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Biologia 12º ano

Ano letivo 2020/2021

Sexualidade
e Religião
Sexualidade: Mitos e
Realidades

Trabalho realizado por:


David Caria Nº6
Diogo Santos Nº7
Hugo Almeida Nº9
Paulo Lopes Nº16
Roberto Fernandes Nº19

 
Índice

Sexualidade e Religião.........................................................................................0

Introdução.............................................................................................................1

Religião e sexualidade: uma viagem na história e na filosofia.............................3

O sexo é pecado?.................................................................................................4

Posições de algumas religiões em relação à sexualidade...................................4

Conclusão.............................................................................................................6

Sexualidade: Mitos e realidades...........................................................................6

Masturbação é uma doença e um pecado?......................................................6

Se houve sexo, houve orgasmo........................................................................7

O homem sempre deve estar apto e pronto para o sexo?...............................7

A pornografia causa disfunções sexuais nos homens mais jovens..................8

Bibliografia:...........................................................................................................8

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Introdução

A religião tem para os seres humanos uma importância significativa. Seja


qual for à crença, não podemos ignorar que ela tem exercido forte influência
sobre o comportamento e consequentemente, sobre a sexualidade humana. É
de grande utilidade ter noções sobre a sexualidade na visão da religião numa
perspetiva histórica, de forma a facilitar o conhecimento em relação a seus
valores, problemas, medos, conflitos, entre outros.
De formas diferentes, mas sempre se apresentando como um foco de
intensa elaboração, a sexualidade desperta interesse às religiões e é um ponto
importante de preocupações éticas discutidas pelos teólogos. Além disso, a
religião tem sido no decorrer da história, um fator determinante sobre a
sexualidade humana, ora impondo regras rígidas, em outros momentos
procurando orientar o ser humano nessa dimensão tão importante da vida.

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Religião e sexualidade: uma viagem na história e na
filosofia

A religião em relação à sexualidade tem sido um instrumento ideológico e


político-social, de forma que tem orientado os indivíduos para uma moral, na
maioria das vezes, negando sua sexualidade.
O cristianismo surge do sincretismo das tradições judaicas e neoplatônicas.
A religião cristã torna-se sinônimo de doutrina ética, o guia moral que dá
unidade às diversas comunidades. A ética fundamenta-se a partir da seguinte
conceção metafísica: Deus criador, os Mandamentos de Deus, a desobediência
é igual a pecado. o homem pecador deve buscar a salvação. A visão
teocêntrica faz os valores religiosos impregnar as conceções éticas e os
critérios de bem ou de mal acham-se vinculados à fé e dependem da
esperança da vida pós-morte. A consequência disso é a regulação do
comportamento moral no mundo material para ser premiado (felicidade,
liberdade) no mundo imaterial após a morte física. Como a sexualidade está no
âmbito material é, portanto, fonte de pecado e deve-se ficar afastado de suas
“tentações”. É necessário levar uma vida simples e afastada dos prazeres e
desejos.
A maior exceção vem dos orientais que se pautaram pelas orientações
religiosas do Taoísmo, Budismo e Confucionismo que têm uma relação no que
se refere à sexualidade sem a força repressora como as Igrejas cristãs, desta
forma a sociedade oriental sempre foi muito mais livre e natural que a
ocidental.
As religiões e filosofias orientais baseiam-se sempre no equilíbrio e
complementaridade entre princípios opostos, simbolizados principalmente pelo
"feminino" (yin) e "masculino" (yang). As mulheres têm um inesgotável
suprimento de Yin enquanto o homem tem uma limitada quantidade de Yang.
Isso pode ser compensado no ato sexual: o homem retardando o orgasmo e
proporcionando o máximo de prazer à mulher em múltiplos orgasmos, absorve
grande parte da energia Yin de sua companheira.

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O sexo é pecado?

