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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

ESCOLA DE DIREITO, NEGÓCIO E COMUNICAÇÃO

NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

COORDENAÇÃO ADJUNTA DE TRABALHO DE CURSO

ARTIGO CIENTÍFICO

ADOÇÃO HOMOAFETIVA

UMA NOVA CONCEPÇÃO DE FAMÍLIA NO SÉCULO XXI

ORIENTANDO: JOÃO PEDRO VELASCO SOUSA

ORIENTADOR: PROF. JOSE ANTONIO TIETZMANN E SILVA

GOIÂNIA-GO
2022
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JOÃO PEDRO VELASCO SOUSA

ADOÇÃO HOMOAFETIVA

UMA NOVA CONCEPÇÃO DE FAMÍLIA NO SÉCULO XXI

Artigo Científico apresentado à disciplina


Trabalho de Curso II, da Escola de Direito,
Negócio e Comunicação, Curso de Direito, da
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
(PUCGOIÁS).
Prof. Orientador: JOSE ANTONIO TIETZMANN
E SILVA

GOIÂNIA-GO
2022
3

JOÃO PEDRO VELASCO SOUSA

ADOÇÃO HOMOAFETIVA

UMA NOVA CONCEPÇÃO DE FAMÍLIA NO SÉCULO XXI

Data da Defesa: ____ de __________ de _______

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________
Orientador: Prof. JOSE ANTONIO TIETZMANN E SILVA Nota

______________________________________________________
Examinador (a) Convidado (a): Prof. (a): JOÃO BATISTA VALVERDE
4

Dedico este trabalho à memória de todos


os homossexuais que foram mortos ou
torturados, condenados em penas atrozes
quais eram ditadas por legisladores que
viam a homossexualidade como prática
de ato vilipendioso e não de ser humano.
5

AGRADECIMENTOS

Discorreria meus agradecimentos em um grande artigo, para que pudesse


expressar tamanha gratidão que sinto por todos que estão comigo neste momento
tão importante em minha existência.

Entretanto, palpando à memória que me fez chegar até neste momento,


agradeço especialmente à minha harmoniosa Mãe, Angélica, ao expressivo meu Pai,
Davi, ao meu irmão Davi Filho, e ao Lucas. Assim por obviedade não conseguiria
chegar a este curso de direito sem o apoio fundamental destes, ainda mais conclui-
lo.

Devo aqui, agradecer as demais pessoas que sempre estão comigo nos
mais diversos momentos de minha vida, me aceitando, me apoiando e sendo leais a
mim, jamais me esquecerei de tamanho companheirismo. Diante disso, não poderia
deixar de lembrar aqui da mulher que ajudou fundamentalmente em minha criação,
Dilce, minhas avós Iraci (in memorian) e Sônia, meu avô José Vitor. Tal como,
especialmente minha prima Jordana, qual me ensinou desde o início da minha
existência a realidade em amar sem a menor necessidade de possuir um mínimo de
laço biológico, uma vez que o amor não possui DNA.

Por fim, teço meus sinceros e profundos agradecimentos a colenda turma de


professores da PUC-GO, em especial meu orientador Jose Antônio Tietzmann e ao
meu examinador, que também fora meu orientador, João Batista Valverde, que
ambos me ajudaram a tornar possível este trabalho. Pois, sem a ajuda destes me
tornaria apenas mais uma pedra bruta, eivada de ignorância, mas não, meus
professores me ajudam a ser lapidado, cada dia mais próximo do véu cristalino
mantido pelo conhecimento.
6

“O que vão dizer de nós?

Seus pais, Deus e coisas tais

Quando ouvirem rumores do nosso amor?”


7

(Johnny Hooker)

