representações de classe social.

Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
CESGRANRIO/SEMSA MANAUS/2005
Assinale a opção que NÃO caracteriza corretamente as expressões
das desigualdades raciais no país em relação à população de
negros.
A) Menor acesso à infra-estrutura básica de saneamento, coleta de
lixo e água canalizada.
B) Menor acesso às profissões de maior prestígio social e a posições
de poder político.

Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
CESGRANRIO/SEMSA MANAUS/2005
C) Menor salário que brancos com mesmo grau de instrução.
D) Restrições legais quanto ao acesso aos serviços públicos e
privados de saúde.
E) Restrições de acesso à escolaridade e melhores condições de
vida.

Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
CESGRANRIO/BANRISUL/2023
Um militante político atua em vários movimentos buscando a
igualdade de oportunidades para todos os cidadãos,
independentemente da origem social ou de qualquer outro critério
que não considere o mérito pessoal e as qualificações para atuar em
qualquer cargo, emprego ou função. Para reforçar seus projetos,
organiza um núcleo no setor bancário, responsável por identificar
oportunidades de inserção da comunidade negra no mercado
financeiro...
-

--

Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
CESGRANRIO/BANRISUL/2023
Nos termos da Lei Federal nº 12.288, de 20 de julho de 2010, os
programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela
iniciativa privada para a correção das desigualdades raciais e para a
promoção da igualdade de oportunidades são considerados ações
A) discriminatórias
B) alocativas
C) afirmativas
D) preferenciais
E) libertárias
CESGRANRIO/BANRISUL/2023
Um economista exerce atividade de superintendente em instituição
financeira de âmbito nacional, com sede no Rio Grande do Sul. Por
determinação da diretoria do banco, procura organizar o quadro de
funcionários para equilibrar com a origem de gênero e etnia. Nos
termos da Lei Estadual nº 13.694, de 19 de janeiro de 2011, o
Estatuto Estadual da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância
Religiosa orientará as políticas públicas, os programas e as ações
implementadas no Estado, visando a medidas

Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
CESGRANRIO/BANRISUL/2023
A) inclusivas
B) mitigadas
C) emprestadas
D) colaborativas
E) paliativas

Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
PROTEÇÃO ÀS MINORIAS E
GRUPOS VULNERÁVEIS
(MULHER)
PROTEÇÃO À MULHER
& 1 1 ..
PROTEÇÃO INTERNACIONAL
q A Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de
Discriminação contra a Mulher (CEDAW, pela sigla internacional).
q No âmbito da OEA é importante conhecermos a Convenção
Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a
Mulher, denominada de Convenção de Belém do Pará.
q Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime
Organizado Transnacional Relativo à Prevenção, Repressão e Punição
do Tráfico de Pessoas, em Especial Mulheres e Crianças.
PROTEÇÃO INTERNA
q Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340, 2006) – cria mecanismos para
coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.
q Lei do Minuto Seguinte (Lei nº 12.845/2013) - prevê atendimento
imediato pelo SUS e informações sobre os diretos das vítimas de
abuso.
q Lei do Feminicídio (Lei nº 13.104, 2015) - alterou o Código Penal
criando um tipo de homicídio qualificado.
q Lei nº 13.718/2018 – esta lei trouxe relevante mudanças no Código
Penal. Tipificou os crimes de importunação sexual e de divulgação de
cena de estupro, tornou pública incondicionada a natureza da ação
penal dos crimes contra a liberdade sexual e dos crimes sexuais
contra vulneráveis e definiu como causas para aumento de pena o
estupro coletivo e o estupro corretivo.
PROTEÇÃO INTERNA
q Lei nº 13.642/2018 – atribuiu competência para a polícia federal
investigar crimes praticados na rede mundial de computadores, que
difundam conteúdo misógino.
q Lei nº 13.931/2019 - notificação compulsória dos casos de indícios ou
confirmação de violência contra a mulher, atendida em serviços de
saúde públicos e privados.
q Lei Joana Maranhão (Lei nº 12.650/2015) – alterou os prazos quanto à
prescrição (prazo) contra abusos sexuais cometidos contra crianças e
adolescentes.
PROTEÇÃO INTERNA
q Lei Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica (Lei nº 14.188/2021)
- define o programa de cooperação Sinal Vermelho contra a Violência
Doméstica como uma das medidas de enfrentamento da violência
doméstica e familiar contra a mulher, altera a modalidade da pena da
lesão corporal simples cometida contra a mulher por razões da
condição do sexo feminino e cria o tipo penal de violência
psicológica contra a mulher.
q Lei nº 14.192/2021 - estabelece normas para prevenir, reprimir e
combater a violência política contra a mulher.
PROTEÇÃO INTERNA
q Lei nº 14.326/2022 - assegura à mulher presa gestante ou puérpera
tratamento humanitário antes e durante o trabalho de parto e no
período de puerpério, bem como assistência integral à sua saúde e à
do recém-nascido.
q Lei nº 14786/2023 - Cria o protocolo “Não é Não”, para prevenção
ao constrangimento e à violência contra a mulher e para proteção à
vítima; institui o selo “Não é Não - Mulheres Seguras”;
PROTEÇÃO INTERNACIONAL
CEDAW
q documento que sofre críticas da comunidade internacional, por
prever a igualdade entre homem e mulheres em relação à família, por
impor imperialismo cultural e pela intolerância religiosa.
q foco: eliminar a discriminação contra a mulher:
"discriminação contra a mulher" significará toda a distinção,
exclusão ou restrição baseada no sexo e que tenha por objeto ou
resultado prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício
pela mulher, independentemente de seu estado civil, com base na
igualdade do homem e da mulher, dos direitos humanos e
liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social,
cultural e civil ou em qualquer outro campo.
CEDAW
q documento que sofre críticas da comunidade internacional, por
prever a igualdade entre homem e mulheres em relação à família, por
impor imperialismo cultural e pela intolerância religiosa.
q foco: eliminar a discriminação contra a mulher:
"discriminação contra a mulher" significará toda a distinção,
exclusão ou restrição baseada no sexo e que tenha por objeto ou
resultado prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício
pela mulher, independentemente de seu estado civil, com base na
igualdade do homem e da mulher, dos direitos humanos e
liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social,
cultural e civil ou em qualquer outro campo.
CONVENÇÃO BELÉM DO PARÁ (OFA)
q foco: eliminar a violência doméstica:
"discriminação contra a mulher" significará toda a distinção,
exclusão ou restrição baseada no sexo e que tenha por objeto ou
resultado prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício
pela mulher, independentemente de seu estado civil, com base na
igualdade do homem e da mulher, dos direitos humanos e
liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social,
cultural e civil ou em qualquer outro campo.
CONVENÇÃO BELÉM DO PARÁ
q a violência doméstica abrange a física, sexual e psicológica:
a) ocorrida no âmbito da família ou unidade doméstica ou em
qualquer relação interpessoal, quer o agressor compartilhe, tenha
compartilhado ou não a sua residência, incluindo-se, entre outras
turmas, o estupro, maus-tratos e abuso sexual;
b) ocorrida na comunidade e comedida por qualquer pessoa,
incluindo, entre outras formas, o estupro, abuso sexual, tortura,
tráfico de mulheres, prostituição forçada, sequestro e assédio sexual
no local de trabalho, bem como em instituições educacionais,
serviços de saúde ou qualquer outro local; e
c) perpetrada ou tolerada pelo Estado ou seus agentes, onde quer
que ocorra.
PROTEÇÃO INTERNA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
q igualdade entre homens e mulheres (art. 5º, I, CF);
q proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos
específicos, nos termos da lei (art. 7º, XX, CF);
q tratamento diferenciado em termos de aposentadoria:
§ 62 anos, frente aos 65 para homens para servidores e
empregados privados, conforme art. 40, III, CF e art. 201, §7º, CF)
§ 55 anos, frente aos 60 para homens para aposentadoria por
idade para empregados privados
q dispensa do serviço militar obrigatório em tempos de paz (art. 142,
§2º, CF)
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
3
q exercício em igualdade de condições dos deveres decorrentes da
sociedade conjugal entre homens e mulheres (art. 226, §, 5º, CF);
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
q participação política da mulher
§ 7º Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% (cinco por
cento) dos recursos do fundo partidário na criação e na manutenção
de programas de promoção e difusão da participação política das
mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 117, de 2022).
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
q participação política da mulher
§ 8º O montante do Fundo Especial de Financiamento de
Campanha e da parcela do fundo partidário destinada a campanhas
eleitorais, bem como o tempo de propaganda gratuita no rádio e na
televisão a ser distribuído pelos partidos às respectivas candidatas,
deverão ser de no mínimo 30% (trinta por cento), proporcional ao
número de candidatas, e a distribuição deverá ser realizada
conforme critérios definidos pelos respectivos órgãos de direção e
pelas normas estatutárias, considerados a autonomia e o interesse
partidário. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 117, de
2022)
LEI MARIA DA PENHA
FINALIDADE DA NORMA
q coibir e prevenir a violência doméstica familiar;
q criar os Juizados de Violência Doméstica e Familiar;
q adotar medidas de assistência e proteção às vítimas de violência
doméstica e familiar.
CONCEITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que ~ lhe cause ~ morte,
~ w
lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
-
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio
permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as
esporadicamente agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por
indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por
afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha
convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.
-
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de
orientação sexual.
--

