Você está na página 1de 5

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE FILOSOSFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA

PROGRAMA – SOCIOLOGIA 5 – (FCH305)


Prof. Paulo César Alves

EMENTA: A disciplina tem por objetivo caracterizar as principais construções teóricas sobre a
modernidade e a identidade nacional brasileira. Quatro moimentos decisivos da história do pensamento
social brasileiro serão objeto de análise: (a) Pós-Independência, crise do Império e a “geração de 1870”;
(b) O modernismo e a redescoberta do Brasil (1930-45); (c) Questões da democratização e do
desenvolvimentismo (1945-1970); d) Teoria social no Brasil no último quartel do século XX; (e) A teoria
contemporânea; as “novas sociologias”.

DINÂMICA E AVALIAÇÃO:
Dias e Horários
Os encontros (online) estão agendados para ocorrer às terças e quintas-feiras, das 14:50 às 16:40h
Metodologia
Os encontros síncronos serão realizados às quintas-feiras (ou conforme combinado antecipadamente),
através do portal Moodle (ava.ufba.br). O horário de terça-feira está protegido para atividades
assíncronas. Nessa plataforma estarão disponibilizados todos os materiais apresentados nos encontros
(programa, textos, aulas em powerpoint, etc) e tarefas, além de oferecer um espaço interativo (fórum)
para debate. Alguns textos podem também ser encontrados pela internet.

Código da disciplina: Sociologia V - : FCH305-010000-221

Chave de acesso: jay7sardine

Avaliação
A avaliação será realizada de forma processual, através das tarefas propostas ao longo do curso. Todos os
trabalhos devem ser colocados, de acordo com as datas previstas, no Fórum da plataforma. Cada atividade
(total de 10) vale no máximo 1 (um) ponto e todas estão planejadas para serem realizadas em até 1:30h

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. A FORMAÇÃO DA TEORIA SOCIAL NO BRASIL. SÉCULO XIX


1.1 A instituição imaginária do Brasil na pós-independência. O romantismo e a “Geração de 1870”.
Temas recorrentes e principais autores. A questão racial, identidade e “integração nacional”.
1.2 O início do século XX e a discussão sobre a “organização nacional”. O “modernismo” e o
“regionalismo”.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Alonso, A. Crítica e contestação: o movimento reformista da geração 1870. Revista Brasileira de Ciências
Sociais. 2000, Vol.14, No 44, p.35-55. (www.scielo.br/pdf/rbcso/vol15n44)
Lahuerta, Milton. Os intelectuais e os anos 20: moderno, modernistas, modernização, Lorenzo, H.C. &
Costa, W.P. (orgs). A década de 1920 e as origens do Brasil moderno. São Paulo: Editora Unesp: Fapesp,
1997, pp. 93-114

2. O MODERNISMO E A REDESCOBERTA DO BRASIL DA “GERAÇÃO DE 1930”


2.1 A “redescoberta do Brasil”. A “geração de 30” e o pensamento conservador e progressista
2.2 A institucionalização do ensina da sociologia no Brasil
2.2 O projeto nacionalista e desenvolvimentismo. O ISEB e a “ideologia nacional”.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Pécaut, Daniel. Os intelectuais e a política no Brasil. Entre o povo e a nação. (Cap. 2 – A geração dos
anos 1954-64). São Paulo: Ática, 1990, p. 97-178
Souza, Jessé. A modernização seletiva (cap. 8 – Uma interpretação alternativa do dilema brasileiro).
Brasília: Editora da UnB, 2000, pp. 205-276

3. A “IDADE DE OURO” DA TEORIA SOCIAL NO BRASIL. O ÚLTIMO QUARTEL DO SÉCULO


XX.
3.1 A “Escola paulista de sociologia”. O tema da “revolução brasileira”.
3.2 Vanguardas e as décadas de 1970-80.
Pécaut, Daniel. Os intelectuais e a política no Brasil. Entre o povo e a nação. (Cap. 4 – O partido
intelectual e o processo de abertura 1974-82). São Paulo: Ática, 1990, p. 257-308
Cohn, Gabriel. Florestan Fernandes. A revolução burguesa no Brasil. In Mota, Lourenço D. (org).
Introdução ao Brasil 1. Um banquete no trópico. São Paulo: Senac, 2001, p. 393-412
Ridenti, Marcelo. Em busca do povo brasileiro (cap. I Brasil, anos 1960: povo, nação, revolução). São
Paulo: Unesp, 2014, p. 7-43
Oliveira, Lúcia Lippi. Ciências Sociais: ontem e hoje. Revista Ciência & Trópico. Recife, v. 26, n. 2,
1998, p. 295-302

