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FACULDADE UNIBRÁS NORTE GOIANO

CURSO DE DIREITO

ADRIELLY SILVA FARIA


ANA PAULA FERREIRA DE ANDRADE
ÉLLIDA SOUZA DE PAULA

ABANDONO AFETIVO E A RESPONSABILIDADE CIVIL DE PAIS


SEPARADOS: UMA ABORDAGEM À LUZ DO ESTATUTO DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

PORANGATU - GO
2024
ADRIELLY SILVA FARIA
ANA PAULA FERREIRA DE ANDRADE
ÉLLIDA SOUZA DE PAULA

ABANDONO AFETIVO E A RESPONSABILIDADE CIVIL DOS


GENITORES SEPARADOS: UMA ABORDAGEM À LUZ DO ESTATUTO
DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Trabalho apresentado à banca examinadora da


Faculdade Unibras Norte Goiano, como requisito para a
obtenção do título de bacharel em Direito sob a
orientação do professor Esp. Fabiano Simão Prado.

PORANGATU
2024
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................03
1 PROBLEMA E HIPÓTESE.....................................................................................05
2 OBJETIVOS.........................................................................................................06
2.1 Objetivo Geral....................................................................................................06
2.2 Objetivos Específicos........................................................................................06
3 JUSTIFICATIVA...................................................................................................07
4 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................08
5 METODOLOGIA...................................................................................................15
6 CRONOGRAMA..................................................................................................16
7 PLANO PROVISÓRIO.........................................................................................17
REFERÊNCIAS....................................................................................................18
INTRODUÇÃO
1 PROBLEMA E HIPÓTESES

O tema do abandono afetivo na relação parental traz à tona a discussão sobre


a possibilidade ou impossibilidade de reparação do prejuízo psicológico causado ao
descendente, devido à negligência de um dos genitores no cumprimento das suas
obrigações como detentor do poder familiar.
Nessa perspectiva, as opiniões se dividem em dois pontos de vista opostos:
de um lado os que argumentam que a questão do abandono afetivo na relação
parental pode ser resolvida dentro do âmbito do próprio Direito de família, por meio
da destituição do poder familiar, e por outro, os que defendem a necessidade de
reparações financeiras, desde que comprovada a existência do prejuízo psicológico.
Diante dessa problemática, pondera-se os seguintes questionamentos:

1. Em que medida o abandono afetivo por parte de genitores separados


configura uma violação dos direitos fundamentais dos menores, e como a
responsabilidade civil pode ser aplicada nesses casos de acordo com o Estatuto da
Criança e do Adolescente?
2. Qual o papel do Estado na proteção dos direitos afetivos das crianças e dos
adolescentes e como a responsabilidade civil dos genitores separados pode ser
utilizada como instrumento para garantir o cumprimento desses direitos, segundo as
diretrizes estabelecidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente?

Preliminarmente, é possível afirmar que o abandono afetivo por parte de um


ou mesmo ambos os genitores, configura uma violação dos direitos fundamentais da
criança e do adolescente, podendo ser caracterizado como um dano moral passível
de indenização, de acordo com a teoria da responsabilidade civil objetiva
estabelecida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Assim, o abandono afetivo
ocorre quando há a falta com o dever de cuidado e afeto por parte dos pais em
relação aos seus filhos, o que pode resultar em prejuízos emocionais, psicológicos e
até mesmo físicos para a criança ou adolescente. No contexto de pais separados,
esse abandono pode ser agravado, já que a relação entre os genitores pode estar
fragilizada ou mesmo dificultada.
Quanto a segunda hipótese, no que diz respeito ao papel do Estado na
proteção dos direitos afetivos das crianças e dos adolescentes, o Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), assegura o direito à convivência familiar e
comunitária como uma das responsabilidades do Estado. O ECA estabelece
diretrizes para garantir o cumprimento desses direitos, especificamente no caso de
pais separados. Em situações de divórcio ou separação em que há filhos envolvidos,
a responsabilidade civil dos pais é utilizada como instrumento para garantir o
cumprimento desses direitos e promover a proteção afetiva das crianças e dos
adolescentes.
Destarte de acordo com a legislação, o exercício do poder familiar deve ser
compartilhado pelos pais, mesmo quando não vivem juntos. Isso significa que ambos
os pais têm a responsabilidade de garantir o bem-estar e o desenvolvimento dos
filhos, incluindo o direito à convivência familiar e afetiva. Se um dos pais não estiver
cumprindo com suas responsabilidades no que diz respeito ao cuidado afetivo, o
ECA prevê medidas para garantir o direito da criança ou do adolescente a essa
convivência. Pode ser necessário acionar o Poder Judiciário para buscar a
reparação civil por meio de medidas como a guarda compartilhada, visitas regulares,
acompanhamento psicossocial ou qualquer outra medida que seja necessária para
garantir o cumprimento do direito afetivo da criança ou do adolescente.
2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Analisar a responsabilidade civil e suas consequências, decorrente do


abandono afetivo de filhos, cujos pais se separaram, a luz do Estatuto da Criança e
do Adolescente.

