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Samia Marsili
E aí eu falei, “ah, vou escutar a resposta que essa psicóloga resolveu dar”. E
aí, para minha surpresa, ela deu uma resposta inacreditavelmente óbvia, mas não
óbvia, no sentido de que quando a gente escuta a verdade das coisas, algo que
parecia muito complexo, a gente vê que na verdade é muito simples e quase que
desmistifica alguma coisa do que a gente imaginava, né? Porque a gente está
vendo aquilo pelo prisma da verdade, como de fato elas são. E aí as coisas se
descomplicam. Não, não foi óbvio nesse sentido. Foi óbvio no sentido de descrever
a realidade de forma, assim, cartesiana num nível sinistro.
O que ela faz? Ela começa a explicar, olha só que incrível, que camisinha é
um pedaço de plástico em que o homem e a mulher podem usar na hora em que há
uma relação sexual para que eles não engravidem e não transmitam doença um ao
outro. “Nossa, caramba, acho que nunca ninguém pensou que camisinha era isso,
né?” Ou seja, minha querida, isso o Google responde. Obviamente que os nossos
filhos não querem saber isso quando eles estão perguntando para a gente o que é
uma camisinha. Falar sobre sexualidade é muito além de dar uma visão científica,
uma visão materialista das coisas.
A primeira coisa, você precisa saber aonde surgiu essa dúvida e como essa
dúvida chegou até ela. Ou seja, quando ela pergunta, uma criança dessa idade
pergunta algo para você ou de qualquer idade, a gente precisa estar com o nosso
olhar clínico. A gente precisa ter um olhar anaminético, digamos assim, né?
Anamnese é essa história que os médicos, os psicólogos, colhem para a gente ter
Além disso, a gente sabe que a forma como a gente deve abordar esse tema,
principalmente para quem já fez o curso de sexualidade, normalmente ela é
abordada de forma fria, de forma negativa, então de que jeito negativa? Olha,
quando a gente vai falar de sexo, a gente tem que falar contra, prevenindo gravidez,
prevenindo DST, prevenindo abuso, prevenindo uma série de coisas e não se fala
com as crianças ou os adolescentes sobre a forma positiva, o que é então? Eu
desejo ter, eu preciso ter medo disso, porque se isso é uma coisa tão boa, porque
eu tenho que ficar tão cheio de, “ah meu Deus, cuidado, meu Deus, cuidado, meu
Deus, cuidado”, então por um lado se estimula que se fale com as crianças sobre
isso, mas por outro a gente coloca na cabeça das crianças um monte de “se nãos”
em relação ao ato conjugal e o ato conjugal não é isso, o ato conjugal é justo o
oposto, o ato conjugal é entrega até o fim, é uma entrega tal que no final de 9
meses ela pode dar origem a uma nova vida, você pode dar o nome a ela.
Ou seja, a gente muitas vezes não só é falar de forma fria, negativa, mas
também de forma mentirosa, porque de forma mentirosa? Porque só se conta sobre
Então é curioso, talvez isso fique muito caricato, ou seja, fique explícito essa
relação da afetividade dentro da infância, com a expressão dela, da sexualidade na
adolescência, em um caso clínico que eu estava vendo de uma menina de 16 anos,
que ela tinha, ao longo da descrição do caso clínico, ela tinha muita dificuldade e
problemas de percepção corporal, ela se percebia gorda demais, ela se percebia
feia, ela se percebia estranha, ela se sentia um peixe fora d'água, então ela tinha
claramente uma insegurança em relação a sua imagem, então ela tinha problemas
de relacionamento com a mãe, problemas de relacionamento com o pai, problemas
de relacionamento com o irmão, ela brigava muito com o irmão, ela apanhou do
irmão, a mãe se sentia mais bonita que ela. Ou seja, além disso, ela tinha
dificuldade de abraçar o pai, então ela se sentia incomodada ao abraçar o pai. E aí
vai descrevendo o caso clínico e no meio do caso clínico conta que ela,
adolescente, 16 anos, namorava um rapaz trans, e aqui eu não vou entrar no mérito
moral da coisa, mas só é uma forma da gente perceber a sexualidade estar dizendo
sobre como ela se sente, como ela se sente em relação às pessoas, ou seja, talvez
ela de fato tivesse uma atração sexual por um menino. Ou seja, um transexual
homem significa que ele é um menino, ou seja, ele tem órgãos genitais masculinos,
mas ele se veste como uma menina, então ela sentia a atração sexual por um
homem, por um órgão genital masculino, mas como ela tinha dificuldade de ser
abraçada por um homem, esse homem estar transvertido, não sei se essa é a
palavra, estar nas vestes de uma mulher, na verdade ela se sentia menos pior
assim, ou seja, essa relação com um rapaz trans falava muito mais sobre como ela
se percebe e como ela se relaciona com as pessoas, do que outra coisa, então a
maneira como ela se relaciona com essa família está se expressando agora na
adolescência, entende?
