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Alfredo Joaquim Zitha

Ausendia

Idalício Márcio
Alfredo Matusse
Joaquim Zitha
Lina Hunguana
Ausêndia
Luís Daniel
Idalício Machava
Márcio Matusse
Wírzio Paulo
Lina Baloi
Hunguana

Luís Daniel Machava

Wírzio Paulo Baloi


Plano de Negócio:

Mercearia ka thakuza

Saúde sexual e reprodutiva

Licenciatura em em
Licenciatura Ensino de Matemática
Ensino de Matemática

UniversidadeUniversidade
Pedagógica Save

Gaza Gaza

2018 2019
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Alfredo Joaquim Zitha

Ausendia

Idalĺcio Márcio Gonçalves Matusse

Lina Hunguana

Luís Daniel Machava

Wirzio Paulo Baloi

Trabalho de Tema
Transversal II a ser
apresentado na faculdade de
Ciências Naturais e
Matemática, no
Departamento de Matemática
para ser avaliado. Sob
orientação do docente.

dr. José Portez

Universidade Save

Gaza

2019
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Índice
Introdução ..................................................................................................................................................... 3
Saúde sexual e reprodutiva ........................................................................................................................... 4
Saúde sexual.............................................................................................................................................. 4
Direitos sexuais ......................................................................................................................................... 4
Saúde reprodutiva ..................................................................................................................................... 5
Direitos reprodutivos: ............................................................................................................................... 5
Etapas dos estímulos sexuais .................................................................................................................... 6
Disfunções sexuais .................................................................................................................................... 6
Factores que podem estar relacionados às disfunções sexuais: ................................................................ 7
Classificação das disfunções sexuais ....................................................................................................... 7
Orientação sexual ...................................................................................................................................... 8
Comportamento sexual, ciclo de vida sexual, comportamento sexuais e resposta sexual ...................... 10
Conclusão.................................................................................................................................................... 11
Bibliografia ................................................................................................................................................. 12
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Introdução
O presente trabalho foi realizado no âmbito da cadeira de Tema Transversal 2, e tem como tema,
Saúde sexual e reprodutiva. Ele irá abordar conceitos de sexo, sexualidade, saúde sexual, saúde
reprodutiva. E foca o papel da sociedade moçambicana na formação da sexualidade, orientação
sexual, reflexão sobre o comportamento sexual e resposta sexual. É preciso ampliar a abordagem
para outras dimensões que contemplem a saúde sexual em diferentes momentos do ciclo de vida
e também para promover o efectivo envolvimento e co-responsabilidade dos homens.
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Saúde sexual e reprodutiva


Sexo é um conjunto de características genotipicas e biológicas.

Género é uma construção social e histórica.

A sexualidade é um conjunto de características humanas que se traduz nas diferentes formas de


expressar a energia vital, chamada por libido, que quer dizer energia pela qual se manifesta a
capacidade de se ligar às pessoas, ao prazer/ desprazer, aos desejos, às necessidades, à vida.
A sexualidade é uma das dimensões do ser, por outra, cada um de nós tem uma identidade sexual
que integra o modo de ser de cada um e que é inseparável da nossa humanidade.

A sexualidade envolve, além do corpo, os sentimentos, a história de vida, os costumes, as


relações afectivas e a cultura. Portanto, é uma dimensão fundamental de todas as etapas da vida
de homens e mulheres, presente desde o nascimento até a morte, e abarca aspectos físicos,
psicoemocionais e socioculturais. De acordo com as definições da OMS, a sexualidade é vivida e
expressa por meio de pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores,
comportamentos, práticas, papéis e relacionamentos. Em todas as sociedades, as expressões da
sexualidade são alvo de normas morais, religiosas ou científicas, que vão sendo aprendidas pelas
pessoas desde a infância. Nalgumas sociedades, a sexualidade foi histórica e culturalmente
limitada em suas possibilidades de vivência, devido a tabus, mitos, preconceitos e relações
desiguais de poder entre homens e mulheres.

Saúde sexual
A saúde sexual é a habilidade de mulheres e homens para desfrutar e expressar sua sexualidade,
sem riscos de doenças sexualmente transmissíveis, gestações não desejadas, coerção, violência e
discriminação. A saúde sexual possibilita experimentar uma vida sexual informada, agradável e
segura, baseada na auto-estima, que implica abordagem positiva da sexualidade Humana e
respeito mútuo nas relações sexuais. A saúde sexual valoriza a vida, as relações pessoais e a
expressão da identidade própria da pessoa.

