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GUIA DE ATIVIDADES LÚDICAS PARA O ENSINO DE EDUCAÇÃO SEXUAL

Book · August 2020

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Marinna Tavares Rocha Lima Débora de Aguiar Lage


Rio de Janeiro State University Rio de Janeiro State University
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GUIA DE ATIVIDADES
LÚDICAS PARA O ENSINO
DE EDUCAÇÃO SEXUAL

MARINNA TAVARES ROCHA LIMA


DÉBORA DE AGUIAR LAGE
GUIA DE ATIVIDADES
LÚDICAS PARA O ENSINO
DE EDUCAÇÃO SEXUAL

MARINNA TAVARES ROCHA LIMA


DÉBORA DE AGUIAR LAGE

ISBN: 978-65-88405-00-0
EDITORA: NEPE/CAP-UERJ

RIO DE JANEIRO
2020
APRESENTAÇÃO
O presente Guia de atividades tem como objetivo
proporcionar aos professores e futuros professores
métodos lúdicos para tratar sobre educação sexual
em sala de aula. Considerando que grande número
de educadores não possui conhecimento e nem
capacitação sobre o assunto, este material visa
contribuir para a prática pedagógica acerca da
sexualidade humana.
O Guia apresenta diversas dinâmicas sobre
educação sexual que foram discutidas, adaptadas e
algumas aplicadas pela Liga de Educação Sexual da
Uerj (LESex) para estudantes do ensino básico de
diversas instituições públicas de ensino. Assim, é
importante destacar que a educação sexual se torna
mais efetiva quando é tratada de maneira mais
interativa, em que o estudante se sinta confortável
e participe ativamente d a aula.
Desse modo, acreditamos que o presente Guia
possa contribuir para a prática docente como uma
importante ferramenta para as ações voltadas à
educação sexual, incentivando os jovens a terem
uma visão mais positiva sobre sua sexualidade, a
desenvolverem uma comunicação mais clara, a
compreenderem seus próprio comportamentos e a
tomarem decisões responsáveis que permitam uma
vida mais saudável. 

Marinna Tavares Rocha Lima


Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Débora de Aguiar Lage


Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
SUMÁRIO
03 INTRODUÇÃO

09 DINÂMICAS SOBRE EDUCAÇÃO SEXUAL:


ESTRATÉGIAS LÚDICAS
10 SEXUALIDADE E CURIOSIDADE
Dinâmica "O Semáforo
Dinâmica "Mito ou Verdade?"
17 AUTOESTIMA
Dinâmica "Beleza e idealização"
Dinâmica "O corpo"
Dinâmica "Jogo da aparências"
22 QUESTÕES DE GÊNERO
Dinâmica "Por que tanta diferença?"
Dinâmica "Gênero e diversidade sexual"
Dinâmica "Mensagem da Mídia"
28 PRESERVATIVOS
Dinâmica "Métodos contraceptivos"
Dinâmica"As cores da prevenção"
Dinâmica "IST"
35 SEXUALIDADE E DIREITOS HUMANOS
Dinâmica "Júri simulado sobre aborto"
Dinâmica"Tipos de opressões"
Dinâmica"Parando para pensar sobre a violência"
42 SEXUALIDADE E GRAVIDEZ PRECOCE
Dinâmica "Cuidando do ninho"

44 LIGA DE EDUCAÇÃO SEXUAL


45 REFERÊNCIAS
03

INTRODUÇÃO
Existem diversas formas de se construir
conhecimento junto com os alunos, nesse sentido,
a organização desse guia de atividades, baseada
em sua pedagogia de ensino e aprendizagem
lúdica, nos direciona para uma perspectiva mais
subjetiva ao se tratar sobre Educação Sexual.
Entretanto, aplicar dinâmicas de ensino no
cotidiano escolar exige habilidades, adaptações e
reformulações relacionadas à realidade envolvida
no processo de ensino-aprendizagem da escola.
Dessa forma, é fundamental que o educador
tenha total conhecimento sobre o conteúdo, além
de conhecer o público-alvo que deseja alcançar e
reconhecer as limitações do ambiente. A partir daí
o professor deverá relacionar a teoria e prática,
através dessas dinâmicas, evidenciando a realidade
social do país, fazendo com que os alunos exerçam
essas práticas para além da sala de aula de forma
saudável.
Vale ressaltar que o presente guia se expande
para qualquer disciplina e área de conhecimento,
tendo um foco na subjetividade das discussões
acerca de Educação Sexual conduzindo os alunos a
participação, questionamentos e suposições. Que
este guia sirva como recurso construtivo para
tornar as aulas, tanto em espaços formais como
informais, mais dinâmica e eficientes, promovendo
a inclusão escolar. para tornar as aulas, tanto em
espaços formais como informais, mais dinâmicas e
eficientes, promovendo a inclusão escolar.
04

CONCEITOS BÁSICOS
Abuso Sexual: violência sexual em que não há
consentimento (LOWENKRON, 2010).

Adolescência: período entre a puberdade e a idade


adulta do desenvolvimento humano. Nesse
momento ocorrem mudanças físicas e alterações
psicológicas e sociais (MICHAELIS, 2019).

Bissexualidade: manifestação do pluralismo sexual


humano em que um indivíduo se atrai por ambos os
sexos (MICHAELIS, 2019).

DST: sigla para Doenças Sexualmente


Transmissíveis sendo causadas por vários tipos de
agentes. São transmitidas, principalmente, por
contato sexual sem o uso de camisinha com uma
pessoa infectada (BRASIL, 2000).

