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SEXUALIDADE

Karyn Natanne Tezzari


Psicóloga CRP 12/20389
Secretaria de Educação e Cultura de Antônio Carlos
48 3272-8663 (whatsApp)

Bom dia! Eu sou a Karyn, Psico da Secretaria de Educação, a grande maioria me


conhece bem pouco ainda, entrei na Secretaria em Novembro de 2022 e logo já
vieram as férias então não tivemos muito tempo pra nos conhecermos. Bem,
quando eu cheguei a Joana e a Bruna me levaram pra conhecer as escolas, mas
foi bem rapidamente. E nesse pouco contato vocês me trouxeram algumas falas,
a Bruna trouxe algumas coisas também. E a Secretaria julgou que seria
interessante falar um pouco com vocês sobre sexualidade, esse tema que pode
gerar tanta polemica, e as vezes até constrangimento. Mas que é tão importante
da gente discutir.

1
ECA
É DEVER da família, da sociedade e do Estado
ASSEGURAR à criança e ao adolescente, com absoluta
prioridade, o direito: à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária.
O Estatuto diz ainda que crianças e adolescentes devem
ser PROTEGIDOS de toda forma de: negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão.

Primeiramente eu trouxe esse pedacinho do ECA, que eu julgo ser muito


importante pra qualquer atuação com as crianças. A Sabrina, Ass social do CRAS
trouxe na fala dela, mas eu achei que valia a pena deixar na minha apresentação
e reforçar um pouco mais isso com vocês.
Precisamos ter em mente os princípios que orientam a proteção das crianças e
adolescentes no Brasil. [ler slide]
E então, será que estamos realmente assegurando isso aos nossos alunos? É legal
a gente pensar nisso as vezes. [ler slide]
Será que estamos realmente protegendo as crianças? Só pra gente pensar um
pouco! [prox slide]

2
O QUE? PORQUÊ?

SEXUALIDADE

QUANDO? COMO?

Como eu organizei a nossa conversa de hoje!


Procurei primeiramente responder a essas 4 principais questões. [ler slide]
E depois também trazer alguns Temas que eu acredito que sejam Relevantes, tanto para
nossa Discussão aqui hoje como para vocês buscarem se informar, se atualizar sobre,
para a atuação de vocês.

3
O que é?

Será que só tem relação com o ato sexual?

O que é sexualidade para vocês? Falar sobre sexualidade, com uma criança, é falar sobre
o que? [deixar que falem e prox slide]

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O Que?
Falar sobre sexualidade é falar sobre...
 Ato sexual
 Diferenciação e Nomeação CORRETA das partes do
corpo e suas funções
 Relação consigo mesmo e com o outro
 Respeito
 Confiança
 Consentimento
 Responsabilidade
 Comunicação
 Bem estar / Satisfação

Ato sexual – Sim, é falar sobre o ato sexual também. Mas é muito mais que isso.
Diferenciação e nomenclatura correta dos órgãos sexuais e suas funções- Sim, é ensinar o que é
um pênis e que os meninos tem um, e que as meninas tem uma vulva. E a partir disso conhecer o
próprio corpo e saber que meninos e meninas tem partes do corpo que são diferentes.
Relação consigo mesmo e com o outro – É ensinar as partes do corpo da menina e do menino. E
que o amiguinho vai ter também, mas que não necessariamente vai ser igual ao dele (cor,
tamanho, forma pode ter diferenças). Que as pessoas tem características físicas e psicológicas
diferentes. Mesmo os 2 sendo meninos ou 2 meninas. E eu preciso conhecer para entender essas
diferenças e Respeitar.
Respeito – Que a criança precisa respeitar os outros mas que ela também precisa ser respeitada.
Como a gente viu e as vezes a gente se esquece, a criança também é um ser de direitos.
Confiança – Em quem a criança pode confiar, como reconhecer alguém confiável.
Consentimento – É ensinar que eu preciso dar autorização para que o outro invada meu espaço
pessoal, me toque e para que eu possa me aproximar do outro também.
Responsabilidade – É ensinar que tudo que a gente faz tem consequências. E a gente tem que
lidar com elas, querendo ou não.
Comunicação – É ensinar a criança que todo o corpo comunica, não apenas a fala. E que ela PODE
e COMO ela pode dizer que não quer o beijo daquele adulto ou da outra criança, por exemplo.
Sentir Prazer – Falar de Bem estar, coisas prazerosas para a criança, mamar, receber carinho,

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brincar... Porquê prazer não esta ligado apenas ao ato sexual em si, mesmo quando
estamos falando sobre sexualidade.
Então eu trouxe uma frase pra gente pensar um pouco. [prox slide]

5
O Que?

Falar sobre SEXUALIDADE na infância NÃO É,


de forma alguma, INCENTIVAR O ATO SEXUAL,
É INFORMAR E ORIENTAR para o
desenvolvimento saudável da criança.

[ler slide, deixar falarem] Então, a gente precisa deixar bem claro isso, NUNCA, vamos
estar incentivando o ato sexual. Nosso papel é sempre orientar para o melhor
desenvolvimento possível. Certo, vocês querem colocar alguma coisa? [Deixar eles
falarem] OK, Então vamos ao PORQUÊ? [prox slide]

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Porquê?
Por que falar sobre sexualidade
com crianças?