- -
CONCEITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Art. 40-A. Esta lei será aplicada a todas as situações previstas no art. 5º,
independentemente da causa ou motivação dos atos de violência, ou da
condição do ofensor ou da ofendida.

LEI 17530/2023 -

> AMPLA PROTECDÓ


-
O INTEGRAL

Rolacs)
de mulheres Em
Domusticas
H

↑ksmnig s
e
CONCEITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
(...) para a aplicação da Lei 11.340/2006, não é suficiente que a violência seja
praticada contra a mulher e numa relação familiar, doméstica ou de afetividade,
mas também há necessidade de demonstração da sua situação de
vulnerabilidade ou hipossuficiência, numa perspectiva de gênero. (STJ, AgRg no
Resp n. 1.430.724/RJ, rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, 6ª T., j.
17/3/2015, DJe 24/3/2015).
--
A jurisprudência desta Corte Superior de Justiça orienta-se no sentido de que,
para que a competência dos Juizados Especiais de Violência Doméstica seja
firmada, não basta que o crime seja praticado contra mulher no âmbito
doméstico ou familiar, exigindo-se que a motivação do acusado seja de gênero,
ou que a vulnerabilidade da ofendida seja decorrente da sua condição de
mulher. (STJ, AgRg no REsp 1900484/GO, rel. Min. Felix Fischer, 5ª T., j.
02/02/2021, DJe 17/02/2021).
FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A


MULHER

física psicológica sexual patrimonial moral

CALÚNIA
S


OFENSA A ·
DANO EMOCIONAL NAS ·
RETER OU SUB .
·

CONSENTIMENT
I
SAVA · PREJUIZO DO · DifAMA C
CORPORAL DESENVOLVIMENTO *

· INJURIA
PREJUDICAR AÇOS
·
ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO
DE VIOLÊNCIA
q medidas de prevenção:
.
§ integração entre as esferas (Judiciário, MP e Defensoria com
segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e
habitação); (REDE)
A
§ atendimento policial especializado;
-
§ campanhas educativas e de prevenção da violência doméstica e
familiar; e (POLÍTICA PÚBLICA
M
§ capacitação permanente da rede de atuação.
ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO
DE VIOLÊNCIA sus/sups/susp
-
q assistência à mulher vítima de violência doméstica:
-
§ acesso prioritário à remoção, caso a vítima seja servidora pública;
e
-
§ manutenção do vínculo de trabalho por até seis meses, se
necessário o afastamento.
A
§ encaminhamento à assistência judiciária, quando for o caso,
inclusive para eventual ajuizamento da ação de separação
judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução
de união estável perante o juízo competente.

