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RACISMO EXISTE E NÃO É “MI-MI-MI” ATIVIDADE


EM GRUPO

Equipe 1

Fonte: Portal Geledés

Fonte: G1 - AM

Fonte: Folha de S.Paulo

1
Fonte: Jornal Estado de Minas

O QUE É?
Quando o preconceito (formulação de um conceito, de um julgamento desfavorável, que não é
baseado em dados objetivos, sobre alguém, sem antes o conhecer) e a discriminação (tratar pessoas
de maneira diferente) são motivados pela cor da pele de uma pessoa, chamamo-lo de racismo.

OS DADOS, OS EFEITOS E AS CONSEQUÊNCIAS DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL NO


BRASIL

ESTUDOS
• A taxa de analfabetismo entre os negros (9,1%) de 15 anos ou mais é superior ao dobro da
taxa de analfabetismo entre os brancos da mesma faixa de idade (3,9%), segundo o IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
• O porcentual de pretos e pardos que concluíram a graduação cresceu de 2,2%, em 2000, para
9,3% em 2017, segundo o IBGE, em grande parte devido às cotas. Apesar disso, os negros
não alcançaram os brancos. Entre a população branca, esse índice é de 22%, mais do que o
dobro dos negros diplomados.

RENDA E EMPREGO
• Apenas em 2089, daqui a pelo menos 72 anos, brancos e negros terão uma renda equivalente
no Brasil. A projeção é da pesquisa “A distância que nos une – Um retrato das Desigualdades
Brasileiras” da ONG britânica Oxfam, dedicada a combater a pobreza e promover a justiça so-
cial. Em média, os brasileiros brancos ganhavam, em 2015, o dobro do que os negros: R$1589,
ante R$898 mensais.
• Segundo o IBGE, pretos e pardos tinham um rendimento domiciliar per capita de R$ 934 em
2018. No mesmo ano, os brancos ganhavam quase o dobro — em média, R$ 1.846.
• Segundo o IBGE, a taxa de desocupação entre os negros em 2018 foi de 14,1%, contra 9,5%
entre os brancos.
• Segundo o IBGE, em 2018, 15,4% dos brancos viviam na pobreza, enquanto que esse percentual
era maior entre pretos e pardos: 32,9%.
• Os negros ocupam apenas 4,9% das cadeiras nos Conselhos de Administração das 500 em-
presas de maior faturamento do Brasil. O índice refere-se apenas a pardos — não há nenhum
preto nessa posição de alto comando, acrescenta a pesquisa.

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ASSASSINATO E VIOLÊNCIA
• Setenta e cinco a cada 100 pessoas assassinadas no país eram negras, segundo o mais
recente anuário estatístico do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que teve como base o
ano de 2017. A proporção é a mesma entre pessoas mortas em intervenções policiais.
• Na faixa etária de 15 a 29 anos, são cinco vidas perdidas para a violência a cada duas horas.
• Segundo pesquisa realizada pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade
Racial (SEPPIR) e pelo Senado Federal, 56% da população brasileira concorda com a afirmação
de que “a morte violenta de um jovem negro choca menos a sociedade do que a morte de
um jovem branco”.
• Segundo dados recentemente divulgados pelo UNICEF, de cada mil adolescentes brasileiros,
quatro vão ser assassinados antes de completar 19 anos. Se nada for feito, serão 43 mil
brasileiros entre os 12 e os 18 anos mortos de 2015 a 2021, três vezes mais negros do que
brancos. Entre os jovens, de 15 a 29, nos próximos 23 minutos, uma vida negra será perdida
e um futuro cancelado.
• Segundo dados do Infopen, sistema de informações estatísticas do sistema penitenciário
brasileiro, há 750 mil detentos no país. Entre os presos com dados disponíveis no sistema
sobre cor de pele, raça ou etnia, 67% são negros, e os brancos, 32%.
• As mulheres negras são mais vitimadas pela violência doméstica: 58,68%, de acordo com
informações do Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher, de 2015. Elas também são mais
atingidas pela violência obstétrica (65,4%) e pela mortalidade materna (53,6%), de acordo
com dados do Ministério da Saúde e da Fiocruz.