[ler e passar prox slide]

7
Porquê?

Se o assunto vira TABU, a criança pode


procurar o conhecimento por
outros meios e encontrar respostas
pouco adequadas, se tornando
ainda mais vulnerável.

[ler slide] O que vocês entendem com essa frase? [deixar falarem]
Se a criança não sente segurança no contato com o adulto cuidador ou no ambiente que
ela esta (seja com os responsáveis em casa ou com o professor na escola), se ela não se
sente a vontade para fazer perguntas, se ela não se sentir ouvida. Ou ela vai guardar
suas duvidas pra si e pode acabar se colocando a mercê dos atos (bons ou ruins) de
outras pessoas. Ou ela pode procurar respostas por outros meios e esses outros meios –
internet, ‘amigos’, outras pessoas mais velhas... - nem sempre vão passar informações
corretas ou mesmo de forma que elas realmente compreendam o que esta sendo
passado pra elas. OK? Alguma colocação? [prox slide]

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Porquê?

O objetivo da conversa deve ser LEVAR


CONHECIMENTO e AJUDAR a DESENVOLVER

 Auto conhecimento Autoestima


 Mudanças esperadas Desmistificar e
 Doenças / lesões desmentir ‘meias
verdades’
 Higiene

Prevenção e Proteção

[ler slide] Então o objetivo da conversa com a criança vai ser sempre para LEVAR CONHECIMENTO E
AJUDAR ela a se DESENVOLVER.
Desenvolver o Auto conhecimento – você pode ajudar essa criança a se entender, como o corpo
funciona, quem elas são, seus direitos e deveres.
Mudanças esperadas – Entenderem que em determinadas épocas de suas vidas elas vão passar por
mudanças, físicas e psicológicas, e que algumas mudanças são ‘normais’ e esperadas e outras não.
Doenças – Existem doenças sexualmente transmissíveis, que é importante as crianças conhecerem,
no momento e da forma adequada. Mas entendendo as mudanças esperadas elas passam a entender
que existem doenças e lesões que também vão causar mudanças em seus corpos, e passam a ficar
mais atentas ao seu autocuidado. Devido ao uso incorreto de ‘absorventes’ por exemplo, (toalhinhas
improvisadas ou mal higienizadas, por ficar muito tempo com o absorvente interno), uso incorreto de
alguns remédios caseiros. E ainda as que são ligadas a questões de higiene.
Higiene – É importante mostrar como fazer uma higiene adequada. Explicar que quando mal feita ou
a falta dela, pode levar à mal estar e até à lesões ou infecções que podem progredir para coisas mais
serias.
E tudo isso vai ajudar a Desenvolver a Autoestima – Quando a gente se conhece, se compreende,
entender as nossas próprias limitações e potencialidades, pq TODOS temos, fica mais fácil se
compreender, se aceitar, se amar.
É preciso também Desmistificar e desmentir ‘meias verdades’, lembram dos Tabus? É legal se

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perguntar as vezes, a minha atuação esta incentivando a curiosidade da criança ou esta
levando a criança a ter medo de perguntar. Será que não estamos com medo da criança
nos perguntar algo que não nos sentimos a vontade para responder. TUDO BEM a gente
não ter conhecimento sobre alguma questão OU eu não saber como explicar aquilo para
a criança de uma forma que ela entenda, e a gente PODE DIZER PRA ELA “EU NÃO SEI”,
MAS que eu vou procurar saber ou encontrar uma forma de explicar pra ela de um jeito
que ela entenda, e VOU LEVAR pra ela. O QUE NÃO DA PRA FAZER, É DEIXAR A CRIANÇA
SEM RESPOSTA ou COM MEDO DE PERGUNTAR ou ainda, MENTIR PRA ELA. (os bebes
vem do repolho, menina não joga futebol)
E acredito que o ‘grande’ motivo disso tudo ou até o que resumiria o PQ de tratar desse
assunto, é para a Proteção / Prevenção – Tendo acesso a informação, sabendo o que é,
como é, o que é ‘normal’ ou não, fica mais fácil e até possível, saber o que fazer, se
defender se necessário.
Certo, vocês querem colocar alguma coisa? [Deixar eles falarem] OK, Então vamos ao
QUANDO! [prox slide]

9
Quando?

Qual é o momento de falar sobre


sexualidade com crianças?

[ler slide] [prox slide]

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Quando?
BNCC

O termo ‘Sexualidade’

ANO UNIDADE OBJETIVOS DE HABILIDADE


TEMÁTICA CONHECIMENTO
8º - CIÊNCIAS Vida e evolução Mecanismos reprodutivos (EF08CI11) Selecionar argumentos que
Sexualidade evidenciem as múltiplas dimensões da
sexualidade humana (biológica,
sociocultural, afetiva e ética).

