Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ementa
Os cursos de Teoria Antropológica I e Teoria Antropológica II (TAI e TAII)
pretendem oferecer uma introdução geral a vertentes do pensamento antropológico e a
autoras e autores tidos como fundamentais na constituição e para a prática da
disciplina. O objetivo central desses cursos é, portanto, oferecer uma espécie de
perspectiva horizontal da história do pensamento antropológico desde sua constituição
até o início da década de 1970 (TAI) e desse momento até os dias de hoje (TAII).
Três dificuldades sempre espreitam cursos dessa natureza. Em primeiro lugar, os
critérios de seleção do que deve ou não ser abordado, dados os limites de tempo em
que os cursos se desenrolam; em segundo, o perigo do conjunto de textos se pulverizar
a tal ponto que torne difícil a apreensão das conexões entre ideias, textos, autoras e
autores; finalmente, o fato de que esse tipo de abordagem corre sempre o risco de
descambar para uma perspectiva historicista e mesmo evolucionista, que supõe, ainda
que implicitamente, uma sequência progressiva no desenvolvimento do conhecimento
antropológico — conhecido, paradoxal e justamente, por sua crítica ao
evolucionismo…
O primeiro problema é de difícil solução, mas a própria explicitação da
existência de um elemento de caráter pessoal na seleção dos textos, assim como o
esforço para adotar uma perspectiva plural, pode contribuir para minorá-lo.
O segundo problema — pulverização dos textos e, principalmente, das ideias —
é igualmente de difícil solução. Neste caso, optou-se por tentar utilizar como uma
espécie de fio condutor (no sentido elétrico do termo) duas questões que, de uma forma
ou de outra, devem ser encaradas e tratadas por qualquer praticante da antropologia.
Por um lado, a própria noção do que significa essa prática, ou seja, o que os praticantes
imaginam estar fazendo quando fazem antropologia. Por outro, a relação
intrinsecamente constitutiva da disciplina com os chamados saberes nativos ou,
melhor, situados. Com sua pretensão de ser uma “ciência do outro”, a antropologia tem
que decidir a cada instante para que lado fará a balança pender, para o da ciência ou
para “o outro”.
A fim de evitar o terceiro risco, o do evolucionismo sempre à espreita quando se
pretende narrar a história de uma ciência, decidiu-se por uma abordagem mais
“problemática” do que “sistemática” ou sequencial. Ou seja, a partir dos dois pontos
norteadores (o que é mesmo a antropologia e o que ela faz com aquelas e aqueles que
pretende estudar), será abordada uma série de questões recorrentes na história da
disciplina — por exemplo: o humano e o não-humano, o sociocultural e o natural, o
particular e o universal, a transformação e a permanência, os outros e nós, e assim por
diante.
Em conjunto, os dois cursos, que desta vez serão ministrados pelo mesmo
professor, pretendem, pois, mapear os movimentos — mais circulares, em espiral,
pendulares ou caóticos, do que lineares e ordenados — que o pensamento
antropológico executou desde seus começos em meados do século XIX até os dias de
hoje. Em direção similar, imagina-se que a relação entre as aulas e a bibliografia
indicada para cada sessão deverá ser mais de natureza complementar do que especular
ou da ordem do comentário.
Nesse sentido, cada sessão compreende uma bibliografia provavelmente mais
ampla do que a que poderá ser de fato discutida (e que, além disso, poderá sofrer
adaptações ao longo do curso). Essa bibliografia aparece listada em ordem alfabética,
mas as prioridades e ordem de leitura serão sempre discutidas a cada sessão para a
seguinte, em que se dará a discussão.
Observe-se, também, que já se prevê leituras para a primeira sessão do curso (dia
15/03). Essa bibliografia inicial pode ser encontrada em:
https://www.dropbox.com/sh/zcxteh5dlig2ww9/AAAvaaaPldNLOrZz4zlQfoAja?dl=0
2
Finalmente, uma observação de caráter formal. O parágrafo 3º, artigo 24,
Capítulo 5, do Regulamento do PPGAS, diz que “é vedada a participação de alunos
ouvintes nas disciplinas Teoria Antropológica I e II”.