AÇÕES DO PODER PÚBLICO E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES PARA COMBATER A


DISCRIMINAÇÃO RACIAL.
• A Década Internacional de Afrodescendentes foi proclamada pela resolução 68/237 da As-
sembleia Geral da ONU e será observada entre 2015 e 2024.
• CAMPANHA VIDAS NEGRAS - Pelo fim da violência contra a juventude negra no Brasil. Rea-
firmando o compromisso de implementação da Década Internacional de Afrodescendentes,
o Sistema ONU Brasil lançou no Mês da Consciência Negra de 2017, a campanha nacional
“Vidas Negras”.
• Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 - Artigos I, IV e VII.
• Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 - TÍTULO I - Artigo 3o - Inciso IV; Artigo
5o - Incisos XLI e XLII.
• Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial;
• Lei no 7.716 de 1989 – Crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor ;
• Lei no 7.437, de 1985 – Contravenções penais a prática de atos resultantes de preconceito de
raça, de cor, de sexo ou de estado civil;
• Lei no 12.288 de 2010 – Estatuto da Igualdade Racial;
• Lei no 12.990 de 2014 – Reserva aos negros 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos
concursos públicos da União;
• Decreto no 9.427 de 2018 – Reserva aos negros vagas oferecidas nas seleções para estágio
no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional;
• Plano de Enfrentamento à Violência contra a Juventude Negra, Juventude Viva;

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• Programa Brasil Quilombola (PBQ);
• Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, o SINAPIR;
• Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR);
• Lei de Cotas n° 12.711, que dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas institui-
ções federais de ensino técnico de nível médio;
• Denúncias de racismo e/ou intolerância religiosa podem ser encaminhadas ao Disque 100 ou
à Ouvidoria da SEPPIR, pelo e-mail ouvidoria@seppir.gov.br e telefone (61) 2025-7000.

“Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista” – Angela Davis.

Referências:
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da Re-
pública. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm.>. Acesso em: 20 jul. 2020.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Campanha vidas negras: Pelo fim da violência contra a juventude negra no Brasil.
ONU Brasil, 2017. Disponível em: <http://vidasnegras.nacoesunidas.org/>. Acesso em: 20 jul. 2020.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Década Internacional de Afrodescendentes 2015 – 2024. ONU, [S.I.], 2015. Disponível
em: <http://decada-afro-onu.org/background.shtml>. Acesso em: 20 jul. 2020.
MAGENTA, Matheus; BARRUCHO, Luís. Protestos por George Floyd: em seis áreas, a desigualdade racial no Brasil e nos
EUA. BBC News Brasil, 4 jun. 2020. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-52916100>. Acesso em: 21
jul. 2020.
MARTINS, Rodrigo; MARTINS, Miguel. Seis estatísticas que mostram o abismo racial no Brasil. Carta Capital, 20 nov. 2017.
Disponível em: <https://www.cartacapital.com.br/sociedade/seis-estatisticas-que-mostram-o-abismo-racial-no-brasil/>.
Acesso em: 20 jul. 2020.
BRASIL. Governo Federal. Portal da Legislação, 2020. Disponível em: <http://www4.planalto.gov.br/legislacao/ > Acesso
em: 14 ago. 2020.

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LGBTFOBIA EXISTE E NÃO É “MI-MI-MI” ATIVIDADE


EM GRUPO

Equipe 2

Fonte: Brasil de Fato

Fonte: UNIVERSA - UOL

Fonte: G1 BAHIA

5
Fonte: G1 Rio Grande do Sul

O QUE É?
Atos como calúnia e difamação, lesão corporal (violência) ou homicídio, intolerância, preconceito
ou discriminação quando cometidos por causa da identidade de gênero ou da orientação sexual
da vítima são considerados LGBTfobia. Lembrando que a sigla completa LGBTQIA+ refere-se a:
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Transexuais, Travestis, Queer, Intersexo, Assexuais e
o + que abriga outras possibilidades de orientação sexual e identidade de gênero que existam.

