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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
CURSO DE DIREITO

TÉRCIA MACHADO DURÕES LEAL


600318951

ALIENAÇÃO PARENTAL:
UMA ANÁLISE JURÍDICA

GOIÂNIA
2016
TÉRCIA MACHADO DURÕES LEAL
600318951

ALIENAÇÃO PARENTAL:
UMA ANÁLISE JURÍDICA

Artigo científico apresentado à Disciplina


Orientação Metodológica para Trabalho de
Conclusão de Curso, requisito imprescindível à
obtenção do grau de Bacharel em Direito pela
Universidade Salgado de Oliveira.

Orientador: Prof. Drº. Elder Antônio Lunardi

GOIÂNIA
2016
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................
1.1 Tema e delimitação .....................................................................................
1.2 Problema ....................................................................................................
1.3 Justificativa .................................................................................................

2 OBJETIVOS ......................................................................................................
2.1 Objetivo Geral .............................................................................................
2.2 Objetivos Específicos..................................................................................

3 HIPÓTESES ......................................................................................................

4. METODOLOGIA......................................................................................................

5. ESTRUTURA PROVÁVEL DA MONOGRAFIA......................................................

6. CRONOGRAMA......................................................................................................

7. REFERÊNCIAL TEÓRICO.....................................................................................

8. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA...........................................................................
1. INTRODUÇÃO

1.1. Tema e delimitação

A análise do presente trabalho versará sobre o instituto da alienação


parental, investigando as práticas que a caracterizam, suas conseqüências,
implicações jurídicas bem como os meios de prova, tudo isso à luz do direito
brasileiro.

1.2. Problema

 Como caracterizar a síndrome da Alienação Parental?


 Quais os efeitos jurídicos da Alienação Parental?
 Como se repercute a Alienação Parental no contexto do Direito de
Família e do Direito da Criança e do Adolescente?

1.3 Justificativa

O presente trabalho versará sua análise acerca da malfadada Síndrome


da Alienação Parental, cuja nomenclatura pode ser abreviada para SAP. Esta
Síndrome se manifesta, na maioria das vezes, com o término desarmonioso de
relacionamentos conjugais e, principalmente, quando existe disputa litigiosa pela
guarda dos filhos.
A referida síndrome pode ser exemplificada quando ocorre a separação
do casal, e um dos genitores usa a criança para atingir, ou se vingar do outro
genitor. Muitas vezes com o intuito de privar totalmente a criança do convívio com o
genitor alienado.
A priori, os estudos referentes a Síndrome da Alienação Parental
começaram nos Estados Unidos, tendo como precursor o psiquiatra infantil Richard
Gardner,posteriormente, o trabalho do mesmo foi difundido pela Europa, chegando
também ao Brasil.
Apesar do enfoque dado pela mídia, muitos são os que desconhecem as
causas e consequências da síndrome, e até mesmo a existência da lei (Lei nº
12.318, de 26 de agosto de 2010), inserida no ordenamento jurídico brasileiro, de
modo a caracterizar como crime a pratica da alienação parental.
Dessa forma, o presente trabalho abordará, como base de estudos, os
artigos de Richard Gardner, a norma jurídica brasileira e os diversos
posicionamentos doutrinários, para fins discutir e informar a respeito do tema
exposto. Portanto, a metodologia de pesquisa será a bibliográfica, através do
método dedutivo.
De primeira ordem, figurou importante a análise da evolução da família e
de alguns institutos que a compõe, como é o caso do pátrio poder. No segundo
capítulo se procederá a análise da Síndrome da Alienação Parental de forma
conceitual, para, por fim, abordar a incidência prática e a postura dos operadores do
direito e da sociedade quando se deparam com algum caso de alienação parental.

2. OBJETIVOS

2.1. Geral

Tratar a Alienação Parental com foco nos institutos jurídicos que lhe confere
tutela.