Direitos sexuais
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-O direito de viver e expressar livremente a sexualidade sem violência, discriminações e


imposições, e com total respeito pelo corpo do(a) parceiro(a).
- O direito de escolher o(a) parceiro(a) sexual.
- O direito de viver plenamente a sexualidade sem medo, vergonha, culpa e falsas crenças.
- O direito de viver a sexualidade, independentemente de estado civil, idade ou condição física.
- O direito de escolher se quer ou não quer ter relação sexual.
- O direito de expressar livremente sua orientação sexual: heterossexualidade, homossexualidade
e bissexualidade.
- O direito de ter relação sexual, independentemente da reprodução.
- O direito ao sexo seguro para prevenção da gravidez e de doenças sexualmente transmissíveis
(DST) e Aids.
- O direito a serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo e um atendimento de qualidade,
sem discriminação.
- O direito à informação e à educação sexual e reprodutiva.

Saúde reprodutiva
É um estado de completo bem-estar físico, mental e social em todas as questões relacionadas
com o sistema reprodutivo, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade. A saúde
reprodutiva implica, assim, que as pessoas são capazes de ter uma vida sexual segura e
satisfatória e que possuem a capacidade de se reproduzir e a liberdade para decidir se, quando e
com que frequência devem fazê-lo.

A saúde reprodutiva implica ainda "ter o direito a aceder a serviços e cuidados de saúde
adequados que garantam à mulher condições de segurança durante a gravidez e o parto,
proporcionando aos pais maiores possibilidades de terem filhos saudáveis.

Direitos reprodutivos:
• O direito das pessoas decidirem, de forma livre e responsável, se querem ou não ter filhos,
quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas.
• O direito de acesso a informações, meios, métodos e técnicas para ter ou não ter filhos.
• O direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de discriminação, imposição e violência
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Etapas dos estímulos sexuais


Fase de desejo sexual: o desejo sexual é vivido pela pessoa como sensações específicas que a
fazem procurar ou ser receptiva à experiência sexual. As fontes que estimulam o desejo sexual
variam de pessoa para pessoa. Muitos factores influenciam negativamente no desejo sexual,
como estar doente, deprimido(a), ansioso(a), achar que sexo é errado, estar com raiva do(a)
parceiro(a), sentir-se explorado(a) de alguma forma pelo(a) outro(a), ter medo do envolvimento
afectivo, entre outros.
• Fase de excitação: fase de preparação para o ato sexual, desencadeada pelo desejo. Estímulos
psicológicos (pensamentos e fantasias) e/ou físicos (tacto, olfacto, gustação, audição e visão)
podem levar à excitação. Junto com sensações de prazer, surgem alterações corporais que são
representadas basicamente, no homem, pela erecção, e na mulher, pelo vaso congestão da vagina
e da vulva e pela lubrificação vaginal.
• Fase de orgasmo: é o clímax de prazer sexual, que ocorre após uma fase de crescente
excitação. No homem, junto com o prazer, ocorre a sensação de não conseguir mais segurar a
ejaculação e, então, ela ocorre. Na mulher, ocorrem contracções musculares rítmicas em volta da
entrada da vagina.
• Fase de resolução: é um período em que o organismo retorna às condições físicas e emocionais
usuais, considerando que, nas fases anteriores, a respiração, a circulação periférica, os
batimentos cardíacos, a pressão arterial, a sudorese, entre outras manifestações do organismo,
tenderiam a se pronunciar.

Disfunções sexuais
As disfunções sexuais são problemas que ocorrem em uma ou mais das fases do ciclo de resposta
sexual, por falta, excesso, desconforto e/ou dor na expressão e no desenvolvimento dessas fases,
manifestando-se de forma persistente ou recorrente. Por exemplo, homens que não tenham
erecção ou tenham ejaculação precoce, mulheres que nunca tiveram ou frequentemente não
tenham orgasmo. As disfunções sexuais muitas vezes deixam de ser diagnosticadas porque a
pessoa não apresenta a queixa ou porque o profissional de saúde não aborda a questão, seja
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por sentir dificuldade em realizar essa abordagem, seja por não se sentir suficientemente
preparado. O diagnóstico das disfunções sexuais é tão importante quanto a identificação de
qualquer outro agravo à saúde e de suma relevância, uma vez que interferem na qualidade
de vida das pessoas.

