Você está na página 1de 26

UNIVERSIDADE DE BELAS

FACULDADE DE DIREITO
CURSO DE DIREITO

AUTORIDADE PATERNAL E SEU EXERCÍCIO NO ORDENAMENTO


JURÍDICO ANGOLANO

PRÉ-PROJECTO

BIANCA SORAYA FRANCISCO JOÃO

LUANDA, 2024
UNIVERSIDADE DE BELAS
FACULDADE DE DIREITO
CURSO DE DIREITO

AUTORIDADE PATERNAL E SEU EXERCÍCIO NO


ORDENAMENTO JURÍDICO ANGOLANO

PRÉ-PROJECTO

BIANCA SORAYA FRANCISCO JOÃO

Pré-projecto de fim de curso apresentado à


Faculdade de Direito da Universidade de
Belas como requisito para obtenção do Grau
de Licenciatura em Direito.

6
LUANDA, 2024

7
ÍNDICE

I. INTRODUÇÃO............................................................................................................5

1.1 Introduzir o tema......................................................................................................5

1.1.1. Delimitação do tema............................................................................................7

1.1.2. Justificação do tema.............................................................................................8

1.2. Formulação do problema........................................................................................8

1.3. Objectivos...............................................................................................................8

1.3.1. Objectivo geral.....................................................................................................8

1.3.2. Objectivos específicos.........................................................................................8

II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................9

2.1 Conceito...................................................................................................................9

2.1.1 Âmbito, titularidade e duração da autoridade paternal.......................................10

2.2 Conteúdo de natureza pessoal................................................................................14

III. METODOLOGIA...................................................................................................18

3.1. Tipo de estudo.......................................................................................................18

3.2. População e amostra.............................................................................................18

3.3. Critérios de inclusão.............................................................................................19

3.4. Critério de exclusão..............................................................................................19

3.5. Métodos a utilizar.................................................................................................19

3.6. Procedimentos e instrumentos ou técnicas para a colecta de dados.....................19

3.5. Processamento de dados.......................................................................................19

IV. RESULTADOS........................................................................................................20

V. CRONOGRAMA......................................................................................................21

VI. RECURSOS.............................................................................................................22

BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................23

8
I. INTRODUÇÃO

1.1 Introduzir o tema

O presente trabalho versa sobre autoridade paternal e seu exercício no ordenamento jurídico
angolano, abordando seus principais institutos, princípios e temas adversos, perscrutando
apontar as mais importantes legislações pertinentes ao tema com uma visão abrangente no que
tange aos procedimentos e sua aplicabilidade e eficácia no judiciário angolano. Ademais vai
intentar nas minúcias de seu processo e levando a uma reflexão da sua evolução histórica em
todos os âmbitos da legislação angolana que são pertinentes .

Inicialmente abordando os princípios basilares do instituto da autoridade paternal e seu


exercício e do Direito da Família, logo após falaremos do processo histórico e mostrando as
primeiras escrituras sobre a autoridade paternal e seu exercício que foram registradas, com
entendimentos doutrinários e jurisprudenciais.

Enquanto cidadãos temos a obrigação e o dever de continuar a promover os direitos das


nossas crianças, para que cresçam de forma saudável e responsável de tal sorte que se tornem
adultos com capacidades e, desta forma, possamos, também promover os Direitos das
famílias. Aliás, é este um dos maiores objetivos do nosso trabalho.

1.1.1. Delimitação do tema

Quanto a delimitação, a presente pesquisa será realizada especificamente na área do Direito


da Família, no campo da autoridade do exercicio do poder paternal no ordenamento jurídico
Angolano.

1.1.2. Justificação do tema

Decidimos abordar o tema da autoridade do exercício do poder paternal para trazer à nossa
sociedade uma grande carga emotiva. Temas relacionados com a infância, crianças,
adolescentes, amor, carinho e a felicidade fragiliza-nos na hora de sermos imparciais e
acertivos na relação existente entre pais e filhos, O facto é que o amor e afectividade têm
muitas faces e aspectos e, nessa multifária complexidade, temos apenas a certeza de que se
trata de uma força elementar, propulsora de todas as nossas relações de vida.

9
Nesse contexto, fica fácil concluir que a sua presença, mais do que em qualquer outro ramo
do Direito, se faz especialmente forte nas relações de Família.

E neste sentido, este trabalho que agora iniciamos, acerca da autoridade do exercício do poder
paternal vale ressalvar que à própria função social desempenhada pela família, todos os
integrantes do núcleo familiar, especialmente os pais (pai e mãe), devem propiciar o acesso
aos adequados meios de promoção moral, material e espiritual das crianças e dos adolescentes
viventes em seu meio. Educação, saúde, lazer, alimentação, vestuário, enfim, todas as
diretrizes constantes na Política Nacional da Infância e Juventude devem ser observadas
rigorosamente. A inobservância de tais mandamentos, sem prejuízo de eventual
Responsabilização criminal e civil, pode, inclusive, resultar, no caso dos pais, na destituição
do poder familiar.

1.2. Formulação do problema

 Como se opera os principais Direitos-deveres da autoridade paternal ?

