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ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA MARIA AMÁLIA CARDOSO

SOCIOLOGIA

CAMILI SILVEIRA, JHENNYFER MACHADO, JULLIA BITENCOURT

HOMOFOBIA

GOVERNADOR CELSO RAMOS, SC


2023
Introdução

Esse trabalho tem como objetivo apresentar o significado das orientações sexuais
alheia o preconceito com as escolhas, direitos e consequências.
O QUE É HOMOFOBIA?

Homofobia significa aversão irreprimível, repugnância, medo, ódio ou preconceito


que algumas pessoas ou grupos nutrem contra os homossexuais, lésbicas,
bissexuais e transexuais. A homofobia pode ter causas culturais e religiosas e
algumas etnias ou religiões assumem mais tendências homofóbicas. Apesar disso,
mesmo entre estes grupos existem aqueles que defendem e apoiam os direitos dos
homossexuais. Ainda hoje, alguns países aplicam a pena de morte como
condenação para quem é homossexual, como Irã, Afeganistão e Arábia Saudita.

A homofobia é considerada um tipo de intolerância, assim como o racismo, o


antissemitismo e outras formas que negam a humanidade e dignidade às pessoas.
Desde 1991, a Anistia Internacional considera a discriminação contra os
homossexuais uma violação aos direitos humanos. A Organização das Nações
Unidas (ONU) reconhece o dia 17 de maio como o Dia Internacional contra a
Homofobia (International Day Against Homophobia). A data comemora a exclusão
da homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID) da
Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre 1948 e 1990, a homossexualidade
(que era chamado de “homossexualismo”) era considerada um transtorno mental. A
homofobia é causada por diversas questões culturais, sociais e até políticas. Ela
pode se manifestar nas práticas religiosas e também institucionalmente, como nos
casos em que os direitos fundamentais dos homossexuais são violados por conta da
sua orientação sexual. O combate a homofobia se dá, principalmente, através de
ações de conscientização da população que visem o combate à intolerância.

HOMOFOBIA NO BRASIL

Pelos dados divulgados por órgãos de pesquisa e de proteção à população LGBT, o


Brasil conta com um grande número de denúncias de crime de homofobia. De
acordo com a Fundação Getúlio Vargas, as violências contra homossexuais mais
denunciadas são:

Atos de discriminação;

Violência física;

Violência psicológica;

Violência sexual.
MORTES DE HOMOSSEXUAIS NO BRASIL

Pelos números publicados, o Brasil é um dos países que mais registra mortes de
pessoas LGBT. São Paulo, Bahia e Pará são os estados com o maior número de
ocorrências. Em 2021, houve no Brasil, pelo menos 316 mortes violentas de
pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersexo
(LGBTI+). Esse número representa um aumento de 33,3% em relação ao ano
anterior, quando foram 237 mortes. Os dados constam do Dossiê de Mortes e
Violências contra LGBTI+ no Brasil.

REPRESENTAÇÕES DE HOMOFOBIA

Assim, podemos entender a complexidade do fenômeno da homofobia que


compreende desde as conhecidas “piadas” para ridicularizar até ações como
violência e assassinato. A homofobia implica ainda numa visão patológica da
homossexualidade, submetida a olhares clínicos, terapias e tentativas de “cura”.

A questão não se resume aos indivíduos homossexuais, ou seja, a homofobia


compreende também questões da esfera pública, como a luta por direitos. Muitos
comportamentos homofóbicos surgem justamente do medo da equivalência de
direitos entre homo e heterossexuais, uma vez que isso significa, de certa maneira,
o desaparecimento da hierarquia sexual estabelecida, como discutimos. Podemos
entender então que a homofobia compreende duas dimensões fundamentais: de um
lado a questão afetiva, de uma rejeição ao homossexual; de outro, a dimensão
cultural que destaca a questão cognitiva, onde o objeto do preconceito é a
homossexualidade como fenômeno, e não o homossexual enquanto indivíduo.

DIREITOS GARANTIDOS NO BRASIL

No Brasil, a união estável entre duas pessoas do mesmo sexo foi reconhecida
legalmente pelo Supremo Tribunal Federal em maio de 2011. Já em 2013, o
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou e regulamentou o casamento civil gay
no Brasil. Atualmente, casais homossexuais possuem os mesmos direitos e deveres
que um casal heterossexual no país, podendo se casar em qualquer cartório
brasileiro, mudar o sobrenome, adotar filhos e ter participação na herança do
cônjuge. O cartório que se negar a realizar um casamento entre pessoas do mesmo
sexo pode ser punido. Os casais que já possuíam a união estável também podem
alterar o status para casamento civil.