Factores que podem estar relacionados às disfunções sexuais:


• Aspectos psicológicos: tabus sobre a própria sexualidade, como: associações de sexo com
pecado, com desobediência ou com punições; baixa auto-estima; fobias relacionadas ao ato
sexual; a não-aceitação da própria orientação sexual, entre outros.
• Dificuldades nos relacionamentos: brigas, desentendimentos quanto ao que cada um espera do
relacionamento; falta de intimidade; dificuldades de comunicação entre os parceiros.
• Questões decorrentes de traumas: devido a violências.
• Condição geral de saúde: presença de disfunção sexual decorrente dos efeitos directos de uma
doença, como: depressão, ansiedade, doenças crônico-degenerativas grave, entre outras.
• Efeitos directos de uma substância: medicamentos – alguns anti-hipertensivos, alguns
antiarrítmicos, alguns psicotrópicos, anabolizantes, álcool e outras drogas, exposição
a toxinas, entre outros. Geralmente, ocorre dentro de um período de intoxicação
significativa ou abstinência de uma substância.

Classificação das disfunções sexuais

• Desejo sexual hipoativo: diminuição, ausência ou perda do desejo de ter actividade sexual. A
falta ou diminuição do desejo sexual constitui-se um problema quando interfere na vivência da
sexualidade pela pessoa. Não pode ser caracterizada como disfunção quando ocorre em virtude
de problemas circunstanciais (momentos de tristeza, luto, stress, entre outros) ou, ainda, quando
se manifesta eventualmente, sem identificação de um motivo específico.
• Aversão sexual: aversão e esquiva activa do contacto sexual com um parceiro, envolvendo
fortes sentimentos negativos suficientes para evitar a actividade sexual.
• Falha na fase de excitação sexual ou falha de resposta genital: ocorre quando há
incapacidade persistente ou recorrente de adquirir ou manter uma resposta de excitação sexual,
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com lubrificação-turgescência vaginal ou dificuldade de ter ou manter uma erecção adequada


(conhecida como disfunção eréctil) até a conclusão da actividade sexual.
• Ejaculação precoce: ocorrência de orgasmo e ejaculação, com estimulação mínima antes,
durante ou logo após a penetração e antes que o indivíduo a deseje. A ejaculação pode ocorrer
logo que o homem tem pensamentos eróticos e erecção, sem nem ocorrer a penetração ou, ainda,
logo após haver a penetração, o que leva a uma redução na sensação de prazer. Questões
psicológicas como ansiedade, primeiras experiências sexuais tensas, novos parceiros ou ainda
dificuldades no relacionamento, geralmente, estão entre as principais causas de ejaculação
precoce. Mas as causas também podem ser orgânicas.
• Anorgasmia ou disfunção orgásmica: grande retardo ou ausência do orgasmo quando ocorre
de maneira persistente ou recorrente, após uma fase normal de excitação sexual. A mulher ou o
homem com anorgasmia pode aproveitar plenamente das outras fases do ato sexual, isto é, tem
desejo, aproveita as carícias e se excita, porém algo bloqueia o orgasmo; no homem há ausência
ou retardo da ejaculação. É importante buscar saber se a pessoa nunca teve orgasmo na vida ou
se tinha orgasmos e passou a não tê-los mais. A anorgasmia pode ser classificada em absoluta
quando ocorre sempre, e situacional quando ocorre só em certas situações, por exemplo, em
locais onde a pessoa não se sente confortável ou em virtude de algum tipo de conflito.
• Vaginismo: é uma contracção involuntária, não desejada, da musculatura da vagina que ocorre
quando a penetração é tentada ou quando a mulher imagina que possa vir a ter um ato sexual
com penetração. A penetração pode tornar-se impossível ou extremamente dolorosa.

Orientação sexual
A orientação do desejo sexual é algo que vai sendo constituída ao longo da vida de uma pessoa,
em uma inter-relação de factores psicológicos, biológicos e sociais. A orientação sexual está
relacionada ao sentimento de atracão por quem se deseja relacionar afectivamente e sexualmente.

Quando se fala em sentimento de atracção não quer dizer que isso seja feito de forma racional e
objectiva. Essa atracção acontece sem uma prévia razão, mas como um modo de ser da pessoa.
Assim, ninguém opta por ser hétero, homo ou bissexual.
A opção que pode ser feita é de vivenciar, ou não, a orientação sexual.
Por outro lado, a não-violência da orientação sexual pode ter um alto preço para uma pessoa no
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sentido de sofrimento e angústia. Quando se fala em desejo afectivo-sexual, é devido ao fato de


