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INTRODUÇÃO
Diante das mudanças de cenários que relatam sobre relações afetivas, nota-se
que existe uma maior visibilidade sobre as questões amorosas e suas expressões afetivas
em relação à intimidade sexual do grupo LGBTQIA+. Hodiernamente, vem coagindo
mudanças nos perfis socioculturais que reatam a inserção de novos padrões de
relacionamentos sociais, possibilitando a entrada de assuntos acerca das inquisições de
gênero e de sexualidades, bem como as consequências e efeitos na vida do grupo
LGBTQIA+ e suas famílias (SOARES, 2019).
Desde então, os laços familiares são visto como o maior amparo para que o
sujeito possa se abrir e revelar sua orientação sexual para si e para o convívio social.
Todavia, depara-se a se expor a experiências de homofobia, rejeição e preconceitos, o
que desencadear problemas mentais e físicos (FERNANDES, 2021). Nesse prisma,
compreende-se que, caso tenha a ocultação sobre sua orientação, as pessoas deste grupo
podem ser acometidos por vários problemas, entre eles transtornos mentais, sociais,
comportamentais e psicológicos, em que delimita o acesso à procura de suporte social e
psicológico, ocasionando a baixa autoestima deste indivíduo. (RABELO, 2017).
A declaração sobre sua orientação sexual pode permitir ao indivíduo que se sinta
seguro perto da família e pelas pessoas que são próximas, bem como a confiarem na
sociedade, que mantenha boas relutâncias de saúde de modo geral, além de
experimentar e sentir o apoio recebido. (GOMES, 2019).
Para Nascimento (2022), o processo coming out passa por diversos processos,
desde “sair do armário”, até o processo de querer “persistir no armário”, o grupo
LGBTQIA+ sendo assumido. Isso se explica por diversas questões sociais, como o
sigilo da sua orientação sexual perante as pessoas próximas, entre elas pessoas do
mesmo convívio social para ser incluída em outro determinado grupo.
É possível pensar no sacrifício dos pais e familiares ao lidar com essa questão,
sendo por diversas vezes eles mesmos cercados por medos e aflitos ao lidarem com a
questão de sexualidade de um modo geral. Tendo em vista as reflexões apresentadas,
faz-se necessário, portanto, nesta pesquisa, a necessidade de conhecer e reconhecer as
publicações científicas sobre o momento de revelação para a família da sexualidade de
pessoas LGBTQIA+. Sendo assim, surgi a seguinte questão norteadora: Quais os
impactos que acometem o momento de revelação para a família da sexualidade de
pessoas LGBTQIA+?
MATERIAL E MÉTODO
. Em seguida, na quinta fase, foi realizada a leitura integral dos artigos para
obter uma visão geral de sua resposta ao problema da pesquisa.
RESULTADOS
Após a seleção e análise 08 publicações incluídas nesta pesquisa, verifica-se que
os artigos divulgados se distribuíram de maneira numericamente aproximada nos anos
de 2017 (1), 2018 (1), 2020 (2), 2021 (3) e 2022 (1). Em relação ao idioma dos
documentos analisados, todos (100%) foram em língua portuguesa, com os desenhos
dos estudos de natureza qualitativa, quantitativa e revisão de literatura.
DISCUSSÕES
Perebe-se que a pesquisa de Farias (2017) que diz em vigor selecionada integra
à revelação da orientação do grupo LGBTQIA+, nos contextos familiares, permitindo
conhecer e identificar questões ligadas ao processo de sua revelação ou ocultação da
sua sexualidade e seus impactos, também conhecido como o processo de revelação
“saída do armário”. A “saída de armário” ou sua constância revelação da orientação
sexual pode ser baseada de acordo com o ambiente em que o individuo estiver inserido,
como, por exemplo, se o ambiente for agradável, confiável e atrativo, a revelação pode
acontecer, mas se o ambiente for hostil, o “armário” poderá permanecer fechado nesta
situação. No entanto, isso mostra que o indivíduo deve esta confiável para assumir sua
sexualidade. Desta forma, mostra-se que nem ao menos o coming out chega acontece, devido
às questões que poderão ser elencadas. Identifica-se, assim, que estes grupos buscam apoio na
sociedade de convívio, visando sentirem-se acolhidos e protegidos para que revelem sua
orientação sexual desejada, sendo a família vista como a fonte de possível acolhimento e
cuidados de seus filhos, o que nem sempre ocorre e que pode favorecer que o indivíduo
permaneça “dentro do armário.”