OS DADOS, OS EFEITOS E AS CONSEQUÊNCIAS DA LGBTFOBIA NO BRASIL.


• O Brasil não contabiliza oficialmente, pelos governos, dados sobre casos de LGBTfobia e isso
prejudica o entendimento da realidade da comunidade no país, impedindo assim a criação
de políticas públicas e ações de melhorias para combater os dados alarmantes de violência.
Portanto, faz-se necessário recorrer ao trabalho de organizações não-governamentais para
obter dados sobre LGBTfobia no Brasil. O Grupo Gay da Bahia, fundado em 1980, é uma das
principais instituições que levantam tais informações no país.
• Somente em 13 de Junho de 2019 foi aprovada a lei que criminaliza a LGBTfobia no Brasil.
A lei tem por objetivo diminuir os atos de violência, preconceito e discriminação contra a
população LGBTQIA+;
• Relatório divulgado pelo Grupo Gay da Bahia informa que 329 LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais,
travestis e transexuais) tiveram morte violenta no Brasil, vítimas da homotransfobia, em 2019.
Foram 297 homicídios e 32 suicídios. Isso equivale a 1 morte a cada 26 horas;
• O Relatório Mundial da Transgender Europe mostra que, de 325 assassinatos de transgêneros
registrados em 71 países nos anos de 2016 e 2017, um total de 52% – ou 171 casos – ocorreram
no Brasil;
• Com base nos dados obtidos pelas denúncias recebidas por meio do Disque 100, iniciativa do
Ministério dos Direitos Humanos, em 2017, identificou-se que a maior parte das denúncias da
comunidade LGBT diz respeito à violência psicológica. Essa categoria inclui atos de ameaça,
humilhação e bullying;
• A Pesquisa Nacional sobre o Ambiente Educacional no Brasil de 2016 apontou que 73% dos
e das estudantes LGBTs já relataram terem sido agredidos verbalmente e outros 36% fisi-
camente. A intolerância sobre a sexualidade levou 58,9% dos alunos que sofrem agressão
verbal constantemente a faltar às aulas pelo menos uma vez ao mês.
• Em segundo lugar nas denúncias de LGBTs ao Disque 100 estão os crimes de discriminação
– por conta do gênero e/ou sexualidade de um indivíduo em diversas esferas, como na da

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saúde e do trabalho. Já em terceiro lugar está a violência física – que inclui desde a lesão
corporal até o homicídio.
• Outra questão preocupante é o suicídio na comunidade LGBT. O relatório da organização GGB
aponta que a taxa de jovens LGBT que tentam se suicidar é significativamente mais alta do
que aquela dos jovens heterossexuais.

AÇÕES DO PODER PÚBLICO E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES PARA COMBATER A


LGBTFOBIA.
• Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 - Artigos I, IV E VII.
• Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 - TÍTULO I - Art. 3o - Inciso IV; Art. 5o-
Inciso XLI.
• 17 de maio Dia Internacional de combate a LGBTfobia - Há 30 anos a Organização Mundial
de Saúde retirou a homossexualidade da lista de distúrbios mentais da Classificação Inter-
nacional de Doenças (CID). O dia 17 de maio se tornou simbolicamente o Dia Internacional de
Combate à LGBTFOBIA.
• Lei 10.948/01 - pune administrativamente atos LGBTfóbicos.
• Lei 17.301 de 24 de Janeiro de 2020 - Dispõe sobre as sanções administrativas a serem apli-
cadas às práticas de discriminação em razão de orientação sexual e identidade de gênero
(município de São Paulo).
• A homofobia e a transfobia enquadram-se no mesmo tipo penal do artigo 20 da Lei 7.716/1989,
que criminaliza o racismo.
• Denuncie: 190 (número da Polícia Militar) e pelo Disque 100 (Departamento de Ouvidoria Na-
cional dos Direitos Humanos). Em alguns estados brasileiros, há órgãos públicos que fazem
atendimento especializado para casos de homofobia.

