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TEMA 1

Uma análise sobre o enfrentamento ao


genocídio da juventude negra
UMA ANÁLISE SOBRE O ENFRENTAMENTO AO
GENOCÍDIO DA JUVENTUDE NEGRA
O Brasil está diante de uma matança generalizada da sua população jovem, notadamente os rapazes negros, que
são as principais vítimas da violência letal. Em 2016, segundo apontam os dados do Atlas da Violência 2018, houve
um aumento de 7,4% em relação a 2015 no número de jovens mortos de forma violenta. Já no período de dez anos,
entre 2006 e 2016, o aumento registrado foi de 23,3%. O número de mortes violentas é também um retrato da
desigualdade racial no país, onde 71,5% das pessoas assassinadas são negras ou pardas, com baixa escolaridade e
não possuem o ensino fundamental concluído.

O que se assiste é um aumento assustador das mortes violentas no país. Das 61.283 mortes violentas ocorridas em
2016 no Brasil, a maioria das vítimas são homens (92%), negros (74,5%) e jovens (53% entre 15 e 29 anos). As mortes
violentas no país subiram 10,2% entre 2005 e 2015. Mas, entre pessoas de 15 a 29 anos, a alta foi de 17,2%.

A violência LETAL INTENCIONAL no Brasil cresce contra negros (pretos e pardos) e regride contra não negros
(brancos, amarelos e indígenas), a taxa de homicídios de indivíduos não negros diminuiu 6,8%. No mesmo período,
a taxa entre a população negra saltou 23,1% e foi a maior registrada desde 2006. Esse quadro é ainda mais
aterrador para a juventude negra: 77% dos jovens assassinados no Brasil são negros. A cada 23 minutos, um jovem
negro é assassinado no Brasil. São 63 mortes por dia, que totalizam 23 mil vidas negras perdidas pela violência letal
por ano.

Os homicídios são reflexo da sobreposição de VUNERABILIDADES às quais esta população negra está sujeita e o
quanto a violência  atravessa esses corpos de maneira generalizada. Apesar de alguns avanços conquistados,
como a Lei Maria da Penha, o número de homicídios de mulheres negras – que inclui as pretas e pardas – segue
aumentando com destaque para os feminicídios. Segundo o Atlas da Violência (2018) as mulheres negras, pobres e
que têm entre 18 e 30 anos são a maioria das vítimas de crimes contra a mulher. Em 10 anos o assassinato de
mulheres negras aumentou 15,4%, enquanto a taxa de homicídio de mulheres não negras diminuiu 8%; a taxa de
homicídios de mulheres negras foi 71% superior à de mulheres não negras.

Esse cenário é tão alarmante que ativistas e especialistas têm denominado o fenômeno de genocídio da juventude
negra.    O extermínio generalizado ou genocídio dos jovens negros é reflexo do racismo ESTRUTURAL E
INSTITUCIONAL, que coloca em xeque ideais de solidariedade e igualdade, e impacta o tipo de sociedade que
estamos construindo para as próximas gerações.

Ainda que muitas pessoas acreditem que o racismo – prática discriminatória que visa colocar grupos e/ou
indivíduos em posições de desigualdade, em virtude de aspectos físicos, como a cor da pele – se manifeste
individualmente, operando apenas nas relações interpessoais, a história demonstra que essa não é uma questão
restrita ao âmbito individual. Historicamente o povo negro vivência condições de vida muito inferiores aos de
pessoas brancas. Mesmo quando comparadas/os à parcela da população branca e pobre, em geral, es/as/os
negres/as/os e pobres se encontram em situação muito pior. Isso pode ser facilmente ilustrado por indicadores
sociais, como os que apontam que 76% da população mais pobre é negra; 79,4% de pessoas analfabetas são
negras; 62% das crianças que estão fora da escola são negras; em média a renda de negros é 40% menor que a de
brancos ( IPEA 2012).