Programa
Sessão 01 (15/03)
Clastres, Pierre. 1968. “Entre Silence et Dialogue”. In: Raymond Bellour et Cathérine
Clément (orgs.). Claude Lévi-Strauss: 33-38. Paris: Gallimard, 1979. [Clastres, Pierre.
1968. “Entre Silêncio e Diálogo”. In: Lévi-Strauss. L’Arc Documentos: 87-90. São
Paulo: Ed. Documentos, 1968.]
Latour, Bruno. 1996. “Not the Question”. Anthropology Newsletter 37 (3): 1-5. [Latour,
Bruno. 2015. “Não é a Questão”. R@U 7 (2): 73-77.]
Stengers, Isabelle. 1997. “La Malédiction de la Tolérance”. In: Pour en Finir avec la
Tolérance (Cosmopolitiques VII): 7-17. Paris: La Découverte. [Stengers, Isabelle.
1997. “A Maldição da Tolerância”.]
Veyne, Paul. 1978. Comment on Écrit l’Histoire. Seuil, Paris. (Introduction; caps. 1, 2,
3, 6) [Veyne, Paul. 1982. Como se Escreve a História. Brasília: Editora da UnB.]
3
Sessão 02 (22/03)
Asad, Talal. 1973. “Introduction”. In: Talal Asad (ed.). Anthropology and the Colonial
Encounter: 9-19. New York: Humanities. [Asad, Talal. 1973. “La Antropología y el
Encuentro Colonial”. In Beatriz Pérez Galán y Aurora Marquina Espinosa (orgs.).
Antropología Política. Textos Teóricos y Etnográficos: 279-290. Barcelona: Edicions
Bellaterra, 2011.]
Asad, Talal. 1991. “From the History of Colonial Anthropology to the Anthropology of
Western Hegemony”. In: George W. Stocking Jr. (ed.). Post-Colonial Situations:
Essays in the Contextualization of Ethnographic Knowledge: 314-324. Madison:
University of Wisconsin Press.
Guattari, Félix. 1986. “Cultura: um Conceito Reacionário?”. In: Félix Guattari e Rolnik
Suely. Micropolítica. Cartografias do Desejo: 15-24. Vozes, Petrópolis.
Krenak, Ailton. 1999. “O Eterno Retorno do Encontro”. In: Adauto Novaes (org.). A
Outra Margem do Ocidente: 23-32. São Paulo: Companhia das Letras.
Wagner, Roy. 1981 [1975]. The Invention of Culture. Chicago: The University of
Chicago Press. (Preface; Introduction; cap. 1) [Wagner, Roy. 1981 [1975]. A Invenção
da Cultura. Cosac & Naify, 2010]
Sessão 03 (29/03)
4
Ingold, Tim (ed.). 1996. “The Concept of Society is Theoretically Obsolete”. In: Key
Debates in Anthropology: 55-98. Londres: Routledge. [Ingold, Tim (ed.). 1996. “O
Conceito de Sociedade Está Teoricamente Obsoleto?”. In: Marilyn Strathern. O Efeito
Etnográfico: 231-240. São Paulo: Cosac&Naify, 2014.] (não contém os debates!)
Latour, Bruno. 2005. “Introduction: How to Resume the Task of Tracing Associations”.
In: Reassembling the Social. An Introduction to Actor-Network-Theory: 5-22. Oxford
University Press, Oxford. [Latour, Bruno. 2005. “Como Retomar a Tarefa de Descobrir
Associações”. In: Reagregando o Social: Uma Introduçao à Teoria do Ator-Rede: 17-
38. Salvador: EDUFBA.]
Ortner, Sherry B. 2016. “Dark Anthropology and Its Others.
Theory Since the
Eighties”. Hau: Journal of Ethnographic Theory 6 (1): 47–73.