1.3. Objectivos

1.3.1. Objectivo geral

 Estudar as diferentes características da autoridade paternal.

1.3.2. Objectivos específicos

 Conceituar exercício da autoridade paternal no ordenamento jurídico Angolano;


 Analisar a aplicabilidade das formas de exercício da autoridade paternal no
ordenamento jurídico Angolano;
 Demonstrar o exercício da autoridade paternal no ordenamento Jurídico Angolano
 Descrever os principais direitos-deveres que os progenitores exercem sobre o filho.

10
II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo procura-se esclarecer e perceber os principais conceitos investigados no quadro


de referência, realizando uma revisão bibliográfica sobre o que diversos autores têm
observado nos últimos anos sobre a temática. Procurar entender os principais conceitos sobre
autoridade paternal e o seu exercício no ordenamento jurídico angolano.

2.1 Conceito de Familía, evolução histórica, legislativa e modalidades

2.1.1. Conceito de Familía

Segundo a professora Maria Medina, o conceito de família não é, de qualquer forma um


conceito estático e imutável. Muito pelo contrário: como os demais fenómenos humanos e
sociais, está sujeito a um processo de evolução e transformação. Não se pode entender a
família como um instituto uniforme, sendo que dentro do mesmo Estado pode haver mais de
um tipo de grupo familiar.

Segundo o professor Júlio Cesar Sanchez , a “família é o núcleo existencial integrado por
pessoas unidas por vínculo sócio afectivo, teleologicamente vocacionada a permitir a
realização plena dos seus integrantes”, segundo o princípio constitucional da dignidade da
pessoa humana. Nessa linha, é possível sistematizar o nosso conceito da seguinte maneira:

a) Núcleo existencial composto por mais de uma pessoa: a ideia óbvia é que, para ser família,
é requisito fundamental a presença de, no mínimo, duas pessoas;

b) Vínculo sócio afectivo: é a afectividade que forma e justifica o vínculo entre os membros
da família, constituindo-a. A família é um facto social, que produz efeitos jurídicos;

11
c) Vocação para a realização pessoal de seus integrantes: seja qual for a intenção para a
constituição de uma família (dos mais puros sentimentos de amor e paixão, passando pela
emancipação e conveniência social, ou até mesmo ao extremo mesquinho dos interesses
puramente econômicos), formar uma família tem sempre a finalidade de concretizar as
aspirações dos indivíduos, na perspectiva da função social.

É preciso compreender que a família, hoje, não é um fim em si mesmo, mas o meio para a
busca da felicidade, ou seja, da realização pessoal de cada indivíduo, ainda que existam – e
infelizmente existem – arranjos familiares constituídos sem amor. O que não se pode
prescindir, nesse contexto, é o seu intrínseco elemento teleológico consistente na formação de
um núcleo existencial que tenha por finalidade proporcionar uma tessitura emocional (e
afetiva) que permita a realização da família como comunidade e dos seus membros como
indivíduos. E isso não seria possível sem uma ampla visão do instituto, seja na sua
compreensão conceitual, seja em um bosquejo histórico, o que será objeto do próximo tópico.

Face a esta realidade, compreende-se que não seja fácil definir um conceito estático
de família. Aliás, isso mesmo é demostrado pela redacção do artigo 35º da CRA, no qual a
família é um “núcleo fundamental da organização da sociedade”, cabendo ao estado e à
sociedade a sua protecção, garantindo-se, assim, a realização pessoal dos seus membros.

Dentro do Direito de Família estão englobados diversos sub-ramos de direito: o direito


matrimonial, que regula as relações jurídicas de natureza pessoal e patrimonial que se
estabelecem entre os cônjuges; o direito da filiação ou direito paterno-filial, que estabelece os
direitos e deveres entre pais e filhos; o direito de parentesco que determina os efeitos jurídicos
existentes entre pessoas ligadas por laços de sangue provenientes duma ascendência comum;
o direito da finidade que regula as normas vinculativas da aliança que se estabelece entre o
cônjuge e os parentes de outro cônjuge ou, se quisermos entender no sentido mais lato, as
normas que regulam a aliança entre duas famílias; o direito da tutela que visa regular as
formas de substituição da autoridade paternal; o direito que regula as relações jurídicas que
provêm da adoção, a qual como veremos, estabelece um vínculo jurídico idêntico ao da
filiação entre pessoas não ligadas entre si por laços de filiação biológica, etc..

12
O Direto de Família ou, se quisermos dizer «os direitos de família» são em geral os direitos
que tutelam os interesses das pessoas que fazem parte da comunidade familiar. A Família
pode assim ser definida como um grupo social relacionado entrem si por obrigações e direitos
recíprocos.

A família é, sem sombra de dúvida, o elemento propulsor de nossas maiores felicidades e, ao


mesmo tempo, é na sua ambiência que vivenciamos as nossas maiores angústias, frustrações,
traumas e medos. Muitos dos nossos atuais problemas têm raiz no passado, justamente em
nossa formação familiar, o que condiciona, inclusive, as nossas futuras tessituras afetivas.
Somos e estamos umbilicalmente unidos à nossa família.