Infelizmente na BNCC o termo ‘Sexualidade’ é mencionado apenas 3 vezes, e só para


direcionar como uma competência a ser desenvolvida no 8º ano. [ler slide]
Vocês lembram de todas aquelas coisas que falamos la no começo? Dar nome aos
órgãos genitais, Confiança, Respeito, Consentimento, Responsabilidade, Comunicação...
Tudo isso faz parte do desenvolvimento da sexualidade humana. Então OK, o TERMO só
aparece lá no 8º ano, mas PODE E DEVE ser trabalhado bem antes disso.
Eu trouxe alguns exemplos só pra explanar, como as vezes a gente não se da conta, mas
estamos falando e trabalhando a sexualidade com as crianças.
[prox. slide]

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Quando?
 Educação Infantil Campo de Experiência
BNCC
Bebês (zero a 1 ano e 6 meses) Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses Crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11
a 3 anos e 11 meses) meses)
(EI01EO05) Reconhecer seu corpo (EI02EO05) Perceber que as pessoas têm (EI03EO05) Demonstrar valorização das
e expressar suas sensações em características físicas diferentes, características de seu corpo e respeitar as
momentos de alimentação, respeitando essas diferenças. características dos outros (crianças e
higiene, brincadeira e descanso. adultos) com os quais convive.

(EI01CG04) Participar do cuidado (EI02CG04) Demonstrar progressiva (EI03CG02) Demonstrar controle e


do seu corpo e da promoção do independência no cuidado do seu corpo. adequação do uso de seu corpo em
seu bem-estar. brincadeiras e jogos, escuta e reconto de
histórias, atividades artísticas, entre outras
possibilidades.

(EI02EF01) Dialogar com crianças e (EI03EF06) Produzir suas próprias histórias


adultos, expressando seus desejos, orais e escritas (escrita espontânea), em
necessidades, sentimentos e opiniões. situações com função social significativa.

Porquê como vimos, Sexualidade não esta ligada apenas à reprodução e nem apenas
esse termo especifico. Se tivermos um olhar mais atento a gente encontra [ler slide]
Então o Termo ‘Sexualidade’ pode assustar, ainda mais na educação infantil, mas se a
gente se atentar que a sexualidade esta ligada a muita coisa do dia a dia do
desenvolvimento da criança, a gente percebe que já estamos trabalhando isso.
E no Ensino Fundamental também.[prox slide]

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Quando?
 Ensino Fundamental Competências Específicas
BNCC
Ciências humanas Ensino religioso Linguagens

Compreender a si e ao outro como identidades Conviver com a diversidade de Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-
diferentes, de forma a exercitar o respeito à crenças, pensamentos, convicções, motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e
diferença em uma sociedade plural e promover os modos de ser e viver. digital –, para se expressar e partilhar informações,
direitos humanos. experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos
e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de
conflitos e à cooperação.
Interpretar e expressar sentimentos, crenças e Reconhecer e cuidar de si, do Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e
dúvidas com relação a si mesmo, aos outros [...], outro, da coletividade e da comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética
promovendo o acolhimento e a valorização da natureza, enquanto expressão de nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se
diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus valor da vida. comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias,
saberes, identidades, culturas e potencialidades, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver
sem preconceitos de qualquer natureza. projetos autorais e coletivos

Construir argumentos, com base nos Debater, problematizar e Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista
conhecimentos das Ciências Humanas, para posicionar-se frente aos discursos que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a
negociar e defender ideias e opiniões que e práticas de intolerância, consciência socioambiental e o consumo responsável em
respeitem e promovam os direitos humanos e a discriminação e violência de cunho âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente
consciência socioambiental, exercitando a religioso, de modo a assegurar os a questões do mundo contemporâneo.
responsabilidade e o protagonismo voltados para direitos humanos no constante
o bem comum e a construção de uma sociedade exercício da cidadania e da cultura
justa, democrática e inclusiva. de paz.

Novamente eu peguei apenas alguns exemplos. [ler slide]


Como a gente pode perceber são questões bem amplas e do dia a dia, do
desenvolvimento de todos nós. E é assim que a sexualidade deve ser tratada com as
crianças, de forma natural. [prox slide]

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Quando?
Origens

 Professor/Escola: Currículo escolar;


Quando percebe a necessidade

 Criança: Dúvidas, curiosidades.

 Família: Alguma questão específica.

Privado ou Comunidade escolar?

E então, no fim das contas quando? De onde pode surgir a demanda de trabalhar essa
temática? De uma forma mais geral, acredito que podemos citar 3 ‘origens’ importantes,
de quando esse assunto pode surgir.
Essa questão pode surgir por parte do Professor/Escola, quando faz parte do currículo,
mas também quando o professor percebe a necessidade, quando acontece algo em sala
de aula, que merece atenção.
Pode ser que essa situação seja uma dúvida ou curiosidade que parte das crianças. E
todas as perguntas devem ser respondidas, sempre.
E as vezes a Família trás algo, desde alguma dificuldade em casa (tem tido muitas
duvidas e o responsável não sabe como lidar) até questões mais graves (suspeita de
abuso).
Podemos dizer que esses 2 últimos (criança e família) são as situações que pegam a
gente de surpresa, é o INESPERADO. Ai a importância de estar sempre se ATUALIZANDO,
se informando, se preparando para saber lidar, da melhor forma possível, com o que as
crianças e suas famílias podem trazer.

