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Filho sem “Rótulo”
30 de Abril, 2021 Diagonosticos, Investigação
Hoje sei, que a causa do autismo está ainda a ser investigada, mas tudo indica
que existirá uma combinação de fatores – genéticos e ambientais – que podem
ser responsáveis pelas diferenças de desenvolvimento. O autismo não é
causado pela educação de uma pessoa nem são as circunstâncias sociais a
causa da condição do indivíduo.
Deixei de me condenar, pela ideia de culpa pelos problemas do meu filho, pois
contrariamente, ao mito a respeito do autismo, em que muitas pessoas ainda
não sabem lidar com o chamado perturbação do espectro do autismo, que
afeta 1% da população mundial.
Quando recebi o diagnóstico, foi como viver um momento de não saber o que
fazer, de não ter chão para segurar as minhas pernas, porque perdi aquela
ideia que tinha do que o meu filho seria.
Tudo isto pode ser possível de acontecer já que o autismo é um espectro com
vários níveis, mas pode ser que obstáculos e dificuldades se apresentem.
Muitos pais veem as suas expectativas e desejos frustrados quando chega o
diagnóstico de autismo.
E por fim ressaltar que muitas vezes os pais estão preocupados em oferecer o
máximo de recursos e oportunidades aos filhos negligenciando o seu próprio
sofrimento em virtude da falsa premissa de que “Primeiro vou cuidar do meu
filho, depois de mim”.
Por:
Inês Castro Fortunato
Beatriz Cruz Filipe
https://www.facebook.com/associacaovencerautismo/posts/690433700968606/
Vencer Autismo
4 de Novembro de 2013 ·
Vou contar, de forma resumida, a evolução do meu filho até agora. Este testemunho foi
revelado a uma pessoa que me contatou depois de ter lido que o meu filho tinha superado o
autismo. Então, é assim: «Logo que entrou para o Jardim escola, com a idade de 3 anos, era
uma criança diferente das outras. Contudo, eu e ele entendiamo-nos muito bem através do
olhar...! Por essa idade, e apesar dos meus esforços, ele não sabia falar, não sabia comer e
utilizar os talheres, não sabia brincar, apenas queria mexer em celulares, pôr os aparelhos de
som a trabalhar, mexia nos controles de Tv e sabia-o fazer muito bem e ninguém lhe disse
nada. Nunca se interessou por brinquedos da idade dele. Tive que os guardar todos, e só por
volta dos 7 anos começou a interessar-se por eles. Se íamos almoçar ou jantar a algum
restaurante e se estivesse acordado, nada o intertia e gritava imenso e isso obrih«gava a que
tanto eu ou o pai tivessemos que comer sozinhos, enquanto o outro ía passear com ele para o
entreter. Havia certos programas de Tv que ele gostava, como, por ex, publicidade, as séries do
nody, e nada mais. E, quando passeavamos com ele, todo o cuidado era pouco, porque, de
repente, fugia de nós em qualquer direção, não medindo o perigo do seu ato. Ele sempre teve
muita força e isso jogava a nosso desfavor. Sofremos imenso com esta criança, mas tb
soubemos ter imensa paciência com ela, e, sobretudo, muito amor. Contudo, ele nem sempre
se isolava, e às vezes procurava a nossa companhia. Isso começou a melhorar quando
começou a frequentar o Jardim de Infância.Quando inscrevi o meu filho no Jardim de Infância
falei às educadoras sobre as dificuldades que tinha com o meu filho, mas na altura, ainda não
sabia que ele era autista.O 1ºano que o Luís frequentou, foi horrível para mim, porque as
educadoras só me faziam queixa do meu filho; ou seja, diziam-me que era um verdadeiro
terror, e ficou proibido de almoçar no Jardim. Passados 4 meses de o meu filho estar naquele
JI, resolvi despolutar o problema do autismo, visto que as educadoras terem muitas conversas
indirectas sobre esse problema do meu filho. E, houve uma que caíu na minha "armadilha" e
confessou o que eu suspeitava. Ao saber disso fiquei transtornada, mas não derrotada. Jurei
que o meu filho iria ultrapassar as suas dificuldades. Acalmei-me e através de um trabalho
intensivo entre educadoras, eu e uma pseudopsiquiatra, começámos a trabalhar esta criança.
Os resultados não apareceram logo. Dois anos após o seu começo e com a ajuda de Deus, o
meu filho não era a mesma criança. Ele não era um autista profundo, talvez fosse médio,
segundo o que me disseram. Pode crer, amiga Márcia, que trabalhei imenso o meu filho a
todos os níveis: linguisico, gestual, de compreensão, de escrita. As educadoras tb ajudaram
muita, apesar de me terem. inicialmente tratado mal, mas hoje, quando há uma palestra sobre
autismo, querem que esteja presente para contar a minha experiência. Com 6 anos o meu filho
entrou para o 1º ano do Ensino Básico, que era a nossa 1ª Classe. Integrou-se totalmente. Sem
problemas de comportamento e tornou-se um bom aluno. Hoje, está no 6º ano do 2º Ciclo e
continua a ser bom aluno. Pratica aulas de natação e já ganha medalhas. Tb o pus no
Taekondo, e no ultimo fim de semana passou de nivel. Por isso, eu, os pedagogos que o
acompanharam e mesmo os médicos consideram o Luís curado! Ele é realmente um caso raro,
mas um caso cujos pais nunca baixaram os braços e nem se resignaram! (Resta-me acrescentar
que o meu filho só começou a falar corretamente aos 4 anos de idade.) Um abraço da Liliana.