Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
VOL.1
Melina,
Assistente Social e Betinha,
Bacharel em Direito Psicopedagoga
2
ÍNDICE :
Como agir quando seu filho fizer
Pág. 4
perguntas sobre sexualidade?
15 Perguntas frequentes e
respostas mais adequadas. Pág. 7
3
COMO AGIR QUANDO
1. SEU FILHO FIZER PERGUNTAS
SOBRE SEXUALIDADE?
As crianças são naturalmente curiosas e em algum momento se sentirão instigadas a saber mais
a respeito de seus corpos, suas partes íntimas e tudo que envolve a sexualidade.
Elas buscarão sanar essa curiosidade com seus pais, professores, parentes, amigos ou com quem
se sintam à vontade para isso.
O ideal é que nós pais sejamos uma fonte confiável, para onde a criança vai correr quando quiser
sanar sua curiosidade e precisamos estar preparados para dar as respostas corretas.
Além disso, devemos estar receptivos, seguros e acolhedores às demandas dos pequenos para
que sejamos sempre a primeira opção deles nos momentos de dúvidas.
1.1 CONTROLE
SUAS REAÇÕES:
Quando a criança te perguntar, não reaja de forma a recriminar ou coibir o que ela perguntou,
não zombe ou ria de sua dúvida. Ao contrário, mostre que você está feliz por ela te perguntar.
Aja naturalmente - ou pelo menos tente agir assim. As crianças percebem muito facilmente
quando estamos constrangidos ou desconfortáveis e de uma próxima vez, ela ficará receosa de
te perguntar, pois ficará insegura sobre sua reação.
Tenha em mente que não há nada demais em responder perguntas sobre sexualidade. E é nossa
responsabilidade esclarecer as dúvidas e preparar nossos filhos para as situações futuras inde-
sejadas, como gravidez na adolescência, infecções sexualmente transmissíveis, abuso, e ainda
esclarecer sobre as mudanças corporais que acontecerão de acordo com cada etapa de seu
crescimento.
4
TENTE ENTENDER
1.2 EXATAMENTE O QUE A
CRIANÇA QUER SABER
Após sua reação acolhedora inicial, examine o que exatamente a criança quer saber, para que
você fale o que precisa, nem mais nem menos que a curiosidade dela. É importante também
investigar o que ela já sabe sobre aquele assunto. Então, antes de responder, devolva a pergunta.
A partir do que a criança falar, você elabora o que responder. Pode ser que ela já saiba e queira
apenas confirmar, ou que esteja com uma informação errada a respeito. Por isso é sempre bom
investigar qual a informação que ela já tem sobre o tema.
5
NÃO DEIXE A CRIANÇA
1.4 SEM RESPOSTA OU
TERCEIRIZE A RESPOSTA
A OUTRA PESSOA.
Às vezes acontece de não sabermos responder ao que a criança perguntou e está tudo bem! Diga
a ela que não sabe responder e que vai buscar as informações, ou vocês podem procurar por
uma resposta juntos. O mais importante é estar disponível para sanar as dúvidas.
O que não é legal é aquele empurra – empurra tipo “pergunta lá pro seu pai” ou “olha com a
professora”. Esse é o tipo de conduta que afasta nossos filhos e impede que sejamos um canal
seguro para quem podem correr quando precisarem.
Pode ser que determinada pergunta seja mais fácil para o pai ou a mãe responder, devido a
vivência pessoal. Nesse caso, diga: - vamos lá falar com o papai/mamãe, acho que ele/ela tem
mais experiência nesse assunto”. Acompanhe seu filho e perguntem juntos.
De maneira geral, seguindo essas orientações, muito provavelmente sua criança encontrará em
você alguém em quem ela confia para sanar suas dúvidas. Agora, você precisa se empoderar de
conhecimento para sentir mais segurança ao responder.
Vamos então para as perguntas mais comuns e as possíveis respostas, para que você esteja pre-
parada para responder.
6
15 PERGUNTAS
2. FREQUENTES E RESPOSTAS
MAIS ADEQUADAS.
Essa é a seleção de algumas das perguntas que mais constrange os pais quando são dirigidas por
seus filhos. Isso acontece porque falar sobre sexualidade ainda é um tabu e também porque fi-
camos inseguros para responder. É que apesar de sabermos o que responder, não sabemos qual
a melhor forma de explicar, principalmente se somos pegos de surpresa.