Referências:
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da Re-
pública. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm.>. Acesso em: 20 jul. 2020.
UNIVERSA. O Brasil registra 329 mortes de pessoas LGBT+ em 2019, uma a cada 26 horas. Uol, 23 abr. 2020. Disponível
em: <https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2020/04/23/brasil-registra-329-mortes-de-lgbt-em-2019-diz-
-pesquisa.htm?cmpid>. Acesso em: 6 ago. 2020.
MORAIS, Pâmela; FIGUEIREDO, Danniel; GARCIA, Larissa. LGBTfobia no Brasil: Fatos números e polêmicas. Politize!, 12 fev.
2019. Disponível em: <https://www.politize.com.br/lgbtfobia-brasil-fatos-numeros-polemicas/>. Acesso em: 6 ago. 2020.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Perguntas e respostas sobre discriminação no trabalho. Enit, 2018. Disponível em: <ht-
tps://enit.trabalho.gov.br/portal/images/manuais/Discriminacao_no_Trabalho.pdf. Acesso em: 14 ago. 2020.

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DISCRIMINAÇÃO E INTOLERÂNCIA ATIVIDADE


EM GRUPO
RELIGIOSA EXISTEM E NÃO SÃO “MI-MI-MI”
Equipe 3

Fonte: Jornal Extra - Globo

Fonte: Jornal Extra - Globo

Fonte: Jornal Correio Popular

8
Fonte: G1 BAHIA

Fonte: Jornal Extra - Globo

O QUE É?
Discriminação, preconceito, dificuldade em aceitar uma religião diferente ou não tolerar opiniões
ou práticas que diferem das suas crenças. A intolerância religiosa é um fenômeno mundial que
permeia a história da humanidade, sendo responsável por guerras e conflitos. Algumas religiões,
dependendo da época e contextos específicos, são mais perseguidas que outras.

OS DADOS, OS EFEITOS E AS CONSEQUÊNCIAS DA INTOLER NCIA E


DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA NO BRASIL.
• Pesquisa Datafolha publicada em 13/07/2020, pelo jornal “Folha de S.Paulo”, aponta as reli-
giões dos brasileiros. A pesquisa foi feita nos dias 5 e 6 de dezembro do ano anterior, com
2.948 entrevistados em 176 municípios de todo o país. Os resultados são:
• Católica: 50%; • Outra: 2%;
• Evangélica: 31%; • Ateu: 1%;
• Não tem religião: 10%; • Judaica: 0,3%.
• Espírita: 3%;
• Umbanda, candomblé ou outras religiões
afro-brasileiras: 2%;
• A religião católica já foi a oficial do país, segundo a Constituição do Império, de 1824, e deter-
minava que cultos de outras religiões eram proibidos. A partir da Constituição de 1891 houve a
separação oficial dos assuntos religiosos e do Estado, ou seja, o país passou a ser laico. Isso

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significa que o Estado é imparcial, ele não apoia nem se opõe a nenhuma religião. A Consti-
tuição atual, de 1988, manteve a laicidade do país e a liberdade religiosa de seus cidadãos;
• Denúncias de intolerância religiosa aumentaram 56% no Brasil em 2019 - dia nacional de
combate a esse tipo de crime foi instituído em 21 de janeiro de 2007, após um atentado em
Salvador;
• Religiões de matriz africana são alvos de 59% dos crimes de intolerância - Apesar de repre-
sentarem apenas 0,2% da população do DF, os adeptos das religiões com ligações africanas
são os que mais sofrem com o preconceito: 59,42% dos crimes de intolerância, somando todas
as religiões, têm esses grupos como alvos;