SUMÁRIO

RESUMO............................................................................................................. 8
INTRODUÇÃO..................................................................................................... 9
1 C A P Í T U L O 1 – FA M Í L I A : A H I S T Ó R I A E O D I R E I TO N O
TEMPO............................................................................................................... 10
1. O CONCEITO E PERCEPÇÃO DA FAMÍLIA N O 10
MUNDO .............................
2. A FAMÍLIA NA HISTÓRIA DO BRASIL ............................................................ 10
3. O FAMÍLIA NO DIREITO NO BRASIL E SUAS REGULAMENTAÇÕES NO
11
TEMPO................................................................................................................
2 CAPÍTULO 2 – ADOÇÃO NO D I R E I T O 14
BRASILEIRO.....................................
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ADOÇÃO ......................................................... 14
2. A FUNCIONALIDADE DA ADOÇÃO................................................................ 15
3. DOS REQUISITOS E DOS EFEITOS D A 16
ADOÇÃO........................................
4. O ECA SOBRE A D O Ç Ã O 18
ESTRANGEIRA......................................................
3 CAPÍTULO 3 – ADOÇÃO HOMOAFETIVA UMA NOVA CONCEPÇÃO DE
FAMÍLIA E S E U S 20
DESAFIOS .............................................................................
CONCLUSÃO...................................................................................................... 23
R E F E R Ê N C I A S 24
BIBLIOGRÁFICAS....................................................................
8

ADOÇÃO HOMOAFETIVA

UMA NOVA CONCEPÇÃO DE FAMÍLIA NO SÉCULO XXI

João Pedro Velasco Sousa1

O artigo disposto analisou à evolução histórica da família, enfocada na realização da


adoção, qual a partir do surgimento da sociedade e desde a imposição de leis o ato
adotivo existe, sendo para sobrevivência, sendo para relações humano-politicas. Em
correlação ao crescimento da sociedade, tem-se o desenvolvimento das leis ao
desenvolverem sobre os homossexuais, muitas vezes vista prática como crime,
poucas vezes vista como uma forma se existir, como uma realidade humana. Sendo
assim, este artigo uniu a evolução de ambas histórias até o momento em que casais
homoafetivos veem na adoção uma nova concepção de família, qual é fruto de puro
amor, buscando deixar apenas na história o preconceito e a homofobia,
transformando rancor social em um bem à sociedade a partir do ato de humanidade
de adotar alguém, dar a esta pessoa uma família.

Palavras-chave: Família, Adoção Homoafetiva, Homofobia, Leis Atuais, Evolução


Social.

1 Bacharelando em Direito pela PUC-GO, fui estagiário na Defensoria Púbica do Estado de Goiás, e
atualmente estagiário em escritório de advocacia.
9

INTRODUÇÃO

As famílias nasceram com o início das relações humanas, e junto delas suas
complexidades, que a cada vez mais fazem com que cientistas estudem aspectos
humanos no tempo. Pois bem, desde o princípio da civilização a prática de adotar é
uma realidade, uma vez por aspectos de sobrevivência, outras por aspectos
políticos, e atualmente por vontade da geração do vínculo paterno/materno filial.

Com o decorrer dos anos, as concepções de família sempre estiveram de


acordo a situação atual que a sociedade se colocava naquele momento, portanto, o
que era família há dois séculos passados hoje não mais pode ser considerado
família, uma vez que a sociedade é pulsante a todo momento, e assim, novas
formas nascem e se criam, tanto quanto o antigo tende-se a tornar-se inócuo.

As relações homoafetivas, durante a idade média tornaram-se prática ilícita


em todos os países que seguiam os ritos católicos. Com o caminhar dos anos, até
os dias atuais, pessoas homossexuais buscam diariamente os seus lugares na
sociedade, uma vez que a lei imposta os faziam diferentes de todos assim os
marginalizando.

Por outro lado, pessoas adotivas também não possuíam os mesmos direitos
que os filhos biológicos, sendo essa realidade transformada com a imposição da
Constituição de 1988. Deste modo, nos direitos criados e defendidos na Carta
Magma, gerou-se o princípio da igualdade, beneficiando tanto os casais
homoafetivos, quanto os filhos adotivos.

Posteriormente à decisão do STF em 2011, que permitiu realização da união


estável por casais homoafetivos em cartório, abriu-se precedentes formais para que
estes casais ingressassem com o pedido de adoção em conjunto. É digno que, no
ano de 2013 os casais homoafetivos conseguiram a oportunidade de se casarem no
civil, corroborando ainda mais para a realização da adoção.
Entretanto é clarividente, que a luta social para que casais homossexuais
superem o preconceito e consigam atingir a legitimidade de seus direitos é árdua,
10

diante de todo o preconceito ainda enraizado na sociedade, uma luta que perdurará
durante anos.