Wagner, Roy. 1974. “Are There Social Groups in New Guinea Highlands?”. In Murray
J. Leaf (ed). Frontiers of Anthropology: An Introduction to Anthropological Thinking:
95-122. New York: D. Van Nostrand Company. [Wagner, Roy. 1974. “Existem
Grupos Sociais nas Terras Altas da Nova Guiné?” Cadernos de Campo 19: 237-257,
2010.]
Sessão 04 (05/04)
5
Lévi-Strauss, Claude. 1952. “Race et Histoire”. In: Anthropologie Structurale Deux:
377-422. Paris: Plon, 1973. [Lévi-Strauss, Claude. 1952. “Raça e História”. In:
Antropologia Estrutural Dois: 328-366. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.]
Sessão 05 (12/04)
Lévi-Strauss, Claude. 1983 [1971]. “La Famille”. In: Le Regard Éloigné: 65-92. Paris:
Plon. [Lévi-Strauss, Claude. 1986. “A Família”. In: O Olhar Distanciado: 69-98.
Lisbos: Edições 70.]
6
Lévi-Strauss, Claude. 1962. La Pensée Sauvage (Caps. 1; 8; 9). Paris: Plon. [Lévi-
Strauss, Claude. 2007 [1962]. O Pensamento Selvagem. Rio de Janeiro: Papirus.]
Gould, Stephen Jay. 1980. The Mismeasure of Man. New York: W. W. Norton &
Company. (Introduction; Cap. 1) [Gould, Stephen Jay. 2014. A Falsa Medida do
Homem. São Paulo: Martins Fontes. (Introdução; Cap. 1).]
Sessão 07 (26/04)
Delany, Martin Robison. 1880. Principia of Ethnology: The Origin of Races and
Color, with an Archeological Compendium of Ethiopian and Egyptian Civilization,
from Years of Careful Examination. Andesite Press.
7
Firmin, Agenor. 1885. De L’Égalité des Races Humaines (Anthropologie Positive).
Paris: Librairie Cotillon. (Note au Lecteur; Préface; Caps. I, IV, XX; Conclusion)
[Firmin, Agenor. 2000. The Equality of the Human Races. Champaign: The University
of Illinois Press.]
Morgan, Lewis Henry. 1877. Ancient Society. (Preface; Part I) [Morgan, Lewis H.
1877. “A Sociedade Antiga”. In: Celso Castro (org.). 2005. Evolucionismo Cultural:
Textos de Morgan, Tylor e Frazer: 20-30. Rio de Janeiro: Zahar.][Morgan, Lewis H.
1877. A Sociedade Primitiva. Lisboa: Presença, 1980. (Preface; Part I)]
Tylor, Edward Burnett. 1871. Primitive Culture. John Murray, London (Cap. I). [Tylor,
Edward Burnett. 1871. “A Ciência da Cultura”. In Celso Castro (org.). Evolucionismo
Cultural: Textos de Morgan, Tylor e Frazer: 31-45. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.]
Tylor, Edward Burnett. 1871. Primitive Culture. John Murray, London (Conclusion).
Sessão 08 (03/05)
8
Sessão 09 (10/05)
Boas, Franz. 1889. “On Alternating Sounds”. American Anthropologist 2 (1): 47-54.
[Boas, Franz. 2004. ”Sobre Sons Alternantes". Stocking, Jr. George W. (ed.). Franz
Boas: a Formação da Antropologia Americana, 1883-1911. Rio de Janeiro: Ed.
UFRJ/Contraponto.]
Boas, Franz. 1896. “The Limitations of the Comparative Method in Anthropology”. In:
Race, Language and Culture: 270-280. The Free Press, New York, 1966. [Boas, Franz.
2004. “As Limitações do Método Comparativo da Antropologia”. In: Celso Castro
(ed.). Antropologia Cultural: 25-40. Rio de Janeiro: Zahar.]
