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2.4.1. O impacto ético cristão do uso dos contraceptivos na saúde reprodutiva .............. 4
4. Conclusão ..................................................................................................................... 9
1.1. Objectivos
1.2. Geral
1.3. Especifico
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2.O Pensamento da igreja católica em questões de Bioética
A - Reprodução natural
O ser humano começa a existir quando no acto sexual o óvulo que sempre tem o
cromossoma X fica fecundado pelo espermatozóide que tem ou cromossoma X ou Y,
resultando numa menina - XX, ou num rapaz -XY, dependendo do tipo de espermatozóide
que fecunda o óvulo.
O relacionamento íntimo do casal condiz plenamente com a vontade de Deus e nada tem
de pecaminoso. Deus instituiu a família e ordenou a procriação. É preciso ter em mente
que a única finalidade da união sexual não é a procriação “esta é a primeira e mais
importante, a outra finalidade da união sexual é contribuir para o ajustamento do casal”.
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A ideia de que o sexo foi feito exclusivamente para a procriação não nos parece ter origem
na Bíblia e muito menos no cristianismo, mas em outras religiões antigas Lima, (1986, p.
153).
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b) Pederastia ou Pedofilia actividade sexual entre um(a) adulto(a) e um(a) menor
(Peschke,
1989, 454).
c) Zoofilia – coito com um animal
d) Sadismo – prazer sexual conseguido mediante crueldade exercida sobre o outro.
e) Masoquismo – prazer sexual conseguido mediante suporte da crueldade e humilhação.
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Alguns religiosos tomam ao pé da letra a expressão de Génese. 1:28 (“frutificai e
multiplicai-vos e enchei a terra.”) e fazem uma exegese de Génese. 3:16 (“Multiplicarei
grandemente a tua dor e a tua conceição com dor terás filhos...”) querendo provar que a
maternidade pode apagar os pecados da mulher. (“E será salva através do dar à luz”).
Como a experiência religiosa é repassada para as novas gerações não apenas pela
escritura, mas também pela tradição, pelos líderes religiosos e pela própria família, é
imperioso que a sociedade moderna e seus organismos tanto religiosos quanto os de saúde
despertem para a necessidade premente de desmistificar essa questão para que a mulher
possa fazer uso do seu corpo e também escolher livre e conscientemente por um método
anticoncepcional que melhor se adapte a sua condição de vida religiosa e sociocultural.
Dizia Bispo (2000, p. 20) que devemos fazer hermenêutica bíblica de género dizendo:
“Deve partir das coisas vividas, do concreto, do quotidiano no ser e viver como mulher e
homem-prazer: do bem-estar, da vitalidade, do doar, a alegria do abraço, do beijo, da
carícia, do êxtase; -No gerar vida tendo ou não filhos”. Esse assunto é palpitante, mas a
motivação principal é a situação social em que se encontram muitas mulheres de nossa
sociedade. Assim, pretendemos, contribuir para um despertar de consciência que
promova libertação e melhores condições de vida para essas mulheres.
O aborto provocado pode ser terapêutico ou por outros motivos. O aborto terapêutico é
interrupção da gravidez para salvar a vida salvável da mãe ou da criança, trata-se daqueles
casos em que se deve escolher entre deixar as duas vidas morrer ou salvar uma das duas
vidas (Häring, 1982, p.32). A Igreja apenas condena o aborto provocado por outros
motivos que não sejam a questão terapêutica.
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Métodos interceptivos: (anti-anidatórios, anti implantados): impedem que o
óvulo fecundado chegue a se implantar no útero, provocando assim sua
destruição; DIU.
Métodos esterilizantes: causam a infecundidade permanente, embora não
necessariamente irreversível a laqueadura e vasectomia.
