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DIREITOS HUMANOS E DIVERSIDADE SEXUAL E DE

GÊNERO
TEASE PROFISSIONAL
• Advogado, Presidente da Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero
OAB/MA, Especialista em Direito do Trabalho e Previdenciário.

CDSGOAB
igornfarias.adv@gmail.com
O que seria Direitos Humanos?
• Alguém sabe definir o que seria Direitos Humanos???

• Qual o seu núcleo fundante???

• O que uma mulher trans/travesti, um judeu e um umbandista tem


em comum?
Características dos Direitos Humanos
• Historicidade;
• Universalidade;
• Relatividade;
• Irrenunciabilidade;
• Inalienabilidade;
• Imprescritibilidade;
• Unidade, indivisibilidade e
interdependência
O que consiste em garantir?
Direito à vida;
Direito de trabalhar;
Direito à saúde;
Direito à educação;
Proteção e assistência à família, à mãe e às crianças;
Proteção contra a fome;
Direitos emergentes;
Dimensão planetária;
Direito a uma vida saudável, em harmonia com a
natureza; (Novas questões para o desenvolvimento e
sociedades sustentáveis).
Todo povo tem direito de:
NOVOS DIREITOS
Direito a paz; Existência;
Direito ao desenvolvimento;
Direito a autodeterminação *; Autodeterminação;
Direito a identidade cultural*; Respeito por sua identidade
Direito ao nome;
nacional e cultural;
Direitos humanos, cidadania e democracia

• Diversidade Sexual

• Diversidade de Gênero

• LGBTfobia no Brasil

• Ordem Social Binária


ORDEM
SOCIAL...
• BINARISMO DE GÊNERO

• CORPOS DISSIDENTES

• MIMORIAS SOCIAIS-
MOVIMENTO LGBTQIA+
Significado da sigla LGBTQIA+
Significado de LGBTQIA+
• A sigla LGBTQIA+ tem como principal objetivo promover a
diversidade cultural com base nas questões de identidade sexual e
gênero. Atualmente, é utilizada para se referir a qualquer pessoa
que não se enquadra como heterossexual ou cisgênero.
• Dessa forma, algumas variantes da sigla surgiram ao longo dos anos,
como: LGBTI, LGBTIQ, LGBTPN, LGBTA, LGBTQA, entre
outras.
O que é o movimento LGBT?
• O Movimento LGBT é um movimento civil e social que busca
defender a aceitação das pessoas LGBT na sociedade. Apesar de
não ser um movimento centralizado e organizado nos seus mais
diversos núcleos ao redor do mundo, existem inúmeras organizações
não-governamentais que atuam nesse sentido, oferecendo apoio e
representação para essa parcela da sociedade.
Movimento LGBT: história
• Em 28 de junho de 1969, uma das mais importantes rebeliões civis
da história se inicia no Stonewall Inn, em Greenwich Village, nos
Estados Unidos. Gays, lésbicas, travestis e drag queens enfrentam a
força policial em um episódio que serviu de base para o Movimento
LGBT em todo o mundo.
• No Brasil, O Movimento LGBT brasileiro nasceu em um contexto de
grande repressão e injustiça social: a Ditadura Militar, que foi de
1964 a 1985
Movimento LGBT: Pautas conquistadas

• Criminalização da Homofobia e Transfobia


• Mudança de Nome e Gênero
• a) Alteração Extrajudicial: no primeiro ano após atingida a maioridade, desde que não
prejudique os apelidos de família; ou
• b) Alteração Judicial: sem limite de prazo, desde que haja “justo motivo”, mediante ação judicial
na qual é ouvido o Ministério Público.
• Direito ao Casamento e União Estável
• Direito à Pensão e Divisão de Bens
• Adoação de sangue por pessoas lgbt
• Saúde integral da população lgbt
Movimento LGBT: Pautas conquistadas
• LEI MARIA DA PENHA E MULHERES “T”

• DIREITO À EDUCAÇÃO- Os temas “gênero” e “sexualidade” precisam


ser inseridos no currículo escolar de forma efetiva
CRIMINALIZAÇÃO DA
LGBTFOBIA
• O que é LGBTFOBIA?
Racismo X Injúria Racial

• LGBTfobia é crime?
Lei do Racismo- nº 7.716/1989
Lei Estaduais- nº8.444 e 11.521

• LGBTfobia: além da violência física


DADOS ESTATÍSTICOS
• Brasil teve 300 mortes violentas de pessoas LGBTQIA+ em 2021,
aponta relatório

• Com uma morte registrada a cada 29 horas, o Brasil segue liderando o


ranking de países que mais matam LGBTQIA+. Os dados são do
relatório “Mortes Violentas de LGBTI+ no Brasil – 2021”, divulgados
pelo Grupo Gay da Bahia (GGB).

• Nordeste lidera mortes por LGBTfobia- Maranhão ocupa o 2º lugar de


Estado que mais morre Lgbts.
Como lutar contra a LGBTFobia?
• Políticas públicas – instrumento que possibilita aos governantes
promover ações em busca da garantia de direitos de diversos grupos
da população.

• Humanização
• BO online:
Se você for vitima ou delegaciaonline.policiacivil.ma
presenciar atitude .gov.br
LGBTfóbica- DENUNCIE! • BO presencial: Delegacia de
Polícia
• Disk 100: Direitos Humanos
• Disk 180: Violência contra a
mulher
• Disk 190: Polícia Militar
O que mudou após 3 anos da criminalização da LGBTfobia no Brasil?

• Quais os pontos positivos após quase 3 anos da decisão?

• As delegacias e os órgãos de Justiça estão de fato preparados para


atender casos envolvendo a população LGBT?