CAPÍTULO 1 – FAMÍLIA: A HISTÓRIA E O DIREITO NO TEMPO

1. O CONCEITO E PERCEPÇÃO DA FAMÍLIA NO MUNDO

A formulação da família atual tem sua estrutura baseada historicamente na


família romana, onde a etimologia da palavra família advém da expressão em latim
famulus que significa escravo, ou seja, a junção dos escravos e servos dependentes
do senhor gerou-se a família, de tal forma que haviam esposas, filhos, netos, todo o
conjunto de pessoas, que com o fazendeiro residia.

Podendo ser observada a família romana com dois lados; um em que


estavam todos aqueles residentes e eram de responsabilidade do senhor. Do outro
lado a família em sentido estrito, o formato naturalmente à época esperado, que
advinham de pai, mãe e proles.

Esta versão de grandeza ou grande família foi alterada na era de


Constantino, que permitiu uma nova formação de família, advinda de um ente social
que se prevalece até os dias atuais – a igreja católica. Com a imersão da concepção
cristã na família, passa a então a ser ente familiar aqueles que são casados,
homem, mulher e suas proles. Portanto, como um grande efeito dominó, no século
XIX na Europa nasce o conceito e forma de família nuclear, conseguinte, nasce a
família monoparental, fruto da evolução do divórcio no tempo.

2. A FAMÍLIA NA HISTÓRIA DO BRASIL

Em todo um caminho percorrido na história, agora, adentrada no do direito


brasileiro, em determinado ponto a família deixa de ser baseada nos preceitos da
idade média, tinha como forma hétero, matrimonial, monogâmica, biológica e
principalmente patriarcal, que sua principal preocupação era a guarnição da herança
familiar em um objetivo que não se perdesse em “outro” sangue, a não ser aquele
que seria de legítimo interesse.
11

Para a atual formação de uma família idealizada nos livres preceitos éticos e
morais, valorada em ser socioafetiva e respeitando a igualdade de todos no atual
momento. A família é o resultado do momento social, mas também responsável pela
transformação desde episódio, sendo que uma junção de pessoas em larga escala,
forma a sociedade de modo que a família é a sociedade dívida em pedaços éticos e
morais.

Essas famílias, lato sensu, eram constituídas por pessoas com variadas com
consanguinidade ligada a um ancestral comum, principalmente no meio rural. A sua
economia baseada na agricultura, portanto, toda família era voltada para essa
atividade.

Diante a evolução social, as famílias migraram para as cidades,


movimentação chamada de êxito rural. Com esse acontecimento, as famílias que
eram grandes, devido a quantidade de entes, passaram a se tornar cada vez
menores, tornando a família em sentido restrito, pois eram seus entes: pai, mãe e
filhos. Em algumas exceções há famílias com avós e tios, residindo no mesmo
domicílio.

3. O FAMÍLIA NO DIREITO NO BRASIL E SUAS REGULAMENTAÇÕES NO


TEMPO

O projeto de lei responsável pelo surgimento do código civil vigente, que fora
o projeto de Lei n. 634/1975, iniciou-se na década de 1970, sendo, longos anos até
ser sancionado em 2002 o atual Código Civil Brasileiro. Ocorre que, durante esses
anos percorridos pelo projeto de Lei – anos de 1970 até 2000 – diversas mudanças
no direito familiar aconteceram, entretanto nenhuma delas pela aceitação de uma
nova concepção familiar, verberando que até o atual momento todas as famílias
tradadas são hétero normativas.
12

Pois, vale realçar que o Código Civil atual, deu-se sua gestado durante os
tenebrosos anos vividos e regidos pela Ditadura Militar2, que impunha uma
moralidade familiar hétero normativa, patriarcal, branca e conservadora.

Portanto, com um soar de brisas de democratização, respiradas em meados


dos anos de 1970, mudanças nas concepções éticas e morais entre cada ente
familiar e na sociedade brasileira começaram a se tornar possíveis. Transferindo,
portanto aos legisladores da época a necessidade de conhecimento aprofundado
destas evoluções, que foram estudadas e observadas.

Nesta senda, entre da elaboração do projeto/lei, embrião do Código Civil, até


a conclusão para a sanção do código, há diversas divergências ou seriam elas
correções, pois sua redação inicial era balizada na satisfação da sociedade
patriarcal dos anos 70/80 e também seguindo os ritos da Igreja Católica, que
possuía grande poder político no país, mesmo que laico.