E nesse sentido, um ponto que eu julguei importante trazer pra discussão também, é o
saber diferenciar a questão trazida. Quando a questão deve ser tratada em privado?
Somente entre professor, aluno e família. Quando foram questões especificas, pessoais,

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a gente trata no particular, pra gente não expor o aluno.
E quando deve ser tratada de forma ‘publica’ ou seja, que PODE ou até DEVE ser levada
para ser debatida por toda a sala ou ainda a comunidade escolar. Quando forem
questões mais gerais, abrangentes ou situações que não são legais, mas que eu percebo
que estão se normalizando na escola. Como vestimenta inapropriada, comportamentos e
palavreado inadequado. A gente pode pensar em como tratar disso com a turma e com a
escola como um todo, pensar em atividades, palestras, reuniões, ações...
OK?!...Alguma colocação até aqui? OK, Finalmente e COMO? [prox slide]

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Como?

De que maneira devemos falar sobre


sexualidade com crianças?

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Como?

A maneira de transmitir a informação é tão


importante quanto a informação em si.

A forma de passar a informação deve ser


adaptada ao entendimento da criança,
sempre respeitando
a faixa etária e a maturidade.

Qualquer que seja o tema, deve ser


tratado de forma tranquila, acolhedora e
respeitosa.

Eu separei 3 frases pra ajudar a gente a pensar. [ler slide] O que vocês pensam disso?
O jeito que eu for falar com a criança vai fazer diferença, sim. A minha postura corporal,
meu tom de voz, mas também se é pra ela sozinha ou se estou falando no meio da
turma. Se eu estou fazendo uma atividade, usando figuras ou um filme, todo o contexto
da situação. Tudo vai estar passando uma mensagem pra criança. OK! E a outra frase é
[ler slide] E ai?
Então além da postura, a forma, o local, é preciso se atentar às palavras que são usadas.
A criança esta entendendo o que eu estou tentando passar? Dessa forma, como eu
estou passando, a criança pode entender de forma equivocada? São perguntas validas
na hora de desenvolver uma atividade, principalmente com essa temática que é a
sexualidade. Ok?! E a ultima frase dessa parte [ler slide] Essa frase acho que já diz tudo,
certo? Toda e qualquer coisa que eu vou tratar com a criança, ou até com qualquer
pessoa, é legal eu agir assim, principalmente ser respeitosa e acolhedora.
Alguma colocação gente?
Então assim. Algumas coisas que DEVEMOS TER EM MENTE quando trazemos a
sexualidade como tema da conversa com a criança, vamos ver! [prox slide]

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Como?

• Naturalidade
• Verdade de forma lúdica
• Informativa
• Respeitosa
• Sinceridade
• Respeitar o ‘Público’ e o Privado
• Família como aliada

Como a gente vai trabalhar essa temática:


Naturalidade - Eu preciso comunicar de forma calma, tranquila, mas também no sentido
de mostrando que a questão é natural, faz parte do desenvolvimento humano. [ler slide]
Verdade de forma lúdica – Sempre falar a verdade, mas como a gente já falou, é preciso
adaptar pra que a criança entenda, e ai que entra a ‘forma lúdica’. Que é dependendo
da idade, a criança não vai compreender o que é o coito, por exemplo. Ai a gente pode
falar do processo real usando uma analogia, por exemplo, ‘o papai colocou uma
semente de gente dentro da barriga da mamãe’. Mas é sempre legal informar a criança
que aquilo é uma forma de explicar para que ela entenda, e que conforme ela for
crescendo ela vai conseguir cada vez mais entender os processos como eles realmente
são. [ler slide]
Informativa – Deve ser Simples, clara, direta e objetiva, com conceitos concretos e reais.
E de preferencia se ater ao que a criança perguntou. Pq as vezes ficamos tão nervosos
ou surpresos que acabamos confundindo mais do que esclarecendo, falando coisas que
a criança nem tinha pensado ainda. [ler slide]
Respeitosa – Nenhuma pergunta é tola, é importante a criança se sentir respeitada,
ouvida, acolhida. Ela sentir segurança de que pode perguntar. [ler slide]
Sinceridade – Como já falamos você não vai ter resposta para tudo sempre, e tudo bem!
Tudo bem dizer pra criança que você não sabe. Mas é preciso dar uma resposta a ela,