Por isso, essa seleção pode te ajudar a se preparar para esse momento importante.
7
É muito importante enfatizar que essas trocas de carinho são entre ADULTOS e como forma de pre-
venir abusos, você pode explicar que crianças não trocam esse tipo de carícias e que caso ocorra, a
criança deve contar para os pais o que está acontecendo.
A partir de 6 anos você também pode explicar como se dá a fecundação. Explique que o papai e a
mamãe se deitam um sobre o outro e o papai coloca seu pênis na vagina da mamãe, para que a se-
mentinha dele (já pode dizer que ela se chama espermatozoide) se encontre com a sementinha da
mamãe - óvulo - e quando elas se juntam, um bebezinho é formado.
4. COMO EU NASCI?
Você pode responder como foi o seu parto: chegou sua hora de nascer e fui ao hospital, muito feliz
e aí um médico ajudou tirar você da minha barriga.
Se perguntar como, pode explicar como ocorreu o parto:
Parto cesárea – o médico me ajudou. Ele fez um cortezinho na minha barriga e te ajudou a sair. Mos-
tre a cicatriz.
Parto normal – você saiu pela vagina da mamãe. Quando o bebê está pronto para nascer, a vagina se
prepara para que ele saia por ali.
Explique que os corpos das crianças são diferentes e que quando ele crescer, vai passar por muitas
mudanças e o corpo dele ficará assim também.
Diga: Ele era igual a você quando era pequeno.
Explique que quando se mexe no pênis, vai mais sangue para essa região e por isso fica assim, e de-
pois que para de mexer, o sangue volta a circular e por isso volta a ficar molinho/pequeno.
Ou também é seu corpinho avisando que está na hora de fazer xixi.
Sim, é gostoso mesmo. Mas é um momento de intimidade, isso quer dizer que é um momento só seu
ok? Você pode fazer isso quando estiver sem ninguém por perto. E só você pode se tocar. Ninguém
está autorizado a ver você fazer isso e nem a mexer na sua intimidade.
8
8. O QUE É CARALHO, CACETE, PUTA, BUCETA
(OU QUALQUER NOME VULGAR DAS PARTES ÍNTIMAS)
Você pode dizer: São palavras grosseiras, usadas geralmente para ofender outras pessoas. Crianças
não devem repetir.
Para maiores pode dizer que são nomes grosseiros dados às partes íntimas: caralho- pênis/ buceta-
-vagina, e que são vulgares, não devem ser repetidos, e principalmente falado por crianças.
Outros xingamentos – relacionados com atos sexuais – explique que é algo muito ofensivo, e quer
dizer que você deseja que a outra pessoa se machuque. Nunca deve ser dito.
Nessa hora, o melhor a fazer é explicar que existem pessoas que namoram outras do mesmo sexo,
por exemplo, homem com homem e mulher com mulher.
Geralmente basta. Não é necessário colocar nenhum juízo de valor.
Se a criança perguntar se é certo ou errado, você dentro de suas crenças, pode responder o que
acha.
Fale que as vezes o homem gosta e se sente bem em se vestir como mulher ou o contrário.
Você pode também devolver a pergunta: me parece que é um homem vestido de mulher e você o
que acha? Mais uma vez, não é necessário fazer juízo de valor.
Se a criança perguntar se é certo ou errado, você dentro de suas crenças, pode responder o que
acha.
As palavras certas são gay, homossexual e lésbica, e é quando um homem namora outro homem ou
uma mulher namora outra mulher.
As palavras “bicha, viado e sapatão” são maneiras desrespeitosas de chamar essas pessoas. Enfatize
que isso é ofensivo e que não devemos nos dirigir a ninguém dessa forma.
Se a pergunta vem na infância: a resposta deve ser sempre clara no sentido de que CRIANÇA NÃO
NAMORA! Há as vezes, esse tipo de brincadeira entre adultos. Mas reforce que pode haver um “gos-
tar muito de” e que isso tem a ver com amizade e afinidade e não com namoro.
Na puberdade/adolescência: nessa fase, já há ação hormonal. É também um processo de ruptura
com a infância, em que o adolescente quer ser autônomo, mas ainda depende muito da orientação
dos pais. É uma fase desafiadora para pais e filhos e manter um diálogo aberto e receptivo é sempre
o mais recomendável.