Conquanto, resta notório que a Carta Magna de 1988 influenciou o Código


Civil Brasileiro, permitindo avanços no conceito de família, dada a importância de
valores como os da dignidade da pessoa humana. Uma vez que, modificado à luz da
dignidade da pessoa humana, o Novo Código trouxe em seu bojo a pluralidade
familiar, permitindo a união estável, a família monoparental, a igualdade de direitos
entre filhos, pois outrora, o filho adotivo não era considerado e nem faria parte da
eventual partilha da herança. Com a Constituição Federal de 1988 não há diferença
entre filhos adotivos e biológicos. (fazer referência e distinções do projeto de lei e o
resultado, citar o art. da igualdade dos filhos)

Assim como o Código Civil atual levou em discussão relações pessoas que
resultariam em processuais, visto sua época a ciência não estava avança a seu
limite, como exemplo a investigação de paternidade, que permite a busca genética

2 “A Ditadura Militar no Brasil foi um regime autoritário que teve início com o golpe militar em 31 de
março de 1964, com a deposição do presidente João Goulart. O regime militar durou 21 anos
(1964-1985), estabeleceu a censura à imprensa, restrição aos direitos políticos e perseguição policial
aos opositores do regime. ” (Ditadura Militar no Brasil [1964-1985]. Disponível em; https://
www.todamateria.com.br/ditadura-militar-no-brasil/. Acesso 27/09/2022)
13

em uma relação processual para que seja confabulada a confirmação do genitor


biológico.

Trazida pela Constituição a igualdade de gêneros que fundamentou a


paridade entre homem e mulher, e evidenciando a união estável como casamento,
valorando que ambos são possuidores dos mesmos direitos, mais tardar foi alterado
pelo STF em 05 de maio de 2011 a permissão da união estável também entre
pessoas do mesmo sexo.
Destarte, foi regulamentado pelo Conselho Nacional de Justiça, através da
Resolução nº 175 de 14 de maio de 2013, o casamento civil por pessoas do mesmo
sexo, demonstrado assim um marco histórico para a sociedade LGBTQIA+, onde
passaram a usufruir dos direitos e deveres dados às pessoas casadas civilmente
descritos no Código Civil Brasileiro.

Diante avanços como estes vividos pela normativa que hoje, em conjunto
com as normativas especiais – Estatuto da Criança e do Adolescente e decisões dos
órgãos judiciais – são fundamentais para a correção na normativa com intuito de
compreensão da família que esteja nos moldes atuais, firmando que para a
realidade familiar hoje, esta necessitou de atualizações que acompanhassem os
andamentos sociológicos familiares e assim continuará.
14

CAPÍTULO 2 – ADOÇÃO NO DIREITO BRASILEIRO

1. EVOLUÇÃO HISTÓRIA DA ADOÇÃO

Primeiramente, antes de tratar da adoção na história, palavra esta que


advém etimologicamente do Latim adopto – qual significa entre uma de suas
traduções “pôr o seu nome em alguma coisa” – há necessidade de considerar o que
é a adoção, qual a etimologia da palavra já demostra uma ideia, e que hoje é
jurisdicionado pela nossa Carta Magma3 e o Estatuto da Criança e do Adolescente4,
desde 2009.

Pois bem, o ato de adotar é a realização da parentalidade, que faz-se na


adoção a partir da transportação do amor além do biológico, fundamentado em laços
afetivos entre o adotante e o adotado (MOSCHETTA, 2011, p. 149-150).

É digno de nota que, desde o princípio da existência familiar, há a


possibilidade atos adotivos uma vez que não se sabe ao certo na história o início da
prática de adotar, pois pode-se ter iniciado nas primeiras civilizações.

Com o contexto adotivo, nos primórdios a adoção poderia considerar-se


quando houvesse a morte dos país biológicos ou até mesmo o abandono dos filhos
por estes. Assim, aqueles humanos que se compadecessem, adicionavam a sua
família aquele novo ser como se filho fosse, por estar deserdado ou ter se tornado
órfão, assim criando a prática adotiva da adoção.

O Código de Hamurabi, conhecido e estudado nos dias atuais, possuindo


sua fama de primeira legislação impressa, possuía nele artigos que regulavam sobre
a adoção, tanto os direitos do adotado, quando ao direito dos adotantes. Entretanto,
a prática adotiva concretizou-se com maior força jurídica na civilização romana, visto

3A Constituição de 1988 nos parágrafos do Art. 227 inovou em estabelecer que não há diferenciação
dos filhos biológicos ou adotados, possuindo os mesmos direitos, em todos os ambos.