2.2. Específicos

a) Elucidar a Síndrome da Alienação Parental, conceituando e abordando seus


aspectos jurídicos;
b) Analisar a repercussão jurídica da Alienação Parental no Direito de Família e
no Estatuto da Criança e do Adolescente;
c) Argumentar o papel dos juristas e profissionais de outras áreas da saúde na
investigação da SAP, para a promoção do enfrentamento dessa malfadada
síndrome.
3. HIPÓTESES

 A Alienação Parental, também conhecida como Implantação de Falsas


Memórias nos pensamentos do menor, tem seu significado baseado na interferência
da formação psicológica da criança ou adolescente, promovida ou induzida por um
dos genitores, avós ou até mesmo por aquele com o qual a criança ou adolescentes
esteja, sob a autoridade, guarda ou vigilância, para prejudicar o vínculo afetivo
existente entre genitor e filho;
 A Alienação Parental ocorre quando o guardião do menor passa a incutir na
memória do menor como uma “lavagem cerebral”, fatos que nunca ocorreram ou que
aconteceram diferentemente da forma que é passada para a criança,
maliciosamente com a intenção de prejudicar o genitor não detentor da guarda;
 A prática de ato de Alienação Parental fere o direito fundamental da criança
ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto
nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a
criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade
parental ou decorrentes de tutela ou guarda.

4. REFERENCIAL TEÓRICO

Qualquer estudo que tenha por pretensão a análise que envolva o direito
de família deve orientar-se, precipuamente, com vista a abordar a evolução da
própria concepção do instituto da família, desde os tempos mais remotos aos
hodiernos, não apenas para sedimentar a posição que esta se encontra, mas
também pontuando de forma pertinente os institutos sociais, tão arraigados no pudor
social que, mesmo não estando mais em voga, ainda influenciam sobremaneira a
postura que a sociedade adota em relação a temas como é o caso da guarda dos
filhos.
Entretanto, com o evoluir da sociedade essa antiga concepção foi,
paulatinamente se dissolvendo na sociedade. Surgiu o instituto do pátrio-poder,
presente nos antigos códigos civis. Posteriormente foi substituído pelo poder familiar,
vigente hodiernamente.
A alteração da nomenclatura pátrio-poder para poder familiar se deu por
questões interpretativas. Assim, o pátrio-poder determina que aos pais, recairiam
mais direitos do que deveres perante os filhos, como pondera Gonçalves (2007, p.
368) o que não ocorre ao falar do poder familiar.

O poder familiar não tem mais o caráter absoluto de que se revestia no


direito romano. Por isso, já se cogitou chamá-lo de "pátrio dever", por
atribuir aos pais mais deveres do que direitos. No aludido direito denomina-
se pátria potestas e visava tão-somente ao exclusivo interesse do chefe de
família. Este tinha o jus vitae etnecis, ou seja, o direito sobre a vida e a
morte do filho. Com o decorrer do tempo restringiram-se os poderes
outorgados ao chefe de família, que não podia mais expor o filho (jus
exponendi), matá-lo (jus vitae etnecis) ou entregá-lo como indenização
(noxaededitio).

O Código Civil de 2002, não extingue a preferência da mulher enquanto


tutora do menor. Em contrapartida, a análise agora não é mais a mesma, de modo
que é necessário compreender que nem sempre a presença exclusiva da mãe,
causa estabilidade, e desenvolvimento tranquilo à criança. Essa análise deverá
então ser feita através de uma aplicação ao caso concreto.
Assim é que o legislador através do artigo 22 do ECA, 229 da CF/88 e
1583 do CC de 2002, veio a incorporar uma nova visão: a de que ambos são iguais
em relação as suas posições dentro do seio familiar, possuindo os mesmos direitos
quanto à criação dos filhos.

5. METODOLOGIA

A presente pesquisa será realizada por meio de pesquisa bibliográfica,


documental e descritiva com a pretensão e o objetivo de levantar informações e
características já existentes sobre o tema em questão, aprofundando assim os
conhecimentos adquiridos na construção do projeto que pretende estudar um
serviço essencialmente a Síndrome da Alienação Parental à luz do direito brasileiro.
Para tanto, selecionou-se o método documental, uma vez que ele
possibilita o suporte de material publicado em periódicos, livros e redes eletrônicas
baseando–se em fontes claras e seguras onde informe e contenham informações do
tema abordado. Inicialmente será feito o levantamento bibliográfico das obras
publicações sobre o tema selecionado com a finalidade de reconhecer e
compreender melhor o assunto.
6. ESTRUTURA PROVÁVEL DA MONOGRAFIA

RESUMO.......................................................................................................................

