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ARTIGO CIENTÍFICO
ADOÇÃO HOMOAFETIVA
GOIÂNIA-GO
2022
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ADOÇÃO HOMOAFETIVA
GOIÂNIA-GO
2022
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ADOÇÃO HOMOAFETIVA
BANCA EXAMINADORA
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Orientador: Prof. JOSE ANTONIO TIETZMANN E SILVA Nota
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Examinador (a) Convidado (a): Prof. (a): JOÃO BATISTA VALVERDE
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AGRADECIMENTOS
Devo aqui, agradecer as demais pessoas que sempre estão comigo nos
mais diversos momentos de minha vida, me aceitando, me apoiando e sendo leais a
mim, jamais me esquecerei de tamanho companheirismo. Diante disso, não poderia
deixar de lembrar aqui da mulher que ajudou fundamentalmente em minha criação,
Dilce, minhas avós Iraci (in memorian) e Sônia, meu avô José Vitor. Tal como,
especialmente minha prima Jordana, qual me ensinou desde o início da minha
existência a realidade em amar sem a menor necessidade de possuir um mínimo de
laço biológico, uma vez que o amor não possui DNA.
(Johnny Hooker)
SUMÁRIO
RESUMO............................................................................................................. 8
INTRODUÇÃO..................................................................................................... 9
1 C A P Í T U L O 1 – FA M Í L I A : A H I S T Ó R I A E O D I R E I TO N O
TEMPO............................................................................................................... 10
1. O CONCEITO E PERCEPÇÃO DA FAMÍLIA N O 10
MUNDO .............................
2. A FAMÍLIA NA HISTÓRIA DO BRASIL ............................................................ 10
3. O FAMÍLIA NO DIREITO NO BRASIL E SUAS REGULAMENTAÇÕES NO
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TEMPO................................................................................................................
2 CAPÍTULO 2 – ADOÇÃO NO D I R E I T O 14
BRASILEIRO.....................................
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ADOÇÃO ......................................................... 14
2. A FUNCIONALIDADE DA ADOÇÃO................................................................ 15
3. DOS REQUISITOS E DOS EFEITOS D A 16
ADOÇÃO........................................
4. O ECA SOBRE A D O Ç Ã O 18
ESTRANGEIRA......................................................
3 CAPÍTULO 3 – ADOÇÃO HOMOAFETIVA UMA NOVA CONCEPÇÃO DE
FAMÍLIA E S E U S 20
DESAFIOS .............................................................................
CONCLUSÃO...................................................................................................... 23
R E F E R Ê N C I A S 24
BIBLIOGRÁFICAS....................................................................
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ADOÇÃO HOMOAFETIVA
1 Bacharelando em Direito pela PUC-GO, fui estagiário na Defensoria Púbica do Estado de Goiás, e
atualmente estagiário em escritório de advocacia.
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INTRODUÇÃO
As famílias nasceram com o início das relações humanas, e junto delas suas
complexidades, que a cada vez mais fazem com que cientistas estudem aspectos
humanos no tempo. Pois bem, desde o princípio da civilização a prática de adotar é
uma realidade, uma vez por aspectos de sobrevivência, outras por aspectos
políticos, e atualmente por vontade da geração do vínculo paterno/materno filial.
Por outro lado, pessoas adotivas também não possuíam os mesmos direitos
que os filhos biológicos, sendo essa realidade transformada com a imposição da
Constituição de 1988. Deste modo, nos direitos criados e defendidos na Carta
Magma, gerou-se o princípio da igualdade, beneficiando tanto os casais
homoafetivos, quanto os filhos adotivos.
diante de todo o preconceito ainda enraizado na sociedade, uma luta que perdurará
durante anos.
Para a atual formação de uma família idealizada nos livres preceitos éticos e
morais, valorada em ser socioafetiva e respeitando a igualdade de todos no atual
momento. A família é o resultado do momento social, mas também responsável pela
transformação desde episódio, sendo que uma junção de pessoas em larga escala,
forma a sociedade de modo que a família é a sociedade dívida em pedaços éticos e
morais.