• Principais dificuldades
Subnotificação destes crimes. O que isso pode configurar?
O que mudou após 3 anos da criminalização
da LGBTfobia no Brasil?
• Punições em números

• Quais outras medidas precisam ser encaminhadas para a prevenção e


combate à violência contra LGBTs no Brasil?
INSTITUCIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS
HUMANOS- LGBTFOBIA NA PRÁTICA
• Direito do Trabalho: O TST condenou, recentemente, o Banco Bradesco a
indenizar um ex-funcionário em cerca de R$ 1,3 milhão por assédio moral,
discriminação e dano material. Depois de 22 anos de trabalho no Baneb (Banco
do Estado da Bahia) e mais cinco anos no Bradesco, que incorporou o banco
estatal, um então gerente-geral de agência foi demitido por justa causa. No
entanto, no período em que passou pelo banco privado, de 1999 e 2004, o
trabalhador diz ter sido vítima de homofobia.

• Direito Civil: A 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul –
TJRS confirmou o mérito da sentença que condenou um banco a reparar
moralmente uma consumidora transgênero em Porto Alegre, vítima de
prestação de serviço defeituoso, no valor da indenização de R$ 50 mil.
INSTITUCIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS
HUMANOS- LGBTFOBIA NA PRÁTICA
• Direito do Trabalho: União ao pagamento de indenização por danos morais a
homem trans pelo não pagamento de parcela do seguro desemprego. O
valor estipulado foi de 30 mil reais, com juros e atualização monetária.

• Direito Previdenciário: Tribunal de Contas de SC decide levar em


consideração gênero do registro civil para aposentadoria de servidores.

• Direito Constitucional/Adm: INEP é condenado a indenizar mulher trans em


R$15.0000 por desrespeitar sua identidade de gênero em exames do ENEM.
Quais são as principais dúvidas e mitos sobre
o uso do banheiro por pessoas trans?
 Atualmente, mesmo que a questão do uso do banheiro por pessoas trans seja muito comentada,
ainda existem muitos posicionamentos divergentes, principalmente políticos e religiosos.

 Isso acontece, porque, ainda utiliza-se uma lógica bastante binária que considera a existência de
apenas duas identidades de gênero possíveis, categorizando as pessoas apenas como “homem” ou
“mulher”.

 Por conta desses papéis sociais atribuídos, o uso dos banheiros por pessoas trans ainda causa muitas
situações de constrangimento à população trans e gera diversas dúvidas para empresas que querem
implementar mudanças mais inclusivas e não sabem como – ou por onde – começar.

 Para ajudar a mitigar esses mitos e crenças muito difundidos, reunimos as principais dúvidas sobre o
tema, como veremos a seguri :
Mito de que a pessoa trans pode assediar sexualmente outras
pessoas no banheiro, gerando situações de violência

 Um dos pontos levantados a respeito do tema, é que há uma crença de que pessoas LGBTQIA+,
especialmente mulheres trans, são potenciais agressoras e podem ser uma ameaça à mulheres
cisgênero.

 Porém, trata-se de uma convicção baseada em LGBTfobia e carregada de vieses, dado que a maior
parte das agressões e estupros sofridos pela população feminina acontece dentro de ambientes
domésticos, praticados por maridos, familiares, vizinhos, etc.

 Muitas vezes, o que ocorre é a situação contrária: mulheres trans sofrendo risco de violência por
homens quando são impedidas de usarem o banheiro do gênero que se identificam.
Mito de que homens podem se “vestir de mulher” para assediá-las no banheiro

 Essa crença também é bastante difundida por conta de algumas


notícias em que homens cis se vestem como mulheres e entram em
banheiros femininos para assediá-las.
 Porém, precisamos lembrar que são casos isolados — e de má fé —
que acabam prejudicando a liberdade de mulheres cis e transgênero.
Para explicar melhor sobre o mito, confira o vídeo da cantora Victoria
Monforte, conhecida como MC Trans, em conversa com Julia
Kreischerda, feminista radical:
“E se as pessoas que ficarem desconfortáveis
entrarem com ações judiciais contra minha
empresa?”
 O uso de banheiros por pessoas transgênero já é um tema conhecido no Judiciário, e em
2015, foi discutido no Supremo Tribunal Federal (STF). Trata-se do caso RE 845.779., que
diz que, independentemente do posicionamento do estabelecimento, qualquer pessoa
trans tem o direito de usar o banheiro público, de acordo com sua identidade de gênero:
- Tema 778 – “Recurso extraordinário em que se discute, à luz dos arts. 1º, III, 5º, V, X,
XXXII, LIV e LV, e 93 da Constituição Federal, se a abordagem de transexual para utilizar
banheiro do sexo oposto ao qual se dirigiu configura ou não conduta ofensiva à dignidade
da pessoa humana e aos direitos da personalidade, indenizável a título de dano moral”.
-Ao analisarmos o âmbito nacional, no Brasil não há uma legislação específica
para transgêneros. Entretanto, existem normas que podem ser aplicadas a
respeito desse tópico. Como, por exemplo:
-A Constituição Federal define como um dos objetivos fundamentais da nação
promover o “bem-estar de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação”.
-Além disso, o Ministério Público do Trabalho (MPT) reconheceu, juntamente
com a aceitação do nome social no ambiente de trabalho, a garantia de acesso
a banheiros e vestiários de acordo com esse nome e identidade de gênero do
indivíduo, por meio da portaria 1.036/2015.
-A Resolução 12, de janeiro de 2015, do Poder Executivo (Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República), cujos fundamentos justificam-
se pela sintonia com a Lei 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional), especificamente os artigos 2º e 3º da referida lei, estabelece que:
Como minha empresa pode ser mais inclusiva com pessoas trans?

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