O problema da desigualdade social no Brasil não diz respeito apenas a questões socioeconômicas, mas passam
fundamentalmente por dimensões SOCIOCULTURAIS e étnico-raciais. Para enfrentar esse problema – que tem
como consequência o extermínio de uma parcela da população (a de negras/os) – é preciso assumir que somos
uma sociedade racista e, ainda, que o racismo é praticado pelo próprio Estado. As alarmantes taxas de mortalidade
da juventude negra são resultado de uma série de outras violências sofridas por esse segmento, provocadas
principalmente pelo Estado, que não é capaz de oferecer acesso igualitário, entre negras/os e brancas/os, às
políticas sociais e aos serviços públicos. Estratégias e políticas de segurança e proteção da cidadania, por exemplo,
incidem de forma diferenciada nas populações branca e negra. Toda essa omissão contribui, ainda, para a
naturalização e a banalização dessas violações, por parte de variados setores da sociedade, resultando na
culpabilização das vítimas.

É preciso atentar para a participação dos agentes dos sistemas de justiça e de segurança pública nesse contexto.
Pesquisas mostram que são os jovens negros, especialmente os moradores das periferias, as principais vítimas de
violência policial no país: de cada 10 mortos pela polícia, sete são negros; são eles também que compõem grande
parcela da POPULAÇÃO CARCERÁRIA (38% tem de 18 a 29 anos e 60% são negros). O racismo no Brasil é estrutural
e estende-se para as práticas dos agentes das instituições públicas. Talvez as instituições policiais sejam o agente
estatal mais perverso na prática do racismo institucional: a polícia elegeu o jovem negro como o suspeito principal,
atribuindo-lhe o estereótipo de inimigo padrão da sociedade. Nas vilas, favelas e bairros periféricos é comum ouvir
depoimentos de jovens negros que desde criança foram agredidos dentro de suas comunidades com tapas e
empurrões de policiais em serviço.
Frente a esse contexto, em termos normativos, a própria CONSTITUIÇÃO FEDERAL de 1988 traz alguns preceitos
antidiscriminatórios, entre os quais pode-se destacar o reconhecimento de que o Brasil seja um país de pluralidade
étnico-racial; o respeito ao princípio da isonomia e da não discriminação; e o que tornou o crime de racismo
inafiançável e imprescritível.

O Racismo é um crime contra a coletividade e não contra uma pessoa ou grupo específico e está previsto em LEI
ESPECÍFICA (Lei 7.716/1989). É inafiançável, imprescritível e a pena varia de um a três anos de reclusão. O crime de
Injúria Racial, especificado no artigo 140 do Código Penal, terceiro parágrafo, refere-se a ofender uma ou mais
vítimas, por meio de “elementos referentes à raça, cor, etnia, religião e origem”. É também um crime inafiançável e
prescreve em oito anos, a partir do momento da injúria. A pena de reclusão é de um a três anos, mais multa.

Foram criadas, a partir de 2003, a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR e a
Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial, que é baseada, inclusive, em acordos e documentos
internacionais. Mais recentemente houve uma ampliação das POLÍTICAS AFIRMATIVAS, fruto da adoção de cotas
para pessoas negras em algumas universidades públicas e de medidas como a Lei nº 12.711, sancionada em 2012.
Em resposta a pressões da sociedade, foi criado o Plano Juventude Viva, com o objetivo de reduzir a mortalidade
de jovens, especialmente jovens negros, por meio do incremento de ações e políticas sociais específicas. No
entanto, todas essas ações têm se mostrado limitadas e insuficientes para fazer frente à gravidade do que está se
passando em todo o país. Além disso tais políticas deixaram de existir no governo de Michel Temer, representando
um grave retrocesso.

