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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS DA BAHIA

BACHARELADO OU LICENCIATURA EM

NAIANE MARIA SANTOS DE JESUS NASCIMENTO

ALIENAÇÃO PARENTAL EM CASOS DE GUARDA COMPARTILHADA


REVISÃO DE LITERATURA INTEGRATIVA

Alagoinhas-BA
2024
NAIANE MARIA SANTOS DE JESUS NASCIMENTO

ALIENAÇÃO PARENTAL EM CASOS DE GUARDA COMPARTILHADA

Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de Direito,


oferecido pela Faculdade de Ciências e Tecnologias da
Bahia – FATEC, como requisito para conclusão do 10°
semestre.

Orientador (a):

ALAGOINHAS
2024
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................04
OBJETIVOS......................................................................................................06
HIPÓTESES.......................................................................................................07
JUSTIFICATIVA...............................................................................................08
REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................09
METODOLOGIA...............................................................................................15
CRONOGRAMA................................................................................................16
REFERÊNCIAS..................................................................................................17
INTRODUÇÃO

Brasil (2010), relata que a alienação parental é definida por muitas das vezes como um
fenômeno que ocorre quando um dos genitores, intencionalmente ou não, manipula
emocionalmente a criança, influenciando negativamente sua relação com o outro genitor. Isso
pode ocorrer por meio de difamação, desqualificação ou restrição do contato com o genitor
alienado. Essa manipulação afeta profundamente as crianças, causando confusão, ansiedade,
baixa autoestima e dificuldades emocionais. Além disso, os pais envolvidos também sofrem com
a perda do relacionamento com seus filhos e enfrentam desafios emocionais e legais para
combater a alienação parental.
Segundo o artigo 1.583, inciso I, do Código Civil, denota que havendo a vontade das
partes, os jurisdicionados podem estar vindo a optar a opção de guarda aos quais querem se
submeter, vindo a reafirmar que será escolhida a melhor opção para a criança.
A guarda compartilhada é apontada como uma das formas de redução da alienação
parental, e é considerada como uma alternativa que visa preservar o vínculo dos filhos com
ambos os genitores, reconhecendo a importância da participação equilibrada de ambos na vida da
criança, mesmo após a separação. Essa modalidade de guarda promove a cooperação entre os
pais, permitindo assim a divisão de responsabilidades e decisões relacionadas à criação dos
filhos, e contribuindo desta forma para o desenvolvimento saudável e emocionalmente
equilibrado das crianças. (Silva, Suzigan, 2021)
No contexto de guarda compartilhada, onde ambos os pais têm responsabilidades e
direitos iguais em relação aos filhos, a alienação parental se torna especialmente relevante.
É essencial compreender e combater a alienação parental para proteger o bem-estar das crianças.
Ela pode gerar grandes impactos negativos profundos na vida das crianças, causando sentimentos
de confusão, culpa, ansiedade, e até mesmo distúrbios emocionais mais graves. Além disso, essa
forma de manipulação afeta negativamente o desenvolvimento saudável dos laços parentais e
prejudica a formação da identidade da criança.
Segundo o autor Pinto (2019), a alienação parental vai contra os princípios de proteção
integral e os direitos das crianças estabelecidos no ECA, com base o artigo 5° do ECA, pois nesse
artigo é determinado que nenhuma criança é objeto de troca, sendo assim é importante combater
e prevenir essa prática prejudicial.
Para combater a alienação parental, é necessário um trabalho conjunto entre os
profissionais da área jurídica, psicológica e assistencial. É fundamental que haja uma
conscientização sobre os sinais de alienação parental e a capacitação dos profissionais para
identificar esses casos. Além disso, é importante promover a educação e a conscientização dos
pais, para que compreendam a importância da convivência saudável com o outro genitor e os
impactos negativos da alienação parental.
A relevância do tema da alienação parental em casos de guarda compartilhada é
fundamental no contexto atual, pois a guarda compartilhada busca garantir o bem-estar das
crianças ao promover a convivência equilibrada com ambos os pais. Gardner (1985)
“Compreender e combater a alienação parental é essencial para evitar que as crianças sejam
manipuladas emocionalmente e prejudicadas na construção de seus laços parentais. Garantir o
bem-estar das crianças deve ser a prioridade máxima em casos de guarda compartilhada”.
Combater a alienação parental é fundamental para proteger os direitos das crianças de terem um
relacionamento saudável com ambos os pais, promovendo um ambiente de amor, respeito e
cuidado.

Como lidar com a alienação parental em casos de Guarda Compartilhada?


2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral:


● Refletir acerca da literatura discursiva e ordenamento jurídico que versam sobre a
Alienação Parental em casos de Guarda Compartilhada.