4Em conformidade com a CF/88 o Estatuto da Criança e do Adolescente normatizou estabelecendo


os direitos e deveres dos filhos adotados, principalmente observando suas ordens hereditárias.
15

que a família possuía o viés político e religioso, assim então, pais de famílias que
faleciam sem descendentes naquela família seria permitido a adoção até mesmo de
um estranho, assim perpetuando a continuidade familiar (SIQUEIRA, 1992, p. 11).

Deste modo, a partir do estabelecimento político da família a adoção


transformou-se durante o tempo e em as sociedades, porém atualmente nos códigos
atuais e posteriormente as guerras transcorridas no mundo, hoje à adoção tem em
seu caráter a proteção jurídica e psicológica do menor e do adolescente, da maneira
que pode ser vista nos artigos anteriormente mencionados.

Por fim, infere-se que o ato de adotar alguém passou entre tantas
modificações, por 3 marcos fundamentais, sendo eles, adotar para não deixar a
prole de outrem morrer; adotar por amor em ver um abandono e não conseguir
possuir se reproduzir e também política; e por último, a adoção visando o bem-estar
da criança e do adolescente.

2. A FUNCIONALIDADE DA ADOÇÃO

No decorrer da história anteriormente mencionada, como se tem o


conhecimento que a norma é advinda dos fatos sociais, a adoção passou a ser
regulamenta no direito brasileiro, entretanto apenas no Código Civil do ano de 1916,
considerado tardia, visto que adotar sempre fora uma realidade.

Entretanto a adoção fora corroborada não validar o ato de jurídico de uma


pessoa que almeja ter um filho, mas sim como uma manobra para mascarar o
concubinato. Veja-se, na época não havia permissão que mulheres desquitadas se
casassem novamente, ou seja, deveriam continuar sozinhas para todo o sempre
depois de seu casamento infrutífero. Neste sentido, almejando uma linha que
permitisse uma nova “comunhão” estabeleceu-se a adoção nos termos do Código
Civil da época, qual este permitia a adoção apenas de pessoas maiores de 18 anos,
ou seja uma mulher adotaria um homem, e assim a sociedade bem aceitou.

Assim, determinou o legislador na época, que a adoção de maiores caberia


ao Código Civil e que adoção de menores ficaria sobre responsabilidade do Estatuto
16

da Criança e do Adolescente. Pois bem, com o Código Civil de 2002 foi estabelecida
a adoção de maiores e menores – deixando-se de lado a ideia de máscara por
concubinato – porém, no ano de 2009 houve uma nova mudança legislativa de modo
que declinou a competência da adoção para Estatuto da Criança e do Adolescente.

Portanto, passado os entraves sobre a história legislativa da adoção, chega-


se a atualidade, versando sobre o que é este ato real. Isto posto, a adoção possui
hoje o que se pode extrair dela duas fundamentais finalidades, quais sejam: 1ª)
possibilitar pais dignos a crianças desamparadas; e 2ª) proporcionar filhos a
pessoas que não conseguem tê-los, de forma biológica.

3. DOS REQUISITOS E DOS EFEITOS DA ADOÇÃO

Dado toda evolução histórica e finalidades da adoção, constituindo uma


família há necessidade de tratar sobre os requisitos necessários para que pessoas
possam ser adotantes e adotando, conforme anteriormente disposto, todo regimento
é ditado por Leis.

- Para que seja considerado adotando há necessidade de possuir 18 anos


no máximo, entretanto, caso exista um convívio entre adotante e adotando essa
regra poderá ser modificada;

- O filho adotado possuirá os mesmos direitos e deveres que o filho


biológico, priorizando a não existência de distinção;

- Um cônjuge poderá ciar uma filiação de forma abrangente, adotando o filho


do outro cônjuge, e também é concedido a adoção conjunta, onde duas pessoas
(casadas ou em união estável)5 adotam uma criança;