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então é preciso ir atrás da informação e dar essa devolutiva pra criança. [ler slide]
Respeitar o Público e o Privado – Já falamos disso, quando estávamos falamos do
QUANDO. Então duvidas e curiosidades gerais podem e devem ser esclarecidas para toda
a turma. Mas, casos particulares, questões mais especificas, devem sempre ser tratados
apenas com os envolvidos. Buscando evitar a exposição das crianças. [ler slide]
Família como aliada – Devemos SEMPRE TENTAR ter a família como aliada, proxima.
Algumas famílias vão ser mais compreensiva e outras vão ser mais complicadas, assim
como as crianças e as turmas no geral. Temos que ir aprendendo a lidar com elas. Até
porquê sempre que acontecer algo que fuja do ‘normal’ a família precisa ser comunicada,
nem que a gente fale mais com o pai ou mais com a mãe, aquele que for mais aberto. A
família é o ‘porto seguro’ da criança. E se a gente CONSEGUIR ALINHAR AS EXPECTATIVAS
DA FAMÍLIA E DA ESCOLA, todo o processo de ensino/aprendizagem vai ser muito mais
fácil e efetivo. A gente precisa falar a mesma língua. Ai podem surgir questões como: A
família não quer que a criança participe disso ou que faça aquilo. É importante trazer eles
pra perto, procurar entender o PQ. E se existe a possibilidade de adaptar a proposta ou
mesmo de explicar melhor pra família e tentar fazê-los entender.
Outra questão importante sobre isso, a família precisa ser ouvida, mas também olhada. A
grande maioria dos casos de abuso, infelizmente, acontecem na família dentro de casa,
com parentes ou conhecidos.
Alguma questão até aqui? [prox slide]

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Como?

 Tabus
 Adultilizarou erotizar a criança
 Culpabilizar a criança
 Julgamento e Preconceito
 Mentir e/ou Omitir
 Dizer que é errado

E o que NÃO fazer quando falar com a criança?! [ler slide]


Criando Tabus – ‘Não se pode falar disso’; ‘Meninas não devem falar disso ou fazer
aquilo’. A gente já falou sobre isso hoje, se a criança não enxerga você como uma fonte
segura de conhecimento ela vai procurar em outro lugar. E essa fonte nem sempre vai
ser segura. [ler slide]
Adultilizar a criança – Precisamos ter cuidado! As crianças estão muito expostas a
conteúdos que são para adultos e estão sendo vistas cada vez mais como mini adultos,
seja nas roupas, nas musicas, nos gestos. E por conta de todo esse bombardeio de
informações ela, muitas vezes, acabar tendo comportamentos de um adulto, mas não
que ela realmente compreende o que aquele comportamento esta repassando,
representando. Por exemplo, uma criança de 3 anos que fala um palavrão e os adultos
em volta dão risada, vocês acham que ela realmente entende o contexto/significado do
que ela esta falando? Não! Podemos colocar também uma criança pequena usando
sapatos com salto alto, ou maquiada, uma criança que dança fazendo sinal de arminha
com a mão ou com movimentos que remetem ao ato sexual. São coisas do ‘mundo
adulto’ que foram introduzidas no universo infantil sem se dar conta da influencia que
isso vai ter nos comportamentos futuros dessas crianças. A ai no futuro acabamos por
[ler slide]
Culpabilizar a criança – Se quando elas são pequenas, ela vêm os adultos rindo e
achando ‘bonito’ os comportamentos que na realidade são inadequados. Conforme vão

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crescendo elas vão, muito provavelmente, continuar reproduzindo esses
comportamentos. Mas ai passamos a culpabilizar elas por esses mesmos
comportamentos, achar que de uma hora pra outra elas vão magicamente reprimir os
comportamentos inadequados. Não né, elas precisam de orientação sempre. Elas vão
seguir exemplos sempre, a grande questão é: que exemplos estão disponíveis pras
crianças? Que exemplo nós mesmos estamos dando? [ler slide]
Julgamento / Preconceito – Precisamos tomar cuidado pra, mesmo que sem querer, não
acabar por disseminar o julgamento e o preconceito. Na escola, a criança tem a
oportunidade de conhecer outros modos de vida, outras formas de fazer as coisas,
conviver com a diversidade de culturas, religiões, em fim. Não tem nada de errado eu não
concordar com alguma coisa. “A! mas que frescura a criança não vai participar do evento
pq a família dela guarda os sábados”, OPA! “A menina vem com um lenço na cabeça, ai
que coisa feia, que brega”, OPA! Então assim, na nossa atuação, principalmente quando
estamos falando diretamente com as crianças, a gente NÃO PODE incentivar o
julgamento e o preconceito. Não da pra continuar usando frases como ‘Isso é coisa de
menino, é feio uma menina fazer isso’. De novo, que exemplos eu estou dando pras
crianças? [ler slide]
Mentir – Falar a verdade de forma lúdica é uma coisa, como a gente já viu. É adaptar pra
que a criança consiga entender o assunto quando ela ainda não tem idade ou
maturidade, mas relembrando SEMPRE REMETENDO À REALIDADE. Usar histórias como a
da cegonha ou do pé de alface, pra explicar de onde os bebes vem, não é mais
interessante. Ou dizer que existem brincadeiras para meninos e outras para meninas. Não
é correto. Porque uma hora ou outra, ela vai descobrir a verdade, ou ainda ela pode se
deparar com uma situação que ela não vai saber lidar, porque ela não aprendeu a lidar
com aquilo da forma certa. A menina teve a primeira menstruação, se ela não tem esse
conhecimento, ela pode entrar em desespero, pois pra ela, ela está sangrando ‘do nada’.
Então Mentir ou Omitir só vai fazer com que o vínculo de confiança entre você e a
criança, fique fragilizado. “Ah, mas eu só vou dar aula pra ela por 1 ano, depois entra
outro professor e ele que se vire, ele que explique”. Mas a criança vai ser a mesma, e se
ela não passar por um professor que tenha coragem de explicar? Você como educador
pode marcar a vida dessa criança pra sempre, que marca você quer deixar? [ler slide]
Não podemos manter a ideia de que é errado falar sobre sexualidade – Por exemplo, o
menino, muito provavelmente, vai se masturbar e a menina também deveria, porque isso
é conhecer o próprio corpo e faz parte do desenvolvimento. Dizer simplesmente que é
errado, só vai gerar insegurança e mais curiosidade na criança. Então AO INVÉS DE
SIMPLESMENTE DIZER QUE NÃO PODE, TEMOS A OPORTUNIDADE DE TORNAR
PEDAGÓGICO, DE ENSINAR o que é comportamento privado e o que é publico, por
exemplo. Quanto a masturbação, por exemplo. Que eles podem se masturbar, mas que
isso faz parte da intimidade deles, e o que é intimo, precisa ser tratado com cuidado, por
isso precisa ser feito em casa, preferencialmente no banheiro ou no quarto, que as mão
precisam estar limpas, pq se não podem pegar uma infecção, que tem que ir devagar pq
podem se machucar. Esclarecer, que o que NÃO pode, é se masturbar em locais públicos,
por exemplo. Como já tivemos relato em uma escola que um dos alunos estava com a
sexualidade aflorada e se tocou em sala de aula. Esse é um exemplo de situação em que
o professor estar preparado é crucial, podendo trabalhar o assunto com a turma.
Beleza gente?