QUAL É O MAIOR MOTIVO DA HOMOFOBIA NO MUNDO?

O fato que desencadeou esse preconceito na sociedade, as consequências na


atualidade, e as possíveis soluções para amenizar essa dificuldade social. O método
usado para a presente pesquisa foi o Dedutivo e consistiu em partir de uma
premissa maior para uma premissa menor, chegando-se a uma conclusão a partir de
pesquisas. Após as afirmações e conclusões chegadas através da presente
pesquisa, podemos afirmar que a homofobia é um problema social que nasceu com
a mudança de comportamento do ser humano devido a religiosidade e o moralismo
gerando um incomodo por não aceitarem a sexualidade alheia, por isso seria de
extrema necessidade a existência de projetos educacionais contra a discriminação
principalmente para crianças e adolescentes, pois assim evitaria que as novas
gerações fossem alvos de autorias desse ato ilícito, e conscientizações com todos
os outros componentes da sociedade, para que eles possam entender a
inofensividade da homossexualidade e a gravidade junto aos riscos desse
preconceito. Ademais, para a legislação seria necessário a criação de uma lei que
tipificasse essa única conduta como um ato ilícito de modo explícito, enquadrando
de modo evidente a criminalização da homofobia com penas detentivas, e multas ou
a prestação de serviços a entidades que trabalhassem com os LGBTS.

A HOMOFOBIA TEM REFLEXOS DIVERSOS NA SOCIEDADE:

De crimes de ódio contra a população LGBT a dificuldade de acesso à saúde e ao


cuidado. No mundo interno, aquele que diz respeito à subjetividade de cada
indivíduo, a discriminação também produz efeitos complexos.

POR QUE É IMPORTANTE FALAR SOBRE LGBT FOBIA?

No entanto, a reflexão política, econômica e sociocultural brasileira é necessária


para entender que o corpo e o pensamento sobre o comportamento considerado
desprezível dos LGBTQIAP+ foi construído sócio-historicamente. No Brasil, este
passado histórico vem desde a época da colonização, nos séculos XVI, XVII e XVIII.
A chegada do homem branco europeu veio com uma ideia de controle dos corpos e
dos comportamentos, tomando a sexualidade uma das pautas principais a serem
tratadas, uma vez que os nativo-brasileiros e os primeiros colonizadores (o povo
considerado criminoso e vulgar foi o primeiro a ser enviado para as terras
brasileiras) eram considerado um povo profano e hipersexualizado, “havendo a
necessidade de mudar esta situação”. Com isso, há um elo entre LGBTfobia,
sexismo e racismo, em que os negros, mulheres e homossexuais são considerados
uma ameaça à ordem institucional, aos bons costumes, às tradições religiosas. Esta
ideia estabeleceu um padrão físico e comportamental, o qual os indivíduos que não
seguissem eram rotulados como “anormais”. Essa “anomalia” é, como vimos,
relacionada a restrições “legalmente” impostas, segregando, perseguindo,
prendendo ou sendo o Estado omisso com os assassinatos. Desta forma, a
discussão sobre LGBTfobia torna-se imprescindível para quebrar uma visão de
heteronormatividade criada sócio-historicamente.

IMPACTOS DA HOMOFOBIA NO ACESSO E PERMANÊNCIA NA EVASÃO


ESCOLAR

A violência vivenciada pelos educandos, em razão das orientações sexuais e


identidades de gênero diferentes do modelo heteronormativo, resultam, para muitos
destes sujeitos, em experiências traumáticas e pode ser tão perversa que os levam
ao abandono da escola aumentando os índices da evasão escolar. Este processo
representa um prejuízo educacional para o estudante LGBT comprometendo sua
formação escolar e pessoal. Apresenta um percurso histórico da experiência
homossexual em outros períodos, desde as sociedades da antiguidade, e como o
pensamento religioso cristão foi determinante para a mudança de comportamento e
conceituação das possibilidades de vivência da sexualidade e a influência destes
preceitos na escola. Faz uma análise do princípio do direito à educação na
perspectiva dos Direitos Humanos e aponta criticas quanto à eficácia na sua
garantia. Por fim, discorre sobre a importância do movimento social na luta por
marcos legais e políticas públicas que garantam direitos e o exercício da cidadania
da população LGBT.