Fonte: Brasil de fato Fonte: Brasil de fato

AÇÕES DO PODER PÚBLICO E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES PARA COMBATER


DISCRIMINAÇÃO E INTOLER NCIA RELIGIOSA.
• Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 - Artigo I, VII, XVIII.
• Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 - TÍTULO I - Art. 3o - Inciso IV; Art. 5o - Inciso VI,
VIII, XLI;
• Cartilha - Diversidade Religiosa e Direitos Humanos;
• Campanha Respeitar o Próximo é Cultivar a Paz;
• Lei 10.639, que prevê aulas obrigatórias de História e Cultura Afro-brasileira na grade curricular das
escolas, mapeamento da violência contra às religiões de matriz africana e a aplicação de medidas
indenizatórias para os casos de racismo, injúria racial e intolerância religiosa;
• Criação de delegacias especializadas para crimes de racismo e intolerância religiosa em todos os estados;
• Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro);
• 21 de Janeiro - Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa;
• Núcleo de Atendimento às Vítimas de Intolerância Religiosa (Navir), na cidade de Nova Iguaçu, Rio de
Janeiro;
• Denuncie: Disque 100, número de telefone do governo criado em 2011, que funciona 24 horas por dia
para receber denúncias de violações de direitos humanos.

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Referências:
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da Re-
pública. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm.>. Acesso em: 20 jul. 2020.
CALVI, Pedro. Políticas públicas para enfrentar o preconceito e a intolerância religiosa. Câmara dos Deputados, 28 jun.
2018. Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cdhm/
noticias/politicas-publicas-para-enfrentar-o-preconceito-e-a-intolerancia-religiosa >. Acesso em: 11 ago. 2020.
BRASIL. Diversidade religiosa e direitos humanos. Governo Federal, nov. 2004. Disponível em: <http://www.dhnet.org.
br/dados/cartilhas/a_pdf_dht/cartilha_sedh_diversidade_religiosa.pdf>. Acesso em: 11 ago. 2020.
SOUZA, Marina Duarte de. Denúncias de intolerância religiosa aumentaram 56% no Brasil em 2019. Brasil de Fato,
21 jan. 2020. Disponível em: <https://www.brasildefato.com.br/2020/01/21/denuncias-de-intolerancia-religiosa-aumen-
taram-56-no-brasil-em-2019/ >. Acesso em: 13 ago. 2020.
RIOS, Alan. Religiões de matriz africana são alvos de 59% dos crimes de intolerância. Correio Braziliense, 11 nov. 2019.
Disponível em: <https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2019/11/11/interna_cidadesdf,805394/reli-
gioes-de-matriz-africana-alvos-de-59-dos-crimes-de-intolerancia.shtml#:~:text=Religi%C3%B5es%20de%20matriz%20
africana%20s%C3%A3o,dos%20crimes%20de%20intoler%C3%A2ncia%20%2D%20Cidades>. Acesso em: 13 ago. 2020.

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DISCRIMINAÇÃO CONTRA MULHERES ATIVIDADE


EM GRUPO
EXISTE E NÃO É “MI-MI-MI”
Equipe 4

Fonte: Revista Veja - Saúde

Fonte: Revista Bebê - Abril

Fonte: Revista Crescer - Globo

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Fonte: Valor Econômico - O Globo

O QUE É?
Segundo a Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher
(Tratado Internacional de 1979 aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas), a expressão
“discriminação contra a mulher” significa toda distinção, exclusão ou restrição baseada no sexo e
que tenha por objeto ou resultado prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício pela
mulher, independentemente de seu estado civil, com base na igualdade do homem e da mulher,
dos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural
e civil ou em qualquer outro campo.

