Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Programa de Pós-Graduação em
Antropologia Social
UFMS - Campo Grande/MS
PLANO DE ENSINO
1 – IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA: TEORIA ANTROPOLÓGICA I
FACULDADE: Faculdade de Ciências Humanas (FACH)
ANO: 2023 SEMESTRE: Primeiro
HORAS/AULAS SEMANAIS: 4 CARGA HORÁRIA: 60 horas (4 créditos)
HORÁRIO: segunda-feira, das 7hs30 às 11hs30min.
PROFESSOR/A: Antonio Hilario Aguilera Urquiza e Francesco Romizi
2 – EMENTA
Curso de introdução ao pensamento antropológico clássico. A antropologia evolucionista e o método
comparativo. História e cultura em Franz Boas. A antropologia cultural norte americana e suas
vertentes: cultura e personalidade, cultura e linguagem e cultura e meio ambiente. A escola
sociológica francesa: as dimensões epistemológicas do conhecimento sociológico e a questão das
representações coletivas. Trabalho de campo e etnografia antes e depois de Malinowski. Estrutura,
função e processo social na antropologia social inglesa. O estruturalismo de Claude Lévi-Strauss.
3 – OBJETIVO
O curso busca contribuir para que os/as mestrandos/as tenham um entendimento abrangente sobre a
formação, consolidação e desdobramentos da teoria antropológica desde o século XIX. Assim se
privilegiará tanto uma abordagem sistemática sobre as metodologias de pesquisa antropológica, tendo
em vista o recorte histórico abarcado pelo curso, como a busca pela articulação entre autores e suas
‘escolas’ ou correntes antropológicas a partir de seus respectivos contextos.
4 – PROGRAMA
Planejamento: 16 encontros – última aula 26/06
Leituras complementares:
• KUPPER, Adam. 2002. Cultura, a visão dos antropólogos. Tradução de Mirtes F. de
Oliveira Pinheiros. Bauru, Edusc. [Cap. 1 – Cultura e civilização, pp. 45-71]
Leituras complementares:
• BOHANNAN P; GLAZER, Mark. Antropologia – Lecturas. Madrid: McGraw-Hill, 1997.
[Morgan; Tylor; pp. 29-78]
• ROCHA, Everardo; FRID, Rocha. Os Antropólogos. Petrópolis: Editora PUC-Vozes, 2014.
[Edward Tylor e James Frazer; pp. 15 - 41]
• ALMEIDA, Mauro William Barbosa de. Lewis Morgan: 140 anos dos sistemas de
consanguinidade e afinidade da família humana (1871-2011). Cadernos de Campo v. 19, p.
309-322, 2011
• MAINE, Henry. Ancient Law. London: Dent, 1957 (Caps. I e V): pp. 1-12; 67-100.
• FRAZER, James [1890]. O Ramo de Ouro. Rio: Editora Guanabara, 1982. Parte I, Caps.1 a
3 [pp. 19-46]
• FRAZER, James [1909]. Psyche’s Task. London: MacMillan
• SMITH, Robertson W [1889]. Religion of the Semites. New York: D. Appleton and
Company
Leituras complementares:
• BOHANNAN P; GLAZER, Mark. Antropologia – Lecturas. Madrid: McGraw-Hill, 1997.
[Boas; pp. 81-100]
• ROCHA, Everardo; FRID, Rocha. Os Antropólogos. Petrópolis: Editora PUC-Vozes, 2014.
[Franz Boas; pp. 42-60]
Leituras complementares:
• BOHANNAN P; GLAZER, Mark. Antropologia – Lecturas. Madrid: McGraw-Hill, 1997.
[Ruth Benedict; pp. 175-186]
• ROCHA, Everardo; FRID, Rocha. Os Antropólogos. Petrópolis: Editora PUC-Vozes, 2014.