O conceito de família reveste-se de alta significação psicológica, jurídica e social, impondo-


nos um cuidado redobrado em sua delimitação teórica, a fim de não corrermos o risco de cair
no lugar-comum da retórica vazia ou no exacerbado tecnicismo desprovido de aplicabilidade
prática. Nesse ponto, perguntamo-nos se seria possível delimitar um conceito único de
família.

O Direito é, portanto, um conjunto de normas e princípios que regulamentam o


funcionamento da sociedade e o comportamento de seus membros. O Direito protege o
organismo familiar, por ser uma sociedade natural anterior ao Estado e ao Direito. Não foi,
portanto, nem o estado nem o Direito que criaram a família, pois foi esta que criou o Estado e
o Direito, como sugere a famosa frase de Rui Barbosa: “A pátria é a família amplificada” 1.

2.2 Evolução histórica da família

Não há na história dos povos antigos e na Antiguidade Oriental como na Antiguidade


Clássica o surgimento de uma sociedade organizada sem que se vislumbre uma base ou seus
fundamentos na família ou organização familiar.

O modelo de família angolana encontra sua origem na família romana que, por sua vez, se
estruturou e sofreu influencia no modelo grego.

2.2.1 A Família no Direito Romano.

Foi a Antiga Roma que sistematizou normas severas que fizeram da família uma sociedade
patriarcal.A família romana era organizada preponderantemente, no poder e na posição do
pai, chefe da comunidade. O pátrio poder tinha caráter unitário exercido pelo pai. Este era

1
MACHADO, José Jefferson Cunha. Curso de Direito de Família. Sergipe: UNIT, 2000, p.2.

13
uma pessoa sui júris, ou seja, chefiava todo o resto da família que vivia sobre seu comando, os
demais membros eram alini júris2.

Pelo relato de ArnoldoWald:

A família era, simultaneamente, uma unidade econômica, religiosa, política e jurisdicional.


Inicialmente, havia um patrimônio só que pertencia à família, embora administrado pelo pater.
Numa fase mais evoluída do direito romano, surgiam patrimônios individuais, como os
pecúlios, administrados por pessoas que estavam sob a autoridade do pater3.

Na sociedade Romana, elitista e machista os poderes patriarcais eram numerosos. Como


mostram os princípios que vigiam à época:

- Jus vita ac necis (o direito da vida e da morte);

- Jus exponendi (direito de abandono);

- Jus naxal dandi (direito de dar prejuízo).

Com a morte do “pater famílias” não era a matriarca que assumia a família como também as
filhas não assumiam o pátrio poder que era vedado a mulher.O poder era transferido ao
primogênito e/ou a outros homens pertencentes ao grupo familiar.

No casamento Romano existiam duas possibilidades para a mulher: ou continuava se


submetendo aos poderes da autoridade paterna (casamento sem manus), ou ela entrava na
família marital e devia a partir deste momento obediência ao seu marido (casamento com
manus).

Duas espécies de parentesco existiam no Direito Romano: a agnação consistia na reunião de


pessoas que estavam sob o poder de um mesmo pater, englobava os filhos biológicos e os
filhos adotivos, por exemplo. A cognação era o parentesco advindo pelo sangue. Assim, a
mulher que houvesse se casado com manus era cognada com seu irmão em relação ao seu
vínculo consangüíneo, mas não era agnada, pois cada qual devia obediência a um pater
diferente, ou seja, a mulher ao seu marido e o irmão ao seu pai. Com a evolução da família
romana a mulher passa a ter mais autonomia perante a sociedade e o parentesco agnatício vai
sendo substituído pelo cognatício4.
2
MACHADO, José Jefferson Cunha. Curso de Direito de família. Sergipe: UNIT, 2000, p.3.
3
WALD, Arnoldo. O novo direito de família. ed.rev.atual.e ampl. Pelo autor, de acordo com a jurisprudência e com o novo Código Civil. (Lei n. 10.406,de 10-1-2002), com a colaboração da

Prof.Priscila M. P. Corrêa da Fonseca. – São Paulo: Saraiva, 2004,p.57.


4
MACHADO, José Jefferson Cunha. Curso de Direito de família. Sergipe: UNIT, 2000, p.4.

14
Na época do Império Romano passam os cognados a terem direitos sucessórios e alimentares,
além da possibilidade de um magistrado poder solucionar conflitos advindos de abusos do
pater. Nesta fase, a mulher romana já goza de alguma completa autonomia além de
corresponder ao início do feminismo. A figura do adultério e a do divórcio se multiplica pela
sociedade romana e com isso a dissolução da família romana.

No Digesto, esclarece Marciano:

Carcopino, no seu estudo sobre a vida cotidiana dos romanos, assinala que, à medida que o
pai deixava de ser a autoridade severa e arbitrária dos primeiros tempos para reconhecer a
autonomia e a independência dos filhos, multiplicava-se em Roma a figura leviana do filius
mimado e egoísta, gastando num dia fortunas acumuladas pelo trabalho de gerações,
caracterizando assim uma sociedade que adquiriu o hábito do luxo e perdeu a sobriedade.
Após o austero e rígido pater, veio à época da soberania incontestável das novas gerações5.