Educação Sexual: aprendizagem contínua ao longo


da vida envolvendo componentes físicos,
psicológicos, eróticos e genitais relativos à
sexualidade. Sendo o papel da sexualidade
representado em diferentes dimensões da
identidade e nas relações interpessoais, se
enquadram também nesses aspectos, os “valores,
os afetos, as questões de gênero, a estrutura da
personalidade, as competências sociais e
relacionais dos indivíduos” (PONTES, 2011, p .23).

Heteronormatividade: expressão que descreve


suposta norma social relacionado ao
comportamento heterossexual padronizado, ou
seja, é a ideia de que esse padrão é o único válido
socialmente (MARTINS et al., 2015).
05

Heterossexualidade: manifestação do pluralismo


sexual humano em que dois indivíduos de sexos
diferentes se atraem (BORRILLO, 2009).

Homofobia: atitude arbitrária de hostilidade contra


homossexuais em que qualifica o outro como
inferior ou anormal devido à sua diferença
(BORRILLO, 2009).

Homossexualidade: manifestação do pluralismo


sexual humano em que dois indivíduos do mesmo
sexo se atraem (BORRILLO, 2009).

Homossexualismo: termo incorreto e


preconceituoso da palavra homossexualidade. O
sufixo “ismo” denota doença, anormalidade e, por
isso, não deve ser utilizada (Manual de
comunicação LGBT).

Identidade de Gênero: características individuais


do gênero de cada pessoa, podendo corresponder
ou não ao sexo biológico. Inclui vestimenta, modo
de falar e aparência (Manual de comunicação
LGBT).

IST: atualização da sigla “DST”. A denominação “D”,


de DST, vem de doença, o que implica em sintomas
e sinais visíveis no organismo, entretanto, a
infecção pode ter períodos assintomáticos ou se
manter assintomática durante toda a vida do
indivíduo e são somente detectada em exames
laboratoriais e, por isso, o termo utilizado pela
Organização Mundial da Saúde é IST, que significa
Infecções Sexualmente Transmissíveis (Ministério
da Saúde).
06

LGBTQ+: sigla que representa o movimento de


Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
e todas as outras orientações e identidades
(MARTINS et al., 2015).

Orientação sexual: inclinação da atração afetiva e


erótica de cada indivíduo. O indivíduo pode
direcionar-se ao desejo de pessoas do sexo oposto,
de pessoas do mesmo sexo ou de ambos os sexos
(BORRILLO, 2009).

Pedofilia: características psicológicas


(anormalidade e perversidade) de um indivíduo
adulto que mantém desejos sexuais por crianças de
forma compulsiva e obsessiva (LOWENKRON, 2010).

Sexualidade Humana: aspecto central do ser


humano ao longo de sua vida que integra sexo,
gênero, identidade, orientação sexual,
pensamentos, desejos, crenças, comportamentos,
valores, sentimentos, papéis e relações. Dessa
maneira, tem influencia direta na saúde física e
mental, já que é influenciada pela interação de
“fatores biológicos, psicológicos, sociais,
econômico, políticos, culturais, éticos, legais,
históricos, religiosos e espirituais” (PONTES, 2011).

Transexual: indivíduo que possui uma identidade


de gênero diferente de seu sexo biológico. Homens
e mulheres transexuais podem desejar se submeter
a intervenções médicas-cirúrgicas para se
adequarem aos atributos físicos de sua identidade
de gênero constituída (MARTINS et al., 2015).
07

PORQUE FALAR DE
EDUCAÇÃO SEXUAL?
Como importante e principal forma de prevenção
de problemas ligados à saúde sexual e reprodutiva
e muitas vezes relacionados à saúde mental, a
Educação Sexual constitui um processo contínuo e
permanente de aprendizagem sobre ações e
comportamentos saudáveis dos seres humanos na
sociedade. Nesse sentido, a Educação Sexual tem
forte poder de mudança de hábitos e
comportamentos de risco, tornando crianças,
jovens e adultos menos vulneráveis.

Com o avanço da tecnologia, a obtenção de


informações sobre sexualidade tornou-se mais
acessível, entretanto, isso não garante que todas
estejam corretas. Por isso, a Educação Sexual
desempenha um papel indispensável na triagem
desse conhecimento para ser utilizada de maneira
correta e, consequentemente, promovendo hábitos
saudáveis. É importante que na discussão sobre
sexualidade humana, haja o levantamento não só
de aspectos físicos e biológicos, mas
essencialmente da subjetividade acerca do tema,
como sentimentos, desejos, preconceitos, padrões
e tabus.
08

Atualmente, a discussão sobre Educação Sexual


busca uma perspectiva social, em que a
sexualidade ultrapasse os muros da escola. Nesta,
o uso de preservativos para prevenção de IST e de
gravidez indesejada e as mudanças biológicas do
corpo durante a puberdade são temas recorrentes,
entretanto, não podem ser abordados
exclusivamente. Todos os indivíduos têm o direito
de experimentar e viver sua sexualidade e serem
respeitados. Desse modo, é papel do educador
tratar de temas fora do conteúdo pragmático, como
as diversas manifestações do pluralismo sexual
humano, homofobia, os perigos do abuso e
exploração sexual, saúde mental, os padrões de
beleza impostos pela sociedade e as questões de
gênero, a fim de garantir a formação de cidadãos
livre de preconceitos.
09