Em algumas crenças religiosas o ato sexual visa somente a reprodução,


tornando pecado quaisquer outros motivos para ser praticado. É importante
respeitar as crenças religiosas de qualquer pessoa, porém muitos sentem-se
culpados, infelizes quando o praticam ou sentem prazer em fazê-lo,
provocando em casos extremos algumas disfunções sexuais.
Neste sentido, precisamos compreender que o sexo é algo natural e
necessário, que todas as espécies realizam e nem sempre com a finalidade da
procriação.
Da mesma forma, por muito tempo a masturbação foi considerada pecado,
e por isso foi-se criando muitos mitos e tabus sobre ela, como o crescimento de
pelos nas mãos e no corpo, a aquisição de doenças mentais e neurológicas,
como epilepsia e esquizofrenia.
Porém, a masturbação tem muitos benefícios e é essencial para a
realização sexual de um adulto, porque através da masturbação tanto homens
quanto mulheres conhecem o seu próprio corpo e descobrem o que lhe dão
prazer e como eles sentem prazer.

Posições de algumas religiões em relação à sexualidade

Interessa-nos verificar como diferentes religiões lidam com o tema da


sexualidade na sociedade. Entendemos que quando a religião se posiciona em
um determinado tema (a sexualidade é um deles) explicita uma visão de
mundo. Perspetivas doutrinárias e cosmológicas estão em jogo além de suas
tradições religiosas. Tudo isso trás consequências sociais e políticas. O desafio
que aqui se coloca diz respeito ao impasse referente a conciliar diferentes

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convicções com as responsabilidades sociais atuais. Expomos aqui um
panorama geral de posições religiosas sobre a sexualidade.
Em geral as religiões cristãs têm posições bastante semelhantes. Já as
religiões não-cristãs chamam a atenção em alguns pontos tais como:

 O Kardecismo, por exemplo, “é livre a escolha dos métodos


contracetivos, desde que não lesem o plano físico. Em relação a sexo
antes do casamento existe o consenso de que a união de duas pessoas
tem de ocorrer sem formalidades, o homossexualismo é aceito”

 O Judaísmo é a mais antiga das três principais religiões monoteístas (as


outras duas são o cristianismo e o islamismo). É neutro quanto ao sexo
antes do casamento; é condenado o casamento com adeptos de outras
religiões; há condenação do adultério; a prática da masturbação e as
variações sexuais são liberadas, exceto o sexo anal, que é proibido; em
relação aos contracetivos, são aconselhados os métodos naturais
(tabelinha), não sendo aceitos os artificiais; em relação a disfunções
sexuais, deve-se procurar primeiro o rabino, que poderá sugerir uma
terapia.

 A religião islâmica tem crescido nos últimos anos (atualmente é a


segunda maior do mundo) e está presente em todos os continentes.
Porém, a maior parte de seguidores do islamismo encontra-se nos
países árabes do Oriente Médio e do norte da África. Para os
muçulmanos “sexo antes do casamento é proibido; existe uma
valorização da virgindade masculina e feminina; (...); são contra o
aborto; são contra qualquer método contracetivo; é proibido o adultério;
é proibida a masturbação; vínculo sexo-reprodução é notoriedade”.

 No Budismo a prática de sexo em geral tem que ser bem regrada,


baseada em respeito e confiança mútuos, tudo é permitido, desde que
não haja prejuízo físico. O sexo não pode ser exclusivamente para a
procriação. “Nós temos inúmeras zonas erógenas, diferente de muitos
animais, que apresentam um período de cio para se acasalarem. Além

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disso, somos capazes de ser sexualmente ativos por toda a existência,
como por exemplo, após a menopausa feminina.”

 A Igreja Católica tem tido uma postura dita retrógrada por muitos em
relação à sexualidade, porém para outros esta postura seria necessária
nos tempos atuais em virtude de uma liberação sexual. Mas tem sido
pouco clara em relação aos crimes de pedofilia, no entanto mantém a
sua firme negação do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e a
reafirma o sexo como objetivo apenas de reprodução.

Conclusão

Concluindo com este trabalho procuramos realmente fazer uma viagem pela
história da sexualidade desde os povos da Antiguidade até Idade Média, onde
o destaque é o cristianismo que normatiza a sexualidade a qual passa a ser
vista como pecado e esta visão de mundo medieval influenciou definitivamente
a nossa moral sexual.

Sexualidade: Mitos e realidades

Masturbação é uma doença e um pecado?

