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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB –

campus Jequié
Disciplina: Ciências Sociais
Professor: Dr. Fábio Mello
Discente: Bruno de Jesus Fontes

ATIVIDADE

1. Explique o sentido do condicionamento cultural presente no texto.


R: O condicionamento cultura no qual retrata o texto diz respeito ao que é ou não
coerente diante das “lentes” do ver o mundo em uma determinada sociedade. O
que para uma civilização específica parece ser algo sem sentido, por ser
aplicado em um contexto diferente, para outra é tido como aceitável e conexo.
Um determinado sistema de comportamento padronizado estabelecido em um
povo, pode ser estrando para outro, nisto está, então, o condicionamento
cultural. Essa visão própria de um povo, o qual eles acreditam ser o mundo.
O texto traz um termo interessante para isso: “diferentes maneiras culturais de
efetuar ações fisiológicas”. A fim de exemplificar isto ele cita Marcel Mauss e o
conclui referenciando “os homens são dotados do mesmo equipamento
anatômico, mas a utilização do mesmo [...] depende de um aprendizado e este
consiste na cópia de padrões que fazem parte da herança cultural de um grupo”.

2. Qual a relação de feitiçaria com a realidade social?


R: Entende-se por feitiçaria a ação sobrenatural para um fim específico de
interesse. O texto traz muito do apropria-se no que se acredita e ter uma resposta
fisiológica oriunda deste estado de apropriação. Dessa forma a feitiçaria e a
realidade social se entrelaçam trazendo respostas fisiológicas por conta de
fatores psicológicos, sendo então uma relação do que se acredita e expressão
de seus efeitos. Próximo disto tem-se as doenças psicossomáticas, fortemente
influenciadas pelos padrões culturais, porém vai muito mais além essa relação
do que se acredita e as repostas decorrente expressas no corpo. O texto vai
além ao relacionar o relógio biológicos com diferentes realidades pelo
condicionamento localização geográfica.

3. Explique a questão do nível de participação dos indivíduos em sua


cultura.
R: Logo de cara, o texto deixa claro que a participação do indivíduo em sua
cultura é limitada, pois nenhuma pessoa consegue participar de todos os
elementos de sua cultura. Isto devido a fatores limitantes, como idade, sexo,
classe etária, relacionamento e outros. Para justificar isso, é citado Marion Levy
que diz: “nenhum sistema de socialização é idealmente perfeito, em nenhuma
sociedade são todos os indivíduos igualmente bem socializados [...]. Um
indivíduo não pode ser igualmente familiarizado com toso os aspectos de sua
sociedade”. Dessa forma, entende-se que ninguém vai dominar todos os campos
de conhecimento e ser totalmente apto em qualquer papel em sua sociedade e
nisto pode haver a perda de controle de uma determinada situação. Porém, de
todos é requerido o mínimo de participação a fim de permitir a articulação entre
os demais agentes em seu meio.
Existem saberes comuns a todos os membros de uma sociedade e isso favorece
as relações. Palavras corteses e determinados comportamentos aplicados no
devido contexto, são formas de evitar rupturas e isso demonstra domínio do
indivíduo em sua cultura, uma vez que tal fato o permite prever reações.
Faz-se necessário entender também, que padrões de comportamento podem ser
quebrados devido à falta de comunicação decorrente de padrões não cobrir
todas as situações possíveis. Isso pode ocorrer pela evolução do padrão cultural,
ocorrentes de forças externas, para exemplificar isso o autor traz um texto de
Robert Murphy que conta a estória de Biboi, que pelo enredo, permite-nos
entender que o comportamento adverso a diferentes culturas que ele tentou
permear, fez com no final da vida, ele se sentisse não pertencente a lugar algum.

4. Como explicar a realidade por meio da cultura?


É preciso entender as diferenças e respeita-las, não inferiorizar um
conhecimento somente porque ele não é científico. Pois, a história da
humanidade é permeada pelo contínuo magia, religião e ciências. A isto o autor
chama de sistemas simultâneos e não-sucessivos. Então, cada sociedade terá
uma explicação da realidade diferente da outra, mesmo que em muitas sejam
totalmente parecidas.
Nisto, temos que diferentes povos vão definir a sua realidade pela ótica cultural
na qual está imerso e outras visões podem soar estranhas e inverdades. O que
precisa ser entendido é que as diversas explicações sobre a vida, morte,
fenômenos naturais e outros, em diversas sociedades humanas são lógicas e
encontram a sua coerência dentro do próprio sistema.
A ordem que contemplamos nada mais é fruto do procedimento cultural, e
mesmo que haja um rigor científico, que busca sistematizar a natureza, cada
cultura terá sua compressão e por meio dela sua classificará a sua realidade.
Carregamos intrinsecamente concepções culturais, ainda que adotemos um
outro ponto de vista entrelaçado na cultura. Por exemplo, ainda que aceitemos
a ideia da ciência ser a parte do divino, existem muitos cientistas religiosos. E
por mais que possamos explicar diversos fenômenos pelos meios científicos,
ainda podemos acreditar que determinadas superstições possam funcionar.
5. Qual a relação entre cultura e globalização?
Sociedade simples, aquelas que decorrência do tempo não tem contato com
outras, dão ideia de estaticidade, que não mudam, mas um olhar mais profundo
pode provar o contrário, pois o ser humano tem a capacidade de questionar os
próprios hábitos e modificá-las. Uma mudança mais lenta em uma sociedade é
resposta da satisfação que esta apresenta de si mesma, o que é relativa.
Disto pode-se inferir que toda cultua está em processo contínuo de mudança. O
contato estimula a mudança. O texto afirma haver dois tipos de mudança a
interna e a externa. A segunda diz respeito ao contato e é mais rápida e pode
ser brusco. Este segundo é o que mais ocorre nas sociedades, é o mais dinâmico
e com certeza decorre do processo de globalização.
A globalização é esse agente externo que age e modifica a cultura de forma
rápida e pode ser brusca. Muitas vezes deixando para traz, fazendo-se perder
no tempo tradições, os costumes e até mesmo desencontro, modo de lidar com
a não aceitação.
A globalização traz e leva costumes, os quais faz parecer estranho a gerações
anteriores e sucessivas, e como o próprio texto diz: “cada mudança por menor
que seja, representa o desenlace de numerosos conflitos”.
Dessa forma, entendemos que as culturas estão em contante mudanças, e elas
ocorrem de dentro para fora e de fora para dentro, e são potencializadas pela
globalização. O que hoje pode ser negado anos a frente pode ser aceito e o
contrário também acontece.

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