Você está na página 1de 8

PROTEÇÃO PENAL

AO INDIVÍDUO

CONDIÇÕES DE ENCARCERAMENTO DA COMUNIDADE


LGBTQIA+ À LUZ DAS CORTES INTERAMERICANAS E
EUROPEIA DE DIREITOS HUMANOS

GISELY BARROS PEREIRA

Olinda
2023
GISELY BARROS PEREIRA

PROTEÇÃO PENAL
AO INDIVÍDUO

CONDIÇÕES DE ENCARCERAMENTO DA COMUNIDADE


LGBTQIA+ À LUZ DAS CORTES INTERAMERICANAS E
EUROPEIA DE DIREITOS HUMANOS

Trabalho apresentado à professora Me.


Renata Morais Leimig, para obtenção de nota na
disciplina de: PROTEÇÃO PENAL AO
INDIVÍDUO – 6º período do curso de Direito – no
Instituto de Ensino Superior de Olinda - IESO.

Olinda
2023
3. SUMÁRIO:

CAPA...............................................................................................1
CONTRA-CAPA...............................................................................2
SUMÁRIO.........................................................................................3
INTRODUÇÃO..................................................................................4
DESENVOLVIMENTO......................................................................5
CONCLUSÃO...................................................................................6
REFERÊNCIAS.................................................................................7
4. INTRODUÇÃO:

Estabelece a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 os direitos e garantias


fundamentais de qualquer ser humano, sem que haja discriminação por raça, cor, sexo e gênero. Não
obstante, os tratados internacionais ultrapassam os limites territoriais e, no mesmo sentido da
Constituição Federal, garantem a proteção dos direitos humanos.
Nesse sentido, esta pesquisa é uma análise de vulnerabilidade População LGBTQIA+, que
Denominada anteriormente como “GLS” (Gays, lésbicas e simpatizantes), deixou de ser utilizada, caindo em
desuso, dado a atual evolução e diversas vertentes dos integrantes desta comunidade, cumprindo pena no
sistema penitenciário brasileiro que, além de favorecer um ambiente insalubre, convive com outros
problemas, como abuso físico, mental, moral e sexual, entre outros, resultando danos excessivos e
pena significativamente superior à imposta pelo crime cometido. Isso ocorre porque a maior parte do
sistema prisional consiste em: população em que a heterossexualidade tem uma vantagem mais forte,
momento em que um condenado LGBTQIA+ é percebido pelos demais presos como frágil e indefeso
heteronormatividade errônea – a norma – criada pela sociedade, ou seja, o estado orientação sexual ou
identidade de gênero torna-se um fator agravante expostos a tal violência. Além disso, a principal
motivação para o desenvolvimento do tema foi o significado em discutir a realidade vivenciada pela
comunidade LGBTQIA+ no sistema prisional Brasileiro, porque não basta sofrer com atos
discriminatórios e suas consequências, e as exclusão da sociedade após inclusão no sistema prisional
através de condenações por privação de liberdade, pessoa LGBTQIA+, e também enquanto executa a
pena imposta pelo Juiz, cumpre a segunda pena imposta pelo Juiz com outros prisioneiros, enquanto,
ao mesmo tempo, variam as violações dos direitos desses prisioneiros onde os indivíduos se
intensificam, e os órgãos que compõem o Estado devem implementar garantias constitucionais e gerir
políticas públicas, garantindo um mínimo de dignidade à essas pessoas.
5. DESENVOLVIMENTO:

As condições de encarceramento da comunidade LGBTQIA+ têm sido uma preocupação no