A doutrina jurídica reconhece que o direito romano forneceu ao Direito angolano elementos
básicos da estruturação da família como unidade jurídica, econômica e religiosa, fundada na
autoridade de um chefe, tendo essa estrutura perdurada até os tempos atuais6.

2.2.2 A Família no Direito Canônico

A partir do século V, com o decorrente desaparecimento de uma ordem estável que se


manteve durante séculos, houve um deslocamento do poder de Roma para as mãos do chefe
da Igreja Católica Romana que desenvolveu o Direito Canônico estruturado num conjunto
normativo dualista (laico e religioso) que irá se manter até o século XX. Como conseqüência,
na Idade Média, o Direito, confundido com a justiça, era ditado pela Religião, que possuindo
autoridade e poder, se dizia intérprete de Deus na terra7.

5
CAHALI, Yussef Said. Dos Alimentos. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1998, p.28, apud.Jérôme Carcopino, L avie quotidienne a Rome à l’apogée de l’ Empire, Paris, Libr. Hachette,

1939, p.97 e s.
6
PEREIRA, Tânia da Silva. Famílias possíveis: Novos paradigmas na convivência familiar. In: PEREIRA, Rodrigo da Cunha (coord.). Afeto, Ética, Família e o Novo Código Civil. Belo

Horizonte: Del Rey, 2004, p.641.


7
CORRÊA, Darcísio. A construção da cidadania. Ijuí: Unijuí. 1999, p.62.

15
Os canonistas eram totalmente contrários à dissolução do casamento por entenderem que não
podiam os homens dissolver a união realizada por Deus e, portanto um sacramento.

Para Arnoldo Wald8

Havia uma divergência básica entre a concepção católica do casamento e a concepção


medieval. Enquanto para a Igreja em princípio, o matrimônio depende do simples consenso
das partes, a sociedade medieval reconhecia no matrimônio um ato de repercussão econômica
e política para o qual devia ser exigido não apenas o consenso dos nubentes, mas também o
assentimento das famílias a que pertenciam.

O direito canônico fomentou as causas que ensejavam impedimentos para o casamento,


incluindo as causas baseadas na incapacidade de um dos nubentes como eram: a idade,
casamento anterior, infertilidade, diferença de religião; as causas relacionadas com a falta de
consentimento, ou decorrente de uma relação anterior (parentesco, afinidade) 9.

A evolução do Direito canônico ocorreu com a elaboração das teorias das nulidades e de
como ocorreria a separação de corpos e de patrimônios perante o ordenamento jurídico. Não
se pode negar, entretanto, a influência dos conceitos básicos elaborados pelo Direito
Canônico, que ainda hoje são encontrados no Direito angolano .

2.1.2 Definição de Poder Paternal

De acordo com Medina (2013), a Autoridade paternal é o conjunto de poderes, de deveres e


de perrogativas que incidem sobre a própria pessoa física e moral e sobre o seu património.

Com vista a prossecução dos fins para cujo a realização se atribui a autoridade paternal a lei
prevê, o dever de obediência dos filhos em relação aos seus pais. É estatuido no art. 137.º do
CF, o principio genérico de que os filhos devem obediência dos pais. A lei estabelece, porém,
as linhas orientadoras desse dever, pós no art.137.º, nº 1 menciona que: «os filhos menores
devem obediência à legítima autoridade paternal», o que quer enfatizar que essa autoridade
tem que ser exercida dentro da finalidade legal para qual é atribuída (o interesse do menor),
pós se não for torna-se ilegítima e como tal não há que pedir ao filho obediência.

De acordo com o nº 2 do art. 137.º: «À medida do seu desenvolvimento a personalidade e


vontade dos filhos deve ser tida em conta pelos pais » .
8
WALD, Arnoldo. O novo direito de família. 15. ed.rev.atual.e ampl. Pelo autor, de acordo com a jurisprudência e com o novo Código Civil. (Lei n. 10.406,de 10-1-2002), com a colaboração da

Prof.Priscila M. P. Corrêa da Fonseca. – São Paulo: Saraiva, 2004, p.13.


9
WALD,Arnoldo.O novo direito de família.15.ed.rev.atual.e ampl. Pelo autor, de acordo com a jurisprudência e com o novo Código Civil.(Lei n. 10.406,de 10-1-2002), com a colaboração da

Prof.Priscila M. P. Corrêa da Fonseca. – São Paulo: Saraiva, 2004, p.14.

16
Quis-se sublinhar aqui a necessidade de de aplicar um dos principios fundamentais do CF
(consignado nos seus art. 2.º, nº 2 e art. 6.º), e que se refere à contribuição que todos os
membros da família devem dar para que cada um possa realizar plenamente a sua
personalidade e as suas aptidões tendo em conta o respeito pela sua personalidade, a especial
proteção a criança e o espiíto de colaboração e entreajuda.

A reforma constitucional introduzida pela Lei nº 23/92, de 16 de Setembro, previa no art.30.º,


nº 2, que o estado promovesse o deselvolvimento harmonioso da personalidade da criança e
dos jovens; e o art. 31.º vinha esplicitamente consagrar o princípio de que o Estado, a família
e a sociedade deviam promover o desenvolvimento da personalidade dos jovens e da criança.

