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FACULDADE DE DIREITO
CURSO DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA PÚBLICA
Nome do autor
Pólo-Turma
CRIMINOLOGIA
Nome da cidade
2019
1 INTRODUÇÃO
Lombroso nunca disse que todos os criminosos eram natos, mas que o
“verdadeiro” delinquente é nato, quer dizer, nasce delinquente semelhante
ao louco moral que tem uma base epilética, cheio de taras degenerativas;
tudo aquilo que se explica pelo ativismo e faz do delinquente um gênero
especial de homem, que ousou designar como “genus homo deliques”, o
que foi pernicioso para a evolução da Criminologia. Segundo esta teoria,
poder-se-iam distinguir famílias que seriam delinquentes e outras que
seriam honradas (RODRIGUES, 1995, p. 26 e 27).
Sustentava que ao criminoso nato, por sua própria natureza, não cabia a
aplicação da pena, e se é encarcerado, comete-se uma injustiça, porque
para Lombroso, o criminoso nato é um doente. Foi Lombroso quem primeiro
falou da necessidade de segregá-lo da sociedade, isolando-o para que
deixasse de ser perigoso, quer dizer, torná-lo inofensivo. Esta seria uma
medida preventiva, como as que agora são adotadas aos alienados.
(RODRIGUES, 1995, p.34).
Ademais, Barratta ainda critica o Direito Penal, que para ele tende a privilegiar
os interesses das classes dominantes, e a não punir os comportamentos sociais
danosos típicos destes, e o direito tende a criminalizar as classes subalternas, para
o autor isso ocorre, porque a própria formulação técnica dos tipos legais possui esse
viés tendencionista. Se for analisada ainda a população criminosa, temos que de
fato, os sujeitos que se encontram nos níveis mais baixos da escala social, estão
marginalizados.
No Brasil, o maior defensor desta linha teórica foi o médico baiano Nina
Rodrigues. Segundo o seu ponto de vista, “a criminalidade no Brasil só poderia ser
estudada em profundidade a partir da constatação da chamada criminalidade étnica,
que provinha do resultado da coexistência, numa sociedade, de raças diferentes ”
(DIAS, 1984, p.58).
Podemos estabelecer uma correlação entre a pobreza e o crime, uma vez que
a pobreza aliada à limitação de oportunidades são elementos bastante fortes para
produzirem uma alta proporção de comportamentos delituosos.