- Uma existência de diferença de idade entre adotante e adotando de 16


anos, sendo esse um dos relevantes requisitos para a adoção, visto que tenta

5É digno de nota que, a união estável, registrada em cartório desde que não tenha contrato entre os
companheiros aplica-se a ela os mesmos direitos e regras do regime de casamento em comunhão
parcial, assim dispõe o Art. 1.725, do Código Civil.
17

garantir o vínculo de filiação, pois uma vez que estreitada a idade entre ambos,
poderia existir uma relação de irmandade e não de paternidade ou maternidade.
(MADALENO, 2020, p. 1145);
- Caso o adotante faleça no decorrer do processo de adoção, mas tenha
manifestado vontade em adotar, o juiz poderá decretar a adoção, mesmo que
falecido, uma vez que o que importa é a intenção do adotante. Quanto a
manifestação de vontade do adotando, este apenas poderá fazê-la se estiver com
12 anos ou mais;

- A ação apenas acontecerá se os pais biológicos realizarem sua devida


manifestação, o que não ocorrerá quando estes forem por obviedade falecidos, ou
tiverem seu poder familiar destituído6;

- Durante o processo de adoção é regido pelo estágio de convivência,


também conhecido por Estágio Probatório, definido no Art. 46, do Estatuto da
Criança e do Adolescente, entre adotante e adotando, estágio que não possui prazo
previsto em Lei dado a especialidade de caso a caso. No entanto há possibilidades
de o processo correr sendo dispensado tal estádio, quando já existir convivência
entre as partes por meio da guarda legal, e quando os adotantes possuírem a tutela
do menor.

Dado os passos para que seja realizada a adoção, é digno esclarecer quais
são os juízos competentes para julgar os devidos processos. Sendo assim, o
processo de adoção será definido sua competência dada a idade do adotando, se
for menor de 18 anos de idade, será regido pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente. No entanto, se for pessoa maior de 18 anos a ação correrá na vara de
família, qual esta analisará se foram preenchidos os requisitos legais, todos os

6“Trata-se de medida excepcional que deve ser realizada em último caso, após o esgotamento de
ações protetivas e intervenções com vistas à manutenção da criança na família de origem (BRASIL,
1990; BRASIL, 2016) e inserindo-se a família em políticas protetivas para que se evite o afastamento
ou a separação de outras crianças, como também determinado em documentos internacionais dos
quais o Brasil é signatário. ” (Destituição do Poder Familiar e Adoção de Crianças. Disponível em;
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2022/04/eixo3-primeira-infancia-sumario-executivo-final.pdf.
Acesso 22/10/2022)
18

processos independentemente da instância sofrerão intervenção do Ministério


Público.

A sentença que determinar a adoção, posteriormente todo o tramite legal


possuirá natureza constitutiva, apenas transportando seus efeitos posteriormente o
trânsito em julgado (prazo que esgotou a interposição de recursos), ou seja, o filho
possuirá seus direitos a partir da sentença. Ocorre que, quando ocorre a adoção
póstuma, quando o adotante falece durante o processo, os efeitos da sentença
começarão seus efeitos a partir da data do óbito.

4. O ECA SOBRE ADOÇÃO ESTRANGEIRA

Quanto a adoção realizada por estrangeiro, esta deverá obedecer todos os


requisitos impostos pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) descritas entre
os Art. 51 ao Art. 52-D, observando algumas especialidades, quais sejam:

- O estrangeiro que deseja adotar deverá ser de país-parte da Convenção


de Haia, e quando finalizado o processo, deverão se residir em país também parte
da referida convenção;

- O anteriormente estágio probatório, deverá ser realizado no Brasil, caso o


adotante seja residente e domiciliado fora do país, no período mínimo de 15 dias
para crianças acima de dois anos, e de 30 dias ao menos para criança até 2 anos;

- Deverá o adotante estrangeiro possuir documentação expedida por seu


país, afirmando que está apto para adotar de acordo com a nação que reside, ou
seja, se poderá realizar uma adoção naquele país também, será um dos pontos
positivos para este país;

- Possuir estudo psicossocial elaborado por agência de seu país;

- Caso seja requisitado, deverá o adotante aglutinar todos as leis originárias


de seu país em língua estrangeira, possuindo autenticação do consulado, sendo
traduzidos por tradutor público juramentado.
19

Concretizada todas as especificações, o adotante apenas poderá deixar o


Brasil, posteriormente a conclusão da adoção. Neste mesmo seguimento, os efeitos
da sentença serão os mesmos anteriormente mencionados.
20

CAPÍTULO 3 – ADOÇÃO HOMOAFETIVA UMA NOVA CONCEPÇÃO DE FAMÍLIA


E SEUS DESAFIOS

A história da evolução da adoção por casais homoafetivas no Brasil, iniciou-


se com o julgamento da ADI nº 4277 e a ADPF nº 1327 em 5 de maio de 2011, qual
permitiu a união estável homoafetiva registrada em cartório. Valendo-se como o
anteriormente mencionado que, um dos requisitos para adoção por casais, é que
estes devem estar em união estável ou serem casados, nos termos do Art. 42 do
Estatuto da Criança e do Adolescente.