A cruel realidade é que desde 2015 o Brasil vem reduzindo os investimentos em políticas de direitos humanos. O
total de recursos federais destinado a políticas para mulheres, igualdade racial, LGBTs e direitos humanos caiu 35%
em 2016 em relação ao ano anterior. Como uma das consequências da queda, em 2016 não foi firmado nenhum
convênio novo voltado a esses segmentos. É preciso avançar com urgência e conter as mortes de jovens. Também
é necessário responsabilizar o Estado brasileiro nas cortes internacionais, a fim de definir formas de reparação e
compromissos a serem assumidos pelo país para acabar com o genocídio. Por essa razão é tão importante que o
tema ganhe cada vez mais destaque não apenas nas AGENDAS GOVERNAMENTAIS, mas também nos diversos
espaços de debate da sociedade civil nos planos nacional e internacional.

O TEMA NA POESIA O TEMA NA LEGISLAÇÃO


Genocídio Legislação sobre Discriminação
Racial no Brasil
A insônia rasga minhas entranhas
No meio da madrugada pensamentos A Constituição Federal de 1988, no seu art. 5° inciso XLII,
Irmãos pretos sendo exterminados determina que “a prática do racismo constitui crime
Nessa falsa democracia racial inafiançável e imprescritível, sujeito de reclusão nos
Vivendo de migalhas pedaços de pães termos da lei”.
Varrendo da terra a pele escura
Desmascarando a falsa abolição Art. 3° Constituem objetivos fundamentais da República
Um dia aqui foi plantado Federativa do Brasil: (...).
Tem outro nome - IV Promover o bem estar de todos, sem preconceitos
Chama se maldição de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
No peito explode a revolta formas de discriminação.
Na mente dor choro perturbações
Num passado não muito distante
Catequizaram meus irmãos. Art. 5° - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
O genocídio está presente qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
Só não vê quem não quer estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do
Admitindo que preto morre direito à vida, a liberdade, a igualdade, a segurança e a
Mas não é pacificadora que mata. prosperidade...(...).
Morre porque é bandido não é? - XLI A lei punirá a qualquer discriminação atentatória
O meu Povo Tem nome e sobrenome dos direitos e liberdades fundamentais.
Cláudia Amarildo Malcolm X
Zumbi Dandara Acotirene
Art. 4° - A República Federativa do Brasil rege-se nas
São tantos os nomes
suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
Que a conta já perdi
II - prevalência dos direitos humanos;
Mas no prontuário é sempre
VIII - repudio ao terrorismo e ao racismo;
Preto pobre e sem nome.

Bebeth Cris
O TEMA NA MÚSICA Oa família branca que preza pela tradição de manter
empregados negros, utilizados pelos seus “patrões” a
bel prazer. Ignora-se a personalidade do negro como
pessoa, para colocá-lo como mero possibilitador das
Gilberto Gil – A Mão da Limpeza vontades daquele que o emprega. Como, de fato, no
regime de escravidão.
Racionais MCs – Racistas Otários

Wilson Simonal – Tributo a Martin Luther King


OUTROS TÍTULOS
Natiruts - Quem Planta Preconceito?
- Histórias Cruzadas (2011)
Gabriel O Pensador - Racismo é Burrice
- Cara Gente Branca (2017)
Deserdados - O Racismo não Deve Existir - 12 Anos de Escravidão (2013)
- Cidade de Deus (2002)
- Olhos Que Condenam (2019)
- Um Limite Entre Nós (2016)