DINÂMICAS SOBRE EDUCAÇÃO


SEXUAL: ESTRATÉGIAS LÚDICAS
É bastante comum que a Educação Sexual seja
discutida apenas do ponto de vista biológico,
tornando o professor de Biologia o principal
responsável por assumir o papel de difusor sobre o
tema. Entretanto, os aspectos socais e psicológicos
devem ser levados em consideração, garantindo
uma abordagem transversal entre diversas outras
disciplinas da grade escolar. Nesse sentido, com o
intuito de fugir da “biologização da sexualidade”
(NERY et. al., 2015) e promover discussões mais
amplas e participativas sobre a sexualidade
humana, diversas dinâmicas foram inseridas e
adaptadas no presente guia.
A prática educativa envolve diversas estratégias
de ensino e aprendizagem. Assim, visando
estimular uma maior aproximação e interaçãos
entre professores e alunos, o enfoque deste guia é
indicar diferentes dinâmicas que podem ser
aplicadas em sala de aula para o trabalho sobre
sexualidade. As dinâmicas de aprendizagem
estabelecem relações sociais e afetivas entre
educadores e educandos, sendo na sala de aula
onde essas relações se “solidificam e caminham em
direção ao desenvolvimento significativo de
habilidades cognitivas e sócio-afetivas”
(MARQUEZAN, 2013, p. 2).
Cada dinâmica apresentada nesse guia de
atividades foi discutida e adaptada, visando em
uma aprendizagem mais lúdica e participativa.
10

SEXUALIDADE E CURIOSIDADES

A adolescência costuma ser marcada por muitas


dúvidas entre os jovens. Muitas transformações
físicas e emocionais ocorrem nessa fase e muitos
questionamentos surgirão com essas mudanças.
Esses jovens buscam informações na mídia, com
os amigos, com os pais e muitas vezes com os
professores. E por isso, é fundamental que o
professor demonstre abertura para fomentar
debates com a turma, sanando todas as dúvidas
desses adolescentes.
Deste modo, é importante que o professor tenha
boa interação com os estudantes e que apresente
facilidade e segurança para tratar sobre Educação
Sexual em sala de aula, já que é um tema com
muitas inquietações, dúvidas e, principalmente,
tabus.
11

 DINÂMICA: “O SEMÁFORO”

Objetivo Investigar as principais dúvidas dos alunos


sobre sexualidade.

Duração 15 - 20 minutos

Materias Três recipientes, folhas de papel sulfite


necessários coloridas (verde, amarelo e vermelho),
tesoura, cola, papel sulfite e caneta.

Desenvolvimento Previamente, envolva os três recipientes


com os papeis coloridos de maneira que
cada um fique com uma cor diferente,
conforme mostrado na imagem. Utilize a
tesoura e a cola para auxiliar.

Coloque as três caixas sobre uma mesa


e distribua três fichas de papel para cada
aluno.

Em cada ficha, o aluno deverá escrever


Peça uma dúvida e/ou curiosidade sobre
sexualidade.
12

Desenvolvimento As fichas deverão ser colocadas em uma


das caixas de acordo com o grau de
dificuldade e/ou curiosidade de cada uma:
- vermelho: muita dificuldade
- amarelo: dificuldade média
- verde: pouca dificuldade

Sugestão Classifique os temas das fichas


depositadas nas caixas e elabore aulas
guiadas com as dificuldades apresentadas
pelos alunos. Desse modo o assunto da
próxima aula será de acordo com as
dúvidas dos estudantes, tornando o bloco
mais interessante e mais participativo.
13

 DINÂMICA: “MITO OU VERDADE”

Objetivo Refletir sobre mitos e verdades relacionados


à sexualidade.

Duração 40 minutos

Materias Folhas de papel sulfite e caneta.


necessários

Desenvolvimento
Explique aos alunos que o jogo ajudará a
esclarecer os mitos e verdades relacionados
à anatomia, fisiologia, contraceptivos e
infecções sexualmente transmissíveis (IST).
Esclareça que, embora a sexualidade esteja
em constante presença na sociedade (rádio,
televisão, revistas, filmes, músicas...), nem
sempre a informação é transmitida da
forma correta, tornando um mito uma
realidade.

Divida a turma em duas equipes e peça


para que eles criem um nome para o grupo.

Estipule um tempo e peça para que os


dois grupos escrevam frases que já
escutaram em algum momento da vida
sobre o tema, independentemente de ser
verdade ou mito.
14

Desenvolvimento Coloque todos os papeis com as frases no


centro da sala viradas para baixo e
embaralhadas.

Cada participante pegará uma tira


aleatoriamente e lerá para a turma toda.

O grupo deverá discutir e decidir entre


eles se a frase lida em voz alta é mito ou
verdade e explicará para a turma.

O grupo adversário pode contestar caso


ache a explicação pouco ou nada
convincente.

Faça uma tabela com a pontuação dos


grupos para criar certa competitividade e
melhor interação entre os alunos.

Observação Caso o professor ache necessário, coloque


algumas frases já prontas entre as frases
escritas pelos alunos para direcionar um
pouco mais a dinâmica.

