Você está na página 1de 6

DISCIPLINA: Introdução à Antropologia

PROFESSORA: Aline Fonseca Iubel


CARGA HORÁRIA: 60 horas

EMENTA:
1 O novo mundo, o “homem selvagem” e o discurso sobre a diferença.
1.1 E a voz dos “outros”. O que é, afinal, alteridade?
2. O problema do etnocentrismo.
2.1 Há um centro? (Chimamanda)
3 O problema do colonialismo
3.1 Persistências e insistências das relações coloniais X resistências e críticas pós-
coloniais (Lélia Gonzalez, Mia Couto, Antonio Bispo)
4 A versão disciplinar das “sociedades primitivas”: evolucionismo, antropologia
vitoriana e a controvérsia difusionista.
4.1 Antropologia enquanto ciência. Mas o que é ciência?
5 A antropologia culturalista norte-americana e a noção de relativismo.
5.1 Reflexões contemporâneas sobre cultura – antropólogos e artistas indígenas
6 O empiricismo britânico e a profissionalização do trabalho de campo.
6.1 Trabalho de campo e etnografia, hoje.

OBJETIVO:
A disciplina tem como objetivo introduzir e familiarizar os estudantes com o pensar e o
fazer antropológicos.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

[30/05 e 31/05]
CALOURADA (não haverá aula)

[06/06 e 07/06]
AULA 1 – Apresentação do curso e Breve história da antropologia

ERIKSEN, Thomas Hylland & NIELSEN, Finn Sivert. História da Antropologia. Vozes:
Petrópolis, 2007. Capítulo 1.

DAMATTA, Roberto. “A antropologia no Quadro das ciências”. Relativizando: uma


introdução à antropologia social. Rio de Janeiro: Rocco, pp. 19-64.

LAPLANTINE, F. Aprender antropologia.

[13/06 e 14/06]
AULA 2 – O “novo mundo”, o “homem selvagem”: A Europa sai de si sem sair do
centro

MONTAIGNE, M. “Dos canibais”. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1984.

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela & VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. “Vingança e


temporalidade entre os Tupinbambá”.

LESTRINGANT, Frank. “O Brasil de Montaigne”. Revista de Antropologia. V. 49, n. 2,


2006.

[20/06 e 21/06]
AULA 3 – Antropologia: uma viagem

TODOROV, T. A Conquista da América – A questão do Outro. São Paulo: Martins


Fontes, 1983 (Capítulo ?)

GONZÁLEZ, Lélia. “Viagem à Martinica I” e “Viagem à Martinica II”. Por um feminismo


afro-latino-americano. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

VILAÇA, Aparecida. “O que significa tornar-se outro? Xamanismo e contato interétnico


na Amazônia”. RBCS, v. 15, n. 44, 2000.

[27/06 e 28/06]
AULA 4 – Discursos sobre a diferença

ROUSSEAU, J. “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os


homens”. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1982.

LÉVI-STRAUSS, C. “J. J. Rousseau: fundador das ciências do homem”. Antropologia


Estrutural 2. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.

GOLDMAN, Márcio. “Alteridade e experiência: antropologia e teoria etnográfica”.


Etnográfica, v. 10, n. 1, 159-173.

[04/07 e 05/07]
AULA 5 – Antropologia enquanto ciência ou disciplina – os evolucionistas

CASTRO, Celso. “Apresentação”. Evolucionismo Cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar


Editor, 2005.

MORGAN, Lewis Henry. “A sociedade antiga”. In: CASTRO, C. Evolucionismo Cultural.


Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.
FRAZER, James G. Evolucionismo Cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.

[11/07 e 12/07]
AULA 6 – orientação da atividade avaliativa a ser entregue em 15 dias

Abu-Lughod, L. – 2012 – “As mulheres muçulmanas precisam realmente de salvação?


