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ÉTICA

1. ÉTICA

Introdução
Chegou a hora de aprimorar ainda mais seu conhecimento sobre ética.
Para isso, veremos alguns conceitos importantes que a constituem.

Primeiramente, veremos como o conceito de ética, ao longo do


tempo, perpassa por filósofos gregos e pensadores que refletem o
nosso próprio século, o século XXI.

E como a ética se relaciona com a política? Na entrevista com o


professor Dr. Fernando Amed, você pôde entender essa relação. Então
vamos compreender melhor como os dilemas de nosso comporta-
mento se ajusta às diferentes sociedades e leis.

Quando abordamos o tema ética e as relações sociais, nos focamos


na inclusão social daqueles que possuem alguma deficiência física
ou mental, procurando entender os direitos e as leis conquistadas
por este segmento bastante significativo de nossa sociedade. Vamos
então reforçar a relevância do debate da ética no trabalho para
compreender melhor este tema.

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1.1 Conceito de Ética
Definição: de origem grega, a palavra ethos significa costumes,
hábitos.

Conceito: investigação dos princípios que agem no comportamento


humano, como normas, valores e prescrições presentes em qual-
quer realidade social.

Onde a ética aparece?

A ética está presente nas mais variadas relações humanas, como o


trabalho, a religião, leis, família, sexo/gênero, diversidade étnica e
na política.

1.2. A contribuição da filosofia clássica e contemporânea


Para Sócrates, as virtudes morais visam ser coerentes. Para Platão, a
verdade e o bem podem ser alcançados através da busca da verdade.
Para Aristóteles, o ato de agir bem consiste na real finalidade da
ação humana – todos têm que buscar o bem para si próprio. Ainda
antes de Cristo, os estoicos destacavam o viver em harmonia com
a natureza. Percebia-se mais claramente que tudo tem um início,
meio e fim.

Sócrates

Com o Cristianismo, o eixo mudou para o campo subjetivo, se assim


podemos dizer. Surge a ideia de amar o outro como a si próprio, sendo
possível alcançar tal paradigma colocando-se no lugar do outro.

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Damos um salto no tempo e encontramos, no Renascimento, o polê-
mico Maquiavel, que afirma que a ética estava nos fins, que por sua
vez justificavam os meios. Ou seja, havia aqueles que pretendiam
ganhar, não importando de que forma. Já o inglês Thomas Hobbes
afirma que o homem é o lobo do homem, dado a necessidade de
haver controle do ser humano.

Na França do século XVIII, Rousseau acreditava que o ser humano


nascia bom, mas que a sociedade é que o corrompia. No mesmo
século, na Alemanha, Kant advertia que agir bem é o que devemos
fazer. Dentro do racionalismo alemão, a questão que se fazia era a
de que, se conhecemos o bem, por que fazer o mal?

Chegando ao século XX e XXI, o utilitarismo se ajusta ao homem


contemporâneo, observando que o que nos torna feliz é o que não
nos deixa sofrer, daí a necessidade de se afastar de todo o sofrimento.

1.3. Ética e política


Em entrevista com o professor Dr. Fernando Amed, este nos falou
sobre questões envolvendo a política, a democracia e a corrupção.

Em tempos de muitas turbulências no cenário político contem-


porâneo, é muito importante refletirmos sobre a ética na política
mediante tantos casos de corrupção. Afinal, é possível haver ética na
política diante desse cenário?

O professor destaca que a ética é uma questão comportamental.


Assim, cada sociedade acolhe os comportamentos que julga
melhores. Dessa forma, é possível haver ética na política.

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E por que é preciso ética na democracia?

Para o professor, sem a existência de regras ou normas de compor-


tamento, nenhum sistema político funciona, inclusive a democracia.
A ética entendida como comportamento aceito sempre existirá, seja
qual for o governo, para o bem ou para o mal.

Sobre a existência das leis, o professor afirma que, sem elas, vive-
ríamos num caos. As leis refletem o comportamento desejado por
uma sociedade de acordo com seus valores.

1.4. Ética e relações sociais: a inclusão de deficientes físicos e/


ou mentais
Para deixar bem claro: o termo deficiente foi uma exigência esta-
belecida pelo próprio grupo. Anteriormente, este era denominado
como portadores de necessidades especiais, termo que o próprio
grupo veio a rejeitar.

Quem são os deficientes? São aqueles que têm suas capacidades


limitadas por conta de seus impedimentos físicos, mentais ou senso-
riais, de longo prazo, e que podem dificultar a convivência.

O Brasil possui 45,6 milhões de pessoas com alguma deficiência


visual, auditiva, motora, mental ou intelectual. Apesar de repre-
sentar 23% da população brasileira, estas pessoas não vivem em
uma sociedade adaptada.

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A relevância do tema está na inclusão do conjunto dessas pessoas
à sociedade, assegurando-lhes seus direitos de cidadão. Igualmente
importante é a conscientização da população sobre a necessi-
dade de se oferecer a esse grupo uma vida de qualidade e dignidade,
impedindo que ocorra restrição de participação.

Nossa Constituição prevê a “educação como direito de todos, dever


do Estado e da família com a colaboração da sociedade, visando
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

Para a inclusão daqueles que têm dificuldades para a mobilidade


física, o Estado aplicou isenções no pagamento de alguns impostos,
como IPI, ICMS e IPVA.

Tivemos assim a oportunidade de verificarmos juntos a importância


de se inserir na sociedade um grupo relevante: o dos deficientes,
percebendo que é um grupo numericamente significativo, que tem
direito à educação, trabalho, saúde, deslocamento e isenção de
impostos. Não por assistencialismo, mas pela humanização da socie-
dade brasileira como um todo.

1.5. Ética no trabalho


A ética no trabalho está vinculada aos seus direitos e deveres
neste campo. É fundamental ter conhecimento sobre seus direitos
e observar o tratamento respeitoso, que reserve a igualdade entre
os indivíduos independentemente de seu sexo/gênero, ideologia,
idade, religião ou raça.

É relevante trabalhar eticamente de acordo com as escolhas


profissionais, respeitando os princípios norteadores das ações em
respeito à vida. Temos que estar atentos às questões presentes no
universo de nosso trabalho.

A corrupção e o corruptor desvirtuam a materialização e orientação


da construção social. Os exemplos disso são numerosos, como:
explorar o trabalho de um colega, mentir para o colega a fim de ter
os elogios dos resultados alcançados pela equipe etc.

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Conclusão
A ética é como um termômetro de uma sociedade que mede seus
costumes e comportamentos, e que ao longo da história foi adap-
tando-se às necessidades humanas. Portanto, a democracia ou qual-
quer outro sistema político espelha a sua sociedade, ajustando-se
às suas normas e dentro do ambiente de trabalho, podendo ser
uma forma de alerta para a existência de direitos sequer percebidos
como existentes.

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REFERÊNCIAS
COLABORATIVISMO. CGU | Campanha combate pequenas corrupções. 2015. Disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=kR3nW9fsWmU>. Acesso em: 06 jun. 2018.

CORTELLA, Mario Sergio; BARROS FILHO, Clovis de. Ética e vergonha na cara. Campinas: Ed. Papirus/
Sete Mares. 2014.

JORNAL DE BRASÍLIA. Falsificação de atestados médicos no DF. 2015. Disponível em: <https://www.
youtube.com/watch?v=14fbzJTv148>. Acesso em: 06 jun. 2018.

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