COMO A HOMOFOBIA AFETA A SAÚDE MENTAL


A Mental Health Foundation, instituição de promoção à saúde mental do Reino
Unido, afirma que, segundo estatísticas, pessoas homossexuais e transexuais estão
mais suscetíveis a doenças psiquiátricas do que heterossexuais. Os motivos?
Desigualdades, desvantagens sociais e discriminação. Estudos revelam que
membros da comunidade LGBTQIA+ são mais propensos a experimentar uma série
de problemas de saúde mental. Depressão, ansiedade, pensamentos suicidas,
automutilação e abuso de álcool e substâncias são alguns exemplos recorrentes.
Essa prevalência pode ser atribuída a diversos fatores, entre eles discriminação,
isolamento e homofobia.

COMBATER O PRECONCEITO

Não bastam só leis e campanhas educacionais. Combater o preconceito e a


discriminação demanda, antes de tudo, uma admissão interior de cada um de nós: a
de que todos nascemos com a capacidade de classificar, por isso, de criar
estereótipos. Mas estereotipar é só isso, classificar por semelhanças. O preconceito
se refere aos juízos de valor que colocamos nestes estereótipos. Tomar consciência
disso nos permite escolher se agimos ou não seguindo os nossos juízos de valor, e
ainda nos faz entender o mecanismo por trás do preconceito do outro. Isso faz toda
a diferença em nosso posicionamento individual e também na elaboração de
políticas públicas de estímulo à inclusão e à diversidade.

O SIGNIFICADO DA SIGLA LGBTQIA+

L = Lésbicas

São mulheres que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja,
outras mulheres.

G = Gays

São homens que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outros
homens.

B = Bissexuais

Diz respeito aos homens e mulheres que sentem atração afetivo/sexual pelos
gêneros masculino e feminino.
Ainda segundo o manifesto, a bissexualidade não tem relação direta com poligamia,
promiscuidade, infidelidade ou comportamento sexual inseguro. Esses
comportamentos podem ser tidos por quaisquer pessoas, de quaisquer orientações
sexuais.

T = Transgênero

Diferentemente das letras anteriores, o T não se refere a uma orientação sexual,


mas a identidades de gênero. Também chamadas de “pessoas trans”, elas podem
ser transgênero (homem ou mulher), travesti (identidade feminina) ou pessoa não-
binária, que se compreende além da divisão “homem e mulher”.

Q = Queer

Pessoas com o gênero ‘Queer’ são aquelas que transitam entre as noções de
gênero, como é o caso das drag queens. A teoria queer defende que a orientação
sexual e identidade de gênero não são resultado da funcionalidade biológica, mas
de uma construção social.

I = Intersexo

A pessoa intersexo está entre o feminino e o masculino. As suas combinações


biológicas e desenvolvimento corporal – cromossomos, genitais, hormônios, etc –
não se enquadram na norma binária (masculino ou feminino).

A = Assexual

Assexuais não sentem atração sexual por outras pessoas, independente do gênero.
Existem diferentes níveis de assexualidade e é comum essas pessoas não verem as
relações sexuais humanas como prioridade.

+ O símbolo de “ mais ” no final da sigla aparece para incluir outras identidades de


gênero e orientações sexuais que não se encaixam no padrão cis-heteronormativo,
mas que não aparecem em destaque antes do símbolo.

Além dessas letras, que são as mais comuns, atualmente, há algumas correntes que
indicam para uma sigla completa. É composta por: LGBTQQICAAPF2K+ (Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queer, Questionando, Intersexuais, Curioso,
Assexuais, Aliados, Pansexuais, Polissexuais, Familiares, 2-espíritos e Kink).

CONCLUSÃO

Com este trabalho podemos dizer que concluímos a seguinte informação,


O preconceito está diretamente ligado ao fato de outros indivíduos não aceitarem
aquela pessoa, ou seja, tem relação com a preterição, onde em diversos casos a
pessoa é colocada de lado, muito como nas agressões escolares e pessoas obesas,
ou observadas como “diferentes”. Além disso, apesar de ser uma construção
genética, as questões de gênero devem passar por uma conscientização em todos
os setores, pois independente do “certo” ou “errado” ao escolher a opção sexual,
ninguém deve ser maltratado, espancado ou perder seu direito de voz,
pois devemos estar em pé de igualdade, respeitando o próximo.

BIBLIOGRAFIA

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https://www.ecycle.com.br/consequencias-da-homofobia/
https://www.fundobrasil.org.br/blog/o-que-significa-a-sigla-lgbtqia/

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