2.2 Objetivos específicos

a) Discorrer sobre o conceito de abandono afetivo e suas consequências para


o desenvolvimento emocional e psicológico de crianças e adolescentes;

b) Investigar como a responsabilidade civil dos pais pode ser aplicada nos
casos de abandono afetivo;

c) Estudar as disposições do Estatuto da Criança e do Adolescente que


abordam o tema do abandono afetivo e a responsabilidade dos pais;

d) Examinar as jurisprudências relacionadas ao tema e como os tribunais têm


se posicionado sobre a responsabilidade civil dos pais em casos de abandono
afetivo.
3 JUSTIFICATIVA

A justificativa para a realização dessa pesquisa se dá pela necessidade de se


aprofundar na temática do abandono afetivo, uma vez que este parece ser um
problema recorrente e que perpassa a esfera do Direito de Família. Bem a propósito,
existem diversos estudos que evidenciam as consequências negativas desse tipo de
abandono para o desenvolvimento emocional e psicológico das crianças e
adolescentes, como a falta de autoestima, dificuldades de estabelecer vínculos
afetivos saudáveis, depressão, ansiedade, entre outros.
Por isso, é fundamental que exista uma compreensão clara sobre as
consequências do abandono afetivo e a responsabilidade civil dos pais, sobretudo
naqueles casos em que houve a separação dos genitores e consequentemente a
negligência com o dever de cuidado, por um, ou mesmo, por ambos os genitores.
Nesse sentido, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), prevê que é dever da
família assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária (BRASIL,
1990).
Ademais, a conscientização sobre a importância do afeto na formação e
desenvolvimento das crianças é fundamental para a construção de uma sociedade
mais acolhedora e em que as pessoas tenham mais empatia. Por fim, a pesquisa
busca contribuir para a produção de conhecimento científico e para a
conscientização social sobre a importância de se garantir o direito ao afeto para
todas as crianças e adolescentes.
Quanto a sua relevância social, a pesquisa poderá ser uma ferramenta de
informação e conscientização para profissionais que lidam com crianças e
adolescentes, como assistentes sociais, psicólogos, educadores e profissionais do
direito. Através do conhecimento adquirido na pesquisa, esses profissionais podem
desenvolver estratégias e intervenções mais efetivas para lidar com casos de
abandono afetivo e promover o melhor interesse das crianças e adolescentes
envolvidos.
4 REFERENCIAL TEÓRICO
5 METODOLOGIA

Para abordar o tema do abandono afetivo e a responsabilidade civil de pais


separados, a metodologia empreendida será a pesquisa bibliográfica, utilizando-se
doutrinas, jurisprudências e artigos científicos relacionados ao assunto. A presente
pesquisa terá caráter exploratório, uma vez que pretende investigar e compreender
os diferentes aspectos e argumentos relacionados ao abandono afetivo e a
responsabilidade civil de pais separados. Além disso, será realizada uma abordagem
interdisciplinar, envolvendo o Direito de Família, o Direito da Criança e do
Adolescente e a Psicologia, uma vez que o abandono afetivo possui reflexos tanto
no campo jurídico quanto no campo psicológico.
Inicialmente, buscar-se-á no Direito de Família e no Direito da Criança e do
Adolescente, compreender os conceitos e fundamentos que envolvem o abandono
afetivo e a responsabilidade civil. Em seguida, serão analisados casos concretos
extraídos da jurisprudência pátria, com o objetivo de compreender como os tribunais
têm aplicado os princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente nesses casos.
Também serão consultados artigos científicos, dissertações e teses que tenham
abordado o tema do abandono afetivo e a responsabilidade civil de pais separados,
buscando diferentes perspectivas e contribuições acadêmicas para o debate.
Por fim, será realizada uma análise crítica dos dados e informações
coletados, a fim de traçar considerações e conclusões acerca do tema proposto,
considerando tanto a legislação vigente quanto as diferentes interpretações
doutrinárias e jurisprudenciais.
A legislação vigente é um fator crucial a ser considerado na análise crítica, e
para tanto serão cotejados os dados extraídos de leis, regulamentos e normas
pertinentes ao tema em questão. Isso permitirá identificar se as práticas analisadas
estão de acordo com a legislação ou se existem lacunas ou necessidades de
adequação.
Igualmente, a jurisprudência também desempenha um papel essencial nessa
análise, pois traz precedentes importantes a serem considerados na avaliação dos
dados e informações coletados, pois identificar como os tribunais têm decidido sobre
o tema proposto pode oferecer novas perspectivas e influenciar as considerações
finais.
6 CRONOGRAMA

Ano 2024 Ano 2024


Fev. Mar. Abr. Mai. Jun.Jul.Ags. Set. OutNov
Escolha do tema X
Delimitação do Tema X
Definição de Linha de pesquisa X
Levantamento de referencial teórico X X
Formulação do Problema de Pesquisa X
Redação da Justificativa X
Estabelecimento das Hipóteses ou Questões X
norteadoras
Estabelecimento dos Objetivos X

Elaboração da Fundamentação teórica X X


Descrição da Metodologia X
Registro das Referências X
Redação final do Projeto de Pesquisa X X X
Entrega TC I X
Apresentação Banca de qualificação X
Ajustes, se necessário, conforme indicações X
dos professores participantes da Banca
qualificação
Desenvolvimento e Redação do Artigo X X X
Elaboração das Considerações finais X
Redação final, formatação e encaminhamento X
à correção linguística
Entrega do TC II X
Apresentação à Banca Examinadora X
7 PLANO PROVISÓRIO
REFERÊNCIAS

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