O TEMA NA LITERATURA
ENTREVISTA SOBRE
O TEMA

Naruna:  A representatividade negra é uma demanda


antiga: de estar em todos os espaços. Ou se sentir
representado em todos os espaços. Para nós, é uma
responsabilidade, especialmente em um país em que a
John Grisham, um dos escritores mais lidos nos mídia tem um poder de alcance e de formação grande. O
Estados Unidos, aborda neste livro a história de um que muitos não enxergam é que quando o negro não é
negro que decide fazer justiça pelas próprias mãos representado, se ele não chega a determinados lugares,
depois de dois brancos terem estuprado e tentado isso resulta, sem exageros, em violência física, morte e
matar a sua filha. genocídio de uma população: 54% da população brasileira
é negra e essa proporção não é retratada na TV, por
O livro retrata o julgamento desse pai e a divisão entre exemplo. Fato que deixa essas pessoas à margem da
aceitação.
aqueles que o apoiam e aqueles que não aceitam que
um negro mate um branco, focando temas como
Seu Jorge:  Fora do Brasil, já passei por situações de
racismo, injustiça e desigualdade social.
pessoas que nem imaginam que eu sou brasileiro, pois
não sabem que o Brasil tem negros: a imagem que
passamos até fora do país é do branco. Naruna e eu
OUTROS TÍTULOS atravessamos o que digo ser uma cota. Conseguimos
estruturar uma vida adulta, continuamos batalhando
- A Vida Secreta das Abelhas, de Sue Monk Kidd por nossos sonhos. O que acontece hoje é que existe
- As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain uma juventude negra sendo dizimada aos montes, pelo
- A Cor Púrpura, de Alice Walker fato de ser negro, sim. Por ser humilde, por não ter tido
- A Resposta, de Kathryn Stockett oportunidade de frequentar rodas acadêmicas, por
- O Sol é Para Todos, de Harper Lee viver em zona periférica. Jovens são tratados como
periculosos por estarem em áreas identificadas pelo
Estado como periculosas. Por isso, temos um quadro
onde se faz necessário a representatividade. E temos
orgulho de fazer parte dele.

O TEMA NO CINEMA Naruna: A representatividade é um assunto em voga,


especialmente no protagonismo negro na TV. Como
analisam essa evolução?

Seu Jorge: É difícil dizer isso, mas parece faxina étnica


o que acontece nas periferias brasileiras,
especialmente no Rio de Janeiro.

Naruna: Recentemente vimos a tragédia do  caso Ágatha,


no Rio de Janeiro, e existe uma ampla discussão sobre
o  pacote anticrime  do ministro da Justiça Sergio Moro.
Como analisa esse momento da segurança pública
brasileira, especialmente no Rio de Janeiro?
O filme CORRA! Relata como negros são submetidos à
uma cirurgia neurológica que coloca a personalidade Seu Jorge:  Segurança pública é uma questão antiga e
da pessoa em segundo plano, no plano da delicada. Localizar isso geograficamente na cidade do
hipnotização, como se estivesse assistindo, ao longe, a Rio de Janeiro é ainda mais complexo. A cidade
realidade dos fatos que vivencia, e os molda conforme atravessa uma transformação muito grande. Vimos
a necessidade. seus líderes envolvidos em escândalos. O Estado
Trata-se da tradição de uma família branca que é acabou se diluindo e não demonstra estrutura de
mantida de geração em geração, em proteção à recuperação para políticas mais importantes. Que não
hegemonia branca.  é só segurança, é saúde também, por exemplo.
Naruna:Tem sugestões?
CITAÇÕES SOBRE O TEMA
Seu Jorge:  Existem ONGs, por exemplo, que podem
ajudar e que possuem uma participação efetiva dentro
dessas áreas de conflito. Mas, hoje, elas correm o risco “Nunca estarei satisfeito até que a segregação racial
de serem tipificadas. Isso é um retrocesso. Essa desapareça da América.”MARTIN LUTHER KING
população precisa de educação, saúde, oportunidades.
É triste ver jovens, que podem e devem ser “A força fez os primeiros escravos, a sua covardia
importantes para a próxima década, negligenciados. perpetuou-os.”JEAN-JACQUES ROUSSEAU
Pior, não é apenas a falta de uma política de inclusão,
mas há uma certa perseguição de entendê-los como “Não há raças, o cérebro dos homens é o mesmo.
alvo. Apontar para essa juventude que está na Existem racistas. Nós devemos superá-los com as
comunidade, na favela, sem emprego, sem escola, e armas da sabedoria.”RITA LEVI-MONTALCINI
vê-los como violência em potencial é um erro. Há uma
tentativa de extermínio do jovem negro brasileiro. É “Eu amo ser negra, meus pais trabalharam minha auto-
difícil dizer isso, mas parece faxina étnica o que estima para eu me sentir bonita, preparada e
acontece nas periferias brasileiras, especialmente no inteligente.”TAÍS ARAÚJO
Rio de Janeiro. Sonhamos em ver o jovem negro livre
de tudo isso. Com mais oportunidade de trabalho, de “A sombra é sempre negra, nem que seja de um cisne
estudo e de realizar o que ele sonha. Que ele seja branco.”PABLO NERUDA
estimulado a procurar um caminho de mais
oportunidade. "Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos
julgados por sua personalidade, não pela cor de sua
(Recorte de entrevista: Em entrevista a VEJA, ator fala sobre pele." MARTIN LUTHER KING
a série da Netflix ‘Irmandade’ e da crise de segurança
pública no país. Por Raquel Carneiro - Publicado em 17 out
2019)