Boas, Franz. 1920. “The Methods of Ethnology”. In: Race, Language and Culture:
281-289. The Free Press, New York. 1966. [Boas, Franz. 2004. “Os Métodos da
Etnologia”. In: Celso Castro (ed.). Antropologia Cultural: 41-52. Rio de Janeiro:
Zahar.]
Boas, Franz. 1930. “Some Problems of Methodology in the Social Sciences”. In:
Leonard D. White (ed.). The New Social Science: 84-98. Chicago: University of
Chicago Press. [Boas, Franz. 2004. “Alguns Problemas de Metodologia nas Ciências
Sociais”. In: Celso Castro (ed.). Antropologia Cultural: 53-66. Rio de Janeiro: Zahar.]
Boas, Franz. 1931. “Race and Progress”. Science, N.S. 74: 1-8. [Boas, Franz. 2004.
“Raça e Progresso”. In: Celso Castro (ed.). Antropologia Cultural: 67-86. Rio de
Janeiro: Zahar.]
Boas, Franz. 1932. “The Aims of Anthropological Research”. In: Race, Language and
Culture: 243-259. The Free Press, New York, 1966. [Boas, Franz. 2004. “Os Objetivos
da Pesquisa Antropológica”. In: Celso Castro (ed.). Antropologia Cultural: 87-109.
Rio de Janeiro: Zahar.]
9
Stocking Jr., George W. 1968. Race, Culture and Evolution. Essays in the History of
Anthropology. Free Press, New York (Caps. 7 e 9)
Sessão 10 (17/05)
Bateson, Gregory. 1942. “Morale and National Character”. In: Steps to an Ecology of
Mind. Collected Essays in Anthropology, Psychiatry, Evolution, and Epistemology: 82-
93. Ballantine Books, New York, 1972. [Bateson, Gregory. 1991. “Moral y Carácter
Nacional”. In: Pasos Hacia una Ecología de la Mente: 75-79. Buenos Aires: Editorial
Lohlé-Lumen.]
Bateson, Gregory. 1999 [1935]. “Culture Contact and Schismogenesis”. In: Steps to an
Ecology of Mind: Collected Essays in Anthropology, Psychiatry, Evolution, and
Epistemology: 61-72. Chicago: The University of Chicago Press. [Bateson, Gregory.
1991. “Contacto Cultural y Esquismogénesis”. In: Pasos Hacia una Ecología de la
Mente: 58-66. Buenos Aires: Editorial Lohlé-Lumen.]
Gelya Frank. 2001. “Melville J. Herskovits on the African and Jewish Diasporas: Race,
Culture and Modern Anthropology”. Identities 8 (2): 173-209.
Lefort, Claude. 1979 [1951]. As Formas da História. São Paulo: Brasiliense. (cap. IV)
10
Jackson, Walter. 1986. “Melville Herskovits and the Search for Afro-American
Culture”. In: George W. Stocking Jr. (ed.), Malinowski, Rivers, Benedict and Others.
Essays on Culture and Personality: 95-126. The University of Wisconsin Press,
Madison.
Wilner, Isaiah Lorado. 2015. “Friends in this World: The Relationship of George Hunt
and Franz Boas”. In Regna Darnell et al (eds.). The Franz Boas Papers, Volume 1:
Franz Boas as Public Intellectual. Theory, Ethnography, Activism: 163-189. Lincoln:
University of Nebraska Press.
Sessão 11 (24/05)
Drake, St. Clair. 1986. “Dr. W. E. B. Du Bois: A Life Lived Experimentally and Self-
Documented”. Contributions in Black Studies.
A Journal of African and Afro-
American Studies: 111-134.
Drake, St. Clair. 1980. “Anthropology and the Black Experience”. The Black Scholar:
Journal of Black Studies and Research 11 (7): 2-31.
Du Bois, W. E. Burghardt. 1898. “The Study of the Negro Problems”. The Annals of
the American Academy of Political and Social Science 11: 1-23.