que gostar muito de pessoas de um determinado sexo não quer dizer que exista um desejo sexual
por esse determinado sexo. Ter relações sexuais com alguém de um determinado sexo, não quer
dizer que exista desejo afectivo por esse determinado sexo. A junção entre o afecto – a quem se
direcciona o amor, o carinho – “e” o sexo – desejo de envolver-se sexualmente – é que indicarão
a orientação sexual de uma pessoa.
Existem pessoas que têm atração afetiva-sexual predominante ou estritamente por pessoas do
sexo oposto, as heterossexuais; outras pessoas têm atracão afetiva-sexual predominante ou
estritamente por outras do mesmo sexo, as homossexuais; e outras pessoas têm atracção afetiva-
sexual variável por homens e mulheres, as bissexuais. Mais importante do que a categoria em si,
é aquilo que faz você sentir-se bem. Ficar na dúvida se você é isso, ou aquilo, somente vai
aumentar o seu conflito, pois você tentará se encaixar nessa, ou naquela categoria. Tente
perceber o que você sente, o que se disponibiliza vivenciar; foque nas suas necessidades e não
necessariamente em enquadrar-se em um rótulo.
A orientação sexual diz respeito à orientação do desejo, isto é, à preferência de um indivíduo por
outro de um determinado sexo. Na escolha do objeto sexual, se a orientação se faz em relação ao
sexo oposto, estamos em presença de heterossexualidade; se a orientação se faz em relação a
indivíduos do mesmo sexo, estamos a falar de homossexualidade. Também existem indivíduos
cujo desejo se orienta indiscriminadamente quer para um sexo quer para o outro: são bissexuais.

Se a vivência da sexualidade de cada um, ou seja, o seu papel de género, como homem ou
mulher, nem sempre é bem aceite pelo social, a aceitação de orientações diferentes da “norma”
ainda o é menos. A distribuição estatística dos diferentes tipos de orientação sexual faz – se,
também, em que os indivíduos que estão nos bordos - heterossexuais e os homossexuais, são
extremamente raros. A homossexualidade sempre existiu ao longo da História. Na antiga Grécia,
por exemplo, determinadas formas de homo e bissexualidade não eram consideradas
pecaminosas. Da mesma forma, embora se acredite que desde as suas origens o cristianismo
sempre condenou e perseguiu a homossexualidade, parece que durante muitos séculos a Europa
católica não se mostrou contra a homossexualidade. Hoje em dia existe muita controvérsia sobre
o assunto no seio da igreja católica, não sendo a sua posição clara porque, embora mais
tolerante, continua a não aceitar “a união de facto entre homossexuais” nem as suas práticas
sexuais, uma vez que estas não podem ter, como objectivo, a “procriação”.
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A homossexualidade é perseguida até aos séculos XVIII e XIX, começando a ser considerada
como uma doença com os progressos em Medicina. Contudo, a Associação Norte-Americana de
Psiquiatria decide oficialmente retirar a homossexualidade do rol das doenças do foro
psiquiátrico porque apesar de um grande número de teorias ter tentado explicar as causas da
homo/heterossexualidade, nenhuma delas conseguiu um êxito completo.

Comportamento sexual, ciclo de vida sexual, comportamento sexuais e resposta sexual


O comportamento sexual é um conjunto complexo de atitudes e posicionamentos que variam
com o passar das gerações. Actualmente, devido ao avanço das ciências em geral, especialmente
com o avanço da medicina e da educação sexual nas escolas, tratada de forma científica, sem
interferências de crenças ou religiões, está sendo mais esclarecido e orientado para o controle da
natalidade, controle da gravidez precoce em adolescentes, planejamento familiar consciente e
prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. O ato sexual existe para conduzir
os gâmetas masculinos, espermatozóides, ao encontro de gaveta feminino - o óvulo. No entanto,
o sexo é praticado também como ato de amor entre casais ao invés de ser puramente um ato
reprodutivo, como ocorre entre os animais irracionais.
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Conclusão
O presente trabalho de saúde sexual e reprodutiva foi bastante positivo, dado que houve uma
aprendizagem muito forte sobre conceito de sexo, sexualidade humana , e esta abordagem sobre
sexualidade é baseada no princípio da transversalidade, por serem questões sociais e culturais,
eles tratam de processos que estão intensamente vividos pela sociedade,pelas comunidades ,pelas
famílias, alunos e professores no dia - a dia. Neste trabalho pudemos aprender a existência de
varias tendências de orientação sexual baseada nos sentimentos de cada um pelo outro que pode
ser do mesmo sexo ou diferente.
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Bibliografia
Apf.pt/educação-sexual

Ministério da saúde, Caderno de atenção básica

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