REPERTÓRIO BÔNUS

PROPOSIÇÕES SOBRE O
TEMA
Reconhecer o fenômeno do genocídio da juventude
negra como um problema de Estado e determinar o
seu enfrentamento como uma das prioridades da
gestão pública, em âmbitos municipal, estadual e
federal, a fim de se ampliar e efetivar o grau de
eficiência e eficácia das políticas públicas;

Dar visibilidade à situação de vulnerabilidade a que


está submetida a juventude negra nas agendas dos
diversos segmentos sociais; HISTÓRIA EM QUADRINHOS: X- MAN
Aborda sobre encontrar alívio entre seres
Ampliar espaços de reflexão sobre a violência letal
marginalizados. 
contra a juventude negra;
"Diferente dos  Vingadores  e do  Quarteto Fantástico, e
Realizar amplamente audiências públicas que tratem
certamente da Liga da Justiça, este não era um grupo
da temática nas diversas cidades brasileiras;
amado pelo público.  X-Men  foi, possivelmente, o
primeiro quadrinho de super-heróis sobre identidade
Implementar e fortalecer o Programa Juventude Viva,
política.
inclusive com ampliação de infraestrutura, equipe e
orçamento;
Estão explícitos na história os paralelos entre o
preconceito contra os mutantes e a homofobia e o
Aumentar a porcentagem de cotas e políticas
racismo da vida real. 
afirmativas para o ingresso e permanência de pessoas
negras em universidades públicas e privadas;
Apesar de toda opressão e falta de direitos, os X-Men,
dotados de todas as suas diversidades – sexual,
Aprovar e efetivar o projeto de lei 4471/2012 que prevê
cultural, étnica e por aí vai – decidiram proteger
a obrigatoriedade de investigação de mortes e lesões
aqueles que mais os odeiam.
corporais em atividades policiais;

Denunciar o Estado brasileiro nas instâncias


internacionais cabíveis pelo crime contra a
humanidade de genocídio da juventude negra, a fim
de responsabilizar o Estado e determinar medidas de
reparação e outras obrigações correspondentes.
BIBLIOGRAFIA

https://juventudescontraviolencia.org.br/plataformapolitica/quem-somos/eixos-programaticos/enfrentamento-ao-
genocidio-da-juventude-negra/

https://veja.abril.com.br/entretenimento/seu-jorge-ha-uma-tentativa-de-exterminio-do-jovem-negro-brasileiro/

https://www.geledes.org.br/6-livros-sobre-racismo-que-todo-mundo-deveria-ler/?
gclid=CjwKCAjw8J32BRBCEiwApQEKgWvTZ3B5bagPb4DRZgsO0xYx9J2rFIeCSJJTo3JSrXDtnAoOQ0jwRRoC0V0QA
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https://www.geledes.org.br/5-filmes-para-refletir-e-aprender-sobre-racismo/?
gclid=CjwKCAjw8J32BRBCEiwApQEKgRJ63CBqfZYKDVGU-
C8YaaR49KhErHNzlhRpUhCoWMXP4KlP5eQArhoCEHMQAvD_BwE

https://www.pensador.com/frases_martin_luther_king_racismo/

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