Ainda mais, esta confirmação do direito dos casais homossexuais em


garantirem sua união estável, firmou-se quando no ano de 2013 o CNJ (Conselho
Nacional de Justiça) emitiu, uma resolução determinando a proibição dos cartórios
de se negarem de realizar o casamento civil entre casais do mesmo sexo. Pois bem,
desde o ano de 2013 os casais homoafetivos no Brasil, ganharam uma batalha
histórica, conseguindo registar seu matrimônio em ata pública.

Portanto, a partir do julgamento, abriu-se o preceito formal para a adoção


por casais homoafetivos, visto que, preteritamente ao julgamento, a adoção
unilateral não havia impedimento por uma pessoa ser homossexual, visto que a
adoção unilateral não se preocupava/preocupa com a orientação sexual do
adotante. Desta forma, deu-se o início da tentativa de busca por casais
homoafetivos, competindo ao juízo julgar a adoção, valendo sempre do estado
psíquico do casal, nada interferindo à adoção serem ou não homossexuais – assim
esperado.

Não há proibição acerca da adoção por casais do mesmo sexo, pois a


faculdade de adotar é tanto do homem quanto da mulher e ambos em
conjunto ou isoladamente, independentemente do estado civil. Não
importando a orientação sexual do mesmo, devendo ter em vista sempre o
bem-estar da criança e do adolescente. Não se deve. Justificar a adoção de
uma criança e adolescente tendo em vista a orientação sexual dos
adotantes, pois o princípio da igualdade veda a discriminação por

7ADI: Ação Direta de Inconstitucionalidade; ADPF: Arguição de Descumprimento de Preceito


Fundamental. Ambas são ações de controle concentrado de constitucionalidade.
21

orientação sexual, e sim observar sempre o bem-estar e melhor interessada


criança. (Dias, 2009, p.214).

A busca da legitimação da adoção como casal gerou diversas discussões,


sociais e no ramo do próprio direito. Uma das grandes discussões que se pendura
até os dias atuais é o termo utilizado para definir os adotantes na certidão de
nascimento. A Lei nº 12.662, de 5 de junho de 2012, em seu Art. 4º, define como
deverão constar os dados dos pais biológicos ou adotantes na certidão, qual seja:

Art. 4º A Declaração de Nascido Vivo deverá conter número de identificação


nacionalmente unificado, a ser gerado exclusivamente pelo Ministério da
Saúde, além dos seguintes dados:
(...)
V - nome e prenome, naturalidade, profissão, endereço de residência
da mãe e sua idade na ocasião do parto;
VI - nome e prenome do pai; e
VII - outros dados a serem definidos em regulamento.

Pois bem, ocorre que, os devidos adotantes sempre necessitam requerer em


juízo uma determinação por analogia, que ao contrário do termo Pai e Mãe, conste
na certidão de nascimento o termo FILIAÇÃO. Ou seja, desta forma a norma atual
se adapta aos novos fatos sociais, transformando-os em jurídicos, uma vez que a
Lei determina estar na certidão o termo Pai e Mãe.

Em conformidade à atualização da fática jurídica, e com a inconformidade


social à Associação Brasileira de Lésbicas,Gays, Bissexuais, Transexuais e
Intersexos – ABGT, ingressou com Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental, nº 899, pugnando pela mudança dos termos pai e mãe, para Filiação
1 e 2.

Na ação a associação informa o descumprimento do princípio constitucional


da igualdade, ao realizar a aplicação literal da letra da Lei anteriormente
mencionada, informando que há necessidade da reforma do texto legal, para que de
fato garanta o acesso a todos, de forma igualitária de exercerem os seus direitos
como pais e mães. A ADPF, está com os autos conclusos para decisão, sendo
Relator o Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, desde 10/10/2022,
22

e a qualquer momento haverá uma decisão determinando a reforma ou a


manutenção do texto legal.