OS DADOS, OS EFEITOS E AS CONSEQUÊNCIAS DA DISCRIMINAÇÃO CONTRA A


MULHER.
• A taxa de desemprego entre as mulheres brasileiras foi de 14,5% no primeiro trimestre do
ano (2020), 39,4% superior à taxa de desocupação de 10,4% dos homens. Os dados são da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Ins-
tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira, 15/05/2020.
• Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada na sex-
ta-feira 26/04/2019, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a
jornada média feminina (incluídos o trabalho, os afazeres domésticos e o cuidado de pessoas
como filhos) ocupa 53,3 horas semanais. A jornada masculina fica, na média, em 50,2 horas
por semana.
• Segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a quantidade de denúncias
de violência contra as mulheres recebidas no canal 180 cresceu quase 40% ao compararmos
o mês de abril de 2020 e 2019 ;
• Casos de feminicídio crescem 22% em 12 estados durante pandemia - Números da violência
contra a mulher caíram em apenas três estados;
• As mulheres negras são mais vitimadas pela violência doméstica: 58,68%, de acordo com
informações do Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher, de 2015. Elas também são mais
atingidas pela violência obstétrica (65,4%) e pela mortalidade materna (53,6%), de acordo
com dados do Ministério da Saúde e da Fiocruz.

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AÇÕES DO PODER PÚBLICO E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES PARA COMBATER
DISCRIMINAÇÃO CONTRA AS MULHERES.
• Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 - Artigos I, II, VII.
• Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 -
TÍTULO I - Art. 3o - Inciso IV;
TÍTULO II - Art. 5o - Inciso XLI; Art. 6o - Incisos XVIII, XX e XXX.
• Plano Nacional de Políticas para as Mulheres;
• Conselho Nacional dos Direitos da Mulher – CNDM , vinculado ao Ministério da Justiça;
• ONU Mulheres - A ONU Mulheres foi criada, em 2010, para unir, fortalecer e ampliar os esforços
mundiais em defesa dos direitos humanos das mulheres. Segue o legado de duas décadas
do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM) em defesa dos
direitos humanos das mulheres, especialmente pelo apoio a articulações e movimento de
mulheres e feministas, entre elas mulheres negras, indígenas, jovens, trabalhadoras domés-
ticas e trabalhadoras rurais.
• Observatório Brasil da Igualdade de Gênero - lançado em 08 de Março de 2009, surge como
estratégia de disseminação de informações acerca das desigualdades de gênero e dos direitos
das mulheres com vistas a subsidiar o processo de formulação e implementação de políticas
de gênero e de políticas públicas com perspectiva de gênero no país.
• Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República;
• Lei 11.340 - Maria da Penha;
• Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 - para denúncia e ajuda.

Fontes de pesquisa:
VILLAS BÔAS, Bruno. Dupla jornada faz mulheres trabalharem 31 horas a mais que homens. Valor Econômico, 26 abr.
2019. Disponível em: <https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/04/26/dupla-jornada-faz-mulheres-trabalharem-31-ho-
ras-a-mais-que-homens.ghtml>. Acesso em: 4 ago. 2020.
BOND, Letycia. Casos de feminicídio crescem 22% em 12 estados durante a pandemia. Agência Brasil, 1o jun. 2020.
Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2020-06/casos-de-feminicidio-crescem-
-22-em-12-estados-durante-pandemia>. Acesso em: 4 ago. 2020.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da Re-
pública. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm.>. Acesso em: 20 jul. 2020.
CONVENÇÃO SOBRE A ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO CONTRA A MULHER. Tratado Internacional,
Assembleia Geral das Nações Unidas, [S.I.], 18 dez. 1979, São Paulo. Disponível em: <http://www.pge.sp.gov.br/centro-
deestudos/bibliotecavirtual/instrumentos/discrimulher.htm#:~:text=Artigo%201%C2%BA%20%2D%20Para%20fins%20
da,estado%20civil%2C%20com%20base%20na>. Acesso em: 4 ago. 2020.
BRASIL. Observatório Brasil da igualdade de gênero. Entre 2009 e 2016. Disponível em: <http://www.observatoriode-
genero.gov.br>. Acesso em: 3. ago. 2020.
SOBOLH, Telma. Violência contra a mulher: a pandemia que não cessa. Veja Saúde, 12 jul. 2020. Disponível em: <https://
saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/violencia-contra-a-mulher-a-pandemia-que-nao-cessa/>. Acesso em: 3 ago. 2020.