Exemplos de frases:
Verdade - Uma vez que uma menina tenha
tido sua primeira menstruação, poderá ficar
grávida.
Verdade  - Antes de ter sua primeira
menstruação, a menina pode ficar grávida.
15

Observação Verdade  - Antes de ter sua primeira


menstruação, a menina pode ficar grávida.
Verdade  - Os jovens podem ter infecções
sexualmente transmissíveis sem manifestar
sintomas.
Verdade - Uma moça pode ficar grávida se
tiver relações sexuais durante a
menstruação.
Verdade - As camisinhas ou preservativos
ajudam a prevenir a propagação das
doenças sexualmente transmissíveis.
Verdade  - O Câncer dos testículos é mais
comum entre homens jovens.
Mito  - Não há risco de gravidez se não
houver ejaculação enquanto ocorrer
penetração vaginal.
Mito  - As pílulas anticoncepcionais causam
câncer.
Mito - O álcool e a maconha são
estimulantes sexuais.
Mito  - Uma moça pode saber sempre
exatamente qual é o seu período fértil, a fim
de evitar a gravidez.
Mito - As meninas são estupradas por
causa do seu comportamento e roupas.
Mito - Um homem com o pênis maior é
sexualmente mais potente do que um
homem com pênis pequeno.
16

Mito  - Uma vez que o homem esteja


excitado e tenha uma ereção, deve
continuar até o fim, porque pode ser
perigoso interromper o processo.
Mito - Homossexualidade é doença.

Sugestão Depois dos grupos defenderem sua


posição, faça a mediação da dinâmica e
esclareça o que é realmente verdade e o
que é mito. Discuta como os mitos se
tornam realidade e como isso pode
interferir na vida das pessoas e na
sociedade.
17

 AUTOESTIMA

Autoestima é uma avaliação subjetiva que uma


pessoa faz de si mesma. É uma relação que pode
sofrer variações diárias sendo intrinsecamente
positiva ou negativa.
A autoestima é dinâmica e acompanha os
sentimentos, realizações, relacionamentos e o
modo como cada indivíduo encara suas
características pessoais. Neste sentido, em fases
complicadas para alguns jovens, é importante que
eles resignifiquem as crenças que alimentam a
baixa autoestima, porque atrelado a ela, está a
saúde mental.
Dessa maneira, a baixa autoestima pode
influenciar na depressão, ansiedade e transtornos
alimentares.
18

 DINÂMICA: “BELEZA E IDEALIZAÇÃO”

Objetivo Discutir os padrões de beleza e encorajar os


jovens a aceitaram seu próprio corpo.

Duração 40 minutos

Materias Revistas, tesoura, cola e papel sulfite.


necessários

Desenvolvimento Divida a turma em pequenos grupos de


homens e mulheres, separados, e distribua
os materiais para eles.
  

Nos grupos femininos, promova uma


discussão sobre o padrão de beleza ideal de
homens.

Nos grupos masculinos, promova uma


discussão sobre o padrão de beleza ideal
de mulheres.

Os grupos deverão recortar das revistas e


colar no papel sulfite imagens com padrões
de beleza julgados por eles ideais.

Cada grupo apresentará sua colagem


evidenciando os padrões apresentados.

Sugestão Discuta sobre os padrões de beleza dos


grupos, avalie com os alunos os critérios
desses padrões, discuta sobre a influência
da mídia e das mudanças que os jovens
fazem para se enquadrarem e se tornarem
aceitos.
19

 DINÂMICA: “O CORPO”
Objetivo Conhecer melhor a anatomofisiologia dos
aparelhos genitais masculino e feminino.

Duração 40 minutos

Materias Papel pardo, massinha de modelar e


necessários canetas coloridas.

Desenvolvimento Divida a turma em quatro grupos e


distribua os materiais necessários em cada
um deles.

Sorteie o que cada grupo terá de


exemplificar no papel pardo: genitália
masculina interna, genitália masculina
externa, genitália feminina interna e
genitália feminina externa.

Em seguida peça para que os alunos


desenhem a silhueta de um dos integrantes
do grupo e com a massinha de modelar e as
canetas coloridas, represente o respectivo
aparelho genital sorteado.

Sugestão Além de corrigir as possíveis distorções dos


aspectos anatômicos apresentados pelos
alunos, discuta sobre a satisfação e
insatisfações em relação à forma física de
ambos os sexos e debata sobre as
mudanças que ocorrem ou podem ocorrer
ao longo da vida do ser humano,
destacando a fase da puberdade.
20

 DINÂMICA: “JOGO DAS APARÊNCIAS”

Objetivo Discutir como os estereótipos interferem


nas relações pessoais e individuais.

Duração 40 minutos

Materias Papel sulfite, caneta, balões coloridos de


necessários festa.

Desenvolvimento Entregue a cada aluno um balão vazio e


um pedaço de papel sulfite.

Em seguida, peça para que cada um


coloque seis características pessoais, sendo
três qualidades e três defeitos, de maneira
que, a partir dessas características, seja
possível sua identificação pelos outros
participantes.

Peça para que os alunos dobrem o papel


e o coloquem dentro do balão. Em seguida,
os alunos deverão encher os balões e jogá-
los no meio da sala de aula.

Peça para que os alunos baguncem os


balões para que não seja mais possível
identificar quem é o dono de cada balão.
21

Desenvolvimento Posteriormente, cada aluno deverá pegar


um balão de cor diferente do que recebeu,
estourá-lo e ler o papel que encontrou para
identificar a pessoa com as características
descritas.