No art. 80º (Infância) da actual CRA, vem consagrado no nº 2 «As políticas públicas no
domínio da família da educação e da saúde devem salvaguardar o princípio do superior
interesse da criança como forma de garantir o seu pleno desenvolvimento fisíco psíquico e
cultural » .

Aliás, a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança no seu art. 12.º, nº 1, já
refere à criança «(...) o direito de expressar as suas opiniões livremente sobre todos os
assuntos relacionados com a criança (...)» e no art. nº2, o de expressar livremente a sua
opinião em todos os assuntos que lhe digam respeito «(...)processo judicial ou administrativo
(...)» e «o direito a que as suas opiniões sejam tidas em conta, de acordo com a sua idade e
maturidade» .

Estamos perante de uma nova concepção, oposta à do autoritarismo e da preferência da


vontade, de adulto sobre a da criança e do jovem, anteriormente dominante.

Os pais devem respeitar a personalidade as aptidões e inclinações pessoais do filho, não lhe
impondo regras de conduta ou opcões na sua vida, como seja a escolha de fé religiosa, de
profissão, da celebração ou nãodd de casamento, etc., que contrariem a vontade do filho.

O conteúdo da autoridade paternal engloba poderes-deveres de natureza pessoal, natureza


patrimonial.

17
2.1.1 Âmbito, titularidade e duração da autoridade paternal

Um dos efeitos fundamentais do estabelicimento do veículo da filiação é a atriução, ao pai e à


mãe de filhos menores, da autoridade paternal. Ela visa a prossecução do fim primordial da
célula familiar, que é a conceção, criação e educação dos filhos. O conjunto de direitos e
deveres específicos atribuídos aos pais para a criação e educação dos filhos é, digamos, de
ordem natural: existe na sociedade humana desde os seus primórdios. No Direito Romano era
«patria potestas» ou «potesta genitoria», caractérizada pelo poder absoluto dos pais pelos
filhos, que se prolongava por toda a vida do filho independentemente da idade do filho e de
ele ser ou não casado.

No CC, a expressão legal era «poder paternal» significando que era um poder espescialmente
exercída pelos pais o qual era o elemento hierarquicamente superior da família, quer em
relação à mulher quer em relção aos filhos. À mãe era atribuída uma posição secundária de
mera conselheira nos assuntos que dissessem respeito aos filhos.

No Direito Europeu procura-se uma nova expressão – «autoridade paternal», para evitar que o
conceito contenha em si um conceito descriminatório à mãe.

Mais recentemente privilegia-se a expressão responsabilidade pariental que se considera como


«mais rigorosa e mais adequada à evolução da realidade socila e jurídica (...) de os pais em pé
de igualdade e em concertação com os filhos menores se encontrarem investidos de uma
missão de prossecução dos interesses destes, sentindo-se ambos responsavéis» 10

O conselho da Europa define: «Responsabilidade parentais como sendo o conjunto de deveres


e poderes destinada a segurar o bem-estar moral e material do filho e designadamente
tomando conta da pessoa do filho mantendo relações pessoais com ele, assegurando a sua
educação, o seu sustento, a sua representação legal e administração dos seus bens» .

Tem natureza funcional, pois é atribuída ao pai e à mãe, não no seu próprio interesse, mas
como diz o art. 127.° n.° 2, do CF: «Os deveres e direitos paternais devem ser exercidos no
interesse dos filhos e da sociedade». Os seu titulares estão vinculados à finalidade legal
prevista na lei e não detêm um direito subjetivo. É um poder, um officium, um munus que não
é exercido sobre o filho, mas para o filho11 .

10
. António H.L Farinha e Conceição Lavadinho. «Mediação familiar e responsabilidades Parentais», p, 48. Edições Almedina, 1997 .
11
. Alfredo Carlo Moro. Manual de Diritto Minorile, p. 134. Zainchelli, Bologna .

18
O exercício pelos pais, no seu próprio interesse, da autoridade paternal, prejudicando o
interesse do filho, constitui o abuso de direito e deve obrigar à intervenção dos órgãos de
educação e de assistência, da Procuradoria da República e dos tribunais, em defesa do menor.
Dado o superior interesse de defesa dos direitos dos menores a autoridade paternal é, na
generalidade dos sistemas jurídicos, exercida sob a vigilância e controlo da sociedade e dos
órgãos de estado .

Quando os pais não se mostram à altura de educar os seus filhos, poderá ser-lhes retirada a
função de educação, sendo tomadas medidas que podem alterar os poderes e deveres dos pais,
bem como as decisões por estes tomadas .

O art. 149.° , no n°2, do CF prevê que, a pedido do Ministério Público, o tribunal intervenha
para alterar as decisões que os pais tenham tomado relativamente à vida do filho e que sejam
lesivas do interesse do menor e da sociedade geral .

Quando ocorrem casos mais graves lesivos dos interesses do menor ou que ponham em risco a
sua integridade física, psíquica ou a sua formação moral, pode o tribunal aplicar uma medida
sancionatória que é a inibição total ou parcial da autoridade paternal. Em síntese: pode
afirmar-se que a autoridade paternal é um poder-dever atribuído aos pais mas deve ser
exercido em benefício dos filhos, estando sob o controlo do Estado através dos seus órgãos de
natureza administrativa e judicial.

