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FACULDADE PADRÃO

CURSO DE DIREITO

RAKELL DHÂMARYS MOREIRA

PROJETO DE PESQUISA
A SAGA DAS FAMÍLIAS PARALELAS NO BRASIL NA
BUSCA DE DIREITOS PATRIMONIAIS DA COMUNHÃO
PARCIAL DE BENS À LUZ DO POLIAMOR

GOIÂNIA – GO
2013
FACULDADE PADRÃO
CURSO DE DIREITO

PROJETO DE PESQUISA
A SAGA DAS FAMÍLIAS PARALELAS NO BRASIL NA
BUSCA DE DIREITOS PATRIMONIAIS DA COMUNHÃO
PARCIAL DE BENS À LUZ DO POLIAMOR

Projeto de Monografia apresentada


como requisito parcial para a
conclusão do curso de direito da
Faculdade Padrão.

Orientadora: Professora Marina Zava


de Faria Nunes

GOIÂNIA – GO
2013
SUMÁRIO

1TEMA......................................................................................................3

1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA..................................................................3

2 PROBEMATICA.....................................................................................4

3 JUSTIFICATIVA.....................................................................................5

4 OBJETIVOS...........................................................................................7

4.1 OBJETIVO GERAL.............................................................................7

4.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS...............................................................7

5 HIPÓTESES .........................................................................................8

6 METODOLOGIA ...................................................................................9

7 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................10

4 OBJETIVOS.........................................................................................11

8 ESTRUTURA PROVÁVEL DAMONOGRAFIA....................................12

9 CRONOGRAMA .................................................................................13

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................14


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1 TEMA

O presente trabalho terá como objetivo analisar os direitos patrimoniais e os


tratamentos jurídicos pertinentes existentes nas relações paralelas, oriundas, dos
insondáveis domínios do amor, mas, sob a roupagem de “casamento”, assim
denominada como entidade familiar poliafetiva, caracterizada pela união livre entre
pessoas.

1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA

A comunhão parcial de bens, dentre outras formas de regimes é sem


sombra de dúvidas um instrumento que produz grandes efeitos na orbita patrimonial.
Outrossim, é um regime suplementar no casamento e também na união
estável, por isso, é comumente adotado, pois, dispensa pacto ou contrato
nupcial.Aliás, é um instrumento de manejo nas recentes decisões polêmicas que
permeiam a família paralela, a qual, por muito tempo ficou condenada a
invisibilidade, logo, sob o domínio de resultados desastrosos que, por conseguinte,
violam os direitos da pessoa humana em detrimento da ignorância e do preconceito
social.
Portanto, será analisada, a saga das famílias paralelas no Brasil na busca de
direitos patrimoniais da comunhão parcial de bens à luz do poliamor, bem como, os
efeitos jurídicos válidos que, esta desafiante teoria trás para solucionar a questão,
ainda, encarada como um “tabu” na sociedade moderna bombardeada por relações
poliafetivas.
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2 PROBLEMAS

 O reconhecimento do núcleo familiar paralelo é capaz de provocar injustiça


quanto à divisão do patrimônio familiar?

 Ao admitir, com base na teoria do poliamor, efeito patrimonial válidos no campo


jurídico é retirado, mitigado ou violado os direitos da esposa legalmente
constituída?

 Que critérios estabelecem a teoria do poliamor na busca de garantir efeitos


jurídicos válidos? E quais as implicações morais, éticas, jurídicas e religiosas
esbarram na teoria do poliamor?

 Todas as famílias paralelas podem invocar os efeitos patrimoniais válidos na


orbita jurídica?

