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Exma Germano

Cláudia Antônio Domingos

Sexualidade Humana, Biologia e comportamento sexual; Influencias sociais no


comportamento sexual
Licenciatura em Administração e Gestão da Educação

Universidade Púnguè
Tete
2023
Exma Germano
Cláudia Antônio Domingos

Sexualidade Humana, Biologia e comportamento sexual; Influencias sociais no


comportamento sexual

Trabalho de Sociologia da Educação a ser apresentado ao


departamento De ciências da educação e psicologia, curso
de Licenciatura em administração e gestão da educação
como requisito parcial da cadeira sob orientação do
docente:

Docente: Mestre. Orlando Anacleto

Universidade Púnguè
Tete
2023
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Índice
1. Introdução......................................................................................................................3
2. Sexualidade humana..................................................................................................4
2.1. Sexualidade e cultura..............................................................................................5
2.2. Biologia e comportamento sexual...........................................................................5
2.2.1. Mecanismos neuronais do comportamento sexual...........................................5
2.3. Influencias sociais no comportamento sexual........................................................6
Conclusão..........................................................................................................................7
Referencias Bibliográficas.................................................................................................8
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1. Introdução

Nesse presente trabalho tem como tema sexualidade Humana, Biologia e


comportamento sexual; Influencias sociais no comportamento sexual. Tendo em conta
que a compreensão do que é a sexualidade e como se configura o comportamento sexual
humano, consiste em um campo de vasta discussão teórica e aprofundamento
acadêmico. A partir das dicussõs em sala, nas quais houve destaque para a importância
da transculturalidade humana nos mais variados âmbitos, a escolha do tema
“Sexualidade, Comportamento Sexual e Cultura” deu-se a partir da reflexão conjunta e
do interesse dos autores pelo tema proposto.

Gênero e sexualidade são dois conceitos muito difíceis de se definir e diferenciar, sendo
que, muitas vezes, eles acabam se complementando, por isso é comum serem
confundidos ou usados como sinônimos.
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2. Sexualidade humana
A sexualidade humana representa o conjunto de comportamentos que concernem à
satisfação da necessidade e do desejo sexual. Igualmente a outros primatas, os seres
humanos utilizam a excitação sexual para fins reprodutivos e para a manutenção de
vínculos sociais, mas agregam o gozo e o prazer próprio e do outro. O sexo também
desenvolve facetas profundas da afetividade e da consciência da personalidade. Em
relação a isto, muitas culturas dão um sentido religioso ou espiritual ao ato sexual, assim
como veem nele um método para melhorar (ou perder) a saúde.

A sexualidade faz parte da personalidade de cada um, é uma necessidade básica e um


aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida.
Sexualidade não é sinônimo de coito (relação sexual) e não se limita à ocorrência ou
não de orgasmo. Sexualidade é muito mais que isso, é a energia que motiva a encontrar
o amor, contato e intimidade e se expressa na forma de sentir, nos movimentos das
pessoas, e como estas tocam e são tocadas. A sexualidade influencia pensamentos,
sentimentos, ações e interações e, portanto a saúde física e mental. Se saúde é um direito
humano fundamental, a saúde sexual também deveria ser considerada um direito
humano básico.

A sexualidade é muito relativa e pessoal, visto que o que pode ser considerado
prazeroso para alguns, pode não ser para outros. Além disso, ela se desenvolve de
acordo com as experiências de cada pessoa.

A Sexualidade humana, ao ser analisada pela antropologia, é mais valorizada em sua


complexidade, indo além de determinismos biológicos. Ao tratar do tema, se torna
impossível isolar o homem de variáveis como contexto e cultura. Assim, ao escrever
sobre sexualidade é necessário considerar que a forma de vivê-la é variável e ligada ao
contexto que o indivíduo está inserido, não se resumindo a um padrão universal
(Sahlins, 1976). Diferentemente dos animais irracionais defende Mott(2007) “A
vivência sexual humana é marcadamente polimorfa, dada a complexidade do córtex
cerebral e a diversidade de respostas culturais.” e da mesma forma A biologia, embora
seja condição absolutamente necessária para a cultura, é também absolutamente
insuficiente e incapaz de especificar as propriedades culturais do comportamento
humano ou suas variações de um grupo para outro (Sahlins, 1976 apud Mott, 2007).
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2.1. Sexualidade e cultura


Entendemos por cultura o conjunto de valores, crenças, normas e práticas de vida de
determinado grupo, que é aprendido, partilhado e transmitido, e que orienta de maneira
padronizada o pensamento, as decisões e ações.