Essas famílias, lato sensu, eram constituídas por pessoas com variadas com
consanguinidade ligada a um ancestral comum, principalmente no meio rural. A sua
economia baseada na agricultura, portanto, toda família era voltada para essa
atividade.
O projeto de lei responsável pelo surgimento do código civil vigente, que fora
o projeto de Lei n. 634/1975, iniciou-se na década de 1970, sendo, longos anos até
ser sancionado em 2002 o atual Código Civil Brasileiro. Ocorre que, durante esses
anos percorridos pelo projeto de Lei – anos de 1970 até 2000 – diversas mudanças
no direito familiar aconteceram, entretanto nenhuma delas pela aceitação de uma
nova concepção familiar, verberando que até o atual momento todas as famílias
tradadas são hétero normativas.
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Pois, vale realçar que o Código Civil atual, deu-se sua gestado durante os
tenebrosos anos vividos e regidos pela Ditadura Militar2, que impunha uma
moralidade familiar hétero normativa, patriarcal, branca e conservadora.
Assim como o Código Civil atual levou em discussão relações pessoas que
resultariam em processuais, visto sua época a ciência não estava avança a seu
limite, como exemplo a investigação de paternidade, que permite a busca genética
2 “A Ditadura Militar no Brasil foi um regime autoritário que teve início com o golpe militar em 31 de
março de 1964, com a deposição do presidente João Goulart. O regime militar durou 21 anos
(1964-1985), estabeleceu a censura à imprensa, restrição aos direitos políticos e perseguição policial
aos opositores do regime. ” (Ditadura Militar no Brasil [1964-1985]. Disponível em; https://
www.todamateria.com.br/ditadura-militar-no-brasil/. Acesso 27/09/2022)
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Diante avanços como estes vividos pela normativa que hoje, em conjunto
com as normativas especiais – Estatuto da Criança e do Adolescente e decisões dos
órgãos judiciais – são fundamentais para a correção na normativa com intuito de
compreensão da família que esteja nos moldes atuais, firmando que para a
realidade familiar hoje, esta necessitou de atualizações que acompanhassem os
andamentos sociológicos familiares e assim continuará.
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3A Constituição de 1988 nos parágrafos do Art. 227 inovou em estabelecer que não há diferenciação
dos filhos biológicos ou adotados, possuindo os mesmos direitos, em todos os ambos.
que a família possuía o viés político e religioso, assim então, pais de famílias que
faleciam sem descendentes naquela família seria permitido a adoção até mesmo de
um estranho, assim perpetuando a continuidade familiar (SIQUEIRA, 1992, p. 11).
Por fim, infere-se que o ato de adotar alguém passou entre tantas
modificações, por 3 marcos fundamentais, sendo eles, adotar para não deixar a
prole de outrem morrer; adotar por amor em ver um abandono e não conseguir
possuir se reproduzir e também política; e por último, a adoção visando o bem-estar
da criança e do adolescente.
2. A FUNCIONALIDADE DA ADOÇÃO
da Criança e do Adolescente. Pois bem, com o Código Civil de 2002 foi estabelecida
a adoção de maiores e menores – deixando-se de lado a ideia de máscara por
concubinato – porém, no ano de 2009 houve uma nova mudança legislativa de modo
que declinou a competência da adoção para Estatuto da Criança e do Adolescente.
5É digno de nota que, a união estável, registrada em cartório desde que não tenha contrato entre os
companheiros aplica-se a ela os mesmos direitos e regras do regime de casamento em comunhão
parcial, assim dispõe o Art. 1.725, do Código Civil.
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garantir o vínculo de filiação, pois uma vez que estreitada a idade entre ambos,
poderia existir uma relação de irmandade e não de paternidade ou maternidade.