[Ruth Benedict e Margaret Mead; pp. 114-153]
Leituras complementares:
• BOHANNAN P; GLAZER, Mark. Antropologia – Lecturas. Madrid: McGraw-Hill, 1997.
[Ruth Benedict; pp. 175-186]
• ROCHA, Everardo; FRID, Rocha. Os Antropólogos. Petrópolis: Editora PUC-Vozes, 2014.
[Ruth Benedict e Margaret Mead; pp. 114-153]
Leituras complementares:
• CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto (Org.). 1991. Antropologia de Rivers. Tradução de
Gilda Cardoso de Oliveira e Sonia Bloomfield Ramagem. Campinas, Editora Unicamp,
(Introdução – Leitura de Rivers.)
• KUPER, Adam. Antropólogos e antropologia. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978. [Cap.
I; pp 11-50]
• BOHANNAN P; GLAZER, Mark. Antropologia – Lecturas. Madrid: McGraw-Hill, 1997.
[Malinowski; pp. 281-304]
• MALINOWSKI, Bronislaw [2003]. Crime e costume na sociedade selvagem. Brasília: Ed.
UnB; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado
• STOCKING Jr., George. “The Ethnographic Magic: Fieldwork in British Anthropology
from Tylor to Malinowski”. In: Observers observed. Essays on Ethnographic Field Work.
Madison: The University of Wisconsin Press, 1983.
Leituras complementares:
• CASTRO, Ana Maria de & DIAS, Edmundo Fernandes (Org.). Introdução ao pensamento
sociológico. 9ª ed. São Paulo, Moraes. [Parte 2 – Durkheim, pp. 31-96]
• MONTERO, Paula [2014]. “A teoria do simbólico de Durkheim e Lévi-Strauss.
Desdobramentos contemporâneos no estudo das religiões”, Novos estudos, (98): 125-142.
Leituras complementares:
• MAUSS, Marcel & HUBERT, Henri. “Esboço de uma teoria geral da Magia”. Em: Mauss,
M. Sociologia e Antropologia. SP: Cosac & Naify, 2003. [49-184].
• SIGAUD, Ligia. “As vicissitudes do ‘Ensaio sobre o Dom’”. Mana, 5(2),1999; [pp. 89-124]
• MAUSS, Marcel. Manual de Etnografia. Prefácio de Denise Paulme. Tradução de J. Freitas
da Silva. Lisboa, Publicações Dom Quixote. 1993. [Cap. 1 – Observações preliminares, Cap.
2 – Métodos de observação e Cap. 3 – Morfologia social, pp. 21-42]
• LANNA, Marcos. De bens inalienáveis e “casas” no Ensaio sobre a Dádiva. In: GROSSI,
M.P. ET all. Antropologia francesa do século XX. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Ed.
Massangana, 2006
11ª Sessão (15/05) – Antropologia Social Britânica III – Trabalho de campo e etnografia
• EVANS-PRITCHARD, Edward E. 2007. Os Nuer: uma descrição do modo de subsistência
e das instituições políticas de um povo Nilota. 3ª reimpr. 2ª ed. Tradução de Ana M.
Goldberger Coelho. São Paulo, Perspectiva. [Prefácio, Introdução, Cap. 1 – Interesse pelo
gado, Cap. 2 – Ecologia, Cap. 3 – Tempo e espaço e Cap. 4 – O sistema político, pp. 1-200]
• EVANS-PRITCHARD, Edward Evan [2004]. Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande.
Rio de Janeiro: Zahar. [Introdução, Caps. I e II] DAVID
• EVANS-PRITCHARD, Edward E. 1973. Antropología Social. Traducción de Sara Hebe
Goldemberg. Buenos Aires, Ediciones Nueva Visión SAIC. [Prefacio a la edicción original,
Cap. 1 – Alcance del tema, Cap. IV – Trabajo de campo y tradición empírica, pp. 15-36 e
pp. 79-100]
• GLUCKMAN, Max. 1975. Datos etnográficos en la antropología social inglesa. In
LLOBERA, José R. (Org.). La antropología como ciencia. Traducción de Antonio
Desmonts et al. Barcelona, Anagrama, pp. 141-152
Leituras complementares:
• KUPER, Adam. Antropólogos e antropologia. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978. [Cap.
