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NOSSA HISTÓRIA
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Sumário
Introdução .................................................................................................................. 4
A psicopatia ...................................................................................................................... 16
Sexologia ................................................................................................................. 22
Referências .............................................................................................................. 27
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Introdução
Sexualidade normal e patológica são questões que pretendemos discutir ao
longo desse caderno.
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Georges Canguilhem1 será um dos nossos guias ao longo do caderno, por
vários motivos, mas que simplificamos nesses excertos:
história da ciência, publicou obras importantes sobre a constituição da biologia como ciência, sobre
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Enfim, nosso caminho ao longo do caderno passa por reflexões e
discernimento acerca de sexo e sexualidade; ponderações sobre normalidade e o
comportamento sexual normal que envolve as fases da resposta sexual humana.
Deixamos para o final alguns comentários sobre a Sexologia, ciência que tem
por objeto o estudo da sexualidade e dos problemas fisiológicos ou psíquicos com
ela relacionados.
Sexo x sexualidade
Muitas pessoas acham que ao falar de sexualidade estamos falando de sexo,
mas é importante entender que sexo se refere a definição dos órgãos genitais,
masculino ou feminino, ou também pode ser compreendido como uma relação
sexual, enquanto que o conceito de sexualidade está ligado a tudo aquilo que somos
capazes de sentir e expressar.
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Figura 3 – Sexo x Sexualidade
O sexo também representa uma taxa populacional, uma vez que separa a
espécie humana em duas, cada uma com diferentes tarefas e exercícios específicos.
Os homens têm uma estrutura ou musculatura maior, rugosidade, menos emocional,
enquanto a mulher tem características físicas e emocionais mais sutis que dão o
toque feminino característico. O sexo devidamente dito é desenvolvido a partir dos
órgãos sexuais, o aparelho genital como meio de reprodução de ambos os seres
vivos, o sexo reprodutivo de acordo com seu gênero ou raça para expandir
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E a sexualidade?
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Sim, afinal a sexualidade está presente deste quando nascemos até nossa
morte, o que irá acontecer é que a sexualidade humana pode se transformar ao
longo dos anos, dependendo das experiências que as pessoas se permitem
vivenciarem. Sendo assim, é possível entender a sexualidade como uma
característica dinâmica e não estática, imutável, ou seja, assim como os cabelos
mudam de cor e de textura ao longo dos anos, a sexualidade também muda
conforme o tempo passa. A maneira como nos sentimos atraídos pelas outras
pessoas também pode mudar em intensidade, em orientação e em identidade, ao
longo da vida e de acordo com as vivências que os indivíduos se permitem
(REPROLATINA, 2017).
Normalidade e patologicidade
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Figura 4 – Normal e patológico
Os autores dizem que sexo sadio é aquele que satisfaz todos que dele
participam e, normal, é o sexo que não causa sofrimento. É uma colocação bastante
explicativa. Assim sendo, falar em problemas sexuais ou transtornos da sexualidade
implica, primeiramente, em algum acontecimento incomum, ou seja, estatisticamente
não-normal e, em segundo e principalmente, em algum acontecimento capaz de
causar sofrimento ou prejuízo na pessoa ou em outros.
um sujeito sadio.
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c) Normalidade estatística. O normal é aquilo que se observa com mais
frequência.
Segundo Canguilhem (2010) é para além do corpo que se deve olhar para se
julgar o normal e o patológico para este mesmo corpo. O que adoece não são
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Dalgalarondo (2008) nos apresenta critérios que podem ser de ordem
quantitativa ou qualitativa. Ressalta, ainda, que nenhum destes critérios consegue
compreender a totalidade do sofrimento psíquico. Porém para a Psicanálise, a
anormalidade só pode ser diagnosticada ou conceituada levando-se em
consideração diferentes critérios de referência, baseados nos contextos culturais,
históricos, etários e sociais do sujeito que sofre. Freud, em vários momentos da sua
obra, comenta a respeito de um contínuo entre a normalidade da vida psíquica e
suas alterações, sem nenhuma linha divisória absoluta, ou seja, podemos transitar
por estes dois polos a qualquer momento de nossas vidas, sem necessariamente
estarmos enquadrados numa definição fixa e permanente de “normal” ou
“patológico” (LEITE JUNIOR; NASCIMENTO, 2012).
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Figura 5 – Sexualidade: normal ou anormal?
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A anormalidade, ao contrário, pode ser definida quando há uma fixação em
determinada forma de sexualidade ou em determinada pessoa, ou ainda quando a
pessoa não consegue desfrutar de outras formas de prazer (BALLONE; MOURA,
2008).