(DEFENSORIS)
ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO
DE VIOLÊNCIA
q atendimento policial: o atendimento policial e pericial especializado,
ininterrupto e prestado por servidores - preferencialmente do sexo
feminino - previamente capacitados;
§ premissas:
• salvaguarda da integridade física;
• não contato com investigados e suspeitos; e
• evitar a revitimização.
ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO
DE VIOLÊNCIA
q atendimento policial:

Y§ encaminhamento para atendimento médico;


§ garantia de proteção policial;

o
§ fornecimento de transporte, estendendo o benefício a
dependentes da vítima de violência;
A
§ garantir apoio policial para a vítima buscar pertences do local da
ocorrência ou do domicílio; e
A
§ informação quanto aos direitos.
PROCEDIMENTOS JUDICIAIS
FOROS COMPETENTES PARA AÇÃO CÍVEL
EM RAZÃO DA LEI MARIA DA PENHA

à escolha da vítima

foro do lugar do
foro do domicílio ou foro do domicílio do
fato em se baseou a
da residência; agressor
demanda; ou
PROCEDIMENTOS JUDICIAIS

Divórcio

COMPETE AO FORO DO
DOMICÍLIO DA VÍTIMA DE Separação
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E
FAMILIAR O
JULGAMENTO DE AÇÕES Anulação de casamento
REFERENTES A:
Reconhecimento ou dissolução de
união estável
PROCEDIMENTOS JUDICIAIS
q renúncia à representação da vítima:
1ª – manifestação de vontade perante autoridade judicial;
2ª – manifestação em audiência especialmente designada para a
renúncia;
3ª – manifestação antes do recebimento da denúncia; e
4ª – prévia oitiva do membro do Ministério Público.
PROCEDIMENTOS JUDICIAIS
q medidas protetivas

MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA:

• requerimento da vítima ou do membro do Ministério


Público;
• decisão judicial no prazo de 48 horas;
• são provisórias;
• possibilidade de prisão preventiva do agressor.
PROCEDIMENTOS JUDICIAIS
q medidas protetivas

Medida de Urgência Prisão Preventiva


• a pedido da vítima de violência
• a pedido da vítima de violência doméstica ou familiar;
doméstica ou familiar; ou • a pedido do Ministério Público;
• a pedido do Ministério Público ou
• de ofício pelo Juiz.
Depende de decisão judicial.
PROCEDIMENTOS JUDICIAIS
q medidas protetivas
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a
mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao
agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas
protetivas de urgência, entre outras:
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com
comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei no 10.826, de 22
de dezembro de 2003;
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a
ofendida;
PROCEDIMENTOS JUDICIAIS
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas,
fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor;
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer
meio de comunicação;
c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a
integridade física e psicológica da ofendida;
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida
a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
PROCEDIMENTOS JUDICIAIS
q medidas protetivas
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras
medidas:
I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou
comunitário de proteção ou de atendimento;
II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao
respectivo domicílio, após afastamento do agressor;
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos
direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos;
IV - determinar a separação de corpos.
PROCEDIMENTOS JUDICIAIS
q medidas protetivas
V - determinar a matrícula dos dependentes da ofendida em instituição
-

de educação básica mais próxima do seu domicílio, ou a transferência


deles
- para essa instituição, independentemente
- da existência de vaga.
(Incluído pela Lei nº 13.882, de 2019)
VI – conceder à ofendida auxílio-aluguel, com valor fixado em função de
sua situação de vulnerabilidade social e econômica, por período não
--

(
--

superior a 6 (seis) meses. (Incluído pela Lei nº 14.674, de 2023).