Sugestão Discuta sobre a maneira que se adquire os


estereótipos e de como isso interfere na
vida pessoal de cada um. Relacione as
influências causadas pelas impressões que
as pessoas têm uma das outras com a
autoestima de cada um.
22

QUESTÕES DE GÊNERO
A sociedade e a cultura de cada povo moldam os
papeis sexuais femininos e masculinos e assim,
interferem na maneira de como os homens e
mulheres devam se comportar diante das
situações.
Essas mudanças são vistas no decorrer da
história: mulheres não podiam votar, não podiam
trabalhar para sustentar a família, não podiam
praticar determinados esportes e não podiam nem
usar calça comprida. Deste modo, embora alguns
direitos tenham sido conquistados, muitos
resquícios dessa repressão ainda são encontrados.
É comum que muitos meninos e meninas hoje em
dia ainda sejam educados numa configuração
patriarcal, em que o homem se enquadra em um
papel superior ao da mulher. Desse modo, a
adolescência é cercada de dúvidas, proibições e
diferenças. Enquanto as meninas não podem ter
uma vida sexual ativa, não podem chegar tarde,
não devem beber e devem auxiliar na limpeza e
organização da casa, os meninos têm maior
autonomia para fazerem o que quiserem.
Mas afinal, jogar futebol, cuidar da casa,
trabalhar, cozinhar, cuidar da aparência, sair com
os amigos, cuidar dos filhos, chorar, dirigir, é coisa
de menino ou menina?
23

 DINÂMICA: “POR QUE TANTA DIFERENÇA?”


Objetivo Discutir os papéis impostos pela sociedade
em relação ao homem e à mulher.

Duração 40 minutos

Materias Papel sulfite e caneta.


necessários

Desenvolvimento Divida a turma em grupos pequenos de


homens e mulheres separados.
Nos grupos de integrantes masculinos,
solicite que eles discutam e anotem as
vantagens e desvantagens de ser homem.
Nos grupos de integrantes femininos, por
sua vez, solicite que elas discutam e anotem
as vantagens e desvantagens de ser
mulher.
Por fim, promova uma discussão entre
todos os grupos apresentando as
vantagens e desvantagens que foram
levantadas e anotadas em cada subgrupo.

Sugestão Levante questões que os façam pensar


sobre a categorização dos papeis sexuais
entre homens e mulheres. A origem das
diferenças, como essas diferenças afetam
os homens e as mulheres, discuta a
possibilidade de haver troca de papeis em
algum ponto levantado em sala de aula,
debata sobre machismo, feminismo e suas
principais consequências.
24

 DINÂMICA: “GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL”


Objetivo Esclarecer conceitos relacionados à
identidade de gênero, sexo biológico e
orientação sexual.

Duração 40 minutos

Materias Cartolina e canetas coloridas.


necessários

Desenvolvimento Desenhe na cartolina com as canetas


coloridas o modelo conhecido como
genderbread esquematizado a seguir.

Em seguida peça para que os alunos


discutam entre si o que representa cada
desenho visualizado no boneco.

Sugestão Explique o conceito de cada termo


apresentado no genderbread e dê exemplos
dessas expressões na sociedade.
25

 DINÂMICA: “MENSAGEM DA MÍDIA”

Objetivo Reconhecer as mensagens transmitidas


pela mídia sobre os papeis de gênero e
suas relações pessoais.

Duração 50 minutos

Materias Ficha de trabalho dirigido e acesso a


necessários televisão.

Observação: caso a televisão não seja


acessível a todos os alunos, uma alternativa
é substituir a televisão por revistas e jornais.

Desenvolvimento Peça para os alunos assistirem a


programas de TV durante 1 hora em casa.

Solicite que eles fiquem atentos a pelo


menos três anúncios e a uma novela que
tenha relações de gênero.

Distribua uma ficha de trabalho dirigido


para cada aluno e peça para preencherem
após terminar de assistir os anúncios e
novelas

Na aula seguinte, peça para que a turma


leve a ficha preenchida para discutir os
pontos levantados.
26

Sugestão Disponibilize anúncios antigos para os


alunos e compare com os anúncios atuais
que os alunos viram e anotaram. Discuta
sobre os relatos que os alunos descreveram
na ficha de trabalho dirigida, compare com a
realidade dos alunos da turma.

Ficha de Trabalho Dirigido


Anúncio 1:
1. Tipo de produto anunciado.
2. Quem apresentou o anúncio?
3. Qual o tipo de atividade estava envolvido homens e mulheres
do anúncio?
4. Descreva a roupa que estavam usando.
5. O anúncio é realista?
 

Anúncio 2:
1. Tipo de produto anunciado.
2. Quem apresentou o anúncio?
3. Qual o tipo de atividade estava envolvido homens e mulheres
do anúncio?
4. Descreva a roupa que estavam usando.
5. O anúncio é realista?

Anúncio 3:
1. Tipo de produto anunciado.
2. Quem apresentou o anúncio?
3. Qual o tipo de atividade estava envolvido homens e mulheres
do anúncio?
4. Descreva a roupa que estavam usando.
5. O anúncio é realista?
27

Novela:
1. Nome da novela
2. Quais os papeis desempenhados por homens e mulheres na
família?
3. Quem exerce o papel dominante nas famílias?
4. Quem eram os personagens envolvidos em relações
românicas no programa?
5. A família parecia real?
6. Você acha que a televisão reflete os valores de sua família?
28

PRESERVATIVOS
Existem diversos tipos de métodos contracep-
tivos disponíveis para evitar uma gravidez
indesejada e infecções sexualmente transmissíveis.
Os métodos contraceptivos são classificados
como métodos de barreira e métodos hormonais.
Alguns métodos contraceptivos são bastante
acessíveis, sendo encontrados em postos de saúde
gratuitamente.
  Os métodos de barreira (camisinha feminina e
masculina e diafragma) formam um obstáculo físico
para que o espermatozoide não entre no útero,
enquanto os métodos hormonais (DIU, adesivo
hormonal, pílula anticoncepcional, pílula do dia
seguinte e injeção) previnem a gravidez impedindo
à ovulação a partir de hormônios sintéticos.
É importante destacar que cada método
contraceptivo apresenta suas vantagens e
desvantagens e é essencial que o professor discuta
em sala de aula todos os benefícios e possíveis
prejuízos do seu uso.