Du Bois, W. E. Burghardt. 1903. “Of Our Spiritual Strivings”. In: The Souls of Black
Folk: 3-11. New Haven: Yale University Press, 2015. [Du Bois, W. E. Burghardt.
2011. “Do Nosso Labor Espiritual”. In: Manuela Ribeiro Sanches (org.). Malhas que
os Impérios Tecem. Textos Anticoloniais, Contextos Pós-Coloniais: 49-57.
11
Gordon, Lewis R. 2018. “Franz Boas in Africana Philosophy”. In: Ned Blackhawk,
Isaiah Lorado Wilner (eds.). Indigenous Visions. Rediscovering the World of Franz
Boas: 42-60. New Haven: Yale University Press.
Hurston, Zora Neale. 1941. Dust Tracks on a Road. An Autobiography. New York:
Harper Collins. (Foreword; Research; Afterword)
Hurston, Zora Neale. 1950. “What White Publishers Won’t Print”. Negro Digest, April
1950. [Hurston, Zora Neale. 1950. “O Que os Editores Brancos Não Publicarão”.
Mimeo.]
Mead, Margaret and Baldwin, James. 1971. A Rap on Race. New York: J.B. Lippincott
Company. (“Auqust 27th 10 A.M.” — pp. 99-164)
Sessão 12 (31/05)
Durkheim, Émile. 1912. Les Formes Élémentaires de la Vie Religieuse. Paris: Plon.
(Introduction; Conclusion) [Durkheim, Émile. 2014 [1912]. As Formas Elementares da
Vida Religiosa. São Paulo: Martins Fontes. (Introdução; Conclusão)]
Sessão 13 (07/06)
Mauss, Marcel & Hubert, Henri. 1950 [1903]. “Esquisse d’une Théorie Générale de la
Magie”. In: Sociologie et Anthropologie: 3-141. Paris: PUF. [Mauss, Marcel & Hubert,
12
Henri. 2003. “Esboço de uma Teoria Geral da Magia”. In: Sociologia e Antropologia.
São Paulo: Cosac & Naify.]
Mauss, Marcel. 1950 [1923]. “Essai sur le Don. Forme et Raison de l’Échange dans les
Sociétés Archaiques”. In: Sociologie et Anthropologie: 143-279. Paris: PUF. [Mauss,
Marcel. 2003. “Ensaio Sobre a Dádiva”. In: Sociologia e Antropologia. São Paulo:
Cosac & Naify.]
Sessão 14 (14/06)
Malinowski, Bronislaw. 1935. “The Method of Field-Work and the Invisible Facts of
Native Law and Economics”. In: Coral Gardens and their Magic (Vol. 1: 317-340).
George Allen & Unwin, London. [Malinowski, Bronislaw. 1977. “El Método de
Trabajo de Campo y los Hechos Invisibles de la Economía y la Ley Indígenas”. In: Los
Jardines de Coral y su Magia: 335-359. Barcelona: Editorial Labor.]
13
University of Chicago Press, 1958. [Radcliffe-Brown, Alfred. 1978. “O Método
Comparativo em Antropologia Social”. In: J. C. Melatti (org.) Radcliffe-Brown: 43-58.
São Paulo: Ática (Col. Grandes Cientistas Sociais).]
Kenyatta, Jomo. 1938. Facing Mount Kenya. London: Martin, Secker and Warburg.
(Introduction; Preface; Conclusion)
Ntarangwi, Mwenda. 2008. “Refacing Mt. Kenya or Excavating the Rift Valley?
Anthropology in Kenya and the Question of Tradition”. In: Aleksandar Boskovic (Ed.).
Other People’s Anthropologies. Ethnographic Practice on the Margins: 83-96. Oxford:
Berghahn Books.
Sessão 16 (31/06)
Diallo, Alfa Oumar e Diallo, Cíntia Santos. 2008. “Vida e Obra de Cheikh Anta Diop:
o Homem que Revolucionou o Pensamento Africano”. Ciências e Letras 44: 115-124.
