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Centro de Ensino Superior de Bacabeira – CESBA

Curso: Direito 2022.1

Gabriel Barbosa Sousa

Resumo do texto: “direito penal do autor e direito penal do fato”.

Bacabeira- MA
2022
Gabriel Barbosa Sousa

Resumo do texto direito penal do autor e direito penal do fato

Exercício acadêmico apresentado ao


centro de ensino superior de Bacabeira,
como parte dos requisitos para obtenção de
40% da nota na disciplina de direito penal.

Apresentado ao: Prof. Lucas Cardoso

Bacabeira- MA
2022
RESUMO

O texto traz de inicio a visão de Cesare Lombroso, que jugava o ato criminal
como doença, essa doença se apresentava em diferentes formas, a depender do perfil
do infrator e do meio no qual foi criado, para Lombroso uma de suas teorias às
características anatômicas também teriam influência sobre o perfil criminal do
indivíduo, tais teorias foram evoluindo junto ao direito penal, o julgamento do ato
criminoso passou a ser analisado a partir de quem cometeu o ato, e não pelo fato
ocorrido, outrora o criminoso era definido apenas pelo delito cometido, este conceito foi
mudado a partir da ampliação dos direitos de dignidade da pessoa humana, então
passou-se a observar os meios que levaram o individuo a cometer o ato criminoso,
logo os conceitos foram evoluindo ainda mais, com a criação dos direitos humanos, que
então o direito além de observar os meios que levaram o individuo a cometer o delito
culparam o Estado, pois este como poder regedor de uma nação, deveria elaborar
medidas para que os indivíduos em sua tutela não se submetam aos meios que o levem
ao mundo da criminalidade, a elaboração de projetos sociais para as classes mais
vulneráveis, presentes nas periferias (as margens da sociedade). Sendo estas classes as
que estão mais sujeitas a criminalidade, por diversos fatores a partir do meio em que
convivem, estas minorias estão sujeitas à presença do tráfico de drogas, prostituição
e o crime organizado, estes fatores acabam se tornando barreiras para elaboração de
medidas para reestruturalização da sociedade, pois já estão impregnados pelo convívio
da sociedade com este submundo logo, se tornou sublime a análise destes fatores para
um melhor entendimento da teoria do crime, retornando ao texto que traz como exemplo
da aplicação do direito penal antes da evolução dos direitos dignidade da pessoa
humana, a Alemanha Nazista, onde tudo no qual ofendesse a ideologia nazista era
considerado delito, vale ressaltar que a ampliação dos direitos de dignidade da pessoa
humana, vieram para que não se repita as atrocidades ocorridas na Segunda Guerra
Mundial, pós evolução passou-se a observar a conduta do infrator, sua presença na
sociedade. Está teoria é presente em Estados totalitários e perdeu força, por conta da
democracia, o texto ressalta que a teoria do direito penal do autor está em constante
evolução, porém a partir da década de 80 foi perdendo força, e só em 2001 passou a
ganhar mais adeptos e a teoria passa a ter novamente mais influência o texto apresenta
Gunther Jakobs (2007), como defensor da teoria do autor, que usou como justificativa
de defesa da teoria do direito penal do autor, Gunther usa o termo direito penal do
inimigo, que usa para se referir aos indivíduos por suas características de costumes ou
de convívio com seus semelhantes já apresentava um demasiado risco, usando como
exemplo o Estado Islâmico. A teoria do autor foi muito bem apresentada pelo texto, e
como o direito está em constante mudança, logo foram apresentadas novas teorias como
novos autores juristas, a teoria do direito penal do autor ainda perdura até hoje, como foi
citado outrora a teoria do direito penal do autor é abraçada majoritariamente por Estados
totalitários, Estados com apenas um partido político como o fascismo Italiano, o
satalismo soviético e o nazismo alemão, Estados com um único partido político,
geralmente presentes também em países com regimes de ditadura como a Coreia Do
Norte e China, ainda usam a teoria do direito penal do autor, logo qualquer ato que vá
contra a ideologia do estado é considerado um delito penal, pois o individuo estaria
contra Estado, esta teoria em um exemplo prático seria o caso do art. 121, matar alguém
o que seria observado não seria o fato cometido em questão no caso o “matar alguém” e
sim o indivíduo que cometeu o ato, o “assassino” . Esta teoria não proíbe matar, mas
proíbe ser assassino, Thiago Soares Piccolotto afirma que a punição destes