A causa jurídica da autoridade paternal reside na incapacidade natural do ser humano de se


bastar nos seus primeiros anos de vida, no plano físico e intelectual. Ela apresenta a expressão
mais relevante do dever de solidariedade, de entreajuda e de assistência moral e material que
deve prevalecer nas relações familiares.

A autoridade paternal visa, no plano jurídico, suprir a incapacidade de exercício do menor,


que, em razão da sua inexperiência, carece de quem o dirija na sua formação pessoal e de
quem cuide dos seus interesses patrimoniais, por via da representação legal que é atribuída
aos pais para agir em nome dos filhos .

A autoridade paternal é exercida, consequentemente, durante a menoridade do filho e termina


quando atinge a maior idade. A maioridade atinge-se, segundo a lei angolana, aos 18 anos,
como dispõe a Lei n.° 68/76, de 12 de outubro e está hoje consagrado no art. 24.° da CRA12.
12
Artigo 24.º

A maioridade é atingida aos 18 anos.

19
A Convenção das Nações Unidas sobre o Direitos das Crianças dispõe no seu art. 1.° que
«(...) considera-se criança todo o ser humano com menos de 18 anos de idade».

O art. 134.°, n.° 1, do CF explícita que a autoridade paternal é exercida durante a menoridade
do filho.

Ela perdura durante todo esse período da vida do filho e só pode extinguir-se por duas causas,
como dispõe o n°2 do citado art.134 .° :

- a morte do projenitor

- a constituição do vínculo de adoção.

A morte é um facto natural que põe fim às relações familiares de natureza pessoal.

A constituição do vínculo de adoção vai criar um novo vínculo de filiação entre adotante e
adotado e como vai fazer cessar o vínculo de filiação natural. Os pais são, porém, chamados a
dar o seu consentimento à adoção – art. 202.° do CF.

Por sua vez os deveres dos filhos para com os pais vêm expressos no art. 132.° : «os filhos
devem, respeito, cuidados e assistência aos pais». São deveres de carácter permanente
extensivos a toda relação paterno-filial quer durante a menoridade como depois da
maioridade.

2.3 Conteúdo de natureza pessoal

O conteúdo de natureza pessoal da autoridade paternal vem expresso no art. 135.° do CF,
segundo o qual «incumbe aos pais a guarda, a vigilância e o sustento dos filhos menores e a
prestação de cuidados com a sua saúde e educação ».

Importa analisar cada um destes poderes-deveres discrimidos na lei :

a) Poder-dever de guarda

Este Poder-dever envolve, na sua materialidade, o encargo direto do filho pelos pais e está
ligado, portanto, à própria pessoa física do filho. O dever de guarda ou custódia é da maior
relevância e pode dizer-se que dele derivam os demais direitos e deveres paternais. Este

20
direito vem hoje de novo consagrado no art.° 9.° da Lei sobre a Proteção Integral da Criança
( Lei n. ° 25/12 de 22 de agosto de 2012, D.R. n. ° 162). Os pais devem manter os filhos em
convivência direta consigo, protegendo-os na sua integridade física e moral e integrando-os
no seu agregado familiar em convivência comum.

O direito de guarda consubstancia-se assim na obrigação e no direito do filho a viver com os


pais na residência destes. Este poder-dever vem consignado no art. 136.°do CF «Os filhos
menores devem viver com os pais, não podendo deixar a residência destes sem o seu
consentimento» .

Por via do poder-dever de guarda, os pais estão investidos no direito de fixar o domicílio do
filho menor. O domicílio do menor é, em regra, o do seu representante legal, como prevê o
art. 85.°, n. ° 1, do CC.

A retirada dos filhos menores da residência dos pais sem o seu consentimento constitui ilícito
penal que pode ser tipificado na forma de subtração de menores – art. 342.°, no
constrangimento do menor a abandonar a casa dos pais ou tutores – art. 343.°, ou na ocultação
troca ou descaminho de menores – art. 344. °, todos do CP.

O Anteprojecto do CP prevê no art. 231.° o crime de Subtracção ou recusa de entrega de


menor13.

b) Poder-dever de vigilância

O poder-dever de vigilância atribui aos pais o dever de velarem pela integridade física e moral
dos filhos, afastando-os dos perigos que possam atingir na sua própria pessoa ou na sua
formação moral. Os pais devem proteger o filho na sua integridade física, não permitindo que
ele seja exposto a perigos dos quais, em razão da sua menoridade, não esteja apto a defender-
se, impedindo que sofra lesões ou que sua vida corra algum risco.

13
Anteprojecto do Código Penal

ARTIGO 231.º
(Subtração ou recusa de entrega de menor)
1. Quem subtrair menor a pessoa que sobre ele exerça poder paternal ou tutelar ou a quem esteja legitimamente confiado é punido com pena de prisãode 1 a 4anos, se a pena mais grave lhe não
couber por força de outra disposição penal .
2. Quem: (...)
b) convencer o menor a fugir do domicílio familiar ou do lugar onde reside ou a abandonar esse domicílio ou lugar, por meio de violência, ameaça ou qualquer artifício fraudulento é punido com
a pena de prisão até 3 anos ou com a de multa até 360 dias .