14
Diop, Cheikh Anta. 1991 [1981]. “Critical Review of the Latest Theses on the AMP”.
In: Civilization or Barbarism. An Authentic Anthropology: 185-207. New York:
Lawrence Hill Books.
Joseph, Isaac. 1984. “Gabriel Tarde. Le Monde comme Féerie”. Critique 445-446:
548-565. [Joseph, Isaac. 2000. “Gabriel Tarde. Le Monde comme Féerie”.
Antropolítica 8: 23–40.]
Lévy-Bruhl, Lucien. 1938. L’Expérience Mystique et les Symboles chez les Primitifs.
Félix Alcan, Paris (Avant-Propos; Introduction)
Lévy-Bruhl, Lucien. 1949. Les Carnets de Lucien Lévy-Bruhl. PUF, Paris. (Preface;
Carnets 1, 3, 11). [Lévy-Bruhl, Lucien. 1975. The Notebooks on Primitive Mentality.
Oxford: Basil Blackwell.]
Price-Mars, Jean. 1928. Ainsi Parla l’Oncle. Essais d’Ethnographie. New York:
Parapsychology Foundation Inc. (Introduction, Préface, Cap. V)
15
Tarde, Gabriel. 1999 [1893]. Monadologie et Sociologie. Paris: Les Empêcheurs de
Penser em Rond. [Tarde, Gabriel. 2007. “Monadologia e Sociologia”. In: Monadologia
e Sociologia — e Outros Ensaios: 51-132. São Paulo: Cosac Naify.]
Sessão 17 (05/07)
Conclusão do Curso
16
Bibliografia Complementar
Referência Geral
Foucault, Michel. 1966. “Les Sciences Humaines”. In: Les Mots et les Choses: 355-
398. Paris: Gallimard. [Foucault, Michel. 1966. “As Ciências Humanas”. In: As
Palavras e as Coisas: 475-536. São Paulo: Martins Fontes, 2000.]
Geertz, Clifford. 1988. Works and Lives: the Anthropologist as Author. Stanford
University Press, Stanford.
Ingold, Tim. 2000. “‘People Like Us’: The Concept of the Anatomically Modern
Human”. In: The Perception of the Environment. Essays on Livelihood, Dwelling and
Skill: 373-391. London and New York: Routledge [Ingold, Tim. 2000. “‘Gente como a
Gente’ O Conceito de Homem Anatomicamente Moderno”. Ponto Urbe: 1-24, 2011.]
Ingold, Tim. 2011. “Ethnography is Not Anthropology”. In: Being Alive: Essays on
Movement, Knowledge and Description: 229-243. London: Routledge.
17
Lowie, Robert H. 1937. The History of Ethnological Theory. Farrar & Rinehart, New
York. [Lowie, Robert H. 1946. Historia de la Etnología. Mexico: Fondo de Cultura
Económica.]
Sahlins, Marshall. 1976. Culture and Practical Reason. The University of Chicago
Press, Chicago.
Viveiros de Castro, Eduardo. 1999. “Etnologia Brasileira”. In: Sergio Micelli (org.). O
que Ler na Ciência Social Brasileira (1970-1995). Vol.1: Antropologia: 109-223. São
Paulo: Sumaré/ANPOCS.
Evolucionismo Social
18
Burrow, John. 1968. Evolution and Society. Cambridge University Press, Cambridge.
Clastres, Héléne. 1978. “Sauvages et Civilisés au XVIII Siècle”. In: François Châtelet
(org.), Histoire des Idéologies, vol. 3. Savoir et Pouvoir du XVIII au XX Siècle: 209-
228. Hachette, Paris.
Frazer, James G. 1890-1922. The Golden Bough. New York, Macmillan, 1979.
(Abridged Edition).
Frazer, James G. 1908. The Scope of Social Anthropology. A Lecture Delivered Before
the University of Liverpool, May 14th, 1908. London: Macmillan and Co. [Frazer,
James G. 1908. “O Escopo da Antropologia Social ”. In: Celso Castro (org.). 2005.
