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DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA
PENSAMENTO ANTROPOLÓGICO CLÁSSICO NO BRASIL
Prof. Dr Livio Sansone
2017.1
EMENTA
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO.
MÓDULO 1. O povo brasileiro com problema: o paradigma racial em finais do século XIX na
Europa e no Brasil. Neste primeiro momento, trata-se de lembrar os paradigmas
interpretativos existentes na segunda metade do século XIX na Europa e Estados Unidos da
América e mostrar como, no Brasil, na contramão do que acontecia no continente europeu e
em norte-América, o paradigma racial foi mais importante do que o evolucionista. As reflexões
e idéias da chamada Geração de 1870 serão contextualizadas, enfatizando a importância do
surgimento da República e da abolição da escravidão. Além das aulas teóricas e expositivas,
este módulo contará com os seminários sobre autores fundamentais do período, tais como
Silvio Romero, Nina Rodrigues, Euclides da Cunha e Oliveira Viana.
FORMA DE AVALIAÇÃO
O resultado do(a) aluno(a) será o fruto da média ponderada das seguintes 3 notas:
Nota relativa à participação individual na discussão dos 13 textos de leitura obrigatória
(cada texto terá o valor de 0,8 pontos).
Nota relativa à participação em um dos seminários (a nota será coletiva desde que não
haja grandes discrepâncias no grupo).
Nota relativa à prova escrita individual (aplicada ao final do semestre e envolvendo todo o
conteúdo da disciplina).
Nota relativa ao relatório sobre as visitas aos museus e memoriais.
Observações:
Todos os membros da equipe deverão falar.
O data show só poderá ser usado para reproduzir as citações do texto que ilustrarão a
exposição das idéias principais do texto selecionadas pela equipe ou como pauta para
pontos a serem abordados. A exposição NÃO PODE SER uma leitura do slide.
A exposição deverá ser dirigida aos colegas (e não só à professora): trata-se de
apresentar, expor, resumir e avaliar textos fundamentais para o conhecimento e uso
destes por parte dos colegas/ouvintes que não os leram, portanto, as equipes deverão
fazer um grande esforço didático.
As ideias de Manuel Querino. Manuel Querino 1955. “ A raça africana e seus costumes na
Bahia”, em A Raça Africana, Salvador: Progresso, 17-44. (pdf)
Discussão de leitura obrigatória na qual é apresentada a discussão das ideias no Brasil entre
1870 e 1920.
SCHWARCZ, Lilia. “Usos e abusos da mestiçagem e da raça no Brasil”. Afro-Ásia, 18 (1996), 77
101. Disponível em WWW.afroasia.ufba.br
Atividade: assistir o filme “Venus noire” e detectar e examinar o racialismo exposto nele.
As ideias de Gilberto Freyre em Casa Grande e Senzala. Rio de Janeiro: Editora Record, 29ª.ed.,
1994. Cap. I (p.3-87, IV e V (p.282-481) e Sobrados e mocambos. Vol. I: Cap. II (30-66), Cap. V
(152-262). (livros na biblioteca e pdf)
Seminário sobre o texto de BASTIDE, Roger. As Américas negras. São Paulo: DIFEL,
Edusp, 1974. Introdução (p.5-8), Cap. II (p.26-45), Cap. VI (p.120-140) e Cap. IX (p.178-
194).
Módulo 1.
ALMEIDA, Alfredo Wagner. Uma genealogia de Euclides da Cunha. In, VELHO, G. (org). Arte e
Sociedade: Ensaios de Sociologia da Arte. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 1977. (p. 88-
129). [pdf]
BERNUCCI, Leopoldo - Prefácio de CUNHA, Euclides. Os Sertões (Cem anos da 1a. Edição). São
Paulo: Ateliê Editorial, Imprensa Oficial, 2002. (p. 13-62).
CORRÊA, Mariza. As ilusões da liberdade. A Escola Nina Rodrigues e a Antropologia no Brasil.
Bragança Paulista, BO: EDUSF, 1998.
COSTA, Iraneidson Santos. “A Bahia já deu régua e compasso: o saber médico-legal e a questão
racial na Bahia, 1890-1940”. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em
História, Universidade Federal da Bahia, 1997.
