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1 Este documento foi promulgado pelo Papa João Paulo II e foi chamado de “Catecismo da
Igreja Católica” (Catecismo, 2005).
2 A era Vitoriana durou de 1837 a 1901, durante o reinado da rainha Vitória, na Inglaterra
(Morais, 2004).
3 Existem divergências quanto ao ano em que a homossexualidade deixou de ser considerada doença pela
APA, há autores que apontam para o ano de 1973 enquanto outros, o ano de 1974. Para Kaplan, Sadock e
Grebb (1997), na obra “Compêndio de Psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clínica”, o ano
corresponde a 1973, já Roudinesco (2006), em sua obra “A Família em Desordem”, e Edgar Gregersen
(1983), em seu livro “Práticas Sexuais: a história da sexualidade humana”, o ano seria 1974.
3) “Se a criança for Não há relação direta entre a orientação sexual dos pais, seja
criada por homossexuais, ela esta homossexual, bissexual ou heterossexual, e a que os filhos
também será homossexual”. terão na vida adulta;
tipo de papel sexual: paterno ou tanto por homens quanto por mulheres, na sociedade em geral.
materno”.
Quadro 1 – Resumo dos Mitos sobre a Homoparentalidade e seu s esclarecimentos a partir da análise
da literatura consultada. Fonte: Farias e Maia (2009, p.89- 90).
REFERÊNCIA: Stacey, J. & Biblarz, T. J. How Does the Sexual 2001. Orientation of parents
matter? 4 In American Sociological Review, 66, 159-183. Disponível em:
www.france.qrd.org/assocs/apgl
4 Tradução livre do título: "A orientação sexual dos pais importa?". O estudo é constituído
da revisão de 21 estudos na área de Psicologia que foram realizados entre 1981 e 1998.
Considerações Finais
Percebemos que as regras acerca da sexualidade sempre estiveram presentes na
História, mas nem sempre o modo de lidar com a homossexualidade foi o mesmo. Na
Antigüidade havia aprovação para a relação entre dois homens, desde que respeitadas as
regras de diferenças de status social. As religiões politeístas também lidavam de forma mais
positiva com as manifestações sexuais de forma geral. Começa-se a verificar uma mudança
no modo de olhar para a homossexualidade com o fortalecimento do Cristianismo, em que
se deveria condenar todo ato sexual que não fosse exclusivo para a procriação e dentro do
casamento. Já no século XIX a Ciência se apoderou das explicações religiosas sobre a vida
humana e justificou com teorias aqueles comportamentos considerados desviantes, ou seja,
patológicos, dentre eles a homossexualidade. Somente com a força de movimentos sociais e
de pensadores que contestavam essa visão da homossexualidade foi possível retirá-la da
categoria diagnóstica de doença, na década de 70. Todos estes fatores históricos
contribuíram para o conceito social atual de homossexualidade, ou seja, para muitas
Farias, M. O. (2010) Myths atributed to homosexual people and the prejudice related to
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