Evolucionismo Cultural: Textos de Morgan, Tylor e Frazer: 46-59. Rio de Janeiro:
Zahar.]
Ingold, Tim. 1998. “The Evolution of Society”. In: A. C. Fabian (ed.). Evolution:
Society, Science, and the Universe: 79-99. Cambridge: Cambridge University Press.
[Ingold, Tim. 2003. “A Evolução da Sociedade”. In: A. C. Fabian (org.). Evolução:
Sociedade, Ciência e Universo: 107-131. Bauru: EDUSC.]
Ingold, Tim. 2002. “On the Distinction Between Evolution and History”. Social
Evolution & History 1 (1): 5–24. [Ingold, Tim. 2006. “Sobre a Distinção Entre
Evolução e História”. Revista Antropolítica 20: 17-36).]
Jones, Robert Alun. 1984. “Robertson Smith and James Frazer on Religion: Two
Traditions in British Social Anthropology”. In: George W. Stocking Jr. (ed.).
Functionalism Historicized. Essays on British Social Anthropology: 31-58. Madison:
The University of Wisconsin Press.
19
Kuper, Adam. 1982. “Lineage Theory: a Critical Retrospect”. Annual Review of
Anthropology 11: 71-85.
Latour, Bruno. 2000. “Progress or Entanglement? Two Models for the Long Term
Evolution of Human Civilisation. A Lecture Prepared for International Conference on
World Civilizations in the New Century: Trends and Challenges”. Taiwan: Library
Taipei.
Morgan, Lewis Henry. 1871. Systems of Consanguinity and Affinity of the Human
Family. Washington: Smithsonian Institution Press. (Preface; Caps. I.1; I.2; III.6).
Stocking Jr., George W. 1987. Victorian Anthropology. Free Press, New York.
Trautmann, Thomas L. 1987. Lewis Henri Morgan and the Invention of Kinship.
University of California Press, Berkeley.
Boas, Franz. 1938. The Mind of Primitive Man. Free Press, New York.
20
Harris, Marvin. 1968. The Rise of Anthropological Theory. Thomas Crowell Company,
New York.
Kuper, Adam. 1999. Culture: the Anthropologist’s Account. Harvard University Press,
Cambridge.
Mead, Margaret. 1953. “National Character”. In: Sol Tax (ed.), Anthropology Today.
Selections: 396-421. The University of Chicago Press, 1962.
Sapir, Edward. 1924. “Culture, Genuine and Spurious”. American Journal of Sociology
29 (4): 401-429. [Sapir, Edward. 2012. “Cultura: Autêntica e Espúria”. Sociologia &
Antropologia 2 (4): 35–60.]
21
Stocking Jr., George W. 1968. Race, Culture, and Evolution: Essays in the History of
Anthropology: 1-12. The Free Press, New York.
Stocking Jr., George W. (ed.). 1985. Malinowski, Rivers, Benedict and Others: Essays
on Culture and Personality. The University of Wisconsin Press, Madison.
Dumont, Louis. 1972. “Marcel Mauss: une Science en Devenir”. In: Essais sur
l’individualisme: Une Perspective Anthropologique sur l’Idéologie Moderne: Seuil,
Paris, 1983.
22
Karady, Victor. 1969. “Présentation de l’Édition”. In: Marcel Mauss, Œuvres: I-LIII.
Minuit, Paris.
Lefort, Claude. 1951. “A Troca e a Luta dos Homens”. In: As Formas da História: 21-
35. Brasiliense, São Paulo, 1979.
Lévy-Bruhl, Lucien. 1910. Les Fonctions Mentales dans les Sociétés Inférieures. PUF,
Paris.
Lukes, Steven. 1973. Émile Durkheim. His Life and Work. Penguin Books, London.
Mauss, Marcel. 1927. “Divisões e Proporções das Divisões da Sociologia”. In: Ensaios
de Sociologia: 35-89. Perspectiva, São Paulo, 1981.