(MADALENO, 2020, p. 1145);
- Caso o adotante faleça no decorrer do processo de adoção, mas tenha
manifestado vontade em adotar, o juiz poderá decretar a adoção, mesmo que
falecido, uma vez que o que importa é a intenção do adotante. Quanto a
manifestação de vontade do adotando, este apenas poderá fazê-la se estiver com
12 anos ou mais;
Dado os passos para que seja realizada a adoção, é digno esclarecer quais
são os juízos competentes para julgar os devidos processos. Sendo assim, o
processo de adoção será definido sua competência dada a idade do adotando, se
for menor de 18 anos de idade, será regido pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente. No entanto, se for pessoa maior de 18 anos a ação correrá na vara de
família, qual esta analisará se foram preenchidos os requisitos legais, todos os
6“Trata-se de medida excepcional que deve ser realizada em último caso, após o esgotamento de
ações protetivas e intervenções com vistas à manutenção da criança na família de origem (BRASIL,
1990; BRASIL, 2016) e inserindo-se a família em políticas protetivas para que se evite o afastamento
ou a separação de outras crianças, como também determinado em documentos internacionais dos
quais o Brasil é signatário. ” (Destituição do Poder Familiar e Adoção de Crianças. Disponível em;
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2022/04/eixo3-primeira-infancia-sumario-executivo-final.pdf.
Acesso 22/10/2022)
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Pois bem, não bastasse todo o enfrentamento legal desde o ano de 2011,
posteriormente em 2013, os casais homoafetivos batalham diariamente em ramos
judiciais para garantirem seus diretos, como verbalizado na ADPF que está sob
análise da Suprema Corte em dias atuais. Entretanto, estas batalhas são lutadas
com armas jurídicas, com palavras, sendo uma realidade absolutamente diferente da
outra demanda social que estes casais possuem, consistindo-se nos preconceitos
instalados nas ruas da sociedade.
CONCLUSÃO
Com a evolução social, e diante uma busca incessante pelos seus direitos,
casais homossexuais conseguiram a partir de 2011 estabelecer união estável, e no
ano de 2013, conseguiram o direito de casarem-se. Essas aberturas possibilitaram
que ingressassem com o pedido para adoção homoafetiva por estes casais, ocorre
que, não há impedimento legal para adotar, entretanto casais necessitam
diariamente enfrentar barreiras sociais, desde o preconceito até auto superação para
que consigam exercer de melhor forma a concretização do sonho da paternidade.
Os direitos das pessoas que são minorias não são impossíveis, porém alcança-los
despende de um gasto energético astronomicamente desgastante, quando não, são
impedidos por ações atrozes e têm suas próprias vidas ceivadas, através de uma
sociedade tradicional que não aceita e sim rejeita.
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ABSTRACT
The article provided analyzed the historical evolution of the family, focused on the
realization of the adoption, which from the emergence of society and since the
imposition of laws act exists, being for survival, being for human-political relations. In
correlation with the growth of society, there is the development of laws when
developing on homosexuals, often seen as a crime rarely seen as a form if it exists,
as a human reality. Therefore, this article united the evolution of both stories until the
moment when homoaffective couples se in adoption a new conception of family,
which is the fruit of pure love, seeking to leave only in history prejudice and
homophobia, turning social grudge into a good to society from the act of humanity of
adopting someone, giving this person a family.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
STF Vai Decidir Sobre o Uso do Termo “Filiação” em Vez de “Pai” e “Mãe” na
Declaração de Nascido Vivo, em atenção às Famílias Homoafetivas. Disponível em:
https://ibdfam.org.br/noticias/9702/STF+vai+decidir+sobre+uso+do+termo+
%E2%80%9Cfilia%C3%A7%C3%A3o%E2%80%9D+em+vez+de+
% E 2 % 8 0 % 9 C p a i % E 2 % 8 0 % 9 D + e +
%E2%80%9Cm%C3%A3e%E2%80%9D+na+Declara%C3%A7%C3%A3o+de+Nasc
i d o + V i v o % 2 C + e m + a t e n % C 3 % A 7 % C 3 % A 3 o +
%C3%A0s+fam%C3%ADlias+homoafetivas. Acesso 27 de outubro de 2022.