LIMA, Nísia Trindade; SANTOS, Ricardo Ventura; COIMBRA Jr., Carlos E. “A Rondônia de Edgard
Roquette-Pinto. Antropologia e projeto nacional”; SANTOS, Ricardo Ventura. “Os debates
sobre mestiçagem no Brasil no início do século XX. Os Sertões e a medicina-antropologia do
Museu Nacional”. In: LIMA, Nísia Trindade e Sá, DOMINICHI Miranda de (orgs). Antropologia
Brasiliana. Ciência e educação na obra de Edgard Roquette-Pinto. Belo Horizonte/Rio de
Janeiro: Editora UFMG/Editora Fiocruz, 2008 (p. 99 a 121 e 123 a 145).
OLIVEIRA, Roberto Cardoso de e RUBEN, Guilhermo Raul (orgs) Estilos de Antropologia.
Campinas: Editora da Unicamp, 1995
RABELLO, Sylvio. Itinerário de Sílvio Romero. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.
RAMOS, Artur. “Introdução”, “O problema do negro no Brasil“, “A religião jeje-nagô” e “A
liturgia jeje-nagô”. In: _______ O Negro Brasileiro. Rio de Janeiro: Graphia, 2001 ( p. 17 a 32,
35 a 52 e 53 a 66).
RODRIGUES, Nina. O animismo fetichista dos negros baianos. Rio de Janeiro: Fundação
Biblioteca Nacional/Editora UFRJ, 2006.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças. Cientistas, instituições e questão racial no
Brasil 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
SCHNEIDER, Alberto Luiz. Sílvio Romero, hermeneuta do Brasil. São Paulo: Annablume, 2005
(p.11-44, 71-96).
Módulo 2.
ARAÚJO, Ricardo Benzaquen. Guerra e Paz. Casa Grande e Senzala e a obra de Gilberto Freyre
nos anos 30. São Paulo: Ed.34, 1994. [pdf]
BOTELHO, André e SCHWARCZ, Lilia (orgs.). Um enigma chamado Brasil. 29 intérpretes e um
país. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
LEITE, Dante Moreira. O caráter nacional brasileiro. História de uma ideologia. São Paulo:
Editora Ática, 5ª Ed., 1992.
RIBEIRO, Darcy. Gilberto Freyre. “Uma introdução a Casa Grande & Senzala”. Gentidades.
Porto Alegre: L&PM, 1997 (p. 7 a 90).
Módulo 3.
CORRÊA, Mariza. “Dona Heloisa & A pesquisa de campo”. In: _______ Antropólogas &
Antropologia. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003 (p.141 a 161).
LESTRINGANT, Frank . “De Jean Léry a Claude Lévi-Strauss”, Revista de Antropologia, USP,
2000, V. 43 nº 2. [pdf]
PEIRANO, Mariza. “Os antropólogos e suas linhagens”. In: CORRÊA, Mariza e LARAIA, Roque
(orgs) Roberto Cardoso de Oliveira. Homenagem. Campinas: Unicamp/IFCH, 1992 (p. 31 a 47).
LANDES, Ruth. A cidade das mulheres. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2002
PEREIRA, João Baptista Borges. “Emilio Willems e Egon Schaden na história da Antropologia”.
Estudos Avançados 8 (22), 1994. [pdf]
PEIXOTO, Fernanda. “Lévi-Strauss no Brasil: a Formação do Etnólogo”, MANA, 4 (1)78-109,
1998. [pdf]
_______ “A Nação Experimental - Lévi-Strauss e Tristes Trópicos”. Especial Caderno Mais!
Folha de São Paulo, 22 de maio de 2005. [pdf]
VOIGT, André Fabiano. “Emílio Willems e a invenção do teuto-brasileiro, entre a aculturação e
a assimilação (1940-1946)”. História: Questões & Debates, Curitiba, n.46, p.189-201, 2007,
Editora UFPR.
WILLEMS, Emílio. A aculturação dos alemães no Brasil. São Paulo/Brasília: Companhia Editora
Nacional / INL, 1980.