A cultura não é estática; ela se modifica ao longo do tempo. Compare as crenças e os


costumes de seus avós com os de hoje.

A sexualidade é influenciada pela cultura, visto que ela tem relação com o modo pelo
qual as pessoas desenvolvem suas relações interpessoais, como compreendem e vivem
questões afetivas e sexuais. Em muitos aspectos, isso tem relação com aquilo que se
aprende ao longo da vida, e uma das coisas que as pessoas aprendem é a significar
sentimentos e comportamentos.

Do mesmo modo que a cultura, a sexualidade não é fixa e imutável. Somos seres em
contínuo processo de mudança, definidos por nossas experiências e vivências,
principalmente as relacionadas ao amor e ao prazer. Assim, as expressões de nossas
identidades e intimidades também estão em constante mutação.

2.2. Biologia e comportamento sexual


2.2.1. Mecanismos neuronais do comportamento sexual
Segundo Cardoso (2009), mesmo com o avanço no estudos de diversas funções
fisiológicas básicas humanas, ainda há, possivelmente por motivos do tabu, poucos
estudos envolvendo a fisiologia do comportamento sexual humano. Ao caracterizá-lo a
autora disserta que:

“O comportamento sexual, excitação e motivação ocorrem somente em


situações ambientais especiais que providenciem tipos particulares de
estimulação sensorial(..). A prontidão fisiológica para responder seletivamente
a estímulos sexuais é providenciada por mudanças hormonais que afetam tanto
mecanismos neurais e não-neurais por todo o corpo. A cópula, como a
alimentação, acontece devido a uma combinação de controle nervoso e
hormonal.”

Apesar das diferenças anatômicas entre homens e mulheres, a autora traz um modelo de
funcionamento cerebral genérico. Devido a combinação do controle nervoso e hormonal
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do comportamento sexual humano, não há uma área específica do cérebro que


influencia diretamente estes comportamentos, mas acredita-se em maiores relações das
atitudes sexuais com o sistema límbico e com o hipotálamo. (Cardoso, 2009).

O comportamento sexual, ou o que pode ser considerado como fatores de atração


interpessoal podem variar de acordo com a cultura como defende a autora. Alguns
exemplos ainda serão expostos para ilustrar as diferentes formas de percepção do que
pode ser sexualmente atrativo ou não em um grupo social.

2.3. Influencias sociais no comportamento sexual


Os seres humanos são atravessados por diversos elementos, seja o contexto que está
inserido, sua religião, o quão permissivos são, a autoestima, o gênero, a orientação
sexual, entre outros, e tudo isso influencia diretamente na vida sexual das pessoas. Por
contexto, entendemos os impactos que vêm tanto da cultura que estamos inseridos,
quanto dos relacionamentos que estamos envolvidos. ⠀

Esses impactos vão refletir, por exemplo, se uma pessoa com maior permissividade
sexual, inserida em um país onde direitos sexuais são respeitados e está inserida em um
ambiente como bares ou festas, pode estar mais propensa a um encontro sexual mais
casual. Pessoas que são religiosas, por exemplo, podem ter práticas sexuais mais
condizentes com a linha de conduta pertinente a fé que a mesma está inserida. ⠀

O gênero da pessoa também irá diferenciar muito sua experiência com a sexualidade,
isso porque de acordo com o gênero as pessoas são criadas e influenciadas socialmente
de formas diferentes. Há toda uma imposição nesse sentido de se seguir uma lógica
binária dos gêneros e as formas como pessoas de cada um deles devem se portar.
Enquanto os homens tendem a ser encorajados sexualmente, as mulheres tendem a ser
desencorajadas, impactando tanto na forma como pessoas de cada gênero irão se
comunicar, se satisfazer sexualmente ou mesmo ter noções de segurança e proteção
sexual.
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Conclusão

Concluímos que o comportamento sexual humano é o conjunto das atitudes e


posicionamentos do ser humano em relação ao sexo. Ele variou ao longo da história.
Atualmente, devido ao avanço das ciências em geral, especialmente com o avanço
da medicina e da educação sexual nas escolas, passou a ser tratado de forma científica,
sem interferências de crenças ou religiões, estando orientado para o controle da
natalidade, controle da gravidez precoce em adolescentes, planejamento
familiar consciente e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
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Referencias Bibliográficas

Cardoso, S. H. (2009) Como o cérebro organiza o comportamento sexual. Cérebro &


Mente. Disponível em: Acesso em: 24 de novembro de 2015.

Sahlins, M. (1976) The use and abuse of biology: an anthropological critique of


sociobiology. Londres. Ed: Tavistock

https://www.todamateria.com.br/o-que-e-sexualidade/

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