 Qual seria a natureza jurídica dos efeitos patrimoniais nas famílias paralelas?
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3 JUSTIFICATIVA

Comumente somos bombardeados por relações paralelas e poliafetivas das


mais variadas formas. Por muito tempo, se olvidou a tratar do assunto na
expectativa ou na ilusão de mitigá-lo, porém, tudo o que a sociedade conseguiu foi
sacrificar direitos, logo, causando resultados desastrosos para própria sociedade.
Destarte, tais relações acompanham a história da própria humanidade e é
indiferente a sua aceitação. Assim, nesse cenário explode as relações multiafetivas,
que acometem o nosso convívio, quer sejam, no campo da realidade como no
campo surreal das novelas ou nos filmes e etc. São elas, relações abertas,
adulterinas, putativas, estáveis, homoafetivas, escondidas, públicas dentre outras
espécies.
Exsurge, por conseguinte, o desafio, quando, tais relações, deixam o campo
da moral e da sociologia para invadirem nossos tribunais na busca de uma tutela
jurisdicional e democrática de direito para solucionar os conflitos latentes.
É possível verificar que, a questão abordada se trata de uma realidade
deixada de lado, controvertida e condenada à invisibilidade. Contudo, isso não
evitou que tais relações produzissem efeitos jurídicos e batessem na porta dos
nossos tribunais.
Notadamente sejam várias, as formas poliafetivas, importa-nos, aquela, que
por sua natureza destaca-se em produzir efeitos instigantes no campo jurídico e, por
serem grandes fontes de riquezas que a vida real apresenta por suas
peculiaridades. Nesse emaranhado está à teoria do poliamor, que além de
instrumento é um desafiante mediador na busca de solucionar estes conflitos
modernos ante a ausência do direito positivado.

Estudar e escrever sobre o tema é uma experiência intelectual desafiadora,


pois, é possível enxergar uma realidade, diferente da qual somos impostas á
acreditar e a obter com modelo. Afinal, falamos muitas das vezes sem conhecer,
sem vivenciar a realidade que estamos subjulgando, sem estar na situação do outro,
cometendo injustiças sob o pretexto de promover à justiça. A disciplina é instigante,
pois, explora o mundo jurídico, a axiologia social, individual e moral numa óptica
inovadora. A junção de todos estes interesses torna o trabalho interessante na sua
totalidade e de grande utilidade para os conflitos recentes e vindouros.
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Dados demonstram a dinâmica da vida real, de forma fascinante, pois, se


posteriormente alguém falasse para os nossos antepassados que, o divorcio, dentre
outros fatos, seriam a coisa mais normal do mundo hoje, ninguém acreditaria. Da
mesma forma está caminhando as composições familiares que, passam por
constantes transformações e significativas mudanças capazes de quebrar inúmeros
paradigmas, afastando-se do padrão normatizado. Desta forma, ainda que
possamos discordar ou não acreditar é provável, que isso, seja algo comum nas
gerações futuras. O próprio direito comparado e alienígena consagra as uniões
poliafetivas e revela um tratamento jurídico surpreendente.
O estudo fornece um aporte para solucionar conflitos jurídicos, para os
inúmeros casos de famílias paralelas que vivenciam o poliamor e que batem na
porta do judiciário para salvaguardar direitos e evitar o enriquecimento sem causa,
bem como, para, inclusive promover a responsabilidade dos parceiros infiéis, sem
que, para isso seja necessário sacrificar o patrimônio familiar e retirar os direito da
esposa. Logo, apenas reconhecendo, excepcionalmente, para algumas famílias
paralelas, que é o nosso objeto de estudo, o direito aos efeitos patrimoniais
tutelados.
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4 OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

Desenvolver estudos sobre as famílias paralelas e a teoria do poliamor e sua


situação jurídica ante a ausência legislativa e solução dada pelo judiciário.

4.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

 Apresentar a origem das famílias paralelas.


 Avaliar a função da teoria do poliamor na sociedade moderna.
 Verificar os critérios utilizados para definir o poliamor nas questões de efeitos
patrimoniais.
 Demonstrar os efeitos patrimoniais do regime comunhão parcial de bens nas
famílias paralelas.
 Analisar o comportamento do judiciário em face das famílias paralelas.
 Pesquisar sobre o direito de família.

 Analisar as modalidades de família.


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5 HIPÓTESES

 O Reconhecimento das famílias paralelas provavelmente não provocam injustiça


no patrimônio familiar, pois, este ônus supostamente será suportado pelo
parceiro infiel nos seus patrimônios individuais.