- -
PROCEDIMENTOS JUDICIAIS
q medidas protetivas
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou
daqueles de propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar,
liminarmente, as seguintes medidas, entre outras:
I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à
ofendida;
II - proibição temporária para a celebração de atos e contratos de
compra, venda e locação de propriedade em comum, salvo expressa
autorização judicial;
III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor;
PROCEDIMENTOS JUDICIAIS
q medidas protetivas
IV - prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por
perdas e danos materiais decorrentes da prática de violência doméstica
e familiar contra a ofendida.
Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os
fins previstos nos incisos II e III deste artigo.
PROCEDIMENTOS JUDICIAIS
q medidas protetivas

crime de descumprimento de medida


protetiva de urgência

V ~ ~
não exclui aplicação
detenção de 3 meses a admite fiança (apenas
de outras medidas
dois anos juiz)
cabíveis
LEI DO MINUTO SEGUINTE
imediato

SERVIÇOS A QUEM FOR SUBMETIDO A


obrigatório
VIOLÊNCIA SEXUAL

gratuito, a quem dela


necessitar
SERVIÇOS (SUS)
q diagnóstico e tratamento das lesões físicas no aparelho genital e nas
demais áreas afetadas;
q amparo médico, psicológico e social imediatos;
q facilitação do registro da ocorrência e encaminhamento ao órgão de
medicina legal e às delegacias especializadas com informações que
possam ser úteis à identificação do agressor e à comprovação da
violência sexual;
q profilaxia da gravidez;
q profilaxia das DST;
SERVIÇOS (SUS)
q coleta de material para realização do exame de HIV para posterior
acompanhamento e terapia;
q fornecimento de informações às vítimas sobre os direitos legais e
sobre todos os serviços sanitários disponíveis.
LEI DO FEMINICÍDIO
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
Feminicídio(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:
(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino
quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído
pela Lei nº 13.104, de 2015)
LEI 14.717/2023
q pensão especial aos filhos e dependentes crianças ou adolescentes,
órfãos em razão do crime de feminicídio;
q concedido a filhos e dependentes menores de 18, com renda igual
ou inferior a ¼ do salário mínimo;
q benefício equivalente a 1 salário-mínimo;
q marco inicial: óbito;
LEI DE PROTEÇÃO À MULHER EM
CASO DE CRIME SEXUAL
NOVOS TIPOS PENAIS
q importunação sexual: ato libidinoso na presença de alguém, a vítima
pode ser homem ou mulher, de forma não consensual, com o
objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro;
q divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável,
de cena de sexo ou de pornografia;
LEI SINAL VERMELHO CONTRA
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
q causa de aumento de pena em caso de lesão contra mulher;
Art. 129 (...)
§ 13. Se a lesão for praticada contra a mulher, por razões da
condição do sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121
deste Código:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro anos).
q tipificação da conduta de violência psicológica contra a mulher;
Violência psicológica contra a mulher
Art. 147-B. Causar dano emocional à mulher que a prejudique
e perturbe seu pleno desenvolvimento ou que vise a degradar
ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e
decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação,
manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização,
limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que
cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação:
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a
conduta não constitui crime mais grave.
q medida protetiva por risco à integridade psicológica da mulher:
Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida
ou à integridade física ou psicológica da mulher em situação de
violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor
será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de
convivência com a ofendida:
LEI DA VIOLÊNCIA POLÍTICA
CONTRA A MULHER
↳; 17 188/202)
.
ASSUNTOS
q normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra
a mulher, nos espaços e atividades relacionados ao exercício de seus
direitos políticos e de suas funções públicas;
q normas para assegurar a participação de mulheres em debates
eleitorais;
q crime de divulgação de fato ou vídeo com conteúdo inverídico no
período de campanha eleitoral.
VIOLÊNCIA POLÍTICA

toda ação, conduta ou omissão com a finalidade


de impedir, obstaculizar ou restringir os direitos
políticos da mulher OU

VIOLÊNCIA
POLÍTICA
qualquer distinção, exclusão ou restrição no
reconhecimento, gozo ou exercício de seus
direitos e de suas liberdades políticas
fundamentais, em virtude do sexo.
ALTERAÇÕES IMPORTANTES
~
q CE não permite propaganda eleitoral que discrimine em razão do
gênero, cor, raça ou etnia;
~
q CE torna crime divulgação de fatos inverídicos (durante a campanha
ou em período eleitoral) imputando aumento de pena se envolver
menosprezo ou discriminação à condição da mulher ou à sua cor,
----
raça ou etnia;
~ -