Um assunto de importante relevância é de que a família se preocupa com os
preconceitos e discriminação que o (a) filho (a) poderá enfrentar e sofrer, o que não
garante que o preconceito não acontecerá dentro do seu próprio e lar e com seus
familiares. Há preocupações escondidos, como, por exemplo, dizer que não discrimina o
filho, mas que é bom que esta informação permaneça apenas restrita entre eles,
reforçando o tema da manutenção do segredo relacionado à intimidade dentro do
ambiente privado, como se os afetos não pudessem ser visíveis nos ambientes públicos
(NASCIMENTO, 2018).
A partir desse estudo de Ferreira (2021) e farias (2017) nota-se que, se
houvessem mais discussões e informações acerca da identificação de gênero, a
possibilidade da que abra dos paradigmas e preconceitos dentro deste público, poderia
ocorrer, de modo que tanto os indivíduos da população LGBTQIA+, tanto ao púbico
heteronormativo nem sempre o discurso é o mesmo, sendo avaliado que discriminação
mais visível nas falas analisadas, o que também pode estar relacionados às questões de
gênero e culturais.
Vale destacar, ainda, que a aceitação também é um processo, uma vez que pode
acontecer de modo rápido, de forma lenta, ou não chegar há ocorrer, assim como o
coming out, que não pode ser falado para nenhuma pessoa, raras pessoas ou para todas
as pessoas do ciclo de amizade, não necessariamente na mesma época ou tempo.
(GOMES, 2020).
Deste então, verifica-se por Biar (2022) que o desejo de aceitação como um
processo pode ser um mecanismo de frustração para os os público alvo desta pequisa,
que sofreram rejeição por parte da família e do ciclo social, uma vez que, com o passar
do tempo, as situações podem ter mudanças significativas e positivas. Por se tratar de
um processo, há uma variedade de possibilidade que, após um determinado tempo, as
situações se modifiquem, assim as pessoas do grupo LGBTQIA+ também podem se
decidir revelar ou não sua orientação sexual para mais pessoas do que já possa ter
revelado, destacando a noção do “armário” como um conceito fluido e em permanente
movimentação.
Além disso, é observado por BIAR (2022) que o lar dessa população acaba por
ser visto como um cenário de conflitos, principalmente logo após a revelação da
orientação sexual. Há uma tentativa da família em trazer o individuo para a norma
sexual hegemônica, assim atraindo sofrimento para todos os envolvidos neste ciclo.
Uma prosposta como os pais devem tentar resolver essa questão da revelação é por meio
de agressões físicas e psicológicas, o que pode colaborar para que a revevelação seja
adiada ou ocultada, dependendo do caso.
Essa dificuldade encontrada para a solução da revelação pode acontecer ou não,
podendo ocasionar em consequências psicológicas e emocionas, além de serem as
mais diversas nestes indivíduos, bem como proporcionar uma série de frustrações e
medos aos sujeitos da população LGTBTQIA+ por não ter relevado a sua orientação
sexual. Portanto, o ambiente proporciona um local de medo e contradições, uma vez
que se almeja que nele se tenha o apoio e refúgio diante dos preconceitos e
discriminações vindas da sociedade. Desse modo, o preconceito e a discrinação dentro
do próprio lar pode promover a desistruturação de vínculo entre pais e filhos,
resultado no afasta mento permanente ou definitivo e até mesmo a expulsão desses
sujeitos de casa, o que costuma ser doloroso e traumático para todos (CAMPOS, 2021;
BIAR, 2022).
Em estudo exposto, COSTA (2021), reflete acerca do processo de aceitação de
mães diante da revelação da orientação sexual do (a) filho (a), e se percebe que os que
recebem apoio e acolhimento dos menbros da família conseguem, de forma mais serena
e segura, lhe lidar com as questões ligadas à sua sexualidade.
CONCLUSÃO
Nota-se que, nos estudos avaliados, grande parte ressalta a negação da família
diante do coming out, ocasionando diversas dificuldades para o público LGBTQIA+,
gerando, como consequência, medo, insegurança e frustações, levando a danos físicos,
verbais e sociais que, na maioria das vezes, acontece de maneira irreversível.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, E. C. L.; LIMA, I. C. C. O neoconservadorismo religioso e
heteronormatividade: a “bolsonarização” como produção de sentido e mobilização de
afetos. Cadernos de Campo: Revista de Ciências Sociais, n. 28, p. 325-350, 2020.
GOMES, G; COSTA, P. A.; LEAL, I. Impacto do estigma sexual e coming out na saúde
de minorias sexuais. Psicologia, Saúde e Doenças, v. 21, n. 1, p. 97-103, ISSN - 2182-
8407, 2020. DOI: 10.15309/20psd210115.