Reflexões antropológicas sobre o relativismo cultural e seus outros, in Revista de
Estudos Feministas, vol.20, n.2, pp. 451-470. (exercício em sala: sobre os limites do
relativismo cultural)

[18/07 e 19/07]
Aula reservada para realização da atividade avaliativa 1 – a ser entregue nos dias 25/07
e 26/07

[25/07 e 26/07]
AULA 7 – Críticas e rupturas aos pressupostos evolucionistas: difusionismo

KROEBER
RIVERS
Ralph Linton: O cidadão 100 % americano
Rivers, W. H. “A análise etnológica da cultura”; “O desaparecimento das artes úteis”;
“Sobrevivência em Sociologia” In Cardoso de Oliveira, Roberto (Org.). A antropologia
de Rivers. Campinas: Editora da Unicamp, 1991.
Linton, Ralph. “Descoberta e invenção”; “difusão” in O Homem: uma introdução à
antropologia. Martins: São Paulo, 1971 (8ª edição)

[01/08 e 02/08]
AULA 8 – Culturalismo norte-americano: Boas e as boasianas
Boas, F. – 2010 – “Os métodos da etnologia” , in Castro, C. (org.), Franz Boas.
Antropologia Cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, pp. 41-52.
BOAS, Franz. “Raça e progresso”, em Celso Castro (org.) Antropologia Cultural. Franz
Boas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, pp. 67‐86, 2005 [1931].
Boas, Franz. 2010 [1938]. “O problema racial na sociedade moderna”. In. A mente do
ser humano primitivo. Petrópolis: Vozes. pp. 172-184
BENEDICT, Ruth. 2013 [1934]. Padrões de cultura. Petrópolis: Vozes.
MEAD, Margareth. 1988 [1950] Sexo e temperamento. São Paulo: Editora Perspectiva.
Castro, Celso. “Apresentação” In Castro, Celso (org.). Franz Boas, Antropologia
Cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.
Stocking, G. W. Jr. “Os pressupostos básicos da antropologia de Boas”. In Franz Boas:
A formação da antropologia americana 1883 – 1911. Rio de Janeiro: Contraponto e
editora UFRJ, 2004
Boas, F. “As limitações do método comparativo da antropologia”; Os métodos da
etnologia e Alguns problemas da metodologia nas ciências sociais”; “Raça e Progresso e
Os objetivos da pesquisa antropológica”. In Castro, Celso (org.). Franz Boas,
Antropologia Cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.
Stocking, G. W. Jr. (org.). “Parte I: as premissas da antropologia de Boas”. In Franz
Boas: A formação da antropologia americana 1883 – 1911. Rio de Janeiro: Contraponto
e editora UFRJ, 2004. (p. 39-80)
Stocking, G. W. Jr. (org.). “Parte II: Pontos de vista antropológicos básicos”. In Franz
Boas: A formação da antropologia americana 1883 – 1911. Rio de Janeiro: Contraponto
e editora UFRJ, 2004. (p. 81-109)

[08/08 e 09/08]
AULA 9 – O problema do etnocentrismo
LÉVI‐STRAUSS, C. "Raça e História". In. Antropologia Estrutural Dois. Rio de Janeiro,
Tempo Brasileiro, 1989. pp. 328‐366.
CHIMAMANDA, Adichie. 2012. “O perigo de uma história só”. Vídeo: (19mim): fala de
Chimamanda na Unesco. https://www.youtube.com/watch?
v=rMTlthu5V0g&index=14&list=RDMME58_5-FC3k4
Goldman - Lévi-Strauss e os sentidos da história
- Segato, Laura. “Raça é signo”. Série Antropológica 372 (Disponível On-line no site da
UnB).
- DaMatta, Roberto. 1981. “Digressão: A Fábula das Três Raças”. In: Relativizando. Uma
introdução a antropologia social. Petrópolis: Vozes.

Geertz, C. 2001. “Os usos da diversidade”. Em Nova luz sobre a antropologia. RJ: Zahar
Rorty, R. 2000. “Sobre o Etnocentrismo. Uma Resposta a Clifford Geertz”. Educação,
Sociedade & Culturas, 13. Disponível em :
http://sigarra.up.pt/fpceup/pt/publs_pesquisa.show_publ_file?pct_gdoc_id=4627
Brah, Avtar. 2006. “Diferença, diversidade, diferenciação”. Cadernos Pagu, 26.
(Disponível em Scielo).