9
Não há idade certa para “autorizar” o namoro. Isso depende de vários fatores e a família é quem
sabe e percebe o momento certo. Você pode convidar seu filho a refletiram juntos sobre se é o mo-
mento certo.
O mais importante e que deve estar presente em qualquer situação é a comunicação clara e direta
com o adolescente e a informação sobre todos os aspectos que envolvem o namoro – sexo, consen-
timento, camisinha, Ist´s, gravidez, exposição, etc.
Nossos adolescentes precisam estar munidos de informação clara e segura para que consigam tomar
suas decisões de forma mais assertiva e para que estejam protegidos.
Explique que seu corpo já é adulto e que adultos têm pelos pelo corpo – partes íntimas, axilas, barba
e que quando ele (a) for adulto (a) também será assim.
Sobre o sangue explique que se chama menstruação que é algo natural e que só mulheres tem esse
sangramento todo mês, quando começam a modificar seu corpo por volta dos 12 anos.
Se a criança for pequena, somente essa explicação é suficiente. Caso já seja maior e já apresente
sinais de puberdade aproveite para explicar sobre o ciclo reprodutor e fertilidade. (Essa explicação
deve ser dirigida a meninas e meninos).
CAMISINHA: Você pode dizer que é uma capinha que o papai usa para não ter bebês.
Se perguntar onde é colocada, pode explicar que é uma capinha que o papai coloca no pênis para
evitar bebês.
DIU e ANTICONCEPCIONAL seguem a mesma lógica. Explicar que são formas usadas para evitar ter
bebes não planejados.
É quando uma pessoa toca nossas partes íntimas – importante mostrar e nomear as partes íntimas
da forma correta (pênis/vagina/ânus/seios/boca) enquanto fala – ou quando alguém pede para ver
essas partes íntimas ou força carinhos e também quando pede para que você toque nas partes ínti-
mas dela. Reforce com a criança que ela não deve deixar que ninguém a toque, nem mesmo pessoas
da família. Deixe bem claro que se acontecer algo do tipo, ela deve fugir, gritar e contar para você ou
para um adulto em quem ela confia o que aconteceu.
Reforce também que você sempre acreditará no que ela falar, e que ela não pode mentir sobre esse
tipo de situação.Em relação à abusos, o mais importante é entendermos que a prevenção está di-
retamente relacionada com a preparação da criança para essas situações, já que infelizmente não
conseguiremos estar 100% presentes, protegendo nossos filhos.
Elas precisam aprender a se proteger.
10
DICAS DE LIVROS
Livros podem ser grandes aliados e nos ajudar a falar
sobre educação sexual e prevenção de abusos com
nossos filhos. Por isso, fizemos uma pequena lista com
livrinhos que podem te ajudar em sua jornada:
11
NUNCA PARE
4. DE ESTUDAR
PARA EDUCAR!
Nós sabemos como pode ser desafiador educar nossos filhos, princi-
palmente nos dias atuais.
Sabemos também que não existem fórmulas prontas nem taxati-
vas quando se trata de formar outros seres humanos, mas sabemos
que algumas coisas sempre serão importantes para que possamos
cumprir nossa missão, talvez a principal delas seja mantermos nosso
compromisso com o aprendizado constante.
Não nascemos prontos para sermos pais, é um processo construído
no dia a dia com nossos filhos. Às vezes vamos errar, muitas vezes va-
mos acertar, e o importante é sentir que estamos fazendo o melhor
possível.
E o melhor possível, passa por nos colocarmos sempre como apren-
dizes daquilo que não conhecemos. Educação sexual infantil é um
dos temas mais importantes que todos nós pais deveríamos nos dis-
por a aprender para ensinar!
Ainda bem que você já entendeu a importância disso e está fazendo
seu melhor possível!
Em nosso curso, PAIS INFORMADOS, FILHOS BLINDADOS, explicamos
sobre as fases de desenvolvimento da criança e sobre todos os as-
pectos que envolvem a sexualidade infantil. Orientamos pais para
que ofereçam uma educação sexual correta aos seus filhos e os ensi-
nem a se protegerem de situações como gravidez na adolescência,
IST´s, pornografia, exposição e é claro, de abusadores.
12