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Então, isso tudo é legal a gente ter em mente, algumas coisas, para reproduzir e outras
pra evitar. Certo! Alguma questão? [prox slide]

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Ideias de Interação sobre o assunto
 Atividades: Semáforo do Toque / Toque bom e toque ruim;
Mapa das mudanças do corpo; Caixa de perguntas anônimas;
Discussão de casos, vídeos com musicas e propostas no YouTube/Google.
 Livros:
 Meu Corpo meu corpinho de Caroline Arcari
https://www.youtube.com/watch?v=y10MqRSMBss - Leitura do
livro Meu Corpo, Meu Corpinho! com o Tio Tatá
 Pipo e Fifi (2 versões) – Prevenção à violência sexual (disponíveis na web)
 Não me toca seu boboca de Andrea Viviana Taubman (disponível na biblioteca) -
consentimento e violência sexual – para a criança.
 O nosso livro de sexualidade de José R. D. Morfa (disponível na biblioteca) – Educação
sexual para os responsáveis
 A menina que virou Lua de Morena Cardoso – Menstruação

Hoje em dia é bem facil encontrar cartilhas, vídeos e sugestões de atividades sobre
qualquer temática. Só precisamos filtrar o que queremos trabalhar e qual o nosso
publico, pra garantir que o material é adequado e que vai alcançar os objetivos. [ler
slides]
Semáforo do Toque (trabalha identificando as partes do corpo que são intimas) / Toque
bom e toque ruim (com frases pra criança classificar se na situação o toque é bom ou
ruim); Mapa das mudanças do corpo (imagem dos corpos e setas para mostrar as
mudanças da puberdade); Caixa de perguntas anônimas (uma forma de a criança se
sentir mais a vontade para fazer perguntas constrangedoras); Discussão de casos (trazer
exemplos, e pedir que as crianças falarem o que fariam se fosse a pessoa na situação, ou
se vissem algum naquela situação).

Na Biblioteca Central existem 33 livros com a temática ‘EDUCAÇÃO SEXUAL’ e


‘SEXUALIDADE’, a maioria não é muito recentes, mas no geral até que são bons, de
qualquer forma, é sempre importante filtrar as informações pra ver o que se adequa à
nossa realidade e os conhecimentos atuais, assim como se deve ter nos textos que
circulam pela internet. [prox slides]

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Temas Relevantes

 Diferenciar: Amizade, Namorar e Casar.


 Sexo: Prazer e/ou Reprodução
 Gravidez e Aborto
 Métodos contraceptivos e Camisinha
 Família em suas varias configurações (sem filhos,
pai/mãe, 2 pais, 2 mães, divorciados, avós, tios, adoção,
viúvos (as)).
 Sexting
 Abuso Sexual: Prevenção, Carinho x Toque inapropriado,
Pra quem contar, Escuta Qualificada, Como Proceder.