PREVINA-SE.
29

 DINÂMICA: “MÉTODOS CONTRACEPTIVOS”

Objetivo Debater sobre fecundação e apresentar os


métodos contraceptivos.

Duração 40 minutos

Materias Camisinhas feminina, camisinhas masculina,


necessários diafragma, pílula e os outros métodos que
estiverem disponíveis de fácil acesso;
modelo peniano.

Desenvolvimento Elabore uma pequena aula expositiva


dialogada sobre reprodução e os métodos
contraceptivos.

Use perguntas estimulando os alunos a


participarem da aula.

Em seguida, pegue os exemplares dos


métodos contraceptivos e faça com que os
alunos toquem, sintam a textura, testem a
elasticidade do material.

Faça questionamentos sobre a maneira


correta de usá-los e ensine a maneira
correta de utilizar a camisinha masculina
usando o modelo peniano.
30

Sugestão Ensine os alunos a verificar a validade dos


preservativos e a abrir a embalagem dos
mesmos de modo seguro. Destaque as
vantagens e desvantagens de cada método
contraceptivo, comentando sobre a
possibilidade de cada método de prevenção
de gravidez e/ou IST. Discuta sobre a
eficácia de cada um e aponte dados sobre
os índices de gravidez entre adolescentes e
de IST no Brasil e no mundo.
31

 DINÂMICA: “AS CORES DA PREVENÇÃO”

Objetivo Identificar e reconhecer o uso mais


indicado de cada método contraceptivo.

Duração 40 minutos

Materias Cartolina, caneta coloridas, fita adesiva e


necessários adesivos de três cores (verde, amarelo e
vermelho).

Desenvolvimento Coloque a cartolina na parede usando a


fita adesiva. A cartolina deve estar dividida
em quatro colunas:
     - Métodos de barreira
     - Métodos comportamentais
     - Métodos hormonais
     - Métodos cirúrgicos

Em seguida, peça para que os alunos


listem todos os métodos contraceptivos e,
juntos, discutam em qual categoria cada
método levantado se enquadra.

Anote na cartolina organizando um


painel.
32

Desenvolvimento Peça para que os alunos colem os


adesivos coloridos em cada método
contraceptivo anotado na cartolina
considerando que:
     - verde: livre uso para o adolescente
     - amarelo: algumas restrições (orientação
médica)
     - vermelho: não recomendável

Sugestão Discuta sobre os diferentes métodos


contraceptivos, a porcentagem de eficácia e
o  custo de cada um e, ainda, sobre as
recomendações para os jovens que são
sexualmente ativos.
33

 DINÂMICA: “IST”

Objetivo Promover a melhor compreensão da


transmissão de IST.

Duração 40 minutos

Materias Papel sulfite e caneta.


necessários

Desenvolvimento  Organize a sala de aula para que fique um


local mais amplo.
Distribua para cada aluno um papel sulfite
com uma única figura geométrica desenhada:
         - triângulo
         - quadrado
         - circulo

Peça para que os alunos interajam entre


eles de forma descontraída, peça para que
andem pela sala e nesse momento, coloque
uma música animada ao fundo.
·
Em um determinado momento, pare a
música e solicite que cada aluno desenhe em
sua folha a forma geométrica da pessoa mais
próxima. Repita isso três vezes.
34

Desenvolvimento Discuta com os alunos o que foi


encontrado em cada folha e divulgue o
significado das formas geométricas:
- triângulo: pessoa saudável
- quadrado: pessoa portadora de IST
- círculo: pessoa portadora de HIV

Observação É importante que haja maior número de


círculos (pessoas saudáveis) em relação
aos portadores das infecções, do mesmo
modo que haja maior número de
quadrados (portadores de IST) em relação
aos portadores de HIV (círculo).

Sugestão Discuta sobre os diferentes métodos


contraceptivos, a porcentagem de eficácia e
o custo de cada um e, ainda, sobre as
recomendações para os jovens que são
sexualmente ativos.
35

SEXUALIDADE E DIREITOS HUMANOS


Discutir sobre sexualidade, orientação sexual,
sexo, aborto e questões de gênero é entendido por
muitos leigos como estímulo aos jovens.
Entretanto, na prática a discussão desses temas
pode atuar como uma formação de prevenção de
abusos, violações e respeito aos direitos humanos.
Assim, ter conhecimento sobre esses assuntos é
fundamental para uma vida saudável.
Os direitos humanos constituem uma importante
ferramenta para a garantia de proteção de
qualquer indivíduo do mundo e que devem ser
respeitados, independentemente, da classe social,
etnia, gênero, nacionalidade e posicionamento
político.
Mas como viver num Estado cujos valores
religiosos ultrapassam os direitos humanos?
Por mais que os direitos humanos sejam um
instrumento que protege todo e qualquer cidadão
no mundo, ainda assim existem diversos casos de
desrespeito, colocando muitas pessoas em
situações de intolerância, discriminação e abuso.
Desse modo é crucial que todos conheçam seus
direitos e deveres na sociedade.
36

 DINÂMICA: “JÚRI SIMULADO SOBRE ABORTO”

Objetivo Apresentar e esclarecer os pontos de vistas,


com embasamento teórico, de quem é a
favor da descriminalização do aborto e
quem é contra.