4. O MUNDO CONTEMPORÂNEO. AS “NOVAS SOCIOLÓGIAS”.


4.1 Características gerais da produção intelectual contemporânea e novas perspectivas da “imaginação
sociológica” no Brasil
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Alves, Paulo Cesar. A teoria sociológica contemporânea. Da superdeterminação pela teoria à
historicidade. Sociedade e Estado, 25 (1), 2010, pp. 15-31.
Perlatto, Fernando. A imaginação Sociológica Brasileira (Cap. 3 – Imaginação sociológica brasileira e os
novos tempos da disciplina- 1989-2012). Curitiba: Editora CRV, 2016, pp. 115-155

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

UNIDADE - 01

Naxara, Márcia R. C. Cientificismo e sensibilidade romântica (Cap. O Brasil na sensibilidade romântica).


Brasília: Editora UNB, pp. 231-288
Miranda de Sá, D. A ciência como profissão (Cap. A sociedade culta da Capital Federal). Rio de Janeiro:
Editora Fiocruz, Coleção História e Saúde
Schwarcz, Lilia M. Nina Rodrigues: Um radical do pessimismo. In Botelho, A. Schwarcz, L.M. (org) Um
enigma chamado Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 2009.
Marson, Izabel A. Joaquim Nabuco e as matrizes monárquicas da identidade brasileira. In Axt, Gunter &
Schuler, Fernando (orgs) Intérpretes do Brasil. São Paulo: Artes @ Ofícios
Madeira, Angélica. Fraturas do Brasil: o pensamento e a poética de Euclides da Cunha. In Axt, Gunter &
Schuler, Fernando (orgs) Intérpretes do Brasil. São Paulo: Artes @ Ofícios
Brandão, Gildo M. Oliveira Viana. Populações meridionais do Brasil. In Mota, Lourenço D. (org)
Introdução ao Brasil 1. Um banquete no trópico. São Paulo: Senac, 2002
Nogueira, Marco Aurélio. Paulo Prado. Retrato do Brasil. In Mota, Lourenço D. (org) Introdução ao
Brasil. Um banquete no trópico. São Paulo: Senac, 2002
Miceli, Sergio. Mário de Andrade: A invenção do moderno intelectual brasileiro. In Botelho, A. &
Schwarcz, L.M. (org) Um enigma chamado Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 2009.