21
No aspecto moral, devem velar sobre as relações do filho, impedindo que ele conviva e
acompanhe pessoas moralmente mal formadas que possam incutir-lhe vícios ou
comportamentos censuráveis. Os pais têm o direito de fiscalizar as relações sociais dos filhos.

Este direito ter que ser exercido no interesse do filho e não deve estar submetido a caprichos
ou malquerenças dos pais. Se os pais impedirem a relacionamento com os avós ou outros
parentes próximos do menor, como irmãos, tios e primos o tribunal pode ser chamado a
intervir, se essa proibição tiver carácter abusivo e for injustificada.

Os pais têm o direito de abrir a correspondência do filho menor, no quadro do dever de


vigilância sobre as relações sociais do filho – art. 461.°, n. ° 1 do CP.

Nele também está englobado o controlo sobre a vida privada do filho e a difusão da sua
imagem ou de relatos de índole pessoal.

Do dever de vigilância resulta ainda para os pais a obrigação de impedirem que o filho
pratique atos lesivos dos direitos de outrem, sendo no geral responsáveis pelos atos cometidos
pelo filho. O art. 491.° do CC , responsabiliza os pais relativamente aos danos causados a
terceiros por filho menor, naturalmente incapaz, quando não tenham exercido de forma
diligente o seu dever de vigilância.

É a própria lei que estabelece a presunção de culpa in vigilando, atribuindo aos pais ou à
quem os substitui, o dever de reparar os danos causados por condutas de natureza dolosa ou
meramente culposa dos filhos menores.

A Lei do Julgado de Menores, atrás citada, veio abranger na sua jurisdição art. 3.° «b) os pais,
tutores, ou quem tenha o menor a seu cargo, nos casos previstos na sua presente lei». Os pais
estão obrigados a coadjuvar a ação do Julgado de Menores e fazer cumprir as decisões que
forem tomadas relativamente à seus filhos.

De acordo com o art. 50.° do CPJM, aprovado pelo Decreto n.° 6/03 de 28 de janeiro, se
«Durante a execução das medidas decretadas ao menor se verificar o seu incumprimento por
parte dos pais, tutores ou da pessoa que tenha o menor a seu cargo, será mandado extrair
certidão dos autos para procedimento de contravenção por violação do dever de proteção
social, caso a conduta não interage a infração mais grave.»

22
O Código Aduaneiro aprovado pelo Decreto-Lei n. ° 5/06, de 4 de Outubro, no seu art. 175.°,
n.° 1, responsabiliza os pais pelas infrações fiscais e aduaneiras cometidas pelo filho 14.

c) Poder-dever de prestação de sustento e cuidados de saúde

O dever de sustento é prestação de cuidados de saúde faz parte, bem como o dever de
educação, do dever geral de prestação de alimentos que incumbe aos pais a favor do filho. É o
dever primordial dos pais com relação aos filhos, consignado não só no art. 135.° mas
também no art. 249.°, n.° 1, do CF.

A obrigação de alimentos é uma forma de dever assistência material e nela se incluem a


prestação de alimentação, vestiário, habitação e educação, como adiante veremos. Esta
obrigação incumbe ao pai e à mãe e é de natureza solidária, o que significa que ela pode ser
exigida na sua totalidade a qualquer um dos pais.

Se for um único progenitor a prestá-la, ele terá direito de regresso contra outro.

Entre os pais existe uma responsabilidade solidária.

O quantitativo desta obrigação consoante a situação económica e social dos pais, pois ao filho
deve ser assegurado um nível de vida idêntico aos dos seus progenitores e proporcional aos
rendimentos destes. Os alimentos não devem, pois restringir-se ao quantitativo necessário à
mera subsistência do alimentado.

A prestação de cuidados de saúde (também incluída na obrigação genérica de alimentos)


envolve tudo quanto diga respeito ao desenvolvimento físico e psíquico do menor,
protegendo-o de doenças através de vacinações e outros meios de sanidade e da devida
assistência médica preventiva e curativa. Este direito vem de novo consagrado no art. 14.° da
citada Lei da n. ° 25/12 sobre Protecção e Desenvolvimento Integral da Criança. Cabe aos
pais prestar autorização para tratamentos ou intervenções cirúrgicas a que o menor seja
submetido.

Entendemos estar fora dos poderes dos pais autorizar o filho menor seja objeto de utilização
de esterilização ou que seja doador de um órgão a terceira pessoa dado o caráter de mutilação
física de tais intervenções.
14
(7) Código Aduaneiro

ARTIGO 175.º
1. Os pais ou representantes legais dos menores são responsáveis pelas infrações fiscais e aduaneiras .

23
III. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

24
IV. METÓDOLOGIA

4.1. Tipo de estudo

Será realizado um estudo retrospectivo com abordagem qualitativa sobre Autoridade Paternal e seu
Exercício no Ordenamento Jurídico Angolano .

4.2.1. Critério de inclusão

Serão utilizados os diplomas legais em vigor no ordenamento jurídico angolano, e não


só, pois também fizemos recurso ao estudo comparado, bem como respectivos artigos que
versam sobre o tema.