Então isso é só para mostrar para vocês como de fato há uma correlação, é
claro, pode ser que tenha, isso não explica todos os problemas sexuais que as
pessoas vão ter. Ou seja, as pessoas que têm alguma questão sexual não significa
que necessariamente elas tenham um problema de afetividade familiar, não estou
dizendo isso. Mas há uma correlação, ou seja, as crianças que foram bem educadas
Então partindo do princípio que essa menina não menstruou ainda, e que ela
ainda está na fase de latência, o que a gente deveria falar? Então a fase de latência
é essa fase das crianças ali por volta da idade da razão até chegar o início da
puberdade, logo antes do início da puberdade, em que essas crianças não têm um
interesse sexual pelas pessoas, ela não olha as pessoas e os acontecimentos pelo
prisma da sexualidade, tá? Então a gente não deve perturbar essa fase de latência
com informações sexuais desnecessárias, isso não significa que a gente não deva
responder às perguntas dos nossos filhos, mas a gente deve se limitar ao que eles
nos perguntaram, sem o desejo de antecipar esse despertar sexual que ainda não
aconteceu, então a gente deve sim responder, mas nos limitando a responder o que
foi perguntado.
Claro, a gente vai falar um pouco mais na frente, a gente tem que estar
sempre atento para saber se essa fase de latência foi perturbada com alguma
informação sexual que é necessário a gente dar uma explicação a mais, que é
necessário a gente preparar o nosso filho para que ele possa enfrentar essa
situação, mas a princípio, se não aconteceu isso, a gente deve respeitar a fase de
latência. Claro que crianças que são expostas a pessoas sem roupa
constantemente, a movimentos eróticos em danças, por exemplo, a músicas com
conteúdo sexual, a conversas inapropriadas para a idade, a cenas de filmes,
novelas, séries, elas provavelmente vão ter uma antecipação das dúvidas e do
interesse sexual. Só que é uma pena, porque acaba tendo uma desconexão afetiva
e emocional, ou seja, ela tem um conhecimento, mas ela não está de alguma forma
naquela fase, aquilo não está encaixando nela dentro do desenvolvimento normal
dela. Então, ela se interessa, mas ela não tem maturidade emocional, intelectual e
volitiva − ou seja, de acordo com a vontade −, para entrar nesse campo. Então,
colocar os nossos filhos nesse campo, expondo-os a tudo isso, sem que eles
tenham uma formação emocional, intelectual e volitiva para isso é uma situação
muito complicada, que causa muitas confusões.
Então, nessa fase, essa fase de latência, ela precisa estar imersa no
ambiente afetivamente estável e atento à formação do seu caráter. Aqui eu vou
descrever algumas coisas na formação do caráter dessa fase de latência, da
Além disso, ela precisa reconhecer, por exemplo, os seus defeitos e saber
que muitas vezes ela vai cometer faltas e que ela precisa pedir desculpas e reparar.