 O fato de admitir os efeitos patrimoniais da teoria do poliamor dificilmente


prejudicaria o direito da esposa legalmente constituída.

 Os supostos critérios são conhecimento da situação e aceitação, relação contínua


e douradora, apresentada como uma família ligada pelo instituto da afetividade.
Quantos as demais questões o tema parece ser tratado com ressalvas.

 Depende, pois, provavelmente necessitaria de supostas características legais.

 Os prováveis efeitos jurídicos são de natureza obrigacional ou mesmo poderá ser


de natureza patrimonial.
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6 METODOLOGIA

A metodologia a ser adotada consistirá na pesquisa ao seguinte material:


Legislação nacional pertinente, estudos jurídicos existentes e jurisprudências
relevantes. O material será obtido por meio de: livros, artigos publicados, acórdãos
de tribunais superiores, textos publicados na internet entre outros.
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7 REFERENCIAL TEÓRICO

A comprovação teórica deste trabalho remonta a saga das famílias paralelas


no Brasil na busca de direitos patrimoniais da comunhão parcial de bens à luz do
poliamor, com base nos registros jurídicos, onde, serão apresentados a saga da
família, a comunhão parcial de bens e, por fim, o lume da pesquisa acerca, dos
direitos patrimoniais das famílias paralelas à luz do poliamor.
Desta feita, o primeiro capítulo da Monografia será arquitetado partindo do
esboço histórico do direito de família, dos princípios, das modalidades de famílias,
da família paralela, das teorias e do poliamor. Logo, será utilizado como aparato
abordagens doutrinárias e de artigos científicos da internet referenciados.
Ademais, para desenvolver a saga das famílias paralelas no Brasil foram
relacionadas às obras de Fábio Ulhoa Coelho, Pablo Stolze Gagliano, Irineu Antonio
Pedrotti, Maria Berenice Dias, Claúdia Grieco Tabosa Pessoa.
Outrossim, saga das famílias paralelas na predileção de Pablo Stolze
Gagliano (2012, p. 463):

Pondo um pouco de lado o aspecto eminentemente moral que permeia o


tema, é forçoso convir que a infidelidade e os amores paralelos fazem parte
da trajetória da própria humanidade, acompanhando de perto a história do
casamento.

Por sua vez, comenta Fábio Ulhoa Coelho (2012, p.152):

Correspondem aos vínculos de conjugalidade destinados à formação de


família estabelecidos entre sujeitos que não podem casar-se, nem constituir
união estável, compreendem, por exemplo, as relações não exclusivas e as
vinculantes de parentes afins, em linha reta.

Convém ressaltar que a doutrina é uníssona quanto à origem das famílias


paralelas, surgiram com a própria humanidade, ou seja, com a própria família.
No segundo capítulo serão apresentados os aspectos do regime de bens e
da comunhão parcial. Aliás, serão abordadas as obras de ilustres doutrinadores,
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como, Carlos Roberto Gonçalves e Pablo Stolze Gagliano, o Código Civil Brasileiro,
Constituição Federal de 1988.
Nesta esteira assevera Pablo Stolze Gagliano (2012, p. 344):

A esmagadora maioria dos casais, não cuida em estabelecer, por meio de


pacto, regime de bens especial. Isso talvez por conta da constrangedora
situação de, em meio ao doce encantamento, terem de entabular conversa
desagradável a respeito de divisão patrimonial, tal diálogo culmina por
afigurar-se acentuadamente desagradável, quase anacrônico.

Em seguida, o autor anota também que, por ser o regime mais difundido, a
comunhão parcial de bens (345, p. 345):

Em regra, há comunicabilidade dos bens adquiridos a título oneroso na


constância do matrimônio, por um ou ambos os cônjuges, preservando-se,
assim, como patrimônio pessoal e exclusivo de cada um, os bens adquiridos
por causa anterior ou recebidos a título gratuito a qualquer tempo.