Métodos propriamente anti conceptivos: interrupção do ato sexual. Método
Billings. Métodos de barreira e preparados hormonais”. Vidal, (2002, p. 251)
A Igreja Católica aceita que os seus fiéis usem só os métodos denominados naturais. O
próprio Papa Paulo VI se pronunciou na, Popular um Progressivo, Vidal, (2002, p. 68)
escrita a fim de esclarecer que a Igreja Católica, não era a favor de uma corrida
demográfica, mas de um equilíbrio. Internacionalmente, católicos e não católicos, foram
usando qualquer método desde que não fosse abortivo, pois as Igrejas evangélicas se
omitiram sobre o assunto ou pelo menos deixaram de pronunciar em um documento
escrito, deixando os seus fiéis na dúvida ou sobre a orientação de leigos e não de suas
lideranças religiosas. A encíclica que foi citada acima, à primeira vista, têm a ver com os
cristãos católicos, mas os cristãos de outras denominações, inclusive a Igreja Assembleia
de Deus, têm muitos costumes e tradições que coincidem com os ensinos e as tradições
do catolicismo e um deles diz respeito à sexualidade.
De Leão XIII a João Paulo II, da Rerum Novarum à Centessimus Annus, decorreu um
século de reflexão sobre a Doutrina Social da Igreja. Passados hoje mais de cem anos
desse pensamento social, é possível identificar certa periodização, a qual aponta para uma
inegável evolução no tempo. Embora cientes de que todo corte histórico é arbitrário, não
será difícil perceber determinadas etapas no percurso da DSI. Seguindo aproximadamente
o esquema de Camacho, podemos falar em cinco períodos em que a doutrina social e a
história do ocidente apresentam inquestionável correspondência. O primeiro período é o
próprio contexto do surgimento da DSI, no final do século XIX e início do século XX.
Como já ficou claro, a Igreja está diante de duas ameaças: o liberalismo e o comunismo.
De um lado, os males provocados por uma economia centralizada na maximização do
lucro e na acumulação capitalista. Destacam-se nesse quadro, entre outras coisas, a
exploração do trabalho, as precárias condições de habitação e salubridade, o uso
indiscriminado da mão-de obra infantil e feminina, os baixos salários, as longas penosas
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jornadas de trabalho e os deslocamentos humanos de massa. Em rumo, e o cenário já
descrito referente as consequências da revolução industrial. À produção e a produtividade
dão salto nunca visto na historia, mas a grande maioria da população fica a margem desse
progresso. E o que leva a solicitude pastoral de leão XIII a preocupar se com a condição
dos operários.
«A missão própria que Cristo confiou à sua Igreja não é de ordem política,económica e
social. Pois a finalidade que Cristo lhe prefixou é de ordem reli giosa.Mas, na verdade,
desta mesma missão religiosa decorrem benefícios, luzes e
forçasque podem auxiliar a organização e o fortalecimento da comunidade humanasegu
ndo a Lei de Deus» ( Gaudium etspes, n. 42).
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3.2. .Doutrina social da igreja: história e desafios
Um rápido olhar sobre dois textos bíblicos pode nos dar uma ideia do que
significaretomar o estudoda DSI. O primeiro é do evangelista Lucas: Jesus encontra-se
recolhido num lugar à parte e, sob a insistência dos discípulos, ensina o Pai-nosso
(Lc11,1-4). No segundo texto, o evangelista Mateus faz um breve resumo das actividades
de Jesus (Mt 9,35-38). No primeiro caso, Jesus está na montanha em oração; no segundo,
Jesus “percorre as cidades e aldeias”, compadecendo-se das multidões “cansadas e
abatidas”.
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4. Conclusão
Dessa maneira, observa-se que a Igreja Católica produz as categorias, produz a expertise
para defendê-las em termos não doutrinais, mas sim científicos e jurídicos, e coloca essas
categorias em circulação, utilizando-se de todo o seu aparato institucional na
disseminação dessas concepções. Quando essas questões são colocadas em pauta nas
agendas nacionais, a Igreja Católica já está preparada para dar início às mobilizações.
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5. Referências bibliográficas
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