Olha como isso é importante na vivência da sexualidade, em que às vezes a gente
percebe que avançou alguma coisa e que a gente vai retornar e pedir desculpas e
reparar. Ou que a gente vai desenvolver, por exemplo, na temperança, a capacidade
dela identificar um bem, que é um bem ilícito, como por exemplo, o ato sexual, mas
saber a justa medida de obtê-lo. Ou seja, ela não pode obter o ato sexual na hora
que ela quer, como que ela quer, com quem ela quiser, que tem um horário local
com quem ela deve fazer isso pelo bem dela e pelo bem da outra pessoa.
Desenvolver, por exemplo, na virtude da fortaleza, conseguir resistir às coisas que
ela identifica como não sendo adequadas, como por exemplo, a pornografia, como
por exemplo, a masturbação, como por exemplo, não desejar o namorado de uma
amiga dela, entende?
Como é que a gente ensina isso na fase de latência? Batendo a porta antes
da gente entrar; Não pode ficar no banheiro com a mamãe, não pode mexer nas
coisas das outras pessoas sem a nossa permissão, a gente não pode contar um
segredo que a pessoa nos contou, a gente não pode falar mal dos outros, porque as
pessoas têm a própria intimidade e a gente precisa preservar essa intimidade das
pessoas. Então isso tudo a gente ensina na fase de latência. O respeito em não
falar quando alguém está falando, isso a gente, nessa em não falar quando alguém
está falando, a gente está ensinando para os nossos filhos que a outra pessoa tem
dignidade, a outra pessoa tem desejos, a outra pessoa tem ideias, que eu preciso
respeitar que ideias são essas, saber ouvir. Olha, como isso não é importante na
violência da sexualidade, no relacionamento entre as pessoas? Se portar bem a
mesa, por exemplo, pensando em que as pessoas também vão ter que comer e eu
não posso comer tudo, para que sobre comida para as outras pessoas, isso faz
parte da percepção em relação ao outro.
E daí eu queria mostrar para vocês um vídeo que eu vou pedir para o pessoal
da equipe passar para vocês que é um vídeo bem engraçadinho que ele vai contar,
vai aí mostrar um diálogo entre a mãe e uma criança. Passa aí pessoal, depois eu
comento o vídeo.
Então, esse vídeo é bem engraçado, porque, justamente, estão as duas ali
conversando, e a mãe ali cuidando da cozinha, e a menina pergunta para a mãe o
que é virgindade. E a mãe começa a ficar toda embananada. Claramente, é uma
criança pequena nessa fase de latência, e a mãe começa a ficar toda enrolada e
começa a tentar responder o que é. E aí, depois, ela resolve perguntar para a
menina, mas aonde você ouviu falar sobre isso? E ela falou, “não, mãe, eu li aqui no
azeite. Azeite extra virgem”. Ou seja, isso mostra um pouco que, nessa fase de
latência, a criança está pensando nessas coisas. Só que, muitas vezes, a gente,
naquela ânsia e no medo de uma hora o meu filho vai perguntar sobre isso, o que
eu vou responder? Vários ensaios que a gente faz na nossa cabeça, a gente acaba
enfiando os pés pelas mãos.
Enfim, é nessa fase de... E aí, a gente estava falando do quanto a mãe é
acessível. É nessa fase de latência que a criança percebe, muitas vezes, a
diferença entre os sexos, que existem menino e menina. E, muitas vezes, as
crianças ficam repetindo isso. “Ah, ele é menino, ela é menina”, né? Já desde muito
pequenininhos. E não tem problema nenhum os mais velhos verem os bebezinhos
trocando fralda. Aliás, é uma ótima forma deles verem a diferença entre, de fato, as
genitálias. E a gente pode explicar para uma menina que um bebê menino, por
exemplo, tem o pênis, e aí você pode chamar de pintinho, pode chamar de pinto,
como você quiser, né? Que ali tem o canal onde ele faz xixi, que é um canal maior
do que o dela. Então, isso, você não precisa responder nada relacionado à
sexualidade, né? E também o contrário para o menino, né? Você pode explicar, “ah
não, mas por que ela não tem o pintinho?” Porque a uretra dela é menor. Que é o
canal que faz xixi. Eles ficam satisfeitos com essa resposta. Você não precisa entrar
em explicações mais complexas, tá bom?