4.2.2. Critério de exclusão

Serão excluídos todos os diplomas e artigos que não correspondem ao tema em


abordagem.

4.3. Métodos a utilizar

25
Na elaboração deste trabalho serão utilizados os métodos dedutivos e indutivos, sob
suporte da aplicação zelosa, na abordagem do método histórico.

4.4. Procedimentos e instrumentos ou técnicas para a colecta de dados

Esta pesquisa bibliográfica será desenvolvida a partir de material já elaborado,


constituída, principalmente, de livros e artigos científicos, abrange bibliografias já publicadas
em relação ao tema estudado, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros,
pesquisas, monografias, teses, etc.

4.5. Processamento de dados

Os dados foram redigidos por intermédio do Microsoft Office, mais precisamente o


componente Microsoft Word.

IV. RESULTADOS

No presente trabalho levamos a cabo um estudo sobre autoridade do exercício do poder


paternal no ordenamento jurídico angolano, analisando algumas questões que entendemos
serem mais controversos introduzidos no actual CF.

Chegados a este ponto, e após percorrer um longo caminho, compreende-se que o Direito da
Família é uma área do direito muito suscetível à mudança, que tenta acompanhar a
transformação da sociedade ao longo dos tempos.

Infelizmente até hoje internamente não se produziu tanto na doutrina como na jurisprudência
grandes estudos sobre a matéria que poderiam decerto enriquecer as nossas posições aqui
assumidas.

26
Mas vale ressalvar a importância da Lei 25/15, 22 de Agosto, que dê uma forma mais
aprofundada nos apresenta os princípios fundamentais da defesa da criança, visto que é dever
do Estado zelar pela proteção dos direitos de menores.

Notou-se que muitas das vezes as crianças são deixadas sobre responsabilidade de apenas um
dos seus progenitores, cujo este tem o dever de prestar alimentos de forma individual, e a
questão que muitas das vezes nos colocamos é a seguinte, De quem é realmente a função de
prestar alimentos ao menor? Claro que a resposta é simples e consisa (Pai e Mãe) ainda que
separados estes têm o direitos-deveres sobre os menores e estes direitos-deveres devem ser
respeitados na sua íntegra para que não haja a violação dos direitos do menor.

É também importante a gente relembrar a distinção existente entre a prestação de alimentos e


o exercicio da autoridade paternal, visto que são dois institutos totalmente diferentes, mas,
com algumas semelhanças que foram mencionadas no discorrer das nossas pesquisas .

IV. CRONOGRAMA

Actividades Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul


Revisão bibliográfica X X X X X X

Elaboração do pré-projecto X X X X
Análise de dados
Elaboração do relatório final

Entrega do trabalho e defesa

27
VI. RECURSOS

Material Unidades Valor/unidade Valor/Total

Computador 1(um) 400.000,00 kz 400.000,00 kz

Lapiseiras 8(oito) 50,00 kz 400,00 kz

Caderno 2(dois) 400,00 kz 800,00 kz

Livros 10(dez) 16.000KZS 160.000, 00 kz

28
Total geral

Fonte: Propria do Autor

BIBLIOGRAFIA

AA.VV. – Direito de Menores, Organização BDJUR Base de Dados Jurídica, Coimbra:


Almedina, 2012.

CAMPOS, Diogo Leite de, – Lições de Direito da Família e das Sucessões, 2ª ed. Revista e
actualizada (5ª Reimpressão da edição de 1997) Almedina, 2010.

COELHO, Francisco Pereira; OLIVEIRA, Guilherme de, – Curso de Direito da Família.


Vol. II, Tomo I, Direito da filiação, Estabelecimento da Filiação, Adopção. Coimbra:
Coimbra Editora, 2006. ISBN 9789723213850 .
29
CUNHA, Pedro D’orey da, Ética e Educação, Universidade Católica Editora, 1996 .

EPIFÂNIO, Rui M. L.; FARINHA, António H. L., – Organização Tutelar de Menores.


Contributo para uma visão interdisciplinar do Direito de Menores e da Família.
Coimbra: Livraria Almedina, 1987. ISBN: 9724006964.

GOODE, William J., – A Família. Tradução: Antônio Augusto Arantes Neto, São Paulo:
Livraria Pioneira Editora, 1970.

Jurisprudência A a Z, Menores 2013, Nova Causa - Edições jurídicas. ISBN: 9789898515049.

RAMIÃO, Tomé d’Almeida, – Organização Tutelar de Menores. Anotada e comentada,


Jurisprudência e legislação conexa, 5ª ed., Lisboa: Quid juris, 2006.

SOTTOMAYOR, Maria Clara – “Existe um Poder de Correção dos Pais? – A Propósito do


Acórdão do STJ de 05/04/2006”, in Lex Familiae, Revista Portuguesa de Direito da Família,
Coimbra 2007.

LEGISLAÇÃO

Código Civil Angolano

Código da Família Angolano

Constituição da República Angola

Convenção sobre os Direitos da Criança

Código Penal

Código de Proceeso do Julgado de Menores

Lei 25/15, de 22 de Agosto

30

Você também pode gostar