V; pp 147-168]
• BOHANNAN P; GLAZER, Mark. Antropologia – Lecturas. Madrid: McGraw-Hill, 1997.
[EVANS-PRITCHARD; pp. 421-436]
• FORTES, M.; EVANS-PRITCHARD, E. E. (Eds.). [1940]. African Political Systems.
London: Oxford University
Leituras complementares:
• TURNER, Victor W. [1957]. Schism and Continuity in an Afriean Society: A Study of
Ndembu Village Life. Machester: Manchester University Press for the Rhodes-Livingstone
Institute
• LEACH, Edmund Ronald [1996]. Sistemas Políticos da Alta Birmânia. São Paulo: Edusp,
[Caps. I, II, III e IX] pp. 63-121; 307-319
Leituras complementares:
• SARTI, Cynthia Andersen. "Deixarás pai e mãe": Notas sobre Lévi-Strauss e a família.
Revista ANTHROPOLÓGICAS, ano 9, volume 16(1): 31-52 (2005)
• LÉVI-STRAUSS, Claude & ERIBON, Didier. De Perto e de Longe. SP: Cosac & Naify,
2005
Leituras complementares:
• GOLDMAN, Márcio. Lévi-Strauss e os sentidos da história. Ver. Antrop, São Paulo, v.42,
n.1-2, 1999
• LÉVI-STRAUSS, Claude [1976]. “Totemismo hoje”. In: Seleção de textos. São Paulo:
Victor Civita. pp. 113-126.
• LÉVI-STRAUSS, Claude. Mitológicas 1. O cru e o cozido. São Paulo: Cosac Naify, 2004.
[“Abertura”]
• ROMIZI, Francesco. O canto do crepúsculo: reflexões ornito-antropológicas sobre um mito
de origem kadiwéu. Mana, v. 24, n. 1, p. 231-260, 2018
Leituras complementares:
• HARRIS, Marvin. 1993. El desarrollo de la teoría antropológica. Una historia de las teorías
de la cultura. Traducción de Ramon Valdes del Toro. Madrid, Siglo XXI. [Cap. 22 –
Materialismo cultural: la evolución general e Cap. 23 – Materialismo cultural: ecología
cultural, pp. 549-596]
• HARRIS, Marvin. Vacas, cerdos, guerras y brujas. Los enigmas de la cultura. Madrid:
Alianza Editorial, 1980. [Prólogo; La madre vaca; Epílogo]
Leituras complementares
• REDFIELD, Robert. “The social organization of tradition”. In: Peasant Society and Culture.
An Anthropological Approach to Civilization. USA: The University of Chicago Press,
1956:pp. 67-104
• FRÚGOLI JR, Heitor. O urbano em questão na antropologia: interfaces com a sociologia.
Rev. Antropol. vol.48 no.1 São Paulo Jan./June 2005
• VELHO, Gilberto (org.). O fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.
5 – PROCEDIMENTOS DE ENSINO
Os conteúdos serão ministrados através de aulas expositivas e, sobretudo, por meio de seminários de
textos a serem apresentados pelos/as alunos/as e coordenados pelos docentes responsáveis pela
disciplina.
6 – SISTEMA DE AVALIAÇÃO
Além da frequência nas aulas e participação nos seminários da disciplina, será necessário o/a aluno/a
entregar, ao final do curso, um artigo (ao redor de 15 páginas), versando sobre temas discutidos no
decorrer do semestre, ou uma resenha crítica, de no máximo 7 laudas, sobre uma obra, à escolha do/a
discente, de interesse para a teoria antropológica contemporânea.
7 – BIBLIOGRAFIA
A bibliografia está acima, no cronograma.