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Ética e Cidadania
Foi a partir desse conceito jurídico, por exemplo, que se criou a categoria dos
apátridas. As pessoas que nascem em um país que não as reconhece como
cidadãs porque seus pais são imigrantes (é o que se chama de jus sanguinis –
a cidadania é passada pelas gerações) e que, por outro lado, também não
podem ser reconhecidas como cidadãs do país de origem de seus pais porque
não nasceram lá (é o direito de jus solis – a cidadania é concedida a qualquer
pessoa que nasça em território nacional, a exemplo do que ocorre no Brasil)
acabam não tendo a sua cidadania reconhecida em nenhum dos dois países e,
por isso, são denominadas apátridas. No conceito jurídico, isso pode
acontecer, mas é justamente aí que entra outro conceito bastante importante,
que foi visto na última aula: os direitos humanos. Esses direitos são
estendidos a todos os seres humanos, independentemente do país de
nascimento, e resguardados por uma série de organizações internacionais.
Tudo isso diz respeito à cidadania. Embora sejam direitos específicos de cada
país e não universais, em muitos casos (como o do Brasil), sobretudo nas
sociedades democráticas, os direitos humanos universais já estão
incorporados na própria Constituição.
Falar que os direitos humanos são universais significa dizer que o que é
considerado como direito humano em um lugar também o será em outras
partes do mundo. Eles são mais amplos do que a cidadania. No contexto
da sociedade internacional, esses direitos foram debatidos e construídos
sobretudo ao longo do século XX, como vimos na aula passada.
Mas, voltando à cidadania, vimos o seu conceito jurídico: ser reconhecido por
um Estado-nação e poder usufruir de seus direitos políticos.
Isso significa que não existe uma única moral. O que é considerado imoral
em uma determinada cultura ou região pode ser moral em outra. Um exemplo
bastante claro é o código de vestimenta restrito para as mulheres em alguns
países árabes. Lá o uso, por exemplo, de biquíni por mulheres é algo
completamente absurdo. Você consegue pensar em mais algum
exemplo?
Essa é uma pergunta bastante complexa, pois sua resposta pode acabar
gerando mais mal do que bem. A verdade é que é muito difícil obter uma
definição geral sobre todos os comportamentos e situações. Em virtude disso,
a ética precisa ser constantemente questionada e debatida, algo que vamos
tratar de fazer ao longo do semestre.
Referências
BENEVIDES, Maria Victória. Direitos humanos: desafios para o século XXI. In:
SILVEIRA, Rosa Maria Godoy et alii. Educação em Direitos Humanos:
Fundamentos teórico-metodológicos. João Pessoa: Editora UFPB, 2007.
Disponível em: <www.redhbrasil.net/educacao_ direitos_humanos.php>.
Acesso em: 20 nov. 2013.