Duração 40 minutos

Materias Papel sulfite e caneta.


necessários

Desenvolvimento Divida a turma em dois grupos


independentemente da opinião de cada
estudante: um a favor da legalização e
descriminalização do aborto e o outro
contra.

Dê uma semana para que os alunos


pesquisem todos os argumentos
necessários para uma argumentação lógica
durante o debate. Peça que tomem nota.

No dia do debate, organize a turma


separando-a nos grupos e inicie o debate.
Faça com que todos os alunos participem.
37

Regras - O debatedor do primeiro grupo terá 5 a 10


minutos para expor a defesa de sua
posição.
- O debatedor do grupo opositor também
terá seu tempo de argumentação de 5 a 10
minutos.
- Os próximos expositores deverão reforçar
os argumentos até então apresentados de
cada grupo, respondendo as possíveis
perguntas levantadas no grupo oposto até
que todos os membros tenham tido a
oportunidade de fala com um tempo de 3 a
5 minutos.
- Agora chegou o momento de refutação
das argumentações apresentadas. O grupo
opositor à resolução deverá abrir a etapa de
réplicas com duração de 3 a 5 minutos.
- O grupo defensor também terá sua
oportunidade de réplica refutando as
afirmações e fazer questionamentos
também com duração de 3 a 5 minutos.
- Por fim, cada grupo terá o direito de
tréplica caso queiram expor mais algum
argumento, com duração de 3 a 5 minutos.

Observação: é importante ressaltar que não


devem ocorrer interrupções nas falas de
cada debatedor. Assim, o educador deverá
manter a ordem da turma para prosseguir o
debate.
38

Sugestão Depois de finalizado o debate, converse


com os alunos sobre os pontos que mais
chamaram atenção durante a dinâmica. Há
possibilidade de promover um trabalho
individual do resultado dessa dinâmica para
avaliar o aproveitamento e se surgiu algum
efeito ou mudança de pensamento.
39

 DINÂMICA: “TIPOS DE OPRESSÃO”


Objetivo Reconhecer os tipos de opressão existente
no cotidiano e promover que esse tipo de
conduta não ocorra.

Duração 40 minutos

Materias Papel sulfite e caneta.


necessários

Desenvolvimento Faça tiras com o papel sulfite e anote


vários trechos de músicas contendo falas
polêmicas presentes no cotidiano e na
cultura brasileira. Quanto mais trechos,
melhor.

Coloque todos esses trechos num


recipiente e embaralhe.

Em seguida, faça uma roda com os alunos


e distribua aleatoriamente os trechos
sorteados até não sobrar nenhum dentro
do recipiente.

Peça para que os alunos leiam os trechos


sortido que tiraram e inicie uma discussão.

Sugestão Peça para que o mesmo aluno que leu a


trecho da música, explique o tipo de
opressão e peça para ele sugerir medidas
para evitar a questão. Discuta sobre as
consequências desse sistema, quem são os
principais afetados e como fazer para
melhorar a vida dessas pessoas.
40

EXEMPLOS DE TRECHOS DE MÚSICA

"Desculpa a visita, eu so vim te falar Canção da dupla sertaneja


To a fim de você Henrique e Juliano retrata
E se não tiver, cê vai ter que ficar... o sistema machista em
Vai namorar comigo sim (…) que a mulher não tem
Se reclamar, cê vai casar também” livre poder de escolha.

"Só não vale dançar homem com homem


Nem mulher com mulher

·Canção do Tim Maia que interpreta O resto vale”


o pensamento homofóbico.

“Me fala a verdade, quantos anos você tem?


Eu acho que com a sua idade
Já dá pra brincar de fazer neném”

·Canção do grupo Raimundos que retrata um caso de pedofilia.

“Ai, meu Deus, que bom seria


Se voltasse a escravidão
Eu comprava essa mulata
Canção racista que remete E prendia no meu coração
a escravidão da mulher E depois a pretoria
negra de Ataulfo Alves. É quem resolvia a questão”
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 DINÂMICA: “PARANDO PARA PENSAR


SOBRE A VIOLÊNCIA”

Objetivo Identificar situações de violências no


cotidiano dos adolescentes e refletir em
como evitá-las e proteger-se.

Duração 50 minutos

Materias Papel sulfite, caneta, tesoura e jornal.


necessários

Desenvolvimento Peça para os alunos selecionarem e


recortarem notícias sobre violências contra
crianças e jovens, entre casais e contra
LGBTs+.

Em seguida, disponibilize leis do Código


Penal Brasileiro que solucionem os casos e
discuta com os alunos qual é a lei adequada
para julgar cada notícia selecionada.

Sugestão Discuta o que gera estas situações e sobre a


possibilidade de prevenção de algumas
violências. Promova que os alunos discutam
sobre a possibilidade de incluir alguma
situação ao Código Penal.
42

SEXUALIDADE E GRAVIDEZ PRECOCE


Na adolescência, a elevação dos níveis hormonais
pode estimular o início da vida sexual e que,
muitas vezes, pode ocorrer de forma desprotegida.
É grande a parcela dos jovens que ignora a
existência e o uso correto dos preservativos. Como
consequência, os índices de doenças sexualmente
transmissíveis e de
gravidez indesejadas nessa faixa etária só
aumentam.
A gravidez na adolescência pode ter diversas
causas, inclusive podendo ser uma gravidez
desejada pela adolescente. Entretanto,
independentemente dos motivos, a gravidez
precoce gera riscos à saúde da mãe e do bebê,
além de causar transtornos socioeconômicos, já
que muitas jovens abandonam os estudos para
cuidar da criança e encontram dificuldades em
encontrar um emprego.
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 DINÂMICA: “CUIDANDO DO NINHO”


Objetivo Trabalhar as questões relacionadas à
maternidade e à paternidade precoce, bem
como as responsabilidades que permeiam
essa realidade.