TEMAS QUE PODEMOS NOS DEPARAR E QUE VOCÊS PRECISAM ESTAR PREPARADOS
PARA LIDAR. (podem e devem procurar mais informação sobre...)
Diferenciar: O que são essas relações, todas envolvem pelo menos 2 pessoas e tem
afeto envolvido, mas então qual a diferença, como a gente explica pra criança? O que é
uma Amizade é brincar junto, gostar da companhia um do outro, tem gosto parecidos, é
uma relação de afinidade, ajuda mútua, respeito e confiança; Namorar tem tudo que
tem na amizade, mas o envolve o Amor que é um sentimento e envolve química, o
coração acelera, as pupilas dilatam quando vê a pessoa, a gente quer sempre estar
junto. O namoro geralmente é apenas entre duas pessoas, geralmente, se conhece a
família do namorado. Envolve mais contato físico, podem andar de mãos dadas, se
beijam na boca e alguns inclusive fazem sexo. O importante aqui é DEIXAR CLARO que
NÃO É COISA DE CRIANÇA, e inclusive é crime qualquer tipo de ato libidinoso com
crianças até os 14 anos (ou seja, qualquer práticas ou comportamento que tenha
finalidade de satisfazer desejo sexual, pode ser: apalpar, lamber, tocar, mandar ou
receber ‘nuds’, masturbação, dentre outros. A pena prevista é de 1 a 5 anos de reclusão,
isso se o ato não constituir crime mais grave), mesmo tendo o consentimento dos pais);
Casar (envolve todo que tem no ‘namorar’ e ainda é união voluntária entre duas pessoas
adultas, que pode ou não envolver um ato religioso e Civil).
Sexo: explicar que o ato sexual pode ser realizado pra sentir Prazer e/ou pra Reprodução
também ou seja pra ter filhos. Importante frisar SEMPRE ENTRE ADULTOS. Com as

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crianças um pouco mais velhas, no fundamental, é interessante inclusive falar que o SEXO
NÃO É APENAS O MOMENTO DA PENETRAÇÃO, que podemos considerar parte do ato
sexual, caricias nas partes intimas, seja o toque ou beijos. Porque no caso de a criança se
deparar com uma situação assim ela vai saber o que é e vai ter mais chances de se
defender.
Gravidez / Aborto – Explicar o processo como se engravida. Como é a gravidez (suas
fases). O que é um aborto. Em que situações ele pode ser feito (estupro ou risco de vida
para a mãe).
Métodos contraceptivos – Ensinar que tem algumas coisas que os adultos podem fazer,
pra poder fazer sexo tendo menos probabilidade de gerar um filho e que usando
camisinha, além de evitar a gravidez, também é uma proteção pra evitar pegar doenças
sexualmente transmissíveis.
Família – tudo isso é família. E merece ser tratada e respeitada como tal.
Sexting – Esta cada vez mais comum entre os jovens É o enviar conteúdos provocativos
de caráter sexual, como nudismo ou seminudismo, em forma de textos, fotos, vídeos, via
celular ou computador. Segundo o IWF (que é um site que reporta atividades ilegais na
internet) Somente no 1º semestre, comparando 2021 e 2022, houve um aumento de
360%, no numero de crianças, entre 7 e 10 anos, que postaram NUDS na internet.
Abuso Sexual: como se proteger, o que é e qual a diferença entre um Carinho x Toque
inapropriado, caso aconteça algo Pra quem a criança deve contar, a quem ela pode
recorrer, a Escuta Qualificada como o adulto pode acolher essa criança sem influenciar o
discurso dela, sem julgar, e Como o adulto deve Proceder, a criança contou algo pra vc
ou vc desconfia de algo, o que fazer. [prox slide]

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Denuncias
• Conselho Tutelar;
• Disque 100 – canal gratuito e anônimo;
• Escola, com os professores, orientadores ou diretores;
• Delegacias especializadas ou comuns;
• Polícia Militar, Federal ou Rodoviária Federal;
• Número 190;
• Casos de pornografia na internet:
www.disque100.gov.br

Esses são canais de denuncias, é bom a gene conhecer. [ler slide] [prox slide]

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Perfil das vitimas Ainda sobre
abuso

Dados do DIQUE 100 e do Ministério da Saúde. De 2021.

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Lei 9.970 Ainda sobre
abuso

A data foi escolhida em memória da menina Araceli Crespo, estuprada e morta em 18 de


maio de 1973, um crime que permanece impune e até hoje.
Foi instituído o que também é chamado de Maio Laranja, através da Lei 9.970 de 2000.
A campanha mais conhecida e divulgada é a “Faça Bonito”.

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Temas Relevantes

 Gênero
 Identidade de Gênero
 Expressão de Gênero
 Orientação Sexual

Voltando aos Temas Relevantes.


O que é Gênero: é a classificação feita com base no sexo biológico, que a pessoa nasce.
Que pode ser homem, mulher ou intersexual (que são pessoas que nasceram
com características biológicas que englobam tanto o gênero feminino quanto masculino,
o que antigamente chamavam de hermafrodita, que alias hoje é considerado um termo
preconceituoso).
Identidade de gênero: é o modo como o indivíduo se identifica com o seu gênero. Como
se reconhece: Cisgênero (homem/mulher), Transgênero ou Não binário (nenhum ou
ambos).
Expressão de gênero: é como o indivíduo expressa o seu gênero para a sociedade, seja
através das roupas, da linguagem, de atitudes, gestos, etc. Andrógeno engloba
masculino e feminino.
Orientação sexual – é o gênero pelo qual a pessoa sente atração afetiva e sexual. As
nomenclaturas dadas à orientação sexual mudam com certa frequência. As mais
divulgadas são: heterossexual, homossexual, bissexual, assexual ou pansexual.