determinados casos deve ser feita sem que haja leão ao bem jurídico, e que deve ser
punido a personalidade do agente, novamente sem levar em conta o ato cometido, essa é
a teoria do direito penal do autor, tal teoria tem suas assertivas, lacunas e controvérsias,
para isto há outra teoria apresentada pelo texto que é a teoria do direito penal do fato
que ganhou força a partir do enfraquecimento do direito penal do autor na década de 80,
com a democracia ganhando força, os Estados democráticos passaram a abraçar esta
teoria, está teoria é uma contraposição ao direito penal do autor, enquanto o direito
penal do autor analisa unicamente o a personalidade do autor, a teoria do direito penal
do fato analisa o fato cometido, podemos julgar neste ponto a grande diferença entre as
duas teorias, e para confirmar isto o texto cita Enrico Pessina, “que afirma o ‘homem
delingue não pelo que é, senão pelo que faz.’ De fato, entendemos então que não
podemos punir uma pessoa por seu estilo de vida ou modo de ser. E sim pela conduta.”
Esta teoria pós evolução do direito de dignidade da pessoa humana, confirma o que foi
falado outrora deixa de culpar o individuo, e sim o meio no qual o individuo se enconra
pois este não tem culpa de ter nascido em classe social baixa ou dentre as minorias, o
Estado sim seria o grande culpado, pois se o individuo se encontra dentre as classes
vulneráveis, se tornaram isso a partir de um contexto histórico, a levar como exemplo os
negros, o Brasil com mais de 3 séculos de escravidão, enraizou um visão estereotipada
por parte da sociedade em relação aos negros, pós abolição da escravidão, esta visão
estereotipada não foi totalmente extinguida pois a sociedade a presentava os negros
como uma classe inferior, e com o passar do tempo, partindo desse meio os negros em
grande maioria passaram a ser mais fragilizados, ocupando majoritariamente as
Periferias da sociedade, onde há grande influencias do mundo criminalizado, onde há
falta de oportunidades, de educação entre outros, tais dificuldades torna mais complexo
o processo de transição do negro entre as classes, o que os levam ao mundo da
criminalidade, isto é provado com o ranking em que o Brasil ocupa em nível de racismo
O Brasil ocupa a 7 posição de um ranking feito pelo G1.com sobre racismo de 27 países
pesquisados, o que é assustador ao levar em conta que o Brasil dentre os países
pesquisados é o que tem o maior índice de população negra dentre os outros países
pesquisados a população negra ocupa 54% da população Brasileira, mesmo estando em
maioria na sociedade Brasileira os negros são os mais vulneráveis e tendenciosos a
sofrerem racismo e/ou segregação social. Trazendo de volta a teoria do direito penal do
fato, o negro não pode ser culpado pelo meio em que vive, ele não escolheu o meio em
que vive, ele foi colocado lá. Rogério Sanches Cunha e outros autores afirmam que a
teoria do fato deve ser a teoria do direito penal pelo fato, porém os aspectos sociais
também devem ser levados em consideração para chegar o mais próximo possível da
individualização, assim com prega a constituição de 1988 em seu texto, as duas teorias
apresentadas pelo texto são deveras interessante, me fizeram refletir como acadêmico do
curso de direito qual teoria me posicionaria a defender, a partir das ideologias das
teorias a que me chamou mais atenção foi a teoria do direito penal do fato, pois se
analisarmos um caso concreto somente a partir da teoria do direito penal do autor, onde
seria investigado somente a conduta da personalidade do individuo, esta teoria não é
totalmente completa pois daria espaço para determinadas injustiças, já a teoria do direito
penal do fato, que analisa apenas o ato cometido também tem suas lacunas, pois análise
da personalidade e características do individuo em meu ponto de vista devem ser
analisadas em conjunto, logo as duas teorias não seriam contrapostas e sim
complementos uma da outra, dessa forma seria abrangida um maior número de caso
concreto facilitando dessa forma a análise criminal, evitando assim injustiças, exercendo
a análise do crime de forma minuciosa, como o direito está em constante mudança, logo
aparecerão novas teorias visando um melhor entendimento do que é o crime, o texto
abriu minha mente, para uma melhor analise do que realmente é um crime dessa forma
posso procurar novas fontes de conhecimentos, como outros autores, livros ou até
mesmo, textos como este que foi discutido.

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