A masturbação é um comportamento absolutamente normal e pode estar


presente em qualquer idade. As fantasias vinculadas a ela e o ato em si são
fontes de culpa universais. É muito importante que os pais possam permitir
esse comportamento em seus filhos, oferecendo a privacidade necessária a
eles, evitando que suas próprias vergonhas e repressões afetem o início da
vida sexual de suas crianças.
Evite propagação de mitos como os que dizem que quem se masturba fica
louco, epilético, esquizofrênico e com um anormal crescimento de pelos nas
mãos.

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É necessário enfatizar que a masturbação é um ensaio essencial para a
realização sexual de um adulto.
Deve-se sempre respeitar a crença religiosa das pessoas, mas também
saber que a masturbação já foi considerada pecado religioso no que tange ao
desperdício de sêmen (esperma). Na religião, o ato sexual deveria sempre
visar a reprodução, a geração de mais filhos.

Se houve sexo, houve orgasmo

Aqui, as pessoas acreditam que toda relação sexual termina no


orgasmo de ambas as partes, o que nem sempre é verdade. Outro mito
bastante vinculado à masculinidade, o problema aqui é que para a
maioria das pessoas o orgasmo ocorre apenas no momento da
ejaculação masculina.
Estudos demonstram que 29% das mulheres não alcançam o
orgasmo em suas relações. Portanto, é preciso estar atento à satisfação
do parceiro, pois sexo não é sinônimo de orgasmo.

O homem sempre deve estar apto e pronto para o sexo?

Existe uma cobrança e uma exigência social que impõe ao homem uma
postura de urgência ao sexo. Ele sempre deve "estar a fim" (no sentido de
obrigação mesmo). Não será uma carga muito grande sobre os ombros dele? A
verdade é que isso também é um mito. O homem nem sempre está disponível
para o sexo. Existe uma tendência conforme a idade e as características
individuais de cada um. Normalmente o jovem tem maior disposição ao sexo.
Tem mais apoio social para procurar alívio sexual que a jovem mulher.
Na puberdade, apresenta maior frequência de atividade sexual e de
masturbação quando comparado á mulher de mesma idade. Tem o período
refratário curto (vide Ciclo da Resposta Sexual Humana) e ansiedade constante
em ejacular. No homem mais velho, o período refratário aumenta, tal como a
saciedade (satisfação sexual plena após atividade sexual).

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Cedo pela manhã, devido a um específico estágio do sono, há maior
tendência de se ter ereções (as chamadas "tesão do mijo"). Mas ao longo do
dia, a vontade sexo pode variar e até pode ser absolutamente normal um
homem não apresentar desejo sexual algum. Só surge problema quando ele
encuca.
A pornografia causa disfunções sexuais nos homens mais jovens.

Há uma histeria contra a pornografia na nossa cultura e, na realidade, os


homens masturbam-se mais do que há uns anos. Mas não há nenhum estudo
que prove que a pornografia possa levar à disfunção erétil", explica Ian Kerner.
A disfunções eréteis podem ser psicológicas ou fisiológicas e nos mais
jovens é, normalmente o último. "Quando isto acontece, muitos homens
pensam se poderá ter a ver com o facto de verem porno e essa ansiedade
advém da publicidade negativa que os media fazem à pornografia e à ideia de
que é um vício.

Bibliografia:

https://formacao.cancaonova.com/afetividade-e-sexualidade/dependencia-
sexual/por-que-a-masturbacao-e-pecado/ (Mitos e realidades – visitado dia
20/11/2020)
https://magg.sapo.pt/relacionamentos/sexo/artigos/especialistas-revelam-os-10-
mitos-sobre-sexo-que-andam-a-enganar-os-adultos (Mitos e realidades –
visitado dia 20/11/2020)

https://www.huffpostbrasil.com/2020/03/31/6-coisas-que-voce-provavelmente-
nao-sabia-sobre-a-sexualidade-e-s_a_21690104/ (Religião e sexualidade –
visitado dia 20/11/2020)

https://www.huffpostbrasil.com/a-sexualidade-e-a-religi%C3%A3o-
arquivos/728-4.pdf (As diferentes religiões e sexualidade – visitado dia
20/11/2020)

http://www.clam.org.br/destaque/conteudo.asp?infoid=436&sid=11 (Religião e
sexualidade – visitado dia 20/11/2020)

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