Em um ciclo natural, essa ‘descoberta’ acontece entre a infância e o início da


adolescência, mas, por preconceito e/ou discriminação, a criança ou o jovem pode
bloquear ou até mesmo nega a sua Orientação Sexual, reprimir a sua Expressão, e essa
‘descoberta’, que na realidade é a sua vivencia, vai ser vivenciada verdadeiramente só la
na fase adulta. [prox slide]

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Siglas

Lésbicas – pessoas do gênero feminino que sentem atração sexual e/ou afetiva
por pessoas que também são do gênero feminino.
Gays – pessoas do gênero masculino que se relacionam sexual e afetivamente
com pessoas também do gênero masculino.
Bissexuais – pessoa que se relaciona sexualmente, afetivamente e
emocionalmente com pessoas do gênero feminino e masculino.
Transgênero – pessoa que transcende e/ou transgride o gênero atribuído
socialmente ao seu órgão sexual, sendo o guarda-chuva maior que abriga outras
identidades de gênero. Como Travesti, Transexual, Andrógino e Não-Binárie
• Travesti - pessoa que nasceu no gênero masculino, mas se entende pertencente ao
gênero feminino, porém não reivindica a identidade “mulher”.
• Transexual - além de não se sentir pertencente ao gênero atribuído socialmente ao
seu órgão sexual, sente a necessidade de fazer uma transição também biológica.
• Andrógino - pessoa possui características dos dois gêneros; que englobam tanto
características físicas quanto de expressão e em alguns casos, biológicas também.
• Não-Binárie - sente que seu gênero está além ou entre a convencionalidade de
homem ou mulher e pode defini-lo com outro nome e de maneira totalmente
diferente.

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• Gênero fluido - Sua maior característica é o fato de existir uma fluidez que
transita entre uma identidade ora feminina, ora masculina ou a mistura das duas.
Queer – a palavra significa estranho e sempre foi usada como ofensa a pessoas
LGBT+. No entanto, a comunidade LGBTQIAP+ se apropriou do termo e hoje é uma
forma de designar todos que não se encaixam na heterocisnormatividade.
Intersexuais – pessoas que nasceram com características biológicas que
englobam tanto o gênero feminino quanto masculino. Essas características
podem estar presentes em alterações hormonais e também nas genitálias.
Assexuais – não possuem atração sexual por outras pessoas, independente do seu
gênero. Porém é totalmente possível ser assexual e ter uma vida romântico-
afetiva ativa.
Pansexuais – sente atração sexual e/ou romântica por todas as identidades de
gênero, inclusive as que não pertencem ao campo convencional do masculino ou
feminino.
‘+’ – Engloba varias outras identidades e expressões como: Cisgênero,
Crossdresser (parte da sua expressão no dia a dia o hábito de usar peças de roupa
do gênero oposto)e Drag Queen/King;) (gosto e o hábito de se produzir
com características marcantes do gênero oposto para atividades performáticas.

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Símbolos

Ao longo do tempo muitas siglas e símbolos, foram criados em uma tentativa de trazer
REPRESENTATIVIDADE as varias Identidades, Expressões de gênero e também às
Orientação Sexual.

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O importante é RESPEITAR a pessoa,
independente da nomenclatura com
a qual a ela se identifica e como ela
se autodenomina.

A mensagem que deve ficar: [ler slide]

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Temas Relevantes

 Higiene, cuidados com o corpo e doenças


 Modificações do corpo
Físicas
Menstruação
Ereção
Masturbação
Orgasmo

Algumas coisas nós até já falamos hoje aqui.


Higiene, cuidados com o corpo e doenças – Como deve ser feita, quem pode ajudar
(não é qualquer adulto)
Modificações do corpo – O que é normal, em que idade, pq acontece....
Físicas – braços e pernas crescem rápido, ficam desastrados, os seios, o gogó, os pelos...
Menstruação – o q é a menarca, qndo ela costuma acontecer, pq a menstruação
acontece, cólicas e como amenizar... Pediatra/Ginecologista.
Ereção – o que é, pq acontece...
Masturbação – como já falamos, pode ser feita, mas com responsabilidade e higiene. Em
local privado.
Orgasmo – o q é, pq e como acontece.

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“Ao invés de sermos aqueles que
estrategicamente colocam os obstáculos,
devemos ser aqueles que pedagogicamente
criam mecanismos para que o aluno
consiga se desenvolver.”
(Rodrigo Fonseca, consultor pedagógico)

Karyn Natanne Tezzari


Psicóloga CRP 12/20389
48 3272-8663 (whatsApp) OBRIGADA!

Obrigada! Então assim gente eu falei aqui de maneira bem geral ta. Da sim pra gente
aprofundar mais, em algumas questões mais especificas e eu me coloco a disposição de
vcs, não só quanto a essa temática, mas se precisarem de alguma orientação, ajuda. Me
Chamem, no slide esta o meu Whats aqui na Secretaria, aceito duvidas, sugestões,
vamos conversar!

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