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Feminilidades, masculinidades e relações de género

Nos últimos anos existiu uma mudança no campo da sociologia que implicou o destaque dos homens e
da masculinidade no estudo das relações de género.
Connell é um dos sociólogos que se focou nestes aspetos. Portanto, apresenta três aspetos da
sociedade que interagem para formar a sua ordem de género, isto é, padrões de relações de poder entre
masculinidades e feminilidades difundidas pela sociedade, sendo estes o trabalho, o poder e as relações
pessoas/sexuais.
Para além disso, acredita que as diferentes tipos de masculinidade e feminilidade se organizam numa
hierarquia orientada por uma premissa definida – o domínio dos homens sobre as mulheres. No topo
desta hierarquia, encontra-se a masculinidade hegemónica, que é considerada como uma forma ideal de
masculinidade e que domina todas as outras masculinidades e feminilidades, como por exemplo a
masculinidade homossexual e a feminilidade enfatizada.
Por outro lado, este sociólogo considera que existem tendências de crise de género muito fortes, o que
implica uma ameaça à estabilidade da masculinidade hegemónica, e consequentemente provoca uma
crise de masculinidade. Assim, o homem vê a sua posição ser destruida, sentindo-se inseguro em relação
ao seu papel na sociedade, o que poderá contribbuir para a redução das desigualdades de género. Vamos,
portanto ver um pequeno video sobre as mesmas.
Homossexualidade
A homossexualidade é a orientação sexual ou os sentimentos afetivos entre indivíduos do mesmo sexo.
Este termo surgiu na década de 60 do século XIX, referindo-se a um tipo de pessoas com uma aberração
sexual peculiar, uma desordem psiquiátrica ou uma atividade criminosa. No entanto, nos últimos anos
verificaram-se mudanças, sendo que as atitudes contra os homossexuais se tornaram mais descontraída.
Vejamos então a homossexualidade na cultura ocidental. Existiu um estudo que distinguiu quatro tipos
de homossexualidade:
 A homossexualidade casual é um encontro homossexual passageiro que não estrutura de forma
substancial a vida sexual de uma pessoa;
 Atividades situadas são atos homossexuais que ocorrem regularmente mas que não se tornam
preferência de um indivíduo;
 A homossexualidade personalizada refere-se aos casos em que os indivíduos têm preferências por
práticas homossexuais, mas esta situação é ocultada dos amigos, colegas e família.
 Homossexualidade como modos de vida caracteriza os indivíduos que se assumiram a sua
homossexualidade, pertencendo a subculturas gay.
Por outro lado, destaca-se o lebianismo que surge quando existe a associação das lésbicas aos valores
do feminismo.
Por outro lado, apesar de todos os progressos que existiram, continuam a ocorrer tanto o
heterossexismo (processo em que os indivíduos não heterossexuais são discriminados com base na sua
orientação sexual) como a homofobia (medo e o desprezo por indivíduos homossexuais). Este aspeto
implica a existência de casos de violência para com os homossexuais, e por consequência a ocorrência de
vários movimentos que impulsionam a legalização e o reconhecimento dos mesmos. O motivo de tanta
reivindicação prende-se, essencialmente, com o objetivo de adquirir os mesmos estatutos, direitos e
obrigações de qualquer outra pessoa, sendo os homossexuais vistos como pessoas normais. Um dos
aspetos que estes mais focam é a legalização do casamento homossexual.
Assim, a homossexualidade tornou-se um aspeto mais aceite na sociedade quotidiana. Sendo que, vários
países, como Dinamarca e Noruega, aprovaram leis para proteger os direitos dos homossexuais.
Conclusão

Por fim, nós decidimos fazer uma pequena referência à atualidade, nomeadamente uma questão
bastante recente sobre a mudança de género. Por isso vamos ver um pequeno video que retrata as
opiniões dos deputados portugueses sobre a aprovação da lei que permite a mudança de sexo no cartão
de cidadão a partir dos 16 anos.

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