q CE torna crime assediar, constranger, humilhar, perseguir ou


ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo eletivo ou detentora
de mandato eletivo, utilizando-se de menosprezo ou discriminação à
condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de
impedir ou de dificultar a sua campanha eleitoral ou o desempenho
de seu mandato eletivo;
ALTERAÇÕES IMPORTANTES
~
q CE torna crime calúnia, difamação e injúria eleitoral, imputando
aumento de pena se envolver menosprezo ou discriminação à
condição da mulher ou à sua cor, raça ou etnia;
-
q Lei dos Partidos Políticos exige que estatutos estabeleçam normas
. .

sobre prevenção, repressão e combate à violência política contra a


mulher;
~
q Lei das Eleições passou a exigir exigir a observância da proporção
--
entre homens e mulheres previsto no §3º do art. 10 da mesma lei
(70% no máximo e 30% no mínimo) no âmbito dos debates sobre as
eleições proporcionais.
LEI DA GUARDA COMPARTILHADA E
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA OU
FAMILIAR
Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser:
§ 2º Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do
filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder
familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos
genitores declarar ao magistrado que não deseja a guarda da criança ou
do adolescente ou quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade de risco de violência doméstica ou familiar. (Redação
dada pela Lei nº 14.713, de 2023)
Art. 699-A. Nas ações de guarda, antes de iniciada a audiência de
mediação e conciliação de que trata o art. 695 deste Código, o juiz
indagará às partes e ao Ministério Público se há risco de violência
doméstica ou familiar, fixando o prazo de 5 (cinco) dias para a
apresentação de prova ou de indícios pertinentes.
LEI DO NÃO É NÃO
Art. 2º O protocolo “Não é Não” será implementado no ambiente de
casas noturnas e de boates, em espetáculos musicais realizados em
locais fechados e em shows, com venda de bebida alcoólica, para
-
promover a proteção das mulheres e para prevenir e enfrentar o
constrangimento
-
e a violência contra elas.
-
-- ->
-
Parágrafo único. O disposto nesta Lei não se aplica a cultos nem a
outros eventos realizados em locais de natureza religiosa.
Art. 4º Na aplicação do protocolo “Não é Não”, devem ser observados
os seguintes princípios:
I - respeito ao relato da vítima acerca do constrangimento ou da
violência sofrida;
II - preservação da dignidade, da honra, da intimidade e da integridade
física e psicológica da vítima;
III - celeridade no cumprimento do disposto nesta Lei;
IV - articulação de esforços públicos e privados para o enfrentamento do
constrangimento e da violência contra a mulher.
Art. 4º Na aplicação do protocolo “Não é Não”, devem ser observados
os seguintes princípios:
I - respeito ao relato da vítima acerca do constrangimento ou da
violência sofrida;
II - preservação da dignidade, da honra, da intimidade e da integridade
física e psicológica da vítima;
III - celeridade no cumprimento do disposto nesta Lei;
IV - articulação de esforços públicos e privados para o enfrentamento do
constrangimento e da violência contra a mulher.
TRABALHO DA MULHER
MÉTODOS E LOCAIS DE TRABALHO
• prover os estabelecimentos de medidas concernentes à higienização dos
métodos e locais de trabalho, tais como ventilação e iluminação e outros que
se fizerem necessários à segurança e ao conforto das mulheres, a critério da
autoridade competente;
• instalar bebedouros, lavatórios, aparelhos sanitários; dispor de cadeiras ou
bancos, em número suficiente, que permitam às mulheres trabalhar sem
grande esgotamento físico;
• instalar vestiários com armários individuais privativos das mulheres, exceto os
estabelecimentos comerciais, escritórios, bancos e atividades afins, em que
não seja exigida a troca de roupa, e outros, a critério da autoridade