23
Merleau-Ponty, Maurice. 1960. “De Marcel Mauss a Claude Lévi-Strauss”. In: Os
Pensadores: 193-206. Ed. Abril, São Paulo, 1980.
Vargas, Eduardo Viana. 2000. Antes Tarde do que Nunca. Gabriel Tarde e a
Emergência das Ciências Sociais. Contra Capa, Rio de Janeiro
Bateson, Gregory. 1949. “Bali: The Value System of a Steady State”. In: Steps to an
Ecology of Mind: Collected Essays in Anthropology, Psychiatry, Evolution, and
Epistemology: 107-127. Univerity of Chicago Press, Chicago, 2000 [1972].
Dumont, Louis. 1968. “Préface”. In: Edward E. Evans-Pritchard. Les Nuer: Gallimard,
Paris.
24
Dumont, Louis. 1997 [1970]. Groupes de Filiation et Alliance de Mariage.
Introduction à Deux Théories d’Anthropologie Sociale. Gallimard (Éd. Tel), Paris.
Evans-Pritchard, Edward E. 1950. “Social Anthropology: Past and Present”. In: Essays
in Social Anthropology: 13-28. Faber and Faber, London, 1962.
Firth, Raymond (ed.). 1957. Man and Culture: an Evaluation of the Work of Bronislaw
Malinowski. Routledge & Kegan Paul, London.
Gluckman, Max. 1952. “Rituals of Rebellion in South-East Africa”. In: Order and
Rebellion in Tribal Africa: 110-136.
Karp, Ivan e Maynard, Kent. 1983. “Reading The Nuer”. Current Anthropology 24:
481-503.
Kuklick, Henrika. 1992. The Savage Within: the Social History of British
Anthropology, 1885-1945. Cambridge University Press, Cambridge.
Kuklick, Henrika. 1996. “Islands in the Pacific: Darwinian Biogeography and British
Anthropology”. American Ethnologist 23 (3): 611-638.
25
Kuper, Adam. 1983. Anthropology and Anthropologists. The Modern British School.
Routledge & Kegan Paul, London.
Stocking Jr., George W. 1984. “Dr. Durkheim and Mr. Brown: Comparative Sociology
at Cambridge in 1910”. In: George Stocking Jr. (ed.). Functionalism Historicized:
Essays on British Social Anthropology: 106-130. The University of Wisconsin Press,
Madison.
26
Stocking Jr., George W. 1984. “Radcliffe-Brown and British Social Anthropology”. In:
George Stocking Jr. (ed.). Functionalism Historicized: Essays on British Social
Anthropology: 131-191. The University of Wisconsin Press, Madison.
Estruturalismo Francês
Boon, James and Schneider, David. 1974. “Kinship vis-á-vis Myth: Contrasts in Lévi-
Strauss’ Approaches to Cross-Cultural Comparison”. American Anthropologist 76 (4):
799-817.
Deleuze, Gilles. 1982. “Em que se Pode Reconhecer o Estruturalismo?” In: François
Châtelet (org.). História da Filosofia 8. Zahar, Rio de Janeiro.
Gaboriau, Marc. 1963. “Antropologia Estrutural e História”. In: Luiz Costa Lima (org.).
O Estruturalismo de Lévi-Strauss: 140-156. Vozes, Petrópolis, 1968.
Geertz, Clifford. 1967. “The Cerebral Savage: on the Work of Claude Lévi-Strauss”.
In: The Interpretation of Cultures: 345-359. Basic Books, New York.
Lévi-Strauss, Claude. 1971. “Finale”. In: Mythologiques IV. L’Homme Nu: 559-621.
Paris: Plon. [Lévi-Strauss, Claude. 2011. “Finale”. In: Mitológicas IV: O Homem Nu:
559-621. São Paulo: Cosac & Naify.]
Paz, Octavio. 1967. Claude Lévi-Strauss o el Nuevo Festín de Esopo. Joaquin Mortiz,
Mexico.
27