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CAPACITISMO EXISTE E NÃO É “MI-MI-MI”. ATIVIDADE


EM GRUPO

Equipe 5

Fonte: R7 Notícias

Fonte: R7 Notícias

Fonte: BBC News

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Fonte: Agência Brasil

O QUE É?
Discriminação, preconceito e bullying contra pessoas que apresentam alguma deficiência, que
segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) é “qualquer perda ou anormalidade relacionada
à estrutura ou à função psicológica, fisiológica ou anatômica”. É uma forma de opressão e encara
o outro como inferior por conta de alguma característica. Exemplos de capacitismo estão em não
contratar deficientes, não oferecer acessibilidade e tratá-los como incapazes.

OS DADOS, OS EFEITOS E AS CONSEQUÊNCIAS DO CAPACITISMO.


• De acordo com o Censo 2010, quase 46 milhões de brasileiros, cerca de 24% da população,
declararam ter algum grau de dificuldade em pelo menos uma das habilidades investigadas
(enxergar, ouvir, caminhar ou subir degraus), ou possuir deficiência mental / intelectual.
• Considerando somente os que possuem grande ou total dificuldade para enxergar, ouvir,
caminhar ou subir degraus (ou seja, pessoas com deficiência nessas habilidades), além dos
que declararam ter deficiência mental ou intelectual, temos mais de 12,5 milhões de brasileiros
com deficiência, o que corresponde a 6,7% da população.
• Em todo o Brasil, apenas 4,7%, segundo o IBGE, das calçadas são acessíveis para pessoas
com deficiência física. Em São Paulo, uma cidade que sempre foi sensível aos problemas de
mobilidade urbana, apenas 9% das calçadas são acessíveis a essas pessoas, o que significa
que 91% não o são.
• 88% dos municípios que têm transporte por ônibus descumprem a lei de acessibilidade,
segundo pesquisa de 2018 do IBGE.
• De acordo com pesquisa encomendada pelo Ministério Público do Trabalho em São Paulo
e realizada pelo Ibope, a pessoa com deficiência que vive na capital paulista ou na região
metropolitana ainda sofre preconceito no trabalho - 69% dos entrevistados informaram que
já vivenciaram ou presenciaram algum tipo de discriminação, bullying, rejeição, assédio moral
e sexual, isolamento ou até violência física no ambiente de trabalho.
• Segundo o canal de denúncias oferecido pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos (MMFDH), o Disque 100 (Disque Direitos Humanos) registrou 11.752 casos de violência
contra pessoas com deficiência em 2018. O número representa um aumento de 0,60% quando
comparado com o ano de 2017. Os dados mais recentes apontam que irmão(ã) são os maiores
violadores dessa população (19,6%), seguidos por mães e pais (12,7%), filhos (10%), vizinhos
(4,2%), outros familiares (20,7%) e relações com vínculo de convivência comunitária (2,3%).