Pois bem, não bastasse todo o enfrentamento legal desde o ano de 2011,
posteriormente em 2013, os casais homoafetivos batalham diariamente em ramos
judiciais para garantirem seus diretos, como verbalizado na ADPF que está sob
análise da Suprema Corte em dias atuais. Entretanto, estas batalhas são lutadas
com armas jurídicas, com palavras, sendo uma realidade absolutamente diferente da
outra demanda social que estes casais possuem, consistindo-se nos preconceitos
instalados nas ruas da sociedade.

É digno de nota que, à GEACRI – Grupo Especializado no Atendimento às


Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, localizada em Goiânia/GO, qual
inaugurou-se fevereiro de 2021 (sua primeira ocorrência registrada). Ao realizar uma
busca nos dados, encontrou-se o número de 108 ocorrências com assuntos de
Injúrias Homofobicas, Transfobicas, chegando ao extremo entre seus números de
tentativa de homicídio por homofobia.

Esta é a realidade onde as famílias homoafetivas se estabelecem,


homossexuais batalham desde o princípio da história para permanecerem vivos,
sobreviverem. E quando tendem a formar uma família sofrem diariamente de forma
jurídica e socialmente perseguição, colocando até mesmo a suas vidas de seus
filhos em risco.

Há legalidade para que estes casais consigam casar, possam se unir,


possam ter seus filhos, entretanto o hemisfério social ainda encontra-se
absolutamente abalado ao receber essas novas concepções familiares, muitas
vezes, ao tentarem realizar uma defesa da sociedade tradicional, inibem de forma
feroz o sonho de uma nova concepção de família humana, qual possui em seu único
objetivo a perpetuação do amor, visto que “qualquer maneira de amor vale a
pena” (Milton Nascimento e Caetano Veloso, 1975).
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CONCLUSÃO

Este trabalho focou na pesquisa da evolução social da família desde os seus


primórdios até os dias atuais, qual encontra-se uma verdadeira situação de
constante evolução, visto que os fatos nunca param, nunca deixam se renovar,
portanto as normativas devem acompanhar essas novações, para que a sociedade
não continue em um puro ócio.

Neste sentido, com a evolução familiar à adoção também evoluiu-se


constantemente, sendo que, no Brasil, sua legitimação apenas restou firmanda no
ano de 1916 e ainda não priorizando a adoção paterno-filial, mas sim um ato de
inibir o concubinato. Portanto, com a Constituição de 1988, e com o Código Civil de
2002, os filhos adotivos conseguiram legitimamente seus direitos e deveres
firmados, como se filhos biológicos fossem, retirando assim todas descriminações
entre ambos.

Com a evolução social, e diante uma busca incessante pelos seus direitos,
casais homossexuais conseguiram a partir de 2011 estabelecer união estável, e no
ano de 2013, conseguiram o direito de casarem-se. Essas aberturas possibilitaram
que ingressassem com o pedido para adoção homoafetiva por estes casais, ocorre
que, não há impedimento legal para adotar, entretanto casais necessitam
diariamente enfrentar barreiras sociais, desde o preconceito até auto superação para
que consigam exercer de melhor forma a concretização do sonho da paternidade.
Os direitos das pessoas que são minorias não são impossíveis, porém alcança-los
despende de um gasto energético astronomicamente desgastante, quando não, são
impedidos por ações atrozes e têm suas próprias vidas ceivadas, através de uma
sociedade tradicional que não aceita e sim rejeita.
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ABSTRACT

The article provided analyzed the historical evolution of the family, focused on the
realization of the adoption, which from the emergence of society and since the
imposition of laws act exists, being for survival, being for human-political relations. In
correlation with the growth of society, there is the development of laws when
developing on homosexuals, often seen as a crime rarely seen as a form if it exists,
as a human reality. Therefore, this article united the evolution of both stories until the
moment when homoaffective couples se in adoption a new conception of family,
which is the fruit of pure love, seeking to leave only in history prejudice and
homophobia, turning social grudge into a good to society from the act of humanity of
adopting someone, giving this person a family.

Keywords: Family, Homoaffective Adoption, Homophobia, Current Laws, Social


Evolution.
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