UNIDADES 02 e 03
Araújo, Ricardo Benzaquen. Totalitarismo e revolução (cap. V – Totalitarismo, igualdade e liberdade).
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988, pp. 105-116
Freyre, Gilberto. Novo mundo nos trópicos (Cap. V – O Brasil como civilização europeia nos trópicos).
São Paulo: Topboobs
Decca, Edgar de. Ensaios de cordialidade em Sérgio Buarque de Holanda. In Axt, Gunter & Schuler,
Fernando (orgs) Intérpretes do Brasil. São Paulo: Artes @ Ofícios
Candido, Antônio. A visão política de Sergio Buarque de Holanda. Monteiro, P.M. & Eugênio, J.K.
Sérgio Buarque de Holanda. Perspectivas. Campinas, SP: Editora da UNICAMP; Rio de Janeiro: Ed.
EdUERJ, 2008, pp. 29-36 (o texto de A. Candido também pode ser encontrado em outras coletâneas).
Monteiro, P. M. A queda do aventureiro. Aventura, cordialidade e os novos tempos em Raízes do Brasil.
(Cap. 4: Uma invenção a duas vozes: aventura e cordialidade). Campinas: Editora da Unicamp, 1999.
Ricupero, Bernardo. Caio Prado Júnior e o lugar do Brasil no mundo. In Botelho, A. & Schwarcz, L.M.
(org) Um enigma chamado Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 2009.
Rego, R. M. L. Sentimento do Brasil. Caio Prado Jr – Continuidade e mudanças no desenvolvimento da
sociedade brasileira (Cap. 5. Transformar para manter: a perversa ordem do desenvolvimento).
Campinas. Ed. Unicamp, 2000
Gertz, René. Raymundo Faoro. In Axt, Gunter & Schuler, Fernando (orgs) Intérpretes do Brasil. São
Paulo: Artes @ Ofícios
Mota, Carlos Guilherme. Ideologia da cultura brasileira (Cap. I – Cristalização de uma ideologia: A
“cultura brasileira”; cap. III – Raízes do pensamento radical). São Paulo: Ática, 1977.
Meucci, Simone. Institucionalização da sociologia no Brasil (Cap. 4 – Sociólogos e sociologias). São
Paulo: Hucitec, 2011, pp. 95-124
Limongi, F. Mentores e clientelas da Universidade de São Paulo. In In Miceli, S. (org.) História das
ciências sociais no Brasil (vol. 1). São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais Ltda., 1989
Almeida, M. H. T. de. Dilemas da institucionalização das ciências sociais no Rio de Janeiro. In Miceli, S.
(org.) História das ciências sociais no Brasil (vol. 1). São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais Ltda., 1989.
Sodré, Nelson Werneck. Introdução a revolução brasileira ( Cap. 1 – Conceito de povo). São Paulo:
Livraria Editora Ciências Humanas Ltda, 1978
Oliveira, Lucia L. A sociologia de Guerreiro Ramos e seu tempo. In Botelho, A. & Schwarcz, L.M. (org)
Um enigma chamado Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 2009
Arruda, Maria Arminda do N. Florestan Fernandes. Vocação científica e compromisso de vida. . In
Botelho, A. & Schwarcz, L.M. (org) Um enigma chamado Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 2009
Jackson, Luiz Carlos. Antonio Candido: crítica e sociologia da literatura. In Botelho, A. & Schwarcz,
L.M. (org) Um enigma chamado Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 2009
Cavalcanti, Maria Laura Viveiro de Castro. Estigma e relações raciais na obra pioneira de Oracy
Nogueira. In Botelho, A. & Schwarcz, L.M. (org) Um enigma chamado Brasil. São Paulo: Cia das Letras,
2009
Pulici, Carolina. Entre sociólogos (cap. 6 – Novas disposições intelectual-acadêmicas). São Paulo: Edusp,
2008, p. 191-213
Botelho, André. Sequencias de uma Sociologia Política Brasileira. Dados, Rio de Janeiro, 50 (1), 2007, p.
49-82
Reis, José Carlos. As identidades do Brasil (Anos 1960-70: Fernando Henrique Cardoso). Rio de Janeiro:
FGV.
Toledao, C.N. ISEB. Fábrica de ideologias. (Cap. 3 – A alienação como conceito central; cap. 4 – As
‘fontes’ filosóficas). Campinas: UNICAMP, 1997 (2ª edição)
Sorj, Bernardo. A construção intelectual do Brasil contemporâneo (Cap. V – As ciências sociais no Brasil
na década de 70; cap. VI – Crise e redefinições). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001
Brasil Junior, Antônio & Botelho, André. Próximo distante: rural e urbano em “Populações meridionais”
e “Raízes do Brasil”. Ferreira, G.N. & Botelho, A. (orgs). Revisão do pensamento conservador. São
Paulo: Hucitec, : Fapesp, 2010, pp. 233-272
Peixoto, Fernanda Arêas. Diálogos brasileiros (cap. Roger Bastide e Florestan Fernandes: Dilemas da
modernização). São Paulo: Edusp, 2000, p. 157-197
Fernandes, Florestan. A sociologia numa era de revolução social (Cap. 1 – O cientista brasileiro e o
desenvolvimento da ciência). Rio de Janeiro: Zahar. 1976
Pulici, Carolina. Entre sociólogos. Versões conflitivas da ‘condição de sociólogo’ na USP dos anos 1950-
1960 (cap. V – Entre o grã-finismo intelectual e a assimilação das massas). São Paulo: EDUSP/Fapesp,
2008, p. 149-189

UNIDADE 04

Villas Bôas, Claucia. A tradição renovada na obra de Maria Isaura Pereira de Queiroz. In Botelho, A. &
Schwarcz, L.M. (org) Um enigma chamado Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 2009
Schwartzman, S. O lugar das ciências sociais no Brasil dos anos 90. In Bomeny, H. & Birman, P. (org.)
As assim chamadas ciências sociais. Formação do cientista social no Brasil. Rio de Janeiro:
UERJ/Relume Dumará, 1991, pp. 79-100
Reis, Elisa P.; Reis, Fábio Wanderley; Velho, Gilberto. As ciências sociais nos últimos 20 anos: três
perspectivas. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 12 (35), 1997, pp. 7 – 28. Disponível na internet
Hamlin, Cynthia; Vandenberghe, Frédéric; Perrusi, Artur. O pluralismo na teoria social: novas
frentes/fronteiras na teoria social contemporânea. Política e trabalho. Revista de Ciências Sociais, 40,
abril de 2014, pp. 13-33 Disponível na internet.

Você também pode gostar