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AÇÕES DO PODER PÚBLICO E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES PARA COMBATER O
CAPACITISMO.
• Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 - Artigo I, II e VII;
• Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
Título I - Art. 3o - Inciso IV
Título II - Art. 5° - Inciso XLI; Art 6o - Inciso XXXI.
Título III - Art. 23o - Inciso II; Art 24o - Inciso XIV; Art 37o - Inciso VIII
• Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, também chamada Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência ou Estatuto da Pessoa com Deficiência.
• Lei de Cotas 8.213/91.
• Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, homologada em 2006 pela Orga-
nização das Nações Unidas (ONU);
• Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE), respon-
sável pela Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência;
• Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CONADE);
• Lei 7.853/1989 (regulamentada pelo Decreto 3.298/1999) - Lei de apoio às pessoas portadoras
de deficiência, sua integração social;
• A acessibilidade é tratada nas Leis 10.048 e 10.098/2000 e no Decreto 5296/2004: que re-
gulamenta a prioridade de atendimento às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida
(idosos, gestantes) e estabelece normas para a promoção da acessibilidade. Esse decreto
é o mais conhecido entre as pessoas com deficiência porque disciplina as condições que
impactam sua vida cotidiana.
• A Lei 10.436/2002 é específica para a pessoa surda ao oficializar a Língua Brasileira de Si-
nais – Libras;
• As pessoas cegas ou com baixa visão, após a Lei 11126/2005 e o Decreto 5904/2006, podem
ingressar e permanecer com o cão-guia em ambientes e transportes coletivos, com espaço
preferencial demarcado;
• A Lei 8112/1990 determinou a reserva de cargos nos concursos públicos;
• O direito à educação especial está assegurado na Lei 9394/1996, referente às bases da edu-
cação nacional e prevê recursos pedagógicos específicos para cada aluno com deficiência;
• A Lei 8742/1993 estabeleceu o atendimento da pessoa com deficiência em diversos tipos
serviços da Assistência Social, tais como residências inclusivas, modelo de moradia com apoios
para a autonomia e a vida independente na comunidade;
• Decreto 59.316, de 21 de junho de 2013 - Programa Estadual de Prevenção e Combate à Vio-
lência contra Pessoas com Deficiência - Governo de São Paulo.
• Denúncia: Ao denunciar um crime de ódio causado por preconceito com deficientes, o denun-
ciante (seja ele a vítima ou não) deve exigir a elaboração de um Boletim de Ocorrência. Toda
e qualquer Delegacia tem o dever de averiguar um crime desse tipo.
• Denúncia: Disque 100 - Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

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Referências:
ARIAS, Juan. Os 45 milhões de brasileiros com deficiência física são os novos párias. El País, 8 mai. 2019. Disponível em:
<https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/08/opinion/1557340319_165119.html> Acesso em: 13 ago. 2020.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da Re-
pública. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm.>. Acesso em: 20 jul. 2020.
BRASIL. Conheça o Brasil – População pessoas com deficiência. Educa IBGE, 2010. Disponível em: <https://educa.ibge.
gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/20551-pessoas-com-deficiencia.html>. Acesso em: 13 ago. 2020.
CRUZ, Elaine Patrícia. Pesquisa diz que pessoa com deficiência sofre preconceito no trabalho. Agência Brasil, 15 mar.
2020. Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-03/pesquisa-diz-que-pessoa-com-deficien-
cia-sofre-preconceito-no-trabalho>. Acesso em: 12 ago. 2020.
BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Disque 100 recebe mais de 11 mil denúncias de vio-
lações contra pessoas com deficiência. Governo Federal, 24 jun. 2019. Disponível em: <https://www.gov.br/mdh/pt-br/
assuntos/noticias/2019/junho/disque-100-recebe-mais-de-11-mil-denuncias-de-violacoes-contra-pessoas-com-deficien-
cia>. Acesso em: 12 ago. 2020.
SILVEIRA, Daniel. 88% dos municípios que têm transporte por ônibus descumprem lei de acessibilidade, diz IBGE.
G1 Globo, 5 jul. 2018. Disponível em: <https://g1.globo.com/economia/noticia/88-dos-municipios-que-tem-transporte-
-por-onibus-descumprem-lei-de-acessibilidade-diz-ibge.ghtml>. Acesso em: 13 ago. 2020.

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