Então, isso, a forma como a gente vê o mundo, a forma como a gente atua
no mundo não deve ser ignorado. Então, por exemplo, para os meninos na fase de
latência, a gente deve ensinar que a masculinidade, a força, não é sinal de
superioridade. Então, que de fato eles costumam ser mais rápidos, eles costumam
ser mais fortes, mas que essa força e essa capacidade de trabalho físico, ela deve
ser um chamado a eles a uma responsabilidade de proteção e serviço, sempre no
relacionamento com as meninas. E no relacionamento com os meninos, não é para
que eles briguem, mas para que eles se respeitem, para que eles unam forças a
favor de um ideal, para que eles unam forças para lutar e honrar um ideal, né? E
para proteger as pessoas que estão sob seus cuidados. E as meninas precisam
aprender a utilizar, por exemplo, da sua eloquência para reconciliar as pessoas,
para defender valores que são propriamente humanos, isso é muito próprio do
feminino, para dar bons conselhos, a sua capacidade de intuição para perceber e
cuidar de quem sofre materialmente e espiritualmente, a sua capacidade também de
intuição para unir as pessoas, para perceber que algo não está legal, para unir em
vez de separar as pessoas, usar o seu afeto, a sua ternura, para criar ambientes
agradáveis, para criar ambientes acolhedores, alegres. A sua agudeza de engenho,
de inventar as coisas, para dar soluções que levem em conta os valores humanos,
porque isso é muito próprio do feminino, e quanto as mulheres podem levar isso
para a ciência, para a política, para a educação, para uma série de coisas, né?
Então, isso, a inclinação das mulheres para grandes feitos, a gente deve animar
isso, tá bom?
Então, como então que a gente deve falar nessa fase, nessa fase de
latência? A gente deve puxar sempre para a questão do mistério e da reverência
que a gente deve ter ao falar do ato sexual. Sim, a gente tem que falar isso de forma
misteriosa e com certa reverência, porque de fato isso é muito verdadeiro. O
mistério da união de duas pessoas dando origem a uma vida, isso é um mistério,
essa realidade é um mistério, e que é necessário que a gente entre nesse campo,
tirando as sandálias dos nossos pés, a gente não pode olhar para a sexualidade,
para o relacionamento entre o homem e uma mulher, e ver naquilo sujeira, e ver
naquilo pouca vergonha, e ver naquilo um certo nojo, asco, ou algo que a gente não
está querendo entrar, porque se a gente está sentindo vergonha, de fato a gente
não sabe o que é o ato sexual. É claro que a gente não vai expor o nosso ato sexual
que a gente tem com o nosso marido, porque aquilo é uma intimidade, e a gente
deve nos despir diante da pessoa que a gente ama, e os nossos filhos não tem que
ser protagonistas disso, porque aquilo é algo que deve acontecer entre duas
pessoas, entre só elas. Mas falar sobre isso não pode nos trazer vergonha, se está
nos trazendo vergonha é porque a gente não tem a mínima ideia do que é o ato
sexual.
Então a gente deve conversar com os nossos filhos sobre assuntos que
envolvam esse mistério de forma reverencial, ou seja, de forma cuidadosa, de forma
carinhosa, de forma a que eles consigam entender que o ato sexual, ele
obviamente, ele tem um caráter unitivo entre as duas pessoas, mas ele tem
também, e necessariamente, um caráter de fecundidade. Ele foi feito para isso, para
essas duas coisas, para a união dos dois, e para a fecundidade daquela relação.