Nesse impasse, tal regime, é equilibrado e rico ao ser analisado na óptica


dos efeitos que poderá produzir no tocante às famílias paralelas, pois, visa a
resguardar o patrimônio pessoal dos envolvidos de maneira justa.
Por conseguinte, o terceiro capítulo que trás o lume da pesquisa acerca dos
direitos patrimoniais, que, será abordado pela pesquisa bibliográfica dos autores
Irineu Antonio Pedrotti, Maria Berenice Dias, Claúdia Grieco Tabosa Pessoa.
Aliás, preconiza Claúdia Grieco Tabosa Pessoa (2011, p. 37):

Quando os concubinos resolvem unir-se não necessariamente trazem


consigo o propósito de formar uma união estável; a estabilidade vem com o
tempo e dela os efeitos, estes últimos decorrentes de uma somatória de
elementos particularmente previstos, em relação aos quais incidirá a lei.

Adiante a autora ainda complementa (2011, p. 38):

A intenção consciente quanto à produção de vínculos, direitos e obrigações,


no concubinato, poderá ou não se manifestar, expressa ou tacitamente, em
algum momento; tal é entretanto irrelevante para a incidência da lei e para a
definição da natureza jurídica do instituto, conquanto interesse como meio
de prova da intenção das partes quanto à comunhão de vida e interesses.
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A partir da saga que envolve o tema, surgem diversos questionamentos, o


que faz refletir sua importância atual e eminente para solucionar conflitos sociais.
8 ESTRUTURA PROVÁVEL

INTRODUÇÃO...............................................................................................................
CAPÍTULO I – A SAGA DA FAMÍLIA.............................................................................
1.1 Esboço histórico do direito de família......................................................................
1.2 Princípios que norteiam o direito de família.............................................................
1.3 Modalidades de família............................................................................................
1.4 Das famílias paralelas: características e natureza jurídica......................................
1.5 Teorias que sustentam o direito de família..............................................................
1.6 Teoria do poliamor e a fidelidade.............................................................................

CAPÍTULO II – DOS REGIMES DE BENS....................................................................


2.1 Modalidades de regimes..........................................................................................
2.2 Regime de comunhão parcial de bens: conceito e características..........................
2.2 Reflexos da partilha em caso de morte ...................................................................
2.3 Reflexos da partilha em caso de divorcio ou separação..........................................

CAPÍTULO III – DOS DIREITOS PATRIMONIAIS À LUZ DO POLIAMOR...................


3.1 A Dicotomia dos tribunais em reconhecer efeitos patrimoniais válidos às famílias
paralelas ante a problemática da ausência normativa...................................................
3.2 Ações cabíveis para resguardar o direito dos companheiros e a legitimidade para
ingressar em juízo..........................................................................................................
3.3 Divergências acerca da competência material para processamento nas Varas
Cíveis ou nas Varas da Família.....................................................................................
3.4 Reflexos dos efeitos patrimoniais na partilha, testamento e doação e os pontos
contraditórios.................................................................................................................
3.5 Critérios para fixar o “quantum” da quota dos companheiros..................................

CONCLUSÃO................................................................................................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...............................................................................
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9 CRONOGRAMA

FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Elaboração e
revisão do
projeto de
monografia. X X X X

Leitura,
fichamento,
relatórios das
referências X X
bibliográficas.

Agendamento
e realização
das
entrevistas. X X

Redação dos
Capítulos.
X X X

Correção dos
Capítulos.
X

Apresentação
prévia da
X
monografia.

Apresentação
final da
X
monografia
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10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília, DF: senado, 1988.

COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito civil: família e sucessões. 5 ed. Saraiva:
São Paulo, 2012.

DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 9 ed. RT: São Paulo, 2013.

GEGLIANO, Pablo Stolze et al. Novo curso de direito civil. 8 ed. Saraiva: São Paulo,
2012.

GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro. 10 ed. Saraiva: São Paulo,
2013.

PEDROTTI, Irineu Antonio. Concubinato e união estável. 5ed. Leud: São Paulo,
2011.

PESSOA, Claudia Grieco Tabosa. Efeitos patrimoniais do concubinato. Saraiva, São


Paulo, 2011.

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