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Psicologia Clínica
4º Semestre
O Matrimónio
Quelimane
2022
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Glória José Ndombo
Merí Isaías Amosse
O Matrimónio
Quelimane
2022
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Índice
1. Introdução.................................................................................................................................4
1.1. Objectivos..........................................................................................................................4
2. Matrimónio................................................................................................................................6
4. Referências Bibliográficas......................................................................................................13
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1. Introdução
1.1. Objectivos
1.1.1.Objectivo Geral
1.1.2.Objectivos Específicos
1.2. Metodologia
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Sintetização de toda a informação recolhida;
Desenvolvimento teórico dos principais procedimentos a adotar na análise do Matrimónio
como fenómeno social e psicológico.
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2. Matrimónio
Os laços matrimoniais são reconhecidos a nível social, tanto a partir das normas legais
como pelos costumes (a boda, por exemplo). Ao contrair matrimónio, os cônjuges passam a obter
direitos e obrigações, pelo facto de se tratar de um contrato civil. O matrimónio também legitima
a filiação dos filhos que são procriados pelos seus membros.
A melhor evidência disponível sugere que do matrimônio tem cerca de 4.350 anos e o
primeiro casamento registrado foi em 2350 a.C. O matrimônio se tornou uma instituição popular
entre os antigos hebreus, gregos e romanos. Por milhares de anos antes disso, a maioria dos
antropólogos acredita, as famílias consistiam em grupos vagamente organizados de até 30
pessoas, com vários líderes homens, várias mulheres compartilhadas por eles e filhos. À medida
que os caçadores-coletores se estabeleceram em civilizações agrárias, a sociedade teve
necessidade de arranjos mais estáveis. A primeira evidência registrada de cerimônias de
matrimônio ou casamento unindo uma mulher e um homem vem da Mesopotâmia. Ao longo das
centenas de anos seguintes, o matrimônio ou casamento evoluiu para uma instituição amplamente
adotada pelas civilizações antigas. Mas, naquela época, o fenómeno tinha pouco a ver com amor
ou religião.
O objetivo principal do casamento era ligar as mulheres aos homens e, assim, garantir que
os filhos de um homem fossem realmente seus herdeiros biológicos. Por meio do casamento ou
matrimônio, a mulher se tornou propriedade do homem. Na cerimônia de noivado da Grécia
antiga, um pai entregava sua filha com as seguintes palavras: "Prometo minha filha com o
objetivo de produzir descendentes legítimos." Entre os antigos hebreus, os homens eram livres
para ter várias esposas; gregos e romanos casados eram livres para satisfazer seus desejos sexuais
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com concubinas, prostitutas e até amantes adolescentes do sexo masculino, enquanto suas
esposas eram obrigadas a ficar em casa e cuidar da casa. Se as esposas deixassem de produzir
filhos, seus maridos poderiam devolvê-los e se casar com outra pessoa.
Para Ponzetti Jr. (apud LOPES et al. , 2006) a formação de um novo casal é um processo
praticamente universal, tal como após este a designação de um novo papel social perante o
ambiente, neste caso o papel de marido ou mulher, demarcando assim claramente a formação de
um núcleo familiar. Narciso (2002) aponta como motivo principal para o casamento, a
constituição familiar e atualmente a aquisição de status e respeito frente à sociedade. Este autor
também defende que, o casamento na velhice assume um papel de constituinte da identidade,
sendo importante para a manutenção da integridade pessoal no processo de envelhecimento.
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evitar diferentes interpretações e o envolvimento de menores de 18 anos. O UNICEF e o Fundo
das Nações Unidas para a População [UNFPA] denominam essa prática de ‘casamento
prematuro’ quando as duas pessoas envolvidas ou uma das pessoas for menor de 18 anos
(UNICEF & UNFPA, 2016).
É possível distinguir, pelo menos no mundo ocidental, dois grandes tipos de matrimónio:
Matrimônio ou casamento aberto (ou liberal) - em que é permitido, aos cônjuges, ter
outros parceiros sexuais por consentimento mútuo;
Matrimônio ou casamento branco ou celibatário - sem relações sexuais;
Matrimônio ou casamento arranjado - celebrado antes do envolvimento afetivo dos
contraentes e normalmente combinado por terceiros (pais, irmãos, chefe do clã etc.);
Matrimônio ou casamento civil - celebrado sob os princípios da legislação vigente em
determinado Estado (nacional ou subnacional);
Matrimônio ou casamento infantil (prematuro) - um casamento em que os menores
são dados em matrimônio - muitas vezes antes da puberdade;
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Matrimônio ou casamento misto - entre pessoas de distinta origem (racial, religiosa,
étnica etc.);
Matrimônio ou casamento morganático - entre duas pessoas de estratos sociais
diferentes no qual o cônjuge de posição considerada inferior não recebe os direitos
normalmente atribuídos por lei (exemplo: entre um membro de uma casa real e uma
mulher da baixa nobreza);
Matrimônio ou casamento nuncupativo - realizado oralmente;
Matrimônio ou casamento putativo - contraído de boa-fé, mas passível de anulação por
motivos legais;
Matrimônio ou casamento religioso - celebrado perante uma autoridade religiosa;
Matrimônio ou casamento poligâmico - realizado entre um homem e várias mulheres;
Matrimônio ou casamento poliândrico - realizado entre uma mulher e vários homens.
Ocorre, por exemplo, em certas partes dos Himalaias;
Matrimônio ou casamento por conveniência - que é realizado primariamente por
motivos econômicos ou sociais;
Matrimônio ou casamento avuncular - Chama-se casamento avuncular o que se celebra
entre tio e sobrinha, que são colaterais de terceiro grau. É registrado pela antropologia,
sendo comum entre algumas tribos, como os tupis e os guaranis.
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como apenas seu, quer os bens que levou para o casamento, como também aqueles que
adquiriu após o casamento.
O matrimônio é muito importante dependendo das razões pelas quais as pessoas decidem
contrai-lo. As pessoas casam-se por várias razões, mas normalmente fazem-no para dar
visibilidade à sua relação afetiva, para buscar estabilidade econômica e social, para formar
família, procriar e educar seus filhos, legitimar o relacionamento sexual ou para obter direitos
como nacionalidade.
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2.9.2.Legislação e documentos oficiais relacionados ao combate aos Matrimônios
prematuros
A Carta Africana dos Direitos e Bem-Estar da Criança (2005), no seu Art. 11º,
estabelece que “Toda a criança deve ter o direito à educação que deve ser orientada para a
promoção e desenvolvimento da personalidade da criança, talentos e habilidades físicas e mentais
para o desempenho total das suas potencialidades”. Para o caso concreto de Moçambique, há que
se ressaltar que a aplicação desse artigo ainda é um desafio, haja vista os dados da investigação
conduzida por Osório (2015) segundo os quais as 110 crianças que deixaram de frequentar a
escola em três províncias moçambicanas (Cidade de Maputo, Província de Maputo e Cabo
Delgado) eram do sexo feminino. Excepcionalmente, um menino da Cidade de Maputo casou-se
com menos de 18 anos de idade. Tal fato evidencia que nem todas as crianças têm os mesmos
direitos, e que as meninas têm mais direitos violados que os meninos.
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3. Conclusão
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4. Referências Bibliográficas
Bagnol, B., Sousa, L., Fernandes, F., & Cabra, Z. (2015). As barreiras à educação da rapariga no
ensino primário, na Zambézia. Propriedade: IBIS. S/ed. Maputo Moçambique.
SESBOÜÉ, Bernard, O matrimónio, in História dos dogmas, tomo 3, Edições Loyola, São Paulo
2005.
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