Então é necessário que a gente fale sobre isso, tá? Então a gente pode falar como
eles nasceram, como eles foram desejados, né? Como que foi no dia que eles
nasceram, como é que foi a contração, como é que foi quando foi pra médica, como
é que foi que ficou na banheira, que não ficou na banheira, a gente pode mostrar um
vídeo, um vídeo do nascimento deles, a gente pode mostrar tudo isso, né? Para que
eles percebam que “caramba”, isso, esse momento ele está envolvido com algo
muito maravilhoso, que é a origem de uma nova vida, né? Como foi a gestação,
como foi o parto, e você pode falar, “ai, Samia, mas na hora que a gente for falar
Então eu vou explicar aqui para vocês, né? Eu vou utilizar aqui uma bolinha
aqui de aniversário e uma bola de ping-pong, talvez algumas de vocês já tenham
visto essa experiência, mas eu acho que vale a pena fazer para as crianças, que
elas se sentem, é divertido para elas, enfim, né? E aí eu acho que é muito gráfico, tá
bom? Então eu vou fazer aqui para vocês.
Então, bem, é uma experiência que mostra justamente isso, que o bebê
nasce, né, e daí acontecendo o período expulsivo. E é interessante para a gente
mostrar para os nossos filhos como é que o bebê nasce, combinado? Nessa fase de
latência.
Então, além da gente falar como nascem os bebês, de fato, eles podem nos
perguntar como é que esse bebê foi parar na barriga da mamãe, né. Algumas
crianças aceitam uma resposta mais tranquila, outras a gente vai ter que entrar um
pouquinho numa parte um pouco mais densa, né. E aí eu sugiro que a gente fale a
verdade. Mas a verdade não é falar só sobre o ato sexual. Essa é apenas uma parte
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“Tá bom, Samia, mas como eu tenho que responder para minha filha de 10
anos que perguntou sobre a camisinha?” Vou explicar só mais uma vez, antes de te
dizer. Eu vou explicar sobre a camisinha especialmente, mas eu preciso que você
entenda, porque eu não vou estar na hora que você vai conversar com seus filhos,
então eu preciso que você entenda para que você esteja munida de uma série de
conhecimentos para que você consiga explicar da melhor forma possível.
Então isso, gerar uma vida é algo maravilhoso, então nós somos doadores de
vida, sempre, todos nós, homens, mulheres, nós somos doadores de vida, vida
material, vida espiritual, vida moral, a gente é chamado a isso, sem exceção. Só que
no matrimônio essa geração material, digamos assim, espiritual, ela acontece como
consequência do amor entre duas pessoas, e como a gente dizia, esse amor exige
liberdade e responsabilidade, porque ele traz consequências, não só para a minha
vida, mas para a vida da pessoa que eu estou me relacionando, e para a vida de
uma possível terceira pessoa se a gente engravidar.
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Então, “ah, Samia, mas isso é uma loucura”, isso não é uma loucura, isso é a
responsabilidade de fato, então é isso que eu falava no início, o ato sexual ele é
unitivo, união e fecundidade, os dois têm que estar juntos. Quando isso está
dissociado, causa-se uma dificuldade muito grande de comprometimento dos dois,
com a sua própria responsabilidade, com o outro e com essa terceira pessoa,
entende?
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E aí você vai ver como que ela vai perguntar, o que ela vai responder, então
vai aos poucos, especialmente esse tema da camisinha é um tema complicado,
porque você vai ter que dizer onde essa camisinha vai, quer dizer, eu não disse que
essa camisinha vai, eu falei fisicamente, e se ela tiver visto ou se souber algo a
mais, ela vai te perguntar, e aí você precisa responder, e vai até onde ela sabe,
onde está, o que você quer saber, o que você já ouviu falar sobre isso, e aí você vai
conversando sempre trazendo esse lado espiritual pra coisa, pra sempre relembrar
a sua filha da responsabilidade que ela tem para com a sua sexualidade, tá bom?
Então aqui eu acho que ficou bastante claro, a gente pôde falar bastante coisa
sobre essa fase de latência, em outra oportunidade a gente vai falar um pouquinho
sobre como começar a conversar na fase de puberdade.
Samia Marsili
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