Sexualidade patológica
Para que o ciúme seja considerado patológico, têm que estar reunidas três
grandes estratégicas:
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A dependência amorosa, outra patologia, é um estado instável caracterizado
pela compulsão de negar tudo o que a pessoa é, ou foi, a favor de uma experiência
nova e extática (SCHAEFFER, 2008).
b) Obsessão ou preocupação; e,
ser um parceiro romântico ou apenas algo que existe apenas nas fantasias do
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período de atração de um romance, um estado de paixão obsessiva e de constante
perturbação, é a droga que pode converter-se num substituto de uma intimidade
real. A procura deste êxtase pode transformar-se, em si própria, numa dependência.
Converte-se frequentemente numa obsessão dramática que resulta na perseguição,
por parte da pessoa obcecada, do objeto do amor romântico (LINO, 2009).
A psicopatia
Segundo Fernandes da Fonseca (1997), entende-se por psicopatia uma
situação psicológica de desarmonia constitucional, por imaturidade ou deterioração
da personalidade, com tendência para a impulsividade, ou ainda para um
comportamento amoral ou antissocial. O psicopata é aquele que sofre e faz sofrer.
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atitudes, de discursos, de opiniões e até de decisões conforme se encontre na
presença de diferentes pessoas.
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A relação sexual bem-sucedida depende de uma sequência complexa de
ocorrências hormonais e fisiológicas altamente vulneráveis aos efeitos de excitações
emocionais, tanto intensas quanto crônicas. Masters; Johnson (1970 apud
MARQUES; CHEDID; ELZERIK, 2008), descreveram o “ciclo de resposta sexual
completo”, subdividindo-o em quatro fases:
2) Platô:
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É um estado subjetivo de bem-estar que se segue ao orgasmo, no qual
predomina o relaxamento muscular, a lassidão e certo torpor.
Anote aí:
1º Desejo:
que seria constituído principalmente por uma pequena região cerebral denominada
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Claustro. Nas mulheres, o olfato e principalmente o tato, são bastante responsáveis
pelo aumento do desejo sexual.
2º Excitação:
Fase de preparação para o ato sexual, desencadeada pelo desejo. Junto com
sensações de prazer, surgem alterações corporais que são representadas
basicamente no homem pela ereção (endurecimento do pênis) e na mulher pela
lubrificação vaginal (sensação de estar intimamente molhada).
3º Orgasmo:
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As ações em saúde sexual e reprodutiva tem como marco legal a Conferência
Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), que as definiu como
primordiais à saúde, aos direitos sexuais e aos direitos reprodutivos, abandonando a
ênfase na necessidade de limitar o crescimento populacional e a IV Conferência
Mundial sobre a Mulher, que apresenta avanço na definição dos direitos sexuais e
direitos reprodutivos como Direitos Humanos (BRASIL, 2013; 2011).
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O concreto exercício dos direitos sexuais e reprodutivos demanda políticas
públicas que garantam a saúde sexual e reprodutiva e que tem na APS uma das
suas grandes áreas de atuação. Portanto, a exigência de que o Estado assegure
esses direitos está diretamente proferida aos processos de trabalho dos
profissionais de saúde, de forma que, dependendo de sua postura no atendimento
aos usuários (as), tal garantia pode ser comprometida.
Sexologia
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c) Neurociências (o estudo da base da resposta sexual e a complexidade do
comportamento sexual).
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ou mesmo desenhos pré-históricos retratam o corpo humano com ênfase nos órgãos
genitais (masculinos principalmente).
Freud referiu-se a esse mesmo deus Eros de Platão como a Libido, força vital
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de amor.
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Ainda no fim do século XIX foi usada no campo de criminologia como uma
forma de prevenir os comportamentos sexuais diferentes. Esses colocavam em risco
o que era correto para a burguesia dominante da época. Assim, tratava o que eles
consideravam “loucura sexual”, fosse ela criminosa ou apenas um comportamento
sexual considerado diferente. Ao longo da história, a ênfase no estudo sexológico
tendeu a se concentrar nos resultados do sexo, em vez da experiência da
sexualidade.
Figura 8 - Sexologia
O profissional - Sexólogo
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o desenvolvimento de uma sexualidade e relacionamento mais satisfatórios. Assim,
ajuda os clientes a entender melhor a natureza de seus problemas e a encontrar
ferramentas para garantir seu bem-estar.
4) Disfunção erétil;
5) Ejaculação precoce;
Ferramentas da sexologia
Um sexólogo clínico usará métodos de aconselhamento psicológico como
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capacitar os clientes a experimentarem a sexualidade de uma maneira diferente são
exemplos disso.
Referências
BALLONE, G.J.; MOURA, E.C. O Que é Atividade Sexual Normal? (2008).
Disponível em: www.psiqweb.med.br
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2011.
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BRASIL. Saúde sexual e saúde reprodutiva. Brasília: MS; 2013.
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LINO, T. L. A patologia do amor – da paixão à psicopatologia (2009). Disponível
em: https://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0146.pdf
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RIOS, R.R. Para um direito democrático da sexualidade. Horizontes
Antropológico, 2006; 12(26):71-100.
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