contexto dos direitos humanos, e as cortes interamericanas e europeias desempenham papéis
importantes na defesa desses direitos. Vou fornecer uma visão geral das condições de encarceramento
e das decisões relevantes dessas cortes.
A Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) tem jurisdição sobre os Estados membros
da Organização dos Estados Americanos (OEA) e é responsável por interpretar e aplicar a Convenção
Americana sobre Direitos Humanos. A CIDH enfatiza a importância do tratamento digno de todas as
pessoas em situação de encarceramento, independentemente da orientação sexual ou identidade de
gênero. A CIDH pode recomendar medidas para proteger os direitos da comunidade LGBTQIA+ em
situações específicas, incluindo aquelas relacionadas ao encarceramento.
A Corte Europeia de Direitos Humanos (CEDH) é responsável por interpretar e aplicar a
Convenção Europeia dos Direitos Humanos em países membros do Conselho da Europa.
O artigo 3º proíbe tratamento desumano ou degradante. A CEDH pode intervir se o tratamento
da comunidade LGBTQIA+ em prisões violar essa proibição. Artigo 8º o Direito ao Respeito pela
Vida Privada e Familiar e o direito à vida privada também é relevante, especialmente em casos que
envolvem a identidade de gênero e orientação sexual.
Organizações de direitos humanos, advogados e defensores dos direitos LGBTQIA+ têm
trabalhado para abordar essas questões, buscando garantir que as pessoas LGBTQIA+ sejam tratadas
com dignidade e respeito, independentemente de estarem ou não em situação de encarceramento. A
conscientização pública e a defesa por políticas mais inclusivas são passos importantes para melhorar
as condições para a comunidade LGBTQIA+ no sistema prisional.
Promover a não-discriminação, o tratamento digno e o respeito aos direitos fundamentais da
comunidade LGBTQIA+ é essencial para garantir a igualdade e a justiça. Aqui estão algumas
estratégias e princípios que podem contribuir para esse objetivo:
Implementar e reforçar leis que proíbam a discriminação com base na orientação sexual e
identidade de gênero em todas as áreas da vida, incluindo emprego, educação, moradia e serviços
públicos. Oferecer treinamento contínuo a profissionais, incluindo funcionários prisionais, agentes de
aplicação da lei e profissionais de saúde, para aumentar a compreensão sobre questões relacionadas à
orientação sexual e identidade de gênero.
Desenvolver políticas específicas para garantir a segurança e o tratamento digno da
comunidade LGBTQIA+ nas prisões, reconhecendo as necessidades específicas de diferentes
identidades dentro dessa comunidade. Garantir que as pessoas LGBTQIA+ tenham acesso a serviços
de saúde, incluindo cuidados de saúde mental e tratamentos médicos específicos, sem discriminação
com base na orientação sexual ou identidade de gênero.
Estabelecer medidas legais e políticas que reconheçam e respeitem a identidade de gênero das
pessoas trans, incluindo o direito de serem detidas em instalações que correspondam à sua identidade
de gênero.
Implementar medidas rigorosas para combater a violência e o assédio com base na orientação
sexual e identidade de gênero, garantindo investigações adequadas e responsabilização por tais
incidentes. Incluir representantes da comunidade LGBTQIA+ em processos de tomada de decisão que
afetem suas vidas, garantindo que suas vozes sejam ouvidas e respeitadas.
Promover programas de educação e sensibilização em escolas, locais de trabalho e na sociedade
em geral para desafiar estigmas e preconceitos, construindo uma cultura de respeito à diversidade.
Oferecer apoio psicossocial e recursos para pessoas LGBTQIA+ em situação de encarceramento,
reconhecendo os desafios únicos que enfrentam.
Estabelecer mecanismos independentes de monitoramento para avaliar as condições de
encarceramento e garantir o cumprimento de padrões de direitos humanos.
Essas medidas podem contribuir para a criação de um ambiente mais inclusivo, justo e
respeitoso para a comunidade LGBTQIA+ em todos os setores, incluindo o sistema prisional. A luta
pela igualdade e respeito aos direitos fundamentais é contínua e requer o envolvimento de governos,
organizações da sociedade civil e a sociedade como um todo.
6. CONCLUSÃO:

Esta pesquisa teve como objetivo mostrar as diferentes formas de violência existentes na
População LGBTQIA+, e mais especificamente, pessoas consideradas gays, lésbicas, bissexuais,
mulheres trans e travestis que se encontram no sistema prisional brasileiro, uma comunidade que está à
mercê há muito tempo, e foi isso que contribuiu para gerar inúmeros conflitos e problemas na
sociedade em geral. Ainda assim, se explica que abordar todas as pessoas que compõem a sigla acima
passa a ser uma tarefa quase impossível porque, como explicado há um preso na comunidade
LGBTQIA+ em evitar revelar sua verdadeira identidade a outros presos para não se tornar alvo de
violência. À luz do exposto em toda a pesquisa, há de ressaltar o já dito, o Brasil é o país que mais
mata pessoas LGBTQIA+ no mundo, questão completamente angustiante, não somente o “portar-se
homossexual” já sido considerado crime, atualmente, suas vidas são ceifadas desde cedo e suas lutas
ecoam por todas as esferas da sociedade. Igualmente, quando essa comunidade quando inserida nas
unidades prisionais esses pontos não apresentam características diferentes, visto que esse sistema, em
sua maior parte, não consegue garantir a dignidade do preso, quiçá do detento LGBTQIA+.
Apesar da existência do princípio da dignidade humana, inclusive, servindo de base para o
Estado Democrático de Direito, garantindo ao cidadão de quaisquer garantias existenciais mínimas,
desconsideram-se institutos responsável pela administração e execução do sistema de preservação da
dignidade humana e direitos inerentes ao condenado, causando violação Direitos humanos básicos.
Portanto, cabe ao Estado, em um todo, analisar as diretrizes do sistema penitenciário brasileiro que não
é capaz de cumprir o seu papel, qual seja, realizar a efetiva ressocialização e reintegração do apenado
na sociedade, garantindo a proteção da integridade física e psicológica de qualquer detento,
independentemente das características que compõem sua sexualidade.
7. REFERÊNCIAS:

Pesquisa em Google: site https://observatoriomorteseviolenciaslgbtibrasil.org/. acesso: 22 de


nov.2023.

Pesquisa em Google : http://www.echr.coe.int. Artigo European Convention on Human Righs.


Acesso:22 de nov.2023.

Você também pode gostar