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Viana
2021
Introdução
Neste trabalho trataremos dos danos causados pela violência contra pessoas
LGBTQ+. Abordando as caracterização descritiva e quantitativa da violência contra
pessoas LGBTQ+, a Identificação de causas e contextos que ajudam a explicar o
fenômeno. E por fim, expor possibilidades de superação dos problemas sociais,
econômicos ou culturais relacionados ao tema.
Desenvolvimento
Desde então, diversos termos foram modificados e outros criados com o objetivo de
tornar o movimento mais representativo e entendê-lo nos ajuda a avançar nos
conhecimentos sobre a causa. Atualmente, o termo usado mais usado para se
referir a todo o movimento de pessoas que contestam as formas naturalizadas de
gênero e sexo é LGBTQ+, representado por lésbicas (mulheres que sentem
atrações por mulheres), gays (homens que sentem atrações por homens),
bissexuais (pessoa que sente atração pelos dois sexos), transexuais (pessoa que se
identifica com o gênero oposto), queers e o símbolo de “+” representa toda e
qualquer outra manifestação de gênero que não está delimitada, respectivamente.
Conceitos importantes
Gênero: é determinado por construções sociais moldadas ao longo dos anos sobre
o que se espera do comportamento de uma pessoa a partir do seu sexo biológico.
Identidade de gênero: é o gênero com o qual uma pessoa se identifica é relacionada
à como a pessoa se vê. Não necessariamente em consonância com o sexo
biológico.
Cisgênero: Uma pessoa cujo sexo biológico e anatomia estão alinhados com sua
identidade de gênero.
Transgênero: São pessoas que não se identificam com o sexo biológico com que
nasceram. Elas transgridem e transcendem os padrões sociais.
Agênero: pessoa que não se identifica com nenhuma identidade de gênero.
Orientação sexual: refere-se à sexualidade de uma pessoa, sexo por qual se sente
atraído. As orientações podem ser definidas entre “bissexualidade”,
“homossexualidade” (pessoa que sente atração pelo mesmo sexo),
“heterossexualidade” (pessoa que sente atração pelo sexo oposto) e
“assexualidade” (pessoas que não sentem atração sexual ou não têm interesse na
atividade sexual).
Pansexual: pessoas que sente atração por outras pessoas independentemente do
sexo, do gênero e de como se apresentam para o mundo.
Intersexual: as pessoas que têm características sexuais consideradas masculinas e
femininas.
Assexual: pessoas que não sentem desejo sexual.
O poder do dogma
segundo Vahtang Kipshidze, porta-voz oficial da Igreja Ortodoxa Cristã Russa, a Igreja não
pode modificar sua visão de que a homossexualidade é um pecado porque esse dogma
vem de Deus, não da Igreja.
Mas, de acordo com Vahtang Kipshidze, "não há evidências no Novo Testamento que
apoiem atirar pedras em pecadores de qualquer tipo".
Da mesma forma que o pecado de adultério não é criminalizado, diz ele, "a Igreja não
defende a criminalização das relações entre pessoas do mesmo sexo".
No entanto, ele admite que algumas pessoas interpretam mal a escritura e a utilizam como
pretexto para a violência.
Em 2016, sua equipe avaliou o grau de homofobia em uma amostra de 645 estudantes
universitários dos EUA.
Eles classificaram os participantes de acordo com quatro conjuntos de crenças:
1) pessoas pertencentes a uma minoria sexual nascem assim
2) todos os membros de um grupo sexual são iguais
3) um indivíduo pode pertencer a apenas um grupo sexual
4) uma vez que você conhece alguém de um grupo, você conhece todo o grupo.
Não surpreendentemente, os pesquisadores descobriram um alto grau de aceitação, entre
os estudantes universitários dos EUA, de que as minorias sexuais nascem assim (crença 1).
Isso se aplica tanto a entrevistados heterossexuais quanto representantes das minorias.
O que diferencia as pessoas com atitudes negativas mais fortes em relação às minorias
sexuais é que elas pontuaram mais alto nas outras três crenças.
Pessoas com fortes opiniões negativas sobre minorias sexuais não conseguem ver as
individualidades dentro delas, sugere estudo
O poder da visibilidade
Para Grzanka, é o "preconceito implícito" na mente dos seres humanos que os predispõem
a aceitar certos preconceitos.
Ele acredita que a maneira de reduzir a homofobia é educar as pessoas em relação aos
indivíduos que elas veem como "os outros".
"Devíamos estar fazendo campanhas educacionais e de informação pública e organizando
políticas anti-homofóbicas em torno dessas crenças, de que os gays são todos iguais e que
a orientação sexual não é potencialmente fluida", diz ele.
"Não há nada natural que leve aos medos irracionais das minorias sexuais. Houve
momentos na história da humanidade em que o comportamento homossexual foi aceito,
legitimado e até mesmo reverenciado", argumenta.
Maior visibilidade é citada como uma das razões por trás da conquista de direitos LGBT
Há evidências de que uma maior visibilidade pode moldar as percepções das pessoas e
levar a conquistas de direitos para a comunidade LGBT.
Em 1999, cerca de dois terços dos americanos eram contra o casamento entre pessoas do
mesmo sexo, e apenas um terço dizia que deveria ser legalizado, de acordo com o instituto
Gallup.
Menos de 20 anos depois, acontece o inverso: mais de dois terços apoiam a união
homossexual, enquanto menos de um terço se opõe.
Os pesquisadores afirmam que mais de 10% dos adultos LGBT estão casados com um
cônjuge do mesmo sexo - e que essa visibilidade está ajudando a derrubar a resistência de
algumas pessoas em relação a seu estado civil, assim como contribuindo para superar
atitudes homofóbicas.