INTRODUÇÃO ..............................................................................................................

CAPITULO I - INSTITUIÇÃO DA FAMÍLIA E GUARDA ..............................................


1.1 PODER FAMILIAR .......................................................................................................
1.2 1.1.1 Diferenças entre poder familiar e guarda .............................................................
1.3 1.2 DA DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL E GUARDA ..............................
1.2.1 Guarda da Criança e do Adolescente ..............................................................
1.2.2 Guarda Compartilhada.....................................................................................
1.2.3 Guarda dos filhos no contexto do ECA ............................................................
CAPITULO II - SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL: ASPECTOS GERAIS E
JURÍDICOS ...................................................................................................................
2.1 BREVE HISTÓRICO ...............................................................................................
2.2 DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS .......................................................................
2.1.2 Definição ..............................................................................................................
2.1.3 Diferença entre SAP e Alienação Parental ...........................................................
2.1.4 Características .....................................................................................................
2.3 COMO IDENTIFICAR SAP......................................................................................

CAPITULO III - ALIENAÇÃO PARENTAL E O SEU COMBATE .................................


3.1 PROCEDIMENTO PARA APURAR NOTÍCIA DE MAUS-TRATOS ........................
3.2 POSIÇÃO DO ADVOGADO ....................................................................................
3.3 MANIFESTAÇÃO LEGISLATIVA ACERCA DO TEMA ...........................................
3.4 POSIÇÃO DOS MAGISTRADOS ............................................................................

CONCLUSÃO ...............................................................................................................

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................


6
1
0
2
Abril
Maio
Junho
Março
Período
Atividade

Fevereiro
Seleção do tema

Revista de literatura

Elaboração do Projeto
7. CRONOGRAMA PROVÁVEL DO ARTIGO JURÍDICA

Coleta de dados

Análise dos dados

Discussão

Redação do corpo do trabalho

Entrega do relatório final


8 REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília, DF: Senado Federal, 1988. In: www.planalto.gov.br. Acesso em 23 de maio
de 2016.

BRASIL. Lei nº 8.069 (1990). Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, DF:


Senado Federal, 1990. In: www.planalto.gov.br. Acesso em 23 de maio de 2016.

BRASIL. Lei nº 10.406 (2002). Código Civil. Brasília, DF: Senado Federal, 2002. In:
www.planalto.com.br. Acesso em 23 de maio. de 2016.

CAHALI. Yussef Said. Divórcio e Separação, 10ª edição, São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2002.

COLTRO, Antônio Carlos Martins e DELGADO, Mario Luiz (coord.) - Guarda


Compartilhada. São Paulo: ed. Método; Rio de Janeiro: Forense, 2009.

DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. São Paulo: Revistas dos
Tribunais, 2009.

DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: direito de família. São Paulo:
Saraiva, 2005.

DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: v. 5 direito de família. São
Paulo: ed. Saraiva, 2011.

FONSECA, Priscila M. P. C. da. Síndrome de Alienação Parental. Revista Brasileira


de Direito de Família, São Paulo, Ano VIII, Nº 40, p. 5-16, fev./mar. 2007

GARDNER, Richar A. Rita Rafaeli (trad.). O DSM-IV tem equivalente para o


diagnóstico de Síndrome de Alienação Parental (SAP) 2002. Disponível em.
http://www.alienacaoparental.com.br/textos-sobre-sap-> - Acesso em 23 de maio. de
2016.

GRISARD FILHO, Waldir - Guarda Compartilhada: Um novo modelo de


responsabilidade parental. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2005.

MACIEL, Katia Regina F. L. A - Curso de direito da Criança e do Adolescente.


São Paulo: ed. Lumus Juris, 2006.

PINHO, Marco Antônio Garcia. Alienação Parental. MP/MG Jurídico Nº 17.


julho/agosto/setembro - 2009. Disponível em <
https://aplicacao.mp.mg.gov.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/495/Aliena%C3%
A7%C3%A3o%20Parental.pdf?sequence=3 > Acesso em 23 de maio de 2016.
SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais.
Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2001.

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