competente em matéria de segurança e higiene do trabalho, admitindo-se
como suficientes as gavetas ou escaninhos, onde possam as empregadas
guardar seus pertences;
MÉTODOS E LOCAIS DE TRABALHO
• Proteção Individual - fornecer, gratuitamente, a juízo da autoridade
competente, os recursos de proteção individual, tais como óculos, máscaras,
luvas e roupas especiais, para a defesa dos olhos, do aparelho respiratório e
da pele, de acordo com a natureza do trabalho.
• Creches - os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 30 (trinta)
mulheres com mais de 16 (dezesseis) anos de idade terão local apropriado
onde seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e assistência os
seus filhos no período da amamentação.
• Emprego de força muscular - limitação de 20KG para o trabalho contínuo e
25 KG para o ocasional.
• Afastamento por violência doméstica - a Lei Maria da Penha assegura à
mulher em situação de violência doméstica e familiar a manutenção do
vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de trabalho,
por até seis meses.
PROTEÇÃO À GRAVIDEZ E À
MATERNIDADE
• Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da mulher
o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de
gravidez.
• Licença Maternidade de 120 dias, inclusive para a mãe adotante. Podendo
ser ampliada para 180 dias de acordo com a Lei 11.770/2008 (Programa
Empresa Cidadã).
• Estabilidade no emprego desde a confirmação da gravidez até 5 meses após
o parto.
• Direito de mudar de função.
• Direito a rescindir o contrato quando o trabalho for prejudicial a gestação.
• Afastamento de atividade insalubres durante a gestação.
PROTEÇÃO À GRAVIDEZ E À
MATERNIDADE
• Dois intervalos de meia hora para amamentação até que o filho complete 6
meses.
• No caso de aborto não provocado 2 semanas de licença.
CONVENÇÕES DA OIT
• Convenção n. 100 sobre Salário Igual para Trabalho de Igual Valor entre o
Homem e a Mulher, de 1951.
• Convenção n. 111 sobre Discriminação em Matéria de Emprego e Ocupação,
de 1959 - tem por finalidade promover a igualdade eliminado todas as
formas de discriminação.
PROTEÇÃO ÀS MINORIAS E
GRUPOS VULNERÁVEIS
(IDOSO)
PROTEÇÃO ÀS MINORIAS E GRUPOS
VULNERÁVEIS (IDOSO)
QUESTÕES
CESGRANRIO/PETROBRAS/2010
A violência doméstica envolvendo idosos tem aumentado no nosso
país. A percepção dos sinais e sintomas de abuso entre indivíduos
de todas as idades deve ser um objetivo de todo cirurgião-dentista.
A promulgação do estatuto do idoso pela Lei no 10.741, de 1o de
outubro de 2003, estabelece novas responsabilidades para os
profissionais de saúde. Diante de casos de maus-tratos contra
idosos, o cirurgião-dentista deve, obrigatoriamente,

Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
CESGRANRIO/PETROBRAS/2010
A) guardar sigilo, por motivos éticos.
B) conversar com os familiares ou responsáveis legais.
C) recusar atendimento.
D) comunicar ao Conselho Tutelar.
E) comunicar à autoridade policial ou ao Ministério Público.

Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
CESGRANRIO/BNDES/2004
O Estatuto do Idoso, estabelecido pela Lei 10.741, de 1o de
outubro de 2003, constitui uma das mais recentes contribuições ao
exercício da cidadania no Brasil. Acerca desse Estatuto, marque a
afirmação INCORRETA.
A) É o único dispositivo legal que trata da questão do idoso no País.
B) Assegura direitos às pessoas com idade maior ou igual a 60 anos.
C) Assegura gratuidade nos transportes coletivos urbanos para
maiores de 65 anos.

Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
CESGRANRIO/BNDES/2004
D) Estabelece a inclusão de dados sobre idosos nos censos
demográficos do País.
E) Prevê descontos de até 50% para idosos nos ingressos em
atividades culturais e de lazer.

Direitos Humanos
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OBRIGADO
Prof. Ricardo Torques

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