Duração 40 minutos

Materias Ovos crus (a quantidade vai ser


necessários determinada pela quantidade de alunos na
turma) e canetas hidrográficas coloridas.
Desenvolvimento Disponibilize um ovo para cada aluno
com a sua assinatura.
Peça para que cada um faça desenhos
nele para identificação e construa um ninho
para mantê-lo seguro.
Estabeleça que os alunos levem seu
“bebê-ovo” para todos os lugares que forem
pelo tempo determinado pelo educador.
Peça para que cada aluno leve o “bebê-
ovo” de volta para a aula.

Sugestão Discuta com os alunos como o “bebê-ovo”


interferiu na vida de cada um, quais as
dificuldades encontradas e quais os
traumas que o “bebê-ovo” passou durante
esse período (se quebrou ou se foi
“sequestrado”). Enfatize as mudanças que
podem ocorrer na educação, carreira e na
vida social. Associe o sentimento de
responsabilidade que envolve na
maternidade e paternidade precoce.
44

LIGA DE EDUCAÇÃO SEXUAL


As ligas acadêmicas visam complementar a
formação acadêmica em determinada área
articulando a base do tripé universitário: ensino,
pesquisa e extensão. Esse tripé está associado a
toda comunidade universitária, discentes,
docentes, técnicos administrativos, reitoria e
conselhos universitários.
Nesse contexto, em 2015, foi criada a Liga de
Educação Sexual (LESex) por discentes do curso de
Ciências Biológicas, campus Maracanã, da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro com o
objetivo de trazer o debate da sexualidade para
dentro do currículo acadêmico e escolar.
A LESex desenvolve atividades em diversos
moldes de extensão na UERJ proporcionando
espaços de discussão sobre sexualidade humana
na universidade e em diversos colégios do Rio de
Janeiro, sejam eles de caráter público ou privado.
Assim, são apresentados diferentes temas e
formas de se abordar educação sexual com alunos
tanto do ensino básico, quanto do ensino superior.

Liga de Educação Sexual da Universidade do Rio de Janeiro (LESex-UERJ)


E-mail: ligalesex@gmail.com
Facebook: https://www.facebook.com/lesexuerj/
45

REFERÊNCIAS
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Homofobia e Educaçao. LetrasLivres, 2009. Disponível
em <https://hal.archives-ouvertes.fr/hal-
01242485/document> Acesso em 20/09/2019.
 
BRASIL. Manual do multiplicador: adolescente.
Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e
Aids. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. Disponível
em
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd08_15.p
df>
Acesso em 10/06/2019.
 
BRASIL, Ministério da Saúde. Departamento de
Doenças de Condições Crônicas e Infecções
Sexualmente Transmissíveis. Decreto nº 8.901/2016
publicada no Diário Oficial da União em 11.11.2016,
Seção I, páginas 03 a 17. Disponível em
<http://www.aids.gov.br/pt-br/noticias/departamento-
passa-utilizar-nomenclatura-ist-no-lugar-de-dst>
Acesso em 10/05/2019.

BRASIL, Ministério da Saúde. Departamento de DST,


Aids e Hepatites Virais. DST: Doenças Sexualmente
Transmissíveis. 2007. Disponível em
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/40dst.html>
Acesso em 10/05/2019.
 
LOPES, E. B.; LUZ, A. M. H.; AZEVEDO, M. P. S. M. T.;
MORAES, W. T.; SERRA, N. S. L. Metodologias para o
trabalho educativo com adolescentes. Revista Adolescer
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<http://www.abennacional.org.br/revista/ cap6.4.html>
Acesso em 20/05/2019. 
View publication stats

46

LOWENKRON, L. Abuso sexual infantil, exploração


sexual de crianças, pedofilia: diferentes nomes,
diferentes problemas? Sexualidad, Salud y Sociedad -
Revista Latinoamericana, n. 5, p. 9-29, 2010. Disponível
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/2933/293323015002.pdf> Acesso em 15/06/2019.

MARQUEZAN, R.; MELO, A. M.; RODRIGUES, G. F.; NOAL,


D. Dinâmica em sala de aula: uma variável na
aprendizagem. Revista Educação Especial, n. 22, p. 1-5,
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MARTINS, F.; ROMÃO, L.; LINDNER, L.; REIS, T. Manual


de Comunicação LGBT. 2015. Disponível em
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Comunica%C3%A7%C3%A3o-LGBT.pdf> Acesso em
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MICHAELIS. Dicionário Brasileiro da Língua portuguesa,


Editora Melhoramentos Ltda. Disponível em
<http://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/>
Acesso em 15/05/2019.

PONTES, A. F. Sexualidade: vamos conversar sobre isso?


Promoção do Desenvolvimento Psicossexual na
Adolescência: Implementação e Avaliação de um
Programa de Intervenção em Meio Escolar. Tese de
doutorado, Instituto de Ciências Biomédicas de Abel
Salazar, Universidade do Porto, 2011, 282 p.
Disponível em <https://repositorio-
aberto.up.pt/bitstream/10216/24432/2/Sexualidade%2
0vamos%20conversar%20sobre%20isso.pdf> Acesso
em 20/09/2019. 

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