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A Sexualidade nas
Ciências Humanas. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1998.
A antropologia talvez seja a disciplina das ciências humanas que mais se ocupou da
sexualidade, talvez por lidar com a alteridade, com as sociedades primitivas, o que permitiu
aos antropólogos relativizar questões tocantes ao gênero e à reprodução.
Por ser dos pilares que sstentam a sociedade, a sexualidade é atravessada por regras
(sobretudo a da proibição do incesto), mas há uma abertura de possibilidades que cabe ao
antropólogo estudar.
Malinowski é um dos primeiros e principais antropólogos a se questionar sobre a
sexualidade, relativizando os valores morais. Ele analisa as famílias, pressupondo a
derivação dos laços sociais dos familiares, ponto em que se encontraria a integração entre
natureza e cultura.
Como bem ressalta Durham, “ao contrário de Lévi-Strauss, para quem o fundamental da
reflexão é a oposição entre a natureza e a cultura, e a análise se desenrola no sentido de
apreender, não a vida sexual regulamentada socialmente (isto é, o conteúdo das relações
entre os sexos), mas a natureza dessa regulamentação e sua forma (a troca de mulheres),
Malinowski procura a integração entre o natural e o cultural, enfatizando a procriação, o
conteúdo particular das relações entre os sexos, e estabelecendo como centro da análise, a
família como grupo real. (DURHAM, 1973, 126 apud LOYOLA: 20)
Não bastam, para compreender a sexualidade hoje, examiná-la apenas do ângulo do erotismo, da identidade
sexual, da opção sexual, do comportamento ou das práticas sexuais. Esses aspectos, embora possam ser
visualizados hoje como domínios autônomos e autonomizáveis, não podem ser dissociados de outras relações
sociais, notadamente daquelas que visam à reprodução da espécie (40)
BOURDIEU “la domination masculine” (lopes meyer e waldow – gênero e saúde, poa: artes médicas, 1996)
Françoise héritier – la pensée de la difference
Maurice godelier – la production des grands hommes
Carol vance – a antropologia redescobre a sexualidade. In: physis – revista de saúde coletiva, vol 5 n.1, 1995.