2.2 Objetivo Específicos:

● Contextualizar social e historicamente a literatura e o ordenamento jurídico no


Brasil sobre Alienação parental;

Alguns autores dizem que o Brasil é o único país em que ainda utiliza o conceito da
alienação parental em seus julgamentos,ainda que esses conceitos são usados em ações judiciais,
são extraídos da área de saúde mental, sendo assim, não se trata de conceitos jurídicos.
E é aqui que está a grande diferença da legislação brasileira: criaram-se um novo conceito, um
conceito jurídico para atos de alienação parental. A principal intenção do legislador foi prevenir a
instalação da alienação parental, além de orientar o julgador a dar relevância e efetividade à
convivência do filho com os dois pais.
No entanto, é importante dizer que o conceito de "alienação parental", que é aquela que
pode levar o filho a recusar o genitor, de forma que se previna da alienação e da recusa
injustificada do filho à convivência familiar. Além disso, adequa as regras de atuação do
judiciário para o caso de alienação.
A Lei que versa sobre Alienação Parental, é a Lei 12.318/10, que deixa claro que não é
necessário existir casos de alienação parental para que a Lei possa ser utilizada. Em seu 2° artigo
trás como se pode caracterizar o Ato de Alienação Parental como;

A interferência na formação psicológica de um


dos genitores, dos avós ou dos que estão sob a
sua autoridade, guarda ou vigilância, com o
objetivo de denegrir ou prejudicar a manutenção
ou a manutenção de vínculos com o genitor.
Afirma-se que a teoria da alienação parental estava fundamentada em estudo do
Médico Americano Richard Gardner e que esse médico era pedófilo, e seu estudo
repudiado nos EUA e Europa. Depois do estudo apresentado por Gardner, que trouxe a
origem do nome síndrome, o curso e manifestações do fenômeno e suas diretrizes para
intervenção, que profissionais de saúde mental e operadores do direito debruçaram-se
sobre o tema, surgindo assim crescente literatura sobre o assunto.
No Brasil, através de pesquisas em sites, revela-se que desde a década de 60 que
existem registros de casos de processos que envolvem genitores que tentam afastar o
outro de forma injustificada da vida dos filhos, existindo inúmeros julgados nesse
sentido. Ocorre que, antes da promulgação da Lei, ninguém atribuiu nome a tais atos.
Segundo Fonseca afirma que após a dissolução de um relacionamento, quando se tem
menores envolvidos que precisam viver em um lar em harmonia, o sujeito alienante usa
as crianças como uma espécie de moedas de troca, e como chantagem.

Identificar a alienação parental e evitar que esse maléfico


processo afete a criança e se converta em síndrome são
tarefas que se impõem ao Poder Judiciário. O advogado
que milita na área do direito de família deve priorizar a
defesa do menor, mesmo quando procurado pelo genitor
alienante para a defesa de seus direitos, inclusive com a
recusa ao patrocínio da causa do progenitor alienante
(Fonseca, 2009, p.2).

Temos no Supremo Tribunal Federal o recurso Extraordinário 64.295 , julgado no ano de


1968, com a apresentação de um típico caso de alienação parental.
7 CRONOGRAMA

MES/ETAPAS Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês
ago set out nov dez fev mar abr mai jun jul
Escolha do tema x
Levantamento de X
referencial teórico
Elaboração dos X
Objetivos
Justificativa e X
Hipótese
Elaboração do X
Referencial Teórico
Apresentação do X
Projeto
Elaboração da análise X
dos artigos
Desenvolvimento da X
discussão dos
resultados
Redação do trabalho X X
de conclusão (Artigo)
Revisão e redação X
final
Entrega do Trabalho X
Defesa do Trabalho X

REFERÊNCIAS

Emery, RE (2011). Renegociando relações familiares: Divórcio, guarda dos filhos e mediação.
Imprensa Guilford.

GONÇALVES, C. R. Direito civil brasileiro, volume 6: direito de família. 13 ed.,


São Paulo: Saraiva, 2016.

ROSA, Luiz Carlos Goiabeira; ROSA, Fernanda da Silva Vieira; DIRSCHERL, Fernanda
Pantaleão. Alienação parental – Responsabilidade civil. Indaiatuba: Foco, 2023.

SOARES, J.P.E; LOPES, F.A..A.B; ROCHA, M.M.M; SANTOS, F. S. S; SOARES, R. A


Alienação Parental e a proteção dos Direitos Fundamentais da Criança e do Adolescente: Uma
Revisão Integrativa. Id on Line Rev.Mult. Psic., Maio/2020, vol.14, n.50, p. 1197-1211. ISSN:
1981-1179.

SOARES, T. K. Alienação Parental: Guarda Compartilhada. Artigo publicado na Revista do


Curso de Direito da Universidade Braz Cubas V1 N2: Junho de 2017.
ULLMANN, A. Síndrome da alienação parental. Artigo publicado na Revista Visão Jurídica,
Edição nº 30, Nov 2008, p. 65.
ZELAK, A. C. I. A guarda compartilhada, é instrumento capaz de combater o fenômeno da
Alienação Parental? 2023.

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