LÉVI-STRAUSS, c. “Raça e história”. Antropologia estrutural 2. Rio de Janeiro: Tempo


Brasileiro.

BOAS, Franz. “Raça e progresso”, em Celso Castro (org.) Antropologia Cultural. Franz
Boas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, pp. 67‐86, 2005 [1931].

GEERTZ, C. (2000 [1986]). Os usos da diversidade. In C. Geertz, Nova luz sobre a


antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

RORTY, R. 2000.   “Sobre o Etnocentrismo. Uma Resposta a Clifford Geertz”. Educação, 
Sociedade & Culturas, 13.   

[15/08 e 16/08]
Feriado (não haverá aula)
[22/08 e 23/08]
AULA 10 – Uma resposta antropológica: o relativismo cultural
Kuper, Adam. Cultura, a visão dos antropólogos. Bauru: Edusc, 2002, cap 2.
Ruth Benedict. O crisântemo e a espada. 2ª edição, São Paulo: Perspectiva, 1997. Caps.
1,2 e 13.
KUPER, Adam. “Introduç o: guerras culturais”. In. Cultura: a visão dos antropólogos.
Bauru, Edusc, 2002.
SAHLINS, Marshall. “Adeus aos tristes tropos. A etnografia no contexto da moderna
história ocidental”. In. Cultura na prática. Rio de Janeiro, Editora da UFRJ, 2004.
Leitura complementar:
SAHLINS, M. “La pensée burgeoise: a sociedade ocidental como cultura”. In. Cultura na
prática. Rio de Janeiro, Editora da UFRJ, 2004.

[29/08 e 30/08]
AULA 11 –
Atividade avaliativa 2

[05/09 e 06/09]
AULA 12 – Sair dos gabinetes: antropólogos britânicos e o trabalho e campo
Malinowski, Bronislaw ,1984 [1922] Argonautas do Pacífico Ocidental, São Paulo:
Abril Cultural (Os Pensadores).
Malinowski Bronislaw,1997 [1967] Um Diário no sentido estrito do termo. Rio:
Record, pp.11-93.
Durham, Eunice,1978. A Reconstituição da Realidade (Um Estudo sobre a Obra
Etnográfica de Bronislaw Malinowski), São Paulo, Ática.
Malinowski
Evans-Pritchard, E. E. – 1972 – “Trabalho de campo e tradição empírica”, in _____.
Antropologia Social. Lisboa: Edições 70, pp. 67-85.

[12/09 e 13/09]
AULA 13 – Ainda o trabalho de campo e a etnografia. Por que não são a mesma
coisa?
Da Matta, R., “Trabalho de Campo”, in Relativizando, Petrópolis, Vozes, 1983
CALAVIA SÁEZ, Oscar. 2013. A antropologia é uma ciência? In: __________ Este
Obscuro Objeto da Pesquisa: um Manual de Métodos, Técnicas e Teses em
Antropologia. Florianópolis: edição do autor, p. 20-31.
VELHO, Gilberto. 2008 (1981). “Observando o familiar”. Em: Individualismo e cultura:
notas para uma antropologia da sociedade contemporânea. Rio de Janeiro:Jorge Zahar
editor, pp. 122-134.
Seeger, A. 1980. “Pesquisa de campo: uma criança no mundo”. Em Os índios e nós. RJ

Da Matta. 1978. “O Ofício de Etnólogo ou como ter um Anthropological Blues”. Boleti
m do Museu Nacional 27. 22/04/
CALAVIA SAEZ, Oscar. 2013. Esse obscuro objeto de pesquisa. Florianópolis, Edição
do autor. (Etnografia: o campo)

[19/09 e 20/09]
AULA 14 – O que é alteridade?
Ronney, A. K., e Vore, P.L., “Dois Ritos Corporais entre os Nacirema”, You and Others.
Cambridge, Winthrop Publishers, 1973.
PEIRANO, Mariza. “Alteridade em contexto: a antropologia como ciência social no
Brasil.” Série Antropologia, n. 255, Brasília, 1999.

[26/09 e 27